16/09/2016 13h38 - Atualizado em 16/09/2016 13h49
Embraer anuncia férias coletivas para funcionários das fábricas no Brasil
Medida será adotada a partir de outubro; n° de atingidos não foi informado.
Empresa alega que medida vai adequar o ritmo da produção ao mercado.
A Embraer, fabricante de aeronaves com sede em São José dos Campos (SP), anunciou nesta sexta-feira (16) que vai conceder férias coletivas a partir de outubro para funcionários das fábricas no Brasil. O número de trabalhadores atingidos pela medida não foi informado pela empresa.
De acordo com a Embraer, a medida tem como objetivo adequar o ritmo da produção à desaceleração da demanda. As férias coletivas serão concedidas a funcionários de alguns setores, mas não haverá parada na produção de aeronaves.
A empresa informou ainda que as coletivas são uma antecipação das férias regulares dos empregados. Os funcionários afetados pela medida já foram informados pela companhia.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, as férias coletivas abrangem funcionários dos setores de aviação executiva e comercial. Em São José, o primeiro grupo a ser afatado será da aviação executiva - o período de dispensa será de quase 30 dias, de 24 de outubro a 22 de novembro. Já na comercial, o recesso será de 10 dias, sendo de 7 de novembro a 6 de dezembro.
"Somos contra a férias coletivas e também contra o PDV porque são ações decorrentes da transferência da linha de montagem para os Estados Unidos e também do suposto envolvimento da empresa com corrupção", disse Andre Luis Gonçalves, diretor do sindicato.
Redução de despesas
Desde o início de agosto, a Embraer vem adotando uma série de medidas para reduzir as despesas da companhia em cerca de US$ 200 milhões ao ano.
O anúncio das férias coletivas acontece um dia após a empresa informar que 1,4 mil funcionários aderiram a um Plano de Demissão Voluntária. Os desligamentos a partir do PDV serão feitos a partir do dia 1° de outubro
O pacote previa além do pagamento rescisório aos demitidos, também indenização de 40% do salário nominal, sendo proporcional ao tempo de empresa; direito a seis meses de plano de saúde e odontológico e apoio em programas de palestras e workshops de qualificação.
Nas fábricas e subsidiárias, como a Eleb, que mantém no Brasil e no exterior, a Embraer tem atualmemente cerca 19 mil empregados - sendo 13 mil em São José dos Campos. As fábricas no Brasil ficam, além de duas em São José, também em Taubaté, Sorocaba, Botucatu e Gavião Peixoto
Crise
No último trimestre, a Embraer sofreu prejuízo de R$ 337,3 milhões, revertendo resultado positivo, de R$ 399,6 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. A companhia também cortou estimativas para entregas de aviões executivos e comerciais.
Com isso, a projeção de receitas líquidas neste ano teve queda para o intervalo de US$ 1,6 bilhão a US$ 1,75 bilhão ante previsão anterior de US$ 1,75 bilhão a US$ 1,9 bilhão. Nos últimos seis meses, o consumo de caixa da companhia foi de US$ 600 milhões.
http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba- ... rasil.html
EMBRAER: férias coletivas para funcionários no Brasil
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Re: EMBRAER: férias coletivas para funcionários no Brasil
Eu não entendo porque os Americanos ainda não fecharam esta planta improdutiva em São José dos Campos
Re: EMBRAER: férias coletivas para funcionários no Brasil
EMBRAER É NORTE-AMERICANA: "OPPENHEIMER FUNDS" DOS EUA É O SEU MAIOR ACIONISTA
No ano de 2006, o grupo Bozano e a PREVI (10%) venderam parte das suas ações da Embraer e o grupo norte-americano "Oppenheimer" se tornou o maior acionista, com 10% das ações, seguido da PREVI, agora com 7% (Embraer 2006; 2014).
É interessante notar os movimentos induzidos pelo mercado. No mesmo ano em que a Embraer retira do seu nome a palavra “Brasileira”, o fundo norte-americano "Oppenheimer Funds", com sede em Nova York, torna-se o maior acionista da empresa. Apenas um cínico acreditaria na "independência administrativa da Embraer" ou de qualquer outra organização que se deixa levar pelos anseios do mercado. Não são os sócios brasileiros os que mais lucram com a Embraer, muito menos os seus trabalhadores. São os fundos de investimentos internacionais os que mais lucram.
Esses nunca enxergarão os trabalhadores de nenhuma empresa como pessoas, pois só os consideram como “recursos humanos”. Uma empresa subsidiada pelo povo brasileiro por toda a sua história, seja no período estatal ou privado – via subsídios, aportes, compras, dentre outros incentivos do governo federal- , resume seus objetivos, hoje, em beneficiar uma pequena elite representada pelos fundos de investimentos nacionais e internacionais. Clara transferência de renda dos trabalhadores para os proprietários.
No ano de 2006, o grupo Bozano e a PREVI (10%) venderam parte das suas ações da Embraer e o grupo norte-americano "Oppenheimer" se tornou o maior acionista, com 10% das ações, seguido da PREVI, agora com 7% (Embraer 2006; 2014).
É interessante notar os movimentos induzidos pelo mercado. No mesmo ano em que a Embraer retira do seu nome a palavra “Brasileira”, o fundo norte-americano "Oppenheimer Funds", com sede em Nova York, torna-se o maior acionista da empresa. Apenas um cínico acreditaria na "independência administrativa da Embraer" ou de qualquer outra organização que se deixa levar pelos anseios do mercado. Não são os sócios brasileiros os que mais lucram com a Embraer, muito menos os seus trabalhadores. São os fundos de investimentos internacionais os que mais lucram.
Esses nunca enxergarão os trabalhadores de nenhuma empresa como pessoas, pois só os consideram como “recursos humanos”. Uma empresa subsidiada pelo povo brasileiro por toda a sua história, seja no período estatal ou privado – via subsídios, aportes, compras, dentre outros incentivos do governo federal- , resume seus objetivos, hoje, em beneficiar uma pequena elite representada pelos fundos de investimentos nacionais e internacionais. Clara transferência de renda dos trabalhadores para os proprietários.