25/01/2012 -- 00h00
Caminhão tomba na pista e fecha aeroporto
Veículo de combate a incêndio era usado em treinamento; pelo menos 10 voos foram afetados
Três bombeiros ficaram feridos e foram levados para a Santa CasaLondrina - Um caminhão de combate a incêndio capotou na pista do Aeroporto José Richa, em Londrina, ontem à tarde, durante um treinamento contra incêndio e provocou a interrupção das operações. Houve vazamento de óleo na pista. Pelo menos 10 voos, entre chegada e partida, tiveram de ser adiados.
De acordo com o superintendente da Infraero, Marcus Vinícius Pio, o Carro Contra Incêndio (CCI) deveria percorrer 1,9 mil metros de pista em três minutos. No entanto, quando tinha percorrido aproximadamente 100 metros e aparentemente fazia uma curva, o caminhão capotou.
Havia três homens do Corpo de Bombeiros no veículo. Eles sofreram ferimentos leves e foram levados para a Santa Casa.
De acordo com superintendente da Infraero, o treinamento com CCI é rotineiro e realizado pelo menos duas vezes ao mês. ''A Polícia Federal está fazendo uma perícia que vai apontar a causa do acidente'', afirmou.
O veículo capotou ontem por volta das 15h15. Até as 19 horas o veículo não havia sido retirado da pista. Segundo o superintendente a expectativa era de que às 20 horas a pista fosse reaberta. Até esse horário estava programada a chegada de cinco e partida de outros cinco voos. Após a retirada do veículo a pista seria lavada devido ao vazamento de óleo.
O capitão Rodrigo Nakamura, do Corpo de Bombeiros, afirmou que a causa do acidente ainda era desconhecida. ''A Polícia Federal vai apontar o que aconteceu''. Segundo ele, um dos integrantes da equipe que participou do treinamento havia começado há pouco tempo a trabalhar no aeroporto. Mas ele não seria o condutor, conforme Nakamura.
Os três ocupantes do veículo são Edson José Batista, de 43 anos, que seria o condutor, Roberto Sidnei Cuenca, 46, e Luiz Carlos de Souza, 45. Os três passaram por exames na Santa Casa e receberam alta ainda ontem.
De acordo com o delegado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, não há um prazo definido para a conclusão da perícia do acidente. ''Esse relatório vai ser repassado para a Infraero, que vai decidir se vai divulgar ou não'', afirmou.
A recepcionista Elaine Belisse estava indignada com o atraso do voo dela. Ela havia chegado no local por volta das 12h30. ''Meu voo era para ter saído às 14 horas. Me falaram que ia atrasar porque o avião precisou passar por uma manutenção em Guarulhos e depois aconteceu esse acidente'', disse ela, que estava com o filho de 11 anos. Eles passaram as férias em Ibiporã e esperavam voltar para Curitiba, onde moram.
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