Pentágono pode cancelar Aerial Common Sensor

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DefenseNews 09 Setembro 2005
O Pentágono Pode Cancelar Aerial Common Sensor

Por GOPAL RATNAM

Os oficiais do US Army e do Pentágono estão considerando cancelar o Aerial Common Sensor, apenas 13 meses, após ter concedido à Lockheed Martin um contrato de U$870 milhões para desenvolver o avião espião do campo de batalha.
O Army's Communications Electronics Command (CEC), que gerencia o Aerial Common Sensor, um programa de U$ 7 bilhões, deverá fazer recomendações aos administradores sênior do Pentágono, dias 10-11 Setembro, afirmou Edward Bair, o "program manager" dos áreas de "intelligence, electronic warfare and sensors", para o US Army no CEC, Fort Monmouth, N.J.
Uma decisão final será feita por Ken Krieg, Sub-secretário de Defesa para Compras, afirmou Bair.
Fontes da indústria afirmam que o exército pode recomendar a aceitação de uma das alternativas apresentada pela Lockheed Martin:

1- escolher uma nova plataforma;
2- iniciar uma nova competição para o contrato do desenvolvimento;
3- ou cancelar o programa de imediato.

Duas fontes familiares com o processo dentro US Army, afirmaram que o Systems Acquisition Review Council (ASARC) - coordenado pelo Gen. Richard Cody, Army vice-chefe do Estado Maior do US Army, discutiu o cancelamento do programa, em reunião no dia 08 Setembro, entre outros assuntos. O conselho é a versão do US Army do Defense Acquisition Board, do Pentágono, um conselho que acompanha os principais programa de aquisição.
O escritório de Cody não retornou uma chamada de telefone antes da publicação desse artigo.
A porta-voz Nacy Ray, afirmou que Cody teve uma reunião, em 08 Setembro, referente ao ACS, mas uma decisão não é prevista até a semana de 12 de Setembro.
Uma revisão do programa foi realizada, em junho, após a Lockheed ter informado o US Army, que a plataforma selecionada para o ACS, o jato regional ERJ-145 da brasileira Embraer, seria demasiado pequeno para o pacote de sensores previstos. A Lockheed sugeriu substituí-lo por um avião maior de Embraer, o EMB190.
Bair disse que a estimativa do US Army, referente ao peso dos componentes eletrônicos, dos cabos e do sistema de refrigeração, excederia a estimativa a inicial da Lockheed em 28 %. Mas nove meses depois que o contrato foi concedido, em agosto 2004, a Lockheed e os oficiais do exército identificaram um aumento de mais de 40 por cento.
O ACS começou como um programa conjunto entre o US Army e a US Navy, mas essa decidiu no ano passado esperar e prestar atenção, em vez de assinar o contrato.
A US Navy, que preferiu um avião maior (B-737), do que a escolha inicial do US Army, viu uma possibilidade de incorporar as capacidades como da do ACS, em seu programa Multi-Mission Maritime Aircraft (MMA), lançado em 2004, com um contrato U$3.9 bilhões, com a Boeing.
Em vista da relutância da US Navy, alguns oficiais do Pentágono são favoráveis em terminar o Programa ACS e incorporar as necessidades do exército no programa E-10A Multisensor Command and Control Aircraft (MC2), programa da USAF, que substituirá aviões de inteligência como o E-8 JSTARS, da Northrop e o avião radar E-3 AWACS, da Boeing.
Uma equipe que inclui as empresas Northrop Grumman, Boeing e Raytheon está trabalhando atualmente no programa de E-10A.
Loren Thompson, analista no Lexington Institute, um grupo de estudos(think tank), de Washington, disse que representantes do Pentágono, preocupados com a falta de fundos adequados para o Programa E-10A, da USAF, estavam considerando combinar a missão do US Army com as da USAF, e permitir que a US Navy incorpora as missões planejadas para o ACS, sejam incorporadas ao programa Multi-Mission Maritime Aircraft.
Essa opção permitiria que Boeing, que tem o contrato do programa Multi-Mission Maritime Aircraft , e a Northrop Grumman, que conduz o programa do E-10A, ganhassem maior participação à custa da Lockheed Martin.
A proposta da Northrop Grumman perdeu a competição do ACS para a Lockheed, mas continua interessada no programa se for reaberta a competição, afirmaram executivos da companhia.
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br