1. Mistério ronda destino da Vasp
2. Empresa vai transformar jatos em cargueiros
3. Vaspex perde 116 franqueados para a Varig
4. Querosene de aviação sofre alta de 10,6%
5. Sindicato prepara manifestação contra a Vasp
6. Aéreas atrasam a Lei de Falências
7. Quatro décadas
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1. Mistério ronda destino da Vasp
Fonte: Tribuna da Imprensa
A Vasp suspendeu as demissões que iria começar a fazer ontem, cujo total poderia chegar a 360, porque estaria negociando com um suposto investidor interessado em comprar a empresa, segundo funcionários e fontes ligadas à empresa. O rumor ganhou força no último domingo, quando o jato do presidente e dono da companhia, Wagner Canhedo, pousou às 22 horas no Recife, segundo pessoas que viram a aeronave onde mora o interlocutor do grupo interessado, que se chamaria Hightech e seria formado por árabes e americanos. Ontem à tarde, a Vasp informou não ter conhecimento desssa informação.O valor do investimento e a proporção acionária que tal grupo estaria interessado não foram revelados por estas fontes, mas a legislação da aviação civil só permite que estrangeiros possam ter até 20% de empresa aérea brasileira. "Está todo mundo com a pulga atrás da orelha com essa negociação", disse uma pessoa que acompanha as conversações.Segundo estas fontes, todos que ouviram sobre esse negócio estranharam o mistério que cerca tal grupo. A dúvida existe porque a situação financeira e operacional da empresa aérea é difícil e levou a empresa ter suas operações canceladas, semana passada, pelo Departamento de Aviação Civil (DAC).
O vice-presidente da Vasp e filho de Canhedo, Rodolfo, estaria ainda no Recife para prosseguir com as negociações. Já o pai retornou ontem por volta das 14h30 para Brasília. Segundo pessoas próximas, o presidente da empresa teria pensado em convocar uma entrevista coletiva para anunciar a negociação. No entanto, ele teria voltado atrás e decidido comunicar antes o governo, o que poderá ser feito hoje.
Demissões
A intenção da Vasp era cortar em torno de 360 aeronautas, após ter perdido todas as autorizações para realizar vôos regulares de passageiros. Só restariam 15 comandantes, sendo que ao todo são 90, 15 co-pilotos (também são 90), 10 engenheiros de vôo, de 18, e 20 comissários, de um contigente de 220.
Essas pessoas seriam aproveitadas para manter a operação da Vaspex, empresa de transporte de cargas, que atualmente realiza dois vôos diários que não foram cassados pelo DAC. Parte da equipe que deverá ser mantida também poderia ser aproveitada para eventuais vôos fretados, com uma aeronave Boeing 737-300.
A Vasp foi punida na semana passada pelo DAC porque vinha cancelado vôos com taxa de opcupação dos aviões abaixo de 50%. Para o deparamento, essa medida não é condizente com uma concessionária de serviços públicos. A Vasp pode, ainda, se tornar uma companhia de vôos fretados ou pedir novas autorizações de vôos. A empresa não perdeu sua concessão de transporte aéreo, que vence em abril.
Fonte: Tribuna da Imprensa (01/02/05)
2. Empresa vai transformar jatos em cargueiros
Sem passageiros, Vasp direciona aviões para o transporte de cargas
Fonte: Folha de S.Paulo
Sem poder transportar passageiros por determinação do DAC (Departamento de Aviação Civil), a Vasp decidiu investir nas cargas em 2005. Pelo menos duas aeronaves que serviam a passageiros serão direcionadas neste primeiro semestre para o Vaspex, serviço expresso de remessa da aérea.
Na semana passada, após realizar uma auditoria na Vasp, o órgão, que regulamenta a aviação civil, decidiu cancelar as últimas oito rotas de passageiros que vinham sendo operadas pela companhia aérea.
"Já que a área de passageiros está em estudos, a intenção é focar em cargas, agora. Nós já tínhamos necessidade de aumentar a oferta", diz Ronan Hudson, diretor de cargas da Vasp.
A previsão, de acordo com ele, é chegar a um crescimento entre 20% e 25% na quantidade de cargas transportadas pelo Vaspex em comparação com o ano passado, quando foram entregues 4 milhões de encomendas.
