Varig, Gol e Azul podem se tornar uma só companhia aérea

[Frg_DF]

Fonte : http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/4500 ... 819-1.html

Embraer veria a negociação com bons olhos, por causa do potencial de encomenda de mais aeronaves

17.10.2008 - 12:50

Redação

Estão ocorrendo negociações entre a Azul e a Gol, com a expressa concordância do governo. Há três rotas de vôo possíveis para a operação: a venda isolada da marca Varig, a transferência não apenas da marca como também do espólio da antiga companhia, e, por fim, a negociação integral da Varig e da própria Gol.

A operação não esbarra nas restrições à venda de companhias aéreas para investidores estrangeiros. David Neeleman é um gringo em terra natal. Fez a vida nos Estados Unidos, mas tem nacionalidade brasileira.

Além disso, a aproximação entre as duas empresas e a Embraer encanta o governo. A associação entre a Azul e a Gol/Varig abriria espaço para novas encomendas à indústria de São José dos Campos.

A hipótese de venda da Gol contaria também com o apoio do BNDES. Não deixa de ser curiosa a disposição do banco em sancionar um negócio cujo maior trunfo de um de seus protagonistas, no caso David Neeleman, é ter acesso a funding internacional.

É difícil imaginar que na imensa fila de empresas batendo na porta do BNDES em busca e financiamento não haja gente precisando mais. Para David Neeleman, a compra da Gol resolveria um dos maiores problemas para o início das operações da Azul: a carência de slots, notadamente em Congonhas, o grande hub da aviação doméstica.

Seria também uma tentativa de resgate do modelo de low cost no Brasil, de certa forma por meio de uma associação da Gol com sua musa inspiradora. Não custa lembrar que a Azul foi tirada da costela da JetBlue, empresa norte-americana também fundada por Neeleman e que serviu de espelho para o surgimento de companhias de aviação de baixo custo mundo afora.

Para os Constantino, por sua vez, a venda da Gol seria uma forma de solucionar os problemas financeiros do próprio grupo, que vão bem além da companhia aérea. No primeiro semestre deste ano, a Gol sofreu um prejuízo de R$ 290 milhões. E a conta final de 2008 promete ser ainda mais desastrosa. Circulam no mercado informações de que a empresa amargou uma senhora perda com operações cambiais no mercado futuro.

[Sergio de Faria Bica]

É , parece um sonho !

Sérgio Bica

[LucioCavalcanti]

Ou um pesadelo. Depende de quem vê.
Me parece muita confusão. Com duas marcas foi pro saco, com três vai dar certo?
Não sei, tenho cá minhas dúvidas.
É claro que o Neeleman entende muito mais do mercado de aviação, mas mesmo assim me parece problemática essa junção. Afinal como ficaria?
Azul e Gol como "Low Fare" e Varig brigando com a TAM?
Ou mata de vez a Varig e deiza a Azul como "Low Fare" e a Gol vai brigar com a TAM? Ou ainda, fica a Gol como "Low fare", some a Azul (que nem nasceu) e recria a Varig, de novo, para brigar com a TAM? Ou...
São muitas opções de arranjo, mas todas nos remetem ao mesmo duopólio que não é interessante para o passageiro.
E mais, nessa negociação ainda tem a EMBRAER querendo vender avião. Com a junção vai mesmo ter chance de vender? Depende do arranjo resultante.
Enfim, depois disso tudo, volto ao início. Me parece variáveis demais para um equação só.
Torço para tudo dê certo e o mercado de aviação tenha dias melhores, mas no momento me parece muito confuso para qualquer coisa.
Vamos ver quais serão as cenas do próximo capítulo.
Abraços a todos.

Lúcio Cavalcanti