Superoferta ameaça as aéreas em 2005

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Regis
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Superoferta ameaça as aéreas em 2005

Mensagem por Regis »

"Importação de aviões pode provocar guerra de tarifas, mas redução de preços põe em risco caixa das companhias

Superoferta ameaça as aéreas em 2005

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento da demanda por vôos domésticos previsto para 2005 comporta a importação de pouco mais que dez aeronaves, se a intenção é manter a média, observada no ano passado, de 66% dos assentos ocupados, segundo analistas do setor aéreo. Entretanto as principais companhias estudam trazer para o país mais de 15 aviões neste ano, no total.
Se seguirem em frente com os planos e obtiverem autorização do DAC (Departamento de Aviação Civil) para importar todas essas aeronaves, o excesso de oferta de vôos poderá fazer com que essa taxa de ocupação dos aviões caia, propiciando terreno fértil para guerras tarifárias.
Isso mostra, de acordo com especialistas, que recém-saído de uma crise que jogou as principais empresas da aviação comercial no vermelho, o setor aéreo pode estar caminhando de novo para um cenário mais turbulento.
Explica-se: quando há excesso de bilhetes aéreos ofertados, a tendência é as empresas baixarem preços para atrair passageiros. Como o consumidor do setor, principalmente no Brasil, é muito sensível a preço, a possibilidade de essa situação descambar para uma briga de tarifas é muito alta.
Isso favorece o passageiro, mas corrói a geração de caixa das companhias, forçadas a oferecer preços mais e mais baixos: a guerra tarifária foi uma das causas das atuais situações financeiras de Varig e Vasp, por exemplo.
Quando a Gol, que possui uma estrutura de custos bem mais enxuta, entrou no mercado, em 2001, passou a oferecer promoções. Para acompanhá-la, outras empresas, mais antigas e com mais gastos, reduziram preços.
"Se o governo autorizar a importação de muitas aeronaves, mais de 15 para o conjunto Varig, Gol, TAM e BRA, vai haver guerra de preços. Isso vai gerar uma nova crise de liquidez, inicialmente na Varig, que tem os custos mais altos", diz André Castellini, consultor da Bain & Company.
Atualmente, a TAM planeja trazer três A320, dois em março e um em agosto. Estuda também colocar em operação um A330 e outros dois A320 em abril. A Gol planeja voar neste ano com dois novos Boeings. Em 2006, chegam mais quatro aviões.
A charter BRA, que está em tratativas finais com o DAC para se tornar uma companhia regular, tem um pedido no órgão para trazer cinco aeronaves: um Boeing 737-400 e quatro 757-200.
Outra possibilidade de alta na oferta vem da Ocean Air: o grupo, controlador de outras empresas aéreas na América Latina, comprou 29 Fokker-100 recentemente e realiza estudos para trazer cinco ou seis desses aviões para o Brasil. "Estamos consolidando a idéia de trazer essas aeronaves ao Brasil neste ano", diz Jorge Vianna, vice-presidente da aérea.
A empresa também estuda substituir seus sete EMB-120, de 30 assentos, por Fokkers de 50 lugares em 2005. "Seria um aumento de oferta da ordem de 40%", afirma o executivo. Ele diz não acreditar em guerra tarifária neste ano: "Todo mundo já aprendeu".
A previsão de alta para a demanda é, em média, de 8% entre os analistas, ante um crescimento de 12% no ano passado na comparação com 2003.
Outro fator que pode contribuir para uma possível superoferta é o fim do compartilhamento de vôos entre Varig e TAM, que desde 2003 reduz a oferta no mercado (elas compartilham cerca de 60% de seus vôos), por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
"[O fim do "code-share'] acarretará, entre outras coisas, maiores custos para as duas companhias e a necessidade da Varig conseguir trazer mais aeronaves. Se não conseguir, vai perder participação", diz Castellini.
A saída de cena da Vasp, afirma, não deve impactar muito o mercado, já que a empresa fechou 2004 com um "market share" de 0,75%: sua participação já foi absorvida por outras empresas.
Outra previsão de analistas é que, se o dólar se manter nos patamares atuais e o petróleo recuar, as tarifas tendem a cair. "

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo-Caderno Folha Dinheiro de 30/01/05.
Anonymous

Mensagem por Anonymous »

Torço para que a BRA se torne mesmo uma empresa regular e traga realmente os B-757-2......é um dos aviões que mais gosto....

Mauro Donati
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arthuramaral_CGR
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Mensagem por arthuramaral_CGR »

Difícil de concordar com a reportagem, especialmente se considerarmos que não é razoável que o consumidor tenha que se sujeitar a pagar tarifas abusivas para manter a saúde financeira de cias. aéreas, ainda mais porque o governo tem marcante participação nessa situação, dada a carga tributária aplicada ao setor.
A reportagem também não lança olhares sobre a situação em que se encontra a oferta de assentos como um todo, pois se considerarmos que a VASP paralisou suas operações regulares, o que significou a redução de oferta de 02 A300 e mais de uma dezena de 737 e, ainda, a devolução de várias aeronaves pela VARIG (ERJ-145, 737-700/500/200) a paralização da Transbrasil em 2001 (vários 767 e 737), a retirada de vários F100 pela TAM, etc..., veremos que a oferta já está muito reduzida, o que traz conseqüências visíveis sobre os preços.
Na verdade o que deve acontecer com a entrada dessas novas aeronaves, é a acomodação às ausências antes citadas (VASP, TBA).
Espero que outros interesses, que não os do consumidor e da própria indústria da aviação, não prevaleçam.
Bruno Geovane
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Re: Superoferta ameaça as aéreas em 2005

