Um boato que li. Avião da TAAG confiscado em Lisboa
Moderador: Moderadores
Regras do fórum
As regras do fórum estão disponíveis CLICANDO AQUI.
As regras do fórum estão disponíveis CLICANDO AQUI.
Um boato que li. Avião da TAAG confiscado em Lisboa
Li um boato em uma notícia que estava a ler de que um avião da TAAG terá sido confiscado ontem, 19/09/2012, em Lisboa. Há alguma verdade nisso?
Marco Filipe Jesus do Amaral
Re: Um boato que li. Avião da TAAG confiscado em Lisboa
Avião da TAAG retido no Porto descolou após acordo de caução
20-09-2012 | Fonte: RTP
O avião da TAAG que na quarta-feira esteve retido no aeroporto do Porto descolou "por volta das 23:45", após o acordo de uma caução de 360.000 euros, afirmou o ex-empresário que interpôs uma ação judicial contra o Estado angolano.
"O avião saiu daqui por volta das 23:45 porque foi acordada uma caução de 360.000 euros. Espero o bom senso das autoridades angolanas para definitivamente porem cobro a esta situação", afirmou Manuel Lapas Correia, em declarações à agência Lusa.
O ex-empresário acrescentou ainda que vai pedir uma indemnização no valor de 960.000 euros "por danos morais, familiares e patrimoniais", uma vez que "a situação é muito mais abrangente que o montante da penhora".
Manuel Lapas Correia diz ter sido alvo de "uma burla" em 1996, quando, na qualidade sócio-gerente da empresa FILAPOR, de Vila Nova de Gaia, negociou com as Forças Armadas Angolanas (FAA) a exportação de mais de um milhão de euros em bens alimentares, mobiliário e colchões para quartéis do país, sem nunca receber os quase 265.000 euros que contratualizou.
"Há danos irreversíveis que durante mais de uma década foram provocados intencionalmente pelas autoridades angolanas. Eu estou causticado porque é uma luta desigual, estou cansado. Normalmente os Estados comportam-se de uma forma desprezível perante os seus cidadãos e [isso] culmina quase sempre com o abate dos cidadãos pela exaustão", lamentou Manuel Lapas Correia.
Para o antigo empresário, "a maior cumplicidade neste processo é do Ministério dos Negócios Estrangeiros, porque em 2004 este montante de penhora foi enviado de Angola para Portugal e ficou retido na embaixada de Angola em Portugal".
Considerando que "já foi uma conquista" conseguir um acordo para o pagamento de uma caução, o antigo empresário entende que "não há uma explicação plausível nem racional" para todo este processo.
"Porque é que as autoridades portuguesas são subservientes perante o comportamento da República de Angola?", questionou.
O avião, no valor de vários milhões de euros, aterrou no Porto por volta das 18:35 de quarta-feira e, segundo Manuel Lapas Correia, terá sido arrestado por um agente de execução mandatado pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia, no seguimento de uma decisão de penhorar bens angolanos em Portugal no valor de 350.000 euros.
Para o ex-empresário, a apreensão do Boeing 777 das Linhas Aéreas de Angola -- TAAG significa "o culminar de uma impressionante odisseia de 16 anos", que lhe suscita "um alívio enorme".
Manuel Lapas Correia já tinha interposto um recurso no Tribunal da Relação solicitando uma indemnização de quase 960.000 euros, decorrente de "danos materiais, pessoais e familiares" e da "tortura psicológica" de que diz ter sido alvo em Angola, quando, entre 1996 e 2002, tentou receber o valor que o Estado angolano tinha acordado pagar.
Depois de 16 anos em sucessivos processos e recursos judiciais contra o Estado angolano, o Tribunal de Vila Nova de Gaia deu razão ao recurso interposto por Manuel Lapas Correia, que atuou sob a alçada do requerimento executivo entregue no início de setembro, o qual o capacitou a penhorar bens angolanos em território português.
