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Me senti um mafioso russo no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, quando retornei à São Paulo, terça-feira, depois de uma rápida passagem pela Granja Comary, concentração da seleção brasileira. Na hora de passar a bagagem pela esteira, a Polícia Federal me “enquadrou”. Os carinhas viram um objeto estranho em minha bolsa. Reviraram tudo de cabeça para baixo e nada. Aí, então, me toquei olhando para vídeo de ressonância. O agente localizou meu canivete multifuncional, aquele tipo escoteiro.
E não tiveram dúvidas: mediram todas lâminas e a serrinha passou do limite padrão. Ou prestava queixa ou descartava o objeto. Avião estava de saída (voo da Gol 1059, adiantado inclusive no horário) e tive de largar a lembrança lá mesmo. Claro que existia um vínculo emocional. Ganhei de um câmera da Globo, cabeça do “Globo Rural”. Fiquei triste, mas entendi. Segurança é segurança. Yes, sir!
O que não entrou na minha cabeça, porém, foi ver que a tal da Linha Vermelha está lotada de vendedores de água, biscoito, pipoca doce e tudo quanto é bagulho. Todos saem do Complexo do Alemão, pulam para a rodovia e um abraço. A Prefeitura carioca construiu uma cerca de quatros metros de altura para os turistas não verem a pobreza do local. O “malucos”, porém, deram um jeito de deslocar uma das placas sutilmente e faturar em cima do Mundial.
O detalhe é que do mesmo jeito que estão comercializando comida e água, podem assaltar numa boa. Pulam para dentro da favela e quem irá encontrá-los?
Moral da história: canivete no avião não pode; deixar o público durante a Copa exposto na Linha Vermelha, pode.
E assim caminham a malandragem e o futebol…