Mensagem por Bruno Geovane »

Regis escreveu:"Importação de aviões pode provocar guerra de tarifas, mas redução de preços põe em risco caixa das companhias

Superoferta ameaça as aéreas em 2005

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento da demanda por vôos domésticos previsto para 2005 comporta a importação de pouco mais que dez aeronaves, se a intenção é manter a média, observada no ano passado, de 66% dos assentos ocupados, segundo analistas do setor aéreo. Entretanto as principais companhias estudam trazer para o país mais de 15 aviões neste ano, no total.
Se seguirem em frente com os planos e obtiverem autorização do DAC (Departamento de Aviação Civil) para importar todas essas aeronaves, o excesso de oferta de vôos poderá fazer com que essa taxa de ocupação dos aviões caia, propiciando terreno fértil para guerras tarifárias.
Isso mostra, de acordo com especialistas, que recém-saído de uma crise que jogou as principais empresas da aviação comercial no vermelho, o setor aéreo pode estar caminhando de novo para um cenário mais turbulento.
Explica-se: quando há excesso de bilhetes aéreos ofertados, a tendência é as empresas baixarem preços para atrair passageiros. Como o consumidor do setor, principalmente no Brasil, é muito sensível a preço, a possibilidade de essa situação descambar para uma briga de tarifas é muito alta.
Isso favorece o passageiro, mas corrói a geração de caixa das companhias, forçadas a oferecer preços mais e mais baixos: a guerra tarifária foi uma das causas das atuais situações financeiras de Varig e Vasp, por exemplo.
Quando a Gol, que possui uma estrutura de custos bem mais enxuta, entrou no mercado, em 2001, passou a oferecer promoções. Para acompanhá-la, outras empresas, mais antigas e com mais gastos, reduziram preços.
"Se o governo autorizar a importação de muitas aeronaves, mais de 15 para o conjunto Varig, Gol, TAM e BRA, vai haver guerra de preços. Isso vai gerar uma nova crise de liquidez, inicialmente na Varig, que tem os custos mais altos", diz André Castellini, consultor da Bain & Company.
Atualmente, a TAM planeja trazer três A320, dois em março e um em agosto. Estuda também colocar em operação um A330 e outros dois A320 em abril. A Gol planeja voar neste ano com dois novos Boeings. Em 2006, chegam mais quatro aviões.
A charter BRA, que está em tratativas finais com o DAC para se tornar uma companhia regular, tem um pedido no órgão para trazer cinco aeronaves: um Boeing 737-400 e quatro 757-200.
Outra possibilidade de alta na oferta vem da Ocean Air: o grupo, controlador de outras empresas aéreas na América Latina, comprou 29 Fokker-100 recentemente e realiza estudos para trazer cinco ou seis desses aviões para o Brasil. "Estamos consolidando a idéia de trazer essas aeronaves ao Brasil neste ano", diz Jorge Vianna, vice-presidente da aérea.
A empresa também estuda substituir seus sete EMB-120, de 30 assentos, por Fokkers de 50 lugares em 2005. "Seria um aumento de oferta da ordem de 40%", afirma o executivo. Ele diz não acreditar em guerra tarifária neste ano: "Todo mundo já aprendeu".
A previsão de alta para a demanda é, em média, de 8% entre os analistas, ante um crescimento de 12% no ano passado na comparação com 2003.
Outro fator que pode contribuir para uma possível superoferta é o fim do compartilhamento de vôos entre Varig e TAM, que desde 2003 reduz a oferta no mercado (elas compartilham cerca de 60% de seus vôos), por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
"[O fim do "code-share'] acarretará, entre outras coisas, maiores custos para as duas companhias e a necessidade da Varig conseguir trazer mais aeronaves. Se não conseguir, vai perder participação", diz Castellini.
A saída de cena da Vasp, afirma, não deve impactar muito o mercado, já que a empresa fechou 2004 com um "market share" de 0,75%: sua participação já foi absorvida por outras empresas.
Outra previsão de analistas é que, se o dólar se manter nos patamares atuais e o petróleo recuar, as tarifas tendem a cair. "

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo-Caderno Folha Dinheiro de 30/01/05.
Era agora o momento certo que o governo tinha que reduzir a tributação do setor aéreo, incentivando assim o crescimento do setor, pois para um país que apenas 20 milhões de brasileiros do total superior a 175 milhões viajar de avião é muito pouco. É por essa razão, se o governo reduzisse a carga tributária do setor não iam faltar pessoas para viajar de avião, pois os preços altos das passagens graças a essa tributação abusiva impedem o brasileiro de usufruir do melhor meio de transporte.
Abraços
Bruno Geovane
b.geovane@terra.com.br
MSN Messenger: b_geovane@hotmail.com
Bruno Geovane
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Re: Superoferta ameaça as aéreas em 2005

Mensagem por Bruno Geovane »

Regis escreveu:"Importação de aviões pode provocar guerra de tarifas, mas redução de preços põe em risco caixa das companhias

Superoferta ameaça as aéreas em 2005

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento da demanda por vôos domésticos previsto para 2005 comporta a importação de pouco mais que dez aeronaves, se a intenção é manter a média, observada no ano passado, de 66% dos assentos ocupados, segundo analistas do setor aéreo. Entretanto as principais companhias estudam trazer para o país mais de 15 aviões neste ano, no total.
Se seguirem em frente com os planos e obtiverem autorização do DAC (Departamento de Aviação Civil) para importar todas essas aeronaves, o excesso de oferta de vôos poderá fazer com que essa taxa de ocupação dos aviões caia, propiciando terreno