Extensão do metro ao aeroporto obriga a demolir casas nos Ol

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Marcelo Areias
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Extensão do metro ao aeroporto obriga a demolir casas nos Ol

Mensagem por Marcelo Areias »

Extensão do metro ao aeroporto obriga a demolir casas nos Olivais

O prolongamento da linha vermelha do Metro até ao aeroporto da Portela vai obrigar a demolir duas moradias, a realojar temporariamente dezenas de famílias e deverá provocar danos em, pelo menos, 91 edifícios, revela o estudo de impacte ambiental.



De acordo com o estudo de impacte ambiental (EIA) do prolongamento da linha vermelha entre Oriente e Aeroporto, cuja fase de consulta pública se prolonga até 27 de Setembro, os residentes e as actividades económicas daquela zona são os principais prejudicados pela construção da linha e novas estações (Encarnação, Moscavide e Aeroporto).

O estudo refere que o projecto de execução admite que a obra poderá vir a provocar danos de carácter estético, facilmente reparáveis (fissurações), em cerca de 91 edifícios, estando previsto o seu tratamento posterior.

Além disso, será necessário proceder a intervenções prévias (nomeadamente, reforço de fundações) em mais 15 edifícios, viadutos, condutas e outras estruturas, para evitar "potenciais danos de carácter estrutural decorrentes da execução da obra".

Do conjunto de edifícios que poderão vir a sofrer danos estruturais, dois, com quatro pisos cada, deverão ser desocupados temporariamente ao nível do rés-do-chão, enquanto duas vivendas geminadas, perto da rua Sargento Paulo dos Santos, nos Olivais, terão de ser demolidas.

No total, terão de ser realojadas temporariamente cerca de 40 famílias, durante um período de cerca de seis meses, e realojadas definitivamente outras quatro.

O prolongamento da linha do metro vai obrigar também a desocupar o Externato Nacional de Moscavide, que deverá ficar em instalações provisórias durante dois anos.

Dez outros equipamentos de ensino e de saúde poderão vir a ser afectados pelas obras devido à sua proximidade dos estaleiros e à natureza da própria actividade.

Os desvios de trânsito e a eventual diminuição da afluência de clientes aos estabelecimentos de comércio e serviços localizados junto aos estaleiros são outros incómodos previsíveis a nível local apontados neste documento.

Para minimizar estes impactes, o EIA recomenda ao Metropolitano de Lisboa que adopte uma série de medidas de minimização, incluindo informação à população e criação de um serviço de atendimento para esclarecimentos e eventuais reclamações, entre outras iniciativas.

Quanto aos benefícios da obra, o EIA destaca a criação de 400 postos de trabalho afectos à fase de construção e até mesmo o crescimento da oferta de emprego no sector da construção.

Já na fase de exploração, o prolongamento da linha vermelha deverá trazer melhorias significativas a nível das acessibilidades na cidade de Lisboa e entre este concelho e o de Loures, valorizar o parque imobiliário e atrair actividades económicas e população residente.

O prolongamento da linha vermelha desenvolve-se ao longo de 3.325 metros desde a estação do oriente até à futura estação do Aeroporto, passando pelo bairro da Encarnação (Olivais).

O objectivo é fazer a ligação do principal interface rodo- ferroviário de Lisboa (Gare do Oriente) ao aeroporto da Portela em apenas cinco minutos e garantir o acesso ao centro da cidade a partir do aeroporto em 15 minutos, através da actual extensão em curso Alameda/São Sebastião.

A Agência Lusa contactou o metropolitano de Lisboa para saber quando começam as obras e onde vão ser realojados os moradores, o que não foi possível até ao momento.

O resumo não-técnico do EIA pode ser consultado no Instituto do Ambiente, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, nas Câmaras de Lisboa e Loures e nas Juntas de Freguesia de Santa Maria dos Olivais e Moscavide, ou através da Internet (www.iambiente.pt/IPAMB_DPP/publico/eia_mt.asp?id=1057).

Agência LUSA
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Marcelo Areias
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