Dependendo da demanda no segundo semestre, segundo Hudson, a empresa pode alocar mais aeronaves que anteriormente transportavam passageiros para usar como cargueiros. "Vamos avaliar o comportamento da demanda", diz o diretor.
O Vaspex, que faturou R$ 230 milhões no ano passado, fechou 2004 com 510 franqueados, de acordo com Hudson. Para este ano, a previsão é chegar a 620.
Atualmente, o serviço de cargas da Vasp utiliza dois Boeings 727-200 e dois 737-200. Outros dois 737-200 serão adaptados para funcionar como cargueiros e entrarão em operação em março e entre maio e junho. (MP)Fonte: Folha de S.Paulo (02/02/05)
3. Vaspex perde 116 franqueados para a Varig
Por: Erica Ribeiro
Fonte: O Globo
A crise da Vasp já chegou aos franqueados da empresa de transporte de cargas do grupo, a Vaspex. Cento e dezesseis donos de lojas Vaspex — que recebem e despacham encomendas — migraram para a concorrente Velog, do Grupo Varig. Os franqueados da Vaspex reclamam que a credibilidade da empresa acabou sendo afetada pela situação da Vasp, que perdeu a concessão de vôos há uma semana.
— Desde outubro, muitos franqueados fecharam as portas, e outros foram para a Velog. Recebíamos cem volumes por dia para envio, mas hoje não passam de 30 — reclama um funcionário da Vaspex.
O presidente da Velog, João Luis Bernes de Sousa, confirmou que 116 franqueados da Vaspex já assinaram pré-contratos e outros 30 estão sob análise. O diretor de cargas da Vaspex, Ronan Hudson, admite que alguns franqueados foram para a concorrente, mas não confirma o número de 116.
— Fizemos a rescisão de 62 contratos de franqueados, alguns por iniciativa da própria Vasp. É um movimento normal e já temos novas contratações em andamento — diz Hudson, acrescentando que a Vasp está concentrando esforços nas operações de carga e a Vaspex tem 510 franqueados.
Segundo ele, dois aviões que eram usados no transporte de passageiros serão transformados em cargueiros, aumentando para seis a frota da Vaspex:
— Depois do carnaval teremos uma malha aérea com abrangência nacional. A Vaspex usava o porão dos aviões comerciais da Vasp para transporte de carga. Com a suspensão dos vôos tivemos que reformular a malha. Já estamos resolvendo a situação.
A crise da Vasp acabou ajudando a Velog.
— Tínhamos 147 franqueados e nosso plano era chegar a 300 em três ou quatro anos. Com esta adesão aceleramos o crescimento, e acreditamos que este ano vamos faturar cerca de US$ 40 milhões (contra US$ 25 milhões em 2004). Infelizmente isso aconteceu numa situação difícil para a Vasp. Para nós, esse crescimento não deixa de ter um sabor amargo — diz Sousa.
Fonte: O Globo (02/02/05)
4. Querosene de aviação sofre alta de 10,6%
Fonte: Folha de S.Paulo
A Petrobras anunciou ontem reajuste de 10,6% no preço do querosene de aviação, a principal fonte de custos das empresas aéreas.
O preço do item é corrigido quinzenalmente conforme as cotações internacionais do produto e do petróleo. O valor foi reduzido em 4,6% em 16 de janeiro, mas havia subido 4,8% em 1º de janeiro, segundo a estatal.
Em 2004, o querosene teve alta acumulada de 26,5%, segundo o Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aéreas).
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, disse que a estatal teve de reajustar os preços porque o barril do petróleo subiu nas duas últimas semanas para um patamar próximo a US$ 50. A alta do óleo não deve afetar, no curto prazo, os preços de outros derivados.
Fonte: Folha de S.Paulo (02/02/05)
5. Sindicato prepara manifestação contra a Vasp
Por: Fabiana Futema
Fonte: Folha Online
O Sindicato Nacional dos Aeronautas prepara uma manifestação contra a Vasp. O sindicato organizará uma passeata nesta quinta-feira nas imediações do aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade.