A 31 de maio de 2012, o Tribunal Judicial de Gaia condenou a República de Angola a ressarcir o ex-empresário em quase 265.000 euros, que, acrescidos de juros remontantes a 2004, perfaziam mais de 350.000 euros.
O Estado angolano não recorreu em tempo útil desta decisão, no que, segundo os representantes legais de Manuel Lapas Correia, equivaleu a uma confissão.
20-09-2012 | Fonte: RTP
O avião da TAAG que na quarta-feira esteve retido no aeroporto do Porto descolou "por volta das 23:45", após o acordo de uma caução de 360.000 euros, afirmou o ex-empresário que interpôs uma ação judicial contra o Estado angolano.
"O avião saiu daqui por volta das 23:45 porque foi acordada uma caução de 360.000 euros. Espero o bom senso das autoridades angolanas para definitivamente porem cobro a esta situação", afirmou Manuel Lapas Correia, em declarações à agência Lusa.
O ex-empresário acrescentou ainda que vai pedir uma indemnização no valor de 960.000 euros "por danos morais, familiares e patrimoniais", uma vez que "a situação é muito mais abrangente que o montante da penhora".
Manuel Lapas Correia diz ter sido alvo de "uma burla" em 1996, quando, na qualidade sócio-gerente da empresa FILAPOR, de Vila Nova de Gaia, negociou com as Forças Armadas Angolanas (FAA) a exportação de mais de um milhão de euros em bens alimentares, mobiliário e colchões para quartéis do país, sem nunca receber os quase 265.000 euros que contratualizou.
"Há danos irreversíveis que durante mais de uma década foram provocados intencionalmente pelas autoridades angolanas. Eu estou causticado porque é uma luta desigual, estou cansado. Normalmente os Estados comportam-se de uma forma desprezível perante os seus cidadãos e [isso] culmina quase sempre com o abate dos cidadãos pela exaustão", lamentou Manuel Lapas Correia.
Para o antigo empresário, "a maior cumplicidade neste processo é do Ministério dos Negócios Estrangeiros, porque em 2004 este montante de penhora foi enviado de Angola para Portugal e ficou retido na embaixada de Angola em Portugal".
Considerando que "já foi uma conquista" conseguir um acordo para o pagamento de uma caução, o antigo empresário entende que "não há uma explicação plausível nem racional" para todo este processo.
"Porque é que as autoridades portuguesas são subservientes perante o comportamento da República de Angola?", questionou.
O avião, no valor de vários milhões de euros, aterrou no Porto por volta das 18:35 de quarta-feira e, segundo Manuel Lapas Correia, terá sido arrestado por um agente de execução mandatado pelo Tribunal de Vila Nova de Gaia, no seguimento de uma decisão de penhorar bens angolanos em Portugal no valor de 350.000 euros.
Para o ex-empresário, a apreensão do Boeing 777 das Linhas Aéreas de Angola -- TAAG significa "o culminar de uma impressionante odisseia de 16 anos", que lhe suscita "um alívio enorme".
Manuel Lapas Correia já tinha interposto um recurso no Tribunal da Relação solicitando uma indemnização de quase 960.000 euros, decorrente de "danos materiais, pessoais e familiares" e da "tortura psicológica" de que diz ter sido alvo em Angola, quando, entre 1996 e 2002, tentou receber o valor que o Estado angolano tinha acordado pagar.
Depois de 16 anos em sucessivos processos e recursos judiciais contra o Estado angolano, o Tribunal de Vila Nova de Gaia deu razão ao recurso interposto por Manuel Lapas Correia, que atuou sob a alçada do requerimento executivo entregue no início de setembro, o qual o capacitou a penhorar bens angolanos em território português.
A 31 de maio de 2012, o Tribunal Judicial de Gaia condenou a República de Angola a ressarcir o ex-empresário em quase 265.000 euros, que, acrescidos de juros remontantes a 2004, perfaziam mais de 350.000 euros.
O Estado angolano não recorreu em tempo útil desta decisão, no que, segundo os representantes legais de Manuel Lapas Correia, equivaleu a uma confissão.
Marco Filipe Jesus do Amaral