Meus prezados:
O mais interessante na internet é que você, pesquisando um determinado assunto, encontra outro, não menos interessante. Assim, ao pesquisar sobre glide slope, encontrei um site com a análise, à luz do direito e das regras de tráfego aéreo, do acidente que vitimou os Mamonas. Achei interessante...creio que vale a pena dar uma olhada.
Lembro-me da pobre viúva do piloto, tentando eximi-lo da culpa pelo ocorrido.
http://www.airsafetygroup.com.br/show.p ... 4&titulo=4
Um abraço e até mais...
Mamonas: acidente à luz das regras do tráfego aéreo.
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Mamonas: acidente à luz das regras do tráfego aéreo.
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Cláudio Severino da Silva
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Na aviação, só a perfeição é aceitável
Cláudio Severino da Silva
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É óbvio que todos procuram buscar vários meios para justificar o “injustificável”. Na avaliação de um acidente aéreo devemos, antes de tudo, buscar de todas as formas uma linha de conduta para evitar que outros episódios semelhantes aconteçam e, também, tirar uma grande lição de tudo isso. Infelizmente, não podemos negar que os pilotos tiveram a maior parcela de responsabilidade por essa grande tragédia. É visível que alguns procedimentos, como um bom briefing, que inclui a arremetida, poderiam ter contribuído para um pouso bem sucedido, mas não podemos nos esquecer que é sempre mais fácil buscar explicações depois que o pior já aconteceu. O difícil é evitar enquanto há tempo, e nesse caso, mesmo baseando-se em leis e argumentos jurídicos, não consigo acreditar que podemos isentar os controladores de qualquer responsabilidade nesse episódio. Então, vejamos:
A aeronave estava visivelmente efetuando uma aproximação desestabilizada e fora dos gabaritos. Baseando-se nessa afirmação, caberia, no mínimo, ao responsável pelo controle radar do setor da aproximação final certificar-se de que a tripulação teria realmente condições de continuar a aproximação. Deixando de fazer tal indagação, como o seu próprio nome, de Controlador de Tráfego Aéreo, ele no mínimo se omitiu ao deixar de dar um alerta aos tripulantes - e com um pouco mais de visão, antecipar para ele mesmo o que no final seria inevitável, uma arremetida e um novo tráfego para a seqüência de aproximação – ou foi extremamente frio ao aplicar somente os regulamentos de tráfego aéreo, não interferindo na decisão, visivelmente equivocada, dos tripulantes do LSD. Como isso não foi o suficiente, ele passou a responsabilidade para outro setor, no caso a Torre de Controle de Guarulhos (TWR-GRU), possivelmente sem a devida coordenação. De qualquer forma, mesmo nessa condição, o outro controlador, agora da TWR-GRU, também teria total autoridade para determinar que a aeronave abandonasse imediatamente o que era obviamente errado, como ingressar na perna do vento por aquele setor, principalmente quando o aeroporto operava com inúmeros tráfegos para pouso naquele instante com plano de vôo IFR e pelo motivo de que o circuito de tráfego é pelo setor sul devido aos inúmeros obstáculos que se encontram na Serra da Cantareira. Sim, os pilotos são responsáveis pela navegação da aeronave, mas eles não têm autonomia para determinar que vão prosseguir para o circuito de tráfego sem que haja o controle e a viabilidade correspondentes, a não ser, é claro, que eles desrespeitassem por conta própria os regulamentos, o que inicialmente ocorreu, principalmente após uma instrução contrária, o que decididamente não foi o caso. Uma simples instrução, como uma subida para uma altitude de segurança, naquele setor 5000ft ajudaria, além de um novo contato com o APP-SP para outra vetoração já teriam contribuído para salvar a situação que começou errada muito antes. Posteriormente, se fosse o caso, seria feita uma avaliação se houve uma infração de Tráfego Aéreo, aplicando as punições devidas.
Pode ser que um policial rodoviário não consiga detectar todas as infrações que são cometidas diariamente, como dirigir no sentido contrário de uma rodovia, mas seria, no mínimo, uma negligência de sua parte, ao detectar uma irregularidade tão acintosa, ainda mais sabendo dos riscos que tal imprudência poderia ocasionar, sem esboçar uma reação. Ficar somente olhando para ver o que poderia acontecer é no mínimo uma enorme omissão.
