Manobra ousada Boeing 737
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Manobra ousada Boeing 737
Prezados,
É verdade que houve um sequestro com avião Varig em território nacional e o piloto fez manobras perigosas para imobilizar o sequestrador?
alguém conhece os detalhes desta história? Qual é o limite destas aeronaves em manobras ousadas?
um abraço
É verdade que houve um sequestro com avião Varig em território nacional e o piloto fez manobras perigosas para imobilizar o sequestrador?
alguém conhece os detalhes desta história? Qual é o limite destas aeronaves em manobras ousadas?
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Um homem desempregado embarcou no vôo VP375 (PVH-BSB-GYN-CNF-GIG) em Belo Horizonte, rumo ao Rio. Anunciou o sequestro após a decolagem de Confins e fez com que o avião voltasse ao Distrito Federal. Na época, sua idéia era atirar o 737 sobre o Palácio do Planalto, pois culpava o então Presidente Sarney por sua situação financeira difícil. O comandante o convenceu a seguir até Goiânia, onde fez uma manobra brusca com a aeronave e tentou imobilizá-lo. Antes disso, o sequestrador matou, sem motivo aparente, o co-piloto da aeronave. Não me lembrava de todos esses detalhes, pois tinha apenas 10 anos na época; então, para complementar, vou colar uma reportagem do Estado de SP sobre o aniversário de 13 anos daquele dia terrível e que me ajudou a escrever esse post:
"Brasileiro tentou jogar avião no Planalto, em 88
Brasília - Há 13 anos, também no mês de setembro, o Brasil viveu momentos de tensão em um seqüestro de avião que tinha objetivo semelhante àqueles que resultaram nos atentados a Washington e Nova York. Das 11 horas da manhã até o início da noite do dia 29 de setembro de 1988, os 97 passageiros e sete tripulantes do vôo 375 da Vasp, que percorria o trecho Belo Horizonte/ Rio de Janeiro, foram seqüestrados pelo maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição que, de arma em punho, pretendia jogar o avião sobre o Palácio do Planalto.
De acordo com o escritor Ivan Sant, autor do livro Caixa Preta, que relata histórias de desastres aéreos brasileiros, Raimundo Nonato, ex-funcionário da Construtora Mendes Júnior, elegeu como culpado por seu desemprego e falta de dinheiro o então presidente José Sarney. Sua vingança seria matar o presidente, destruir a sede do governo e ganhar notoriedade nacional. Pouco antes de o avião pousar no aeroporto do Galeão, o seqüestrador invadiu a cabine de comando. Antes, feriu com um tiro de raspão o rosto de um comissário de bordo.
Raimundo Nonato gritava, apontando a arma para a cabeça do piloto, comandante Fernando Murilo de Lima e Silva: "Vamos para Brasília, vamos para Brasília!" Sem qualquer aviso, Conceição deu um tiro na têmpora do co-piloto Salvador Evangelista, que teve morte imediata. Para evitar a consumação do atentado, o piloto simulou que o aeroporto da capital estivesse fechado para pouso e argumentou que as condições de tempo não permitiam a visão da cidade.
Seguido por um caça da Força Aérea Brasileira, o seqüestrador concordou em desviar o vôo para Goiânia. Por segurança, os aeroportos de Brasília, Anápolis e Goiânia foram interditados. Sant relata que próximo da capital de Goiás, o seqüestrador decidira desviar para São Paulo. Diante da falta de combustível, o piloto decidiu fazer uma manobra arriscada e inédita para um aeronave desse porte, virando o avião de cabeça para baixo, para derrubar Raimundo Nonato e desarmá-lo. Depois, o comandante tentou também um parafuso, colocando o aparelho em queda livre. Foi em vão, pois o seqüestrador não foi desarmado.