Segundo o sindicato, a passeata tem o objetivo de sensibilizar a opinião pública sobre os problemas que enfrentam os funcionários da companhia. A Vasp vem atrasando os salários, não recolhe o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde 1998 e colocou 400 funcionários em licença sem remuneração em outubro passado.
Venda
Os pilotos e comissários da Vasp foram surpreendidos ontem por rumores de que a companhia aérea seria vendida para um grupo de investidores. Essa operação teria adiado as demissões dentro da Vasp, que começariam ontem.
Segundo representantes da Associação de Pilotos da Vasp, os investidores seriam liderados por um grupo conhecido como Hightech. "Nunca ouvimos falar dessa empresa. Não sabemos quem é que eles representam", disse o presidente da associação, Ariovaldo Panadés.
Por conta dessa transação, que estaria sendo negociada em Recife (PE), a Vasp teria adiado o programa de enxugamento de pessoal. Essas demissões adequariam a Vasp às determinações do DAC (Departamento de Aviação Civil), que suspendeu as últimas oito linhas em operação pela companhia.
"A informação que chegou até os funcionários é que a Vasp funcionaria apenas como empresa de cargas e de vôos charters. E que para essas atividades, não precisaria de todos os funcionários", afirmou Panadés.
A empresa --que conta hoje com cerca de 3.000 funcionários-- negou a notícia de que estaria sendo negociada para um grupo de investidores.
Fonte: Folha Online (01/02/05)
6. Aéreas atrasam a Lei de Falências
Lula deixa para o dia 10 a decisão de vetar ou não artigo que beneficia essas empresas
Por: James Allen
Fonte: O Estado de S. Paulo
As controvérsias sobre a possibilidade de as companhias aéreas serem contempladas pelas novas regras da Lei de Falências levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adiar a sanção anunciada para ontem pelo porta-voz do Palácio do Planalto, Rodrigo Baena. Diante de dúvidas da assessoria, Lula decidiu prosseguir a avaliação e aproveitar o prazo constitucional, até o dia 10, para sancionar a lei.
Ainda houve muita discussão ontem sobre os efeitos jurídicos do veto ou da manutenção do artigo - que permite as empresas aéreas a entrarem com pedido de recuperação judicial para negociar suas dívidas e continuarem funcionando - sem uma conclusão.
É a segunda vez que o presidente fica perto de sancionar o projeto e recua. Antes de viajar para a Suíça, na semana passada, Lula reuniu os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e José Dirceu, da Casa Civil, para decidir sobre a sanção. Viajou sem decidir.
Durante a viagem de Lula ao exterior, o ministro da Defesa e vice-presidente, José Alencar, fechou um acordo para a reestruturação da Varig, que deve cerca de R$ 6 bilhões, mais de 60% de dívidas com o governo.
Os esforços de dois anos para definir a reestruturação do setor seriam um obstáculo para permitir às companhias aéreas recorrererm às regras da recuperação das empresas.
Alencar viajou na segunda-feira para a África. Naquela noite, circularam informações de que ele estaria admitindo a possibilidade de beneficiar as companhias aéreas com as novas regras, e o presidente poderia desistir de vetar o artigo.
Assessores, porém, informavam que nada havia mudado e o veto provavelmente seria feito. Ontem de manhã, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) também confirmou que havia grande chance de haver o veto.
A Lei de Recuperação de Empresas, mesmo sancionada agora, só entrará em vigor dentro de quatro meses e criará novos procedimentos para que as empresas possam contar com diversos recursos para preservar os negócios e os empregos antes de ser decretada a falência, um último recurso.
Por isso mesmo, o artigo sob discussão proíbe que empresas que receberam concessão governamental para funcionar sejam contempladas pela lei. O artigo que tem causado tanta polêmica abre uma exceção para as companhias aéreas.
Fonte: O Estado de S. Paulo (02/02/05)
7. Quatro décadas
Por: Ancelmo Gois
Fonte: O Globo
Dia 10 agora, o fechamento da Panair do Brasil faz 40 anos.
Ex-funcionários encomendam uma missa para ser celebrada ao ar livre ali perto do III Comar, no Rio.
Fonte: O Globo (02/02/05)
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