A aeronave estava visivelmente efetuando uma aproximação desestabilizada e fora dos gabaritos. Baseando-se nessa afirmação, caberia, no mínimo, ao responsável pelo controle radar do setor da aproximação final certificar-se de que a tripulação teria realmente condições de continuar a aproximação. Deixando de fazer tal indagação, como o seu próprio nome, de Controlador de Tráfego Aéreo, ele no mínimo se omitiu ao deixar de dar um alerta aos tripulantes - e com um pouco mais de visão, antecipar para ele mesmo o que no final seria inevitável, uma arremetida e um novo tráfego para a seqüência de aproximação – ou foi extremamente frio ao aplicar somente os regulamentos de tráfego aéreo, não interferindo na decisão, visivelmente equivocada, dos tripulantes do LSD. Como isso não foi o suficiente, ele passou a responsabilidade para outro setor, no caso a Torre de Controle de Guarulhos (TWR-GRU), possivelmente sem a devida coordenação. De qualquer forma, mesmo nessa condição, o outro controlador, agora da TWR-GRU, também teria total autoridade para determinar que a aeronave abandonasse imediatamente o que era obviamente errado, como ingressar na perna do vento por aquele setor, principalmente quando o aeroporto operava com inúmeros tráfegos para pouso naquele instante com plano de vôo IFR e pelo motivo de que o circuito de tráfego é pelo setor sul devido aos inúmeros obstáculos que se encontram na Serra da Cantareira. Sim, os pilotos são responsáveis pela navegação da aeronave, mas eles não têm autonomia para determinar que vão prosseguir para o circuito de tráfego sem que haja o controle e a viabilidade correspondentes, a não ser, é claro, que eles desrespeitassem por conta própria os regulamentos, o que inicialmente ocorreu, principalmente após uma instrução contrária, o que decididamente não foi o caso. Uma simples instrução, como uma subida para uma altitude de segurança, naquele setor 5000ft ajudaria, além de um novo contato com o APP-SP para outra vetoração já teriam contribuído para salvar a situação que começou errada muito antes. Posteriormente, se fosse o caso, seria feita uma avaliação se houve uma infração de Tráfego Aéreo, aplicando as punições devidas.
Pode ser que um policial rodoviário não consiga detectar todas as infrações que são cometidas diariamente, como dirigir no sentido contrário de uma rodovia, mas seria, no mínimo, uma negligência de sua parte, ao detectar uma irregularidade tão acintosa, ainda mais sabendo dos riscos que tal imprudência poderia ocasionar, sem esboçar uma reação. Ficar somente olhando para ver o que poderia acontecer é no mínimo uma enorme omissão.
Eduardo, em um programa da Rádio Bandeirantes, AM, há tempos atráz, foi divulgada a gravação. Eu estava no carro, no trânsito de SP e ouví.José Eduardo - SBPA escreveu:Grande Jambock
Muito interessante e esclarecedor.
Alguem sabe informar se existe disponível na internet a gravação da fonia??
Abraço.
Eduardo
Escreví ao apresentador, Reporter Milton Parron, acho que PP, solicitando uma cópia e nem resposta obtive.
O
Stratocaster deve ter tido acesso a esta gravação, até como treinamento e uma coisa que impressionou-me foi a entonação de vóz utilizada não só pelo controlador como pelo cmdt.
Resumindo, tive a nítida impressão de autoconfiança do cmdt. e um digamos assim, do controlador, a decisão é sua senhor...
Stratocaster, foi isso mesmo ?
Abraços
Irineu
Caro Comandante Stratocaster:
Questão também muito importante nessa tragédia é que a qualidade da aproximação para o pouso revelou indícios de que a aeronave estivesse sendo pilotada pelo "Robocop Gay"...
Nada que pudesse ser comprovado mas, verdade ou mentira, infelizmente selou a alegria do Grupo e dos Fans !
Questão também muito importante nessa tragédia é que a qualidade da aproximação para o pouso revelou indícios de que a aeronave estivesse sendo pilotada pelo "Robocop Gay"...
Nada que pudesse ser comprovado mas, verdade ou mentira, infelizmente selou a alegria do Grupo e dos Fans !
Pull Up !!!
SaPeCa.
"As coisas são mais belas quando vistas por baixo."
Bocage
SaPeCa.
"As coisas são mais belas quando vistas por baixo."
Bocage