Pouco mais de três horas depois de sair de Belo Horizonte, o avião pousou em Goiânia. Seguiram-se cerca de cinco horas de negociações. O avião foi cercado por tropas do Exército. Raimundo Nonato concordou em trocar o Boeing por um Bandeirante, que o levaria a Brasília. No momento em que trocava de avião, protegido por reféns, o seqüestrador foi ferido por tiros. Era o fim do seqüestro. Três dias depois, antes de ser transferido para uma penitenciária, Raimundo Nonato morreu no leito do hospital."
Só mais um complemento: a morte do Raimundo foi tão suspeita que nenhum médico queria assinar o atestado de óbito.
Fonte: www.google.com.br (palavras-chave: sequestro vasp goiânia)
"Brasileiro tentou jogar avião no Planalto, em 88
Brasília - Há 13 anos, também no mês de setembro, o Brasil viveu momentos de tensão em um seqüestro de avião que tinha objetivo semelhante àqueles que resultaram nos atentados a Washington e Nova York. Das 11 horas da manhã até o início da noite do dia 29 de setembro de 1988, os 97 passageiros e sete tripulantes do vôo 375 da Vasp, que percorria o trecho Belo Horizonte/ Rio de Janeiro, foram seqüestrados pelo maranhense Raimundo Nonato Alves da Conceição que, de arma em punho, pretendia jogar o avião sobre o Palácio do Planalto.
De acordo com o escritor Ivan Sant, autor do livro Caixa Preta, que relata histórias de desastres aéreos brasileiros, Raimundo Nonato, ex-funcionário da Construtora Mendes Júnior, elegeu como culpado por seu desemprego e falta de dinheiro o então presidente José Sarney. Sua vingança seria matar o presidente, destruir a sede do governo e ganhar notoriedade nacional. Pouco antes de o avião pousar no aeroporto do Galeão, o seqüestrador invadiu a cabine de comando. Antes, feriu com um tiro de raspão o rosto de um comissário de bordo.
Raimundo Nonato gritava, apontando a arma para a cabeça do piloto, comandante Fernando Murilo de Lima e Silva: "Vamos para Brasília, vamos para Brasília!" Sem qualquer aviso, Conceição deu um tiro na têmpora do co-piloto Salvador Evangelista, que teve morte imediata. Para evitar a consumação do atentado, o piloto simulou que o aeroporto da capital estivesse fechado para pouso e argumentou que as condições de tempo não permitiam a visão da cidade.
Seguido por um caça da Força Aérea Brasileira, o seqüestrador concordou em desviar o vôo para Goiânia. Por segurança, os aeroportos de Brasília, Anápolis e Goiânia foram interditados. Sant relata que próximo da capital de Goiás, o seqüestrador decidira desviar para São Paulo. Diante da falta de combustível, o piloto decidiu fazer uma manobra arriscada e inédita para um aeronave desse porte, virando o avião de cabeça para baixo, para derrubar Raimundo Nonato e desarmá-lo. Depois, o comandante tentou também um parafuso, colocando o aparelho em queda livre. Foi em vão, pois o seqüestrador não foi desarmado.
Pouco mais de três horas depois de sair de Belo Horizonte, o avião pousou em Goiânia. Seguiram-se cerca de cinco horas de negociações. O avião foi cercado por tropas do Exército. Raimundo Nonato concordou em trocar o Boeing por um Bandeirante, que o levaria a Brasília. No momento em que trocava de avião, protegido por reféns, o seqüestrador foi ferido por tiros. Era o fim do seqüestro. Três dias depois, antes de ser transferido para uma penitenciária, Raimundo Nonato morreu no leito do hospital."
Só mais um complemento: a morte do Raimundo foi tão suspeita que nenhum médico queria assinar o atestado de óbito.
Fonte: www.google.com.br (palavras-chave: sequestro vasp goiânia)
Leonardo Vasconcelos- SBBR
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- Constellation
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É um 737-300...
Prezado Cláudio,
Não é um breguinha, é um Boeing 737-317, antes operado pela Southwest. Tem número de série cn 23176/1213 e foi matriculado PP-SNT na Vasp.
Um abraço.
