INFO: TAM 3012 com parabrisas quebrados em CWB
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INFO: TAM 3012 com parabrisas quebrados em CWB
Pessoal.
Estamos escutando o APP Curitiba agora (23:35z) e o TAM 3012 quebrou os dois parabrisas e o radome com forte gelo na decolagem. Alternando GRU com certo grau de apreensão na voz! Não declara emergência.
O TAM 3334 informa uma temeridade qualquer pessoa decolar nestas condições.
Estamos escutando o APP Curitiba agora (23:35z) e o TAM 3012 quebrou os dois parabrisas e o radome com forte gelo na decolagem. Alternando GRU com certo grau de apreensão na voz! Não declara emergência.
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Sem mais.
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Pois é amigos,
Hoje a coisa pegou em Curitiba, tivemos o maior susto quando ouvimos a voz na fonia em tom não comum no dia a dia.
Ficamos mais aliviados quando fomos informado que tudo ocorreu bem no pouso em GRU
Falar em fonia, chegamos mais uma vez na 4ª colocação no top 10.
Agradeçemos a todos a preferência (parece aquela frase de final de vôo)
Sempre será um prazer poder servir aqueles que não tem rádio.

Hoje a coisa pegou em Curitiba, tivemos o maior susto quando ouvimos a voz na fonia em tom não comum no dia a dia.
Ficamos mais aliviados quando fomos informado que tudo ocorreu bem no pouso em GRU

Falar em fonia, chegamos mais uma vez na 4ª colocação no top 10.
Agradeçemos a todos a preferência (parece aquela frase de final de vôo)

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- CMTE.
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De fato, a voz do tripulante parece bem apreensiva...
No Climatempo várias pessoas relatavam uma tempestade em Curitiba e regiões próximas agora à noite. Há histórias de árvores arrancadas pela raiz, vidros quebrados em prédios altos e tudo mais (www.climatempo.com.br)
Mas como é a quebra do pára-brisas nessas condições? Apenas trinca ou chega a estilhaçar de alguma forma?
No Climatempo várias pessoas relatavam uma tempestade em Curitiba e regiões próximas agora à noite. Há histórias de árvores arrancadas pela raiz, vidros quebrados em prédios altos e tudo mais (www.climatempo.com.br)
Mas como é a quebra do pára-brisas nessas condições? Apenas trinca ou chega a estilhaçar de alguma forma?
Leonardo Vasconcelos- SBBR
- Constellation
- Moderador
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Não estilhaça...
Caro Rockboy,
O pára-brisas dos aviões é feito de vidro laminado, com camadas de polímero intercaladas com camadas de vidro. Muitas vezes incorporam uma finíssima lâmina de ouro que servem como filtro para as radiações perigosas das grandes altitudes.
São peças muito espessas, e normalmente trincam na parte externa quando são atingidas por FOD ou gelo. Um pássaro já causa um dano maior, chegando a obstruir totalmente a visibilidade.
Um pára brisas nunca se quebra por completo, pois, se houver um impacto muito grande, a estrutura da fuselagem irá se romper, e a tendência aí é a peça ser lançada para fora, pela pressão da pressurização do avião.
Um abraço.
O pára-brisas dos aviões é feito de vidro laminado, com camadas de polímero intercaladas com camadas de vidro. Muitas vezes incorporam uma finíssima lâmina de ouro que servem como filtro para as radiações perigosas das grandes altitudes.
São peças muito espessas, e normalmente trincam na parte externa quando são atingidas por FOD ou gelo. Um pássaro já causa um dano maior, chegando a obstruir totalmente a visibilidade.
Um pára brisas nunca se quebra por completo, pois, se houver um impacto muito grande, a estrutura da fuselagem irá se romper, e a tendência aí é a peça ser lançada para fora, pela pressão da pressurização do avião.
Um abraço.

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- CMTE.
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Re: Não estilhaça...
Constellation escreveu:Caro Rockboy,
O pára-brisas dos aviões é feito de vidro laminado, com camadas de polímero intercaladas com camadas de vidro. Muitas vezes incorporam uma finíssima lâmina de ouro que servem como filtro para as radiações perigosas das grandes altitudes.
São peças muito espessas, e normalmente trincam na parte externa quando são atingidas por FOD ou gelo. Um pássaro já causa um dano maior, chegando a obstruir totalmente a visibilidade.
Um pára brisas nunca se quebra por completo, pois, se houver um impacto muito grande, a estrutura da fuselagem irá se romper, e a tendência aí é a peça ser lançada para fora, pela pressão da pressurização do avião.
Um abraço.
Mais preciso, impossível! Muito obrigado!
E já que estamos no assunto, sem querer abusar