Não é um breguinha, é um Boeing 737-317, antes operado pela Southwest. Tem número de série cn 23176/1213 e foi matriculado PP-SNT na Vasp.
Um abraço.

Re: É um 737-300...
Muito bom esse livro. Perdi as contas de quantas vezes eu li.
"A hélice do avião funciona como ventilador,basta ela parar pro piloto começar a suar".
http://www.flickr.com/photos/fo208b/" onclick="window.open(this.href);return false;
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- Constellation
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Re: Manobra ousada Boeing 737
Caro darksjr,darksjr escreveu:Prezados,
É verdade que houve um sequestro com avião Varig em território nacional e o piloto fez manobras perigosas para imobilizar o sequestrador?
alguém conhece os detalhes desta história? Qual é o limite destas aeronaves em manobras ousadas?
um abraço
Essas aeronaves são proibidas de fazer qualquer manobra acrobática. São limitados a 2,5 G positivos e 1 G negativo. Para comparar, um avião normal, tipo Cessna Skylane, suporta + 3,8 G e - 1,52, um Tucano +6 e -3 e um Sukhoi +25 e -25 (só que o piloto não aguenta tanto. Se ele fizer 25 G negativos, provavelmente os olhos vão saltas das órbitas e o cérébro vai sair pelos orífícios....

O SNT executou um tonneaux barril (que não chega a dar 2 G, sem for bem executado, a não ser na recuperação do mergulho resultante) e um parafuso, que por si só não esforça muito a estrutura, a não ser, também na recuperação do mergulho após o piloto pedalar e cessar o giro).
O SNT ficou danificado pelos esforços das manobras, mas pode ser recuperado.
Eu vi um vídeo no qual um piloto deu um tonneaux de Boeing 707. Considerando que esse avião tem comandos mecânicos, sem assistência hidráulica a não ser para o leme, foi uma façanha. Não foi montagem, a fita era em Sony 8 mm, foi filmado do solo, e aconteceu no Brasil. O dono da presepada não me autorizou a contar quem fez a façanha, que quase acabou em um grave acidente, os caras suaram a beça.
Um abraço.

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- MASTER
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Re: Manobra ousada Boeing 737
Só engrossando o caldo! Um DC-10-10 da FedEx também já executou uma manobra parecida numa situação de emergencia na cabine. O ocorrido passou na última semana no NatGeo Channel.Constellation escreveu:Caro darksjr,darksjr escreveu:Prezados,
É verdade que houve um sequestro com avião Varig em território nacional e o piloto fez manobras perigosas para imobilizar o sequestrador?
alguém conhece os detalhes desta história? Qual é o limite destas aeronaves em manobras ousadas?
um abraço
Essas aeronaves são proibidas de fazer qualquer manobra acrobática. São limitados a 2,5 G positivos e 1 G negativo. Para comparar, um avião normal, tipo Cessna Skylane, suporta + 3,8 G e - 1,52, um Tucano +6 e -3 e um Sukhoi +25 e -25 (só que o piloto não aguenta tanto. Se ele fizer 25 G negativos, provavelmente os olhos vão saltas das órbitas e o cérébro vai sair pelos orífícios....).
O SNT executou um tonneaux barril (que não chega a dar 2 G, sem for bem executado, a não ser na recuperação do mergulho resultante) e um parafuso, que por si só não esforça muito a estrutura, a não ser, também na recuperação do mergulho após o piloto pedalar e cessar o giro).
O SNT ficou danificado pelos esforços das manobras, mas pode ser recuperado.
Eu vi um vídeo no qual um piloto deu um tonneaux de Boeing 707. Considerando que esse avião tem comandos mecânicos, sem assistência hidráulica a não ser para o leme, foi uma façanha. Não foi montagem, a fita era em Sony 8 mm, foi filmado do solo, e aconteceu no Brasil. O dono da presepada não me autorizou a contar quem fez a façanha, que quase acabou em um grave acidente, os caras suaram a beça.
Um abraço.
Um abraço!!!
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- CMTE.
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- arthuramaral_CGR
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