Abraços!
Leonardo Vasconcelos- SBBR
- Constellation
- Moderador
- Mensagens: 3086
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O gelo é o principal perigo...
Caro RockboyDF,
Normalmente, a aeronave evita o centro de um CB, que aparece em vermelho no Radar. Como essas nuvens aparecem em células, isso não é muito complicado.
Caso o piloto insista em atravessar um CB bem no meio, o que pode ocorrer é o seguinte:
Acima do nível de congelamento, haveria formação de gelo claro em quantidade suficiente para superar o sistema anti-ice do avião, e a perda de controle seria praticamente inevitável, por motivos aerodinâmicos.
O gelo sob forma de granizo ou saraiva seria muito intenso, e poderia danificar o avião estruturalmente.
Dificilmente a turbulência colocaria o avião totalmente fora de controle, mas poderia coloca-lo facilmente em atitude anormal. Dependendo da manobra, e da velocidade, de recuperação, tal ato poderia colocar a estrutura em risco. Caso a aeronave entrasse em velocidade alta no CB, poderia sofrer danos estruturais acima de qualquer possibilidade de recuperação.
Curiosamente, os raios não ofereceriam um perigo tão grande, já que a estrutura metálica de um avião funciona como uma "Gaiola de Faraday", ou seja, as cargas elétricas correm pela superfície externa da fuselagem. Entretanto, em alguns casos, a forte expansão do ar na passagem do raio ou relâmpago pode causar danos na fuselagem, como furos. Equipamentos elétricos, como rádios, podem ser danificados.
Enfim, eu acho melhor desviar mesmo. Se for um avião pequeno, vale aquele velho ditado: CB no ar, avião no hangar e piloto no bar...
Um abraço.
Normalmente, a aeronave evita o centro de um CB, que aparece em vermelho no Radar. Como essas nuvens aparecem em células, isso não é muito complicado.
Caso o piloto insista em atravessar um CB bem no meio, o que pode ocorrer é o seguinte:
Acima do nível de congelamento, haveria formação de gelo claro em quantidade suficiente para superar o sistema anti-ice do avião, e a perda de controle seria praticamente inevitável, por motivos aerodinâmicos.
O gelo sob forma de granizo ou saraiva seria muito intenso, e poderia danificar o avião estruturalmente.
Dificilmente a turbulência colocaria o avião totalmente fora de controle, mas poderia coloca-lo facilmente em atitude anormal. Dependendo da manobra, e da velocidade, de recuperação, tal ato poderia colocar a estrutura em risco. Caso a aeronave entrasse em velocidade alta no CB, poderia sofrer danos estruturais acima de qualquer possibilidade de recuperação.
Curiosamente, os raios não ofereceriam um perigo tão grande, já que a estrutura metálica de um avião funciona como uma "Gaiola de Faraday", ou seja, as cargas elétricas correm pela superfície externa da fuselagem. Entretanto, em alguns casos, a forte expansão do ar na passagem do raio ou relâmpago pode causar danos na fuselagem, como furos. Equipamentos elétricos, como rádios, podem ser danificados.
Enfim, eu acho melhor desviar mesmo. Se for um avião pequeno, vale aquele velho ditado: CB no ar, avião no hangar e piloto no bar...
Um abraço.

- Marcelo Areias
- MASTER
- Mensagens: 3373
- Registrado em: Seg Dez 20, 2004 08:15
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Amigos,
Fiz GRU / CWB a pouco no JJ3533 e passei bem em frente ao PT-MZV em Guarulhos. Na verdade o radome desapareceu, sobrou apenas um pedaço preso a fuselagem sob a janela do co-piloto.
A TAM em Guarulhos cobriu a posição do radome com um plástico vermelho (na verdade um saco em forma de funil) e as janelas com plástico preto.
Cena realmente muito feia, nunca vi nada igual. E o pobre do meu PT-MQT sofreu para pousar em CWB.
Um abraço!
Fiz GRU / CWB a pouco no JJ3533 e passei bem em frente ao PT-MZV em Guarulhos. Na verdade o radome desapareceu, sobrou apenas um pedaço preso a fuselagem sob a janela do co-piloto.
A TAM em Guarulhos cobriu a posição do radome com um plástico vermelho (na verdade um saco em forma de funil) e as janelas com plástico preto.
Cena realmente muito feia, nunca vi nada igual. E o pobre do meu PT-MQT sofreu para pousar em CWB.
Um abraço!
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Marcelo Areias
Marcelo Areias
- Constellation
- Moderador
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- Registrado em: Seg Dez 20, 2004 09:05
- Localização: Londrina
Completando....
Caro RockboyDF,
Dependendo da quantidade de água dentro da nuvem (é o que o radar mostra, na verdade), os motores podem apagar... Os pilotos normalmente ligam os ignitores para tentar evitar isso. É claro que, se houver formação de gelo nas palhetas do fan, em grande quantidade, o desbalanceamente causaria a destruição do motor.
Um abraço.
Dependendo da quantidade de água dentro da nuvem (é o que o radar mostra, na verdade), os motores podem apagar... Os pilotos normalmente ligam os ignitores para tentar evitar isso. É claro que, se houver formação de gelo nas palhetas do fan, em grande quantidade, o desbalanceamente causaria a destruição do motor.
Um abraço.

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- Moderador
- Mensagens: 2787
- Registrado em: Dom Dez 19, 2004 09:06
- Localização: São José dos Pinhais - Pr
http://noticias.terra.com.br/brasil/int ... 06,00.html
Esse link mostra a foto do MZV, com a lona vermelha no radome.
Esse link mostra a foto do MZV, com a lona vermelha no radome.
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Alguem poderia comentar a noticia abaixo:
- Foi erro da torre ou da TAM?
- Não houve pouso de emergencia ou a destruicao do radome nao caracteriza emergencia?
Quarta, 29 de março de 2006, 09h53
vc repórter: granizo causa pouso de emergência em SP (Terra)
A queda de granizo obrigou o piloto do vôo JJ3012 da TAM a fazer um pouso de emergência na noite de ontem em São Paulo. A aeronave saiu de Curitiba (PR) às 20h28, com quase meia hora de atraso por causa da forte chuva e deveria chegar ao Aeroporto de Congonhas às 20h55. Entretanto, o piloto pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) às 21h25.
Conforme informações da Infraero, foi registrado um pouso de emergência em Guarulhos entre 21h20 e 21h30. De acordo com a assessoria da TAM, não houve pouso de emergência. O piloto alterou o aeroporto devido à queda de granizo e que danificou o pára-brisa da aeronave. O tamanho da pista também foi levado em consideração. A pista em Guarulhos é maior do que a de Congonhas, o que daria maior segurança para a tripulação e para os 148 passageiros que estavam no vôo.
"Durante todo o vôo os passageiros foram mantidos em seus assentos. A performance do piloto foi extraordinária. O que se coloca em jogo é a autorização da torre numa decolagem com chuva", afirmou o passageiro Alexandre Baroni.
De acordo com a TAM, os passageiros que moravam próximo a Guarulhos seguiram para casa. Os que preferiram ir para o Aeroporto de Congonhas, foram levados pelo ônibus da empresa.
Os internautas Alexandre Baroni e Alessandra K. Oliveira participaran do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

- Foi erro da torre ou da TAM?
- Não houve pouso de emergencia ou a destruicao do radome nao caracteriza emergencia?
Quarta, 29 de março de 2006, 09h53
vc repórter: granizo causa pouso de emergência em SP (Terra)
A queda de granizo obrigou o piloto do vôo JJ3012 da TAM a fazer um pouso de emergência na noite de ontem em São Paulo. A aeronave saiu de Curitiba (PR) às 20h28, com quase meia hora de atraso por causa da forte chuva e deveria chegar ao Aeroporto de Congonhas às 20h55. Entretanto, o piloto pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica) às 21h25.
Conforme informações da Infraero, foi registrado um pouso de emergência em Guarulhos entre 21h20 e 21h30. De acordo com a assessoria da TAM, não houve pouso de emergência. O piloto alterou o aeroporto devido à queda de granizo e que danificou o pára-brisa da aeronave. O tamanho da pista também foi levado em consideração. A pista em Guarulhos é maior do que a de Congonhas, o que daria maior segurança para a tripulação e para os 148 passageiros que estavam no vôo.
"Durante todo o vôo os passageiros foram mantidos em seus assentos. A performance do piloto foi extraordinária. O que se coloca em jogo é a autorização da torre numa decolagem com chuva", afirmou o passageiro Alexandre Baroni.
De acordo com a TAM, os passageiros que moravam próximo a Guarulhos seguiram para casa. Os que preferiram ir para o Aeroporto de Congonhas, foram levados pelo ônibus da empresa.
Os internautas Alexandre Baroni e Alessandra K. Oliveira participaran do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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Paulo e demais, boa tarde.
Ao que sei, os órgãos de controle (GND, TWR, APP e ACC) interditam o aeródromo para pousos e decolagens de acordo com restrições de teto e visibilidade, que no momento da decolagem do 3012 estavam acima dos mínimos. Isto foi dito pelo controlador ao TAM 3334 que resolveu não decolar, perante o ocorrido com o 3012.
Quanto a declaração de emergência, o tripulante que estava na fonia, acredito que era o co-piloto, informou "não declarar emergência" (nós ouvimos no VHF). Acredito que o Cmte. tomou essa decisão para evitar toda uma operação "oficial" no seu pouso. Creio que, após avaliar a situação, percebeu que as condições eram favoráveis para um pouso normal, e não quis gerar tanto movimento com o fato.
Ao que sei, os órgãos de controle (GND, TWR, APP e ACC) interditam o aeródromo para pousos e decolagens de acordo com restrições de teto e visibilidade, que no momento da decolagem do 3012 estavam acima dos mínimos. Isto foi dito pelo controlador ao TAM 3334 que resolveu não decolar, perante o ocorrido com o 3012.
Quanto a declaração de emergência, o tripulante que estava na fonia, acredito que era o co-piloto, informou "não declarar emergência" (nós ouvimos no VHF). Acredito que o Cmte. tomou essa decisão para evitar toda uma operação "oficial" no seu pouso. Creio que, após avaliar a situação, percebeu que as condições eram favoráveis para um pouso normal, e não quis gerar tanto movimento com o fato.
Sem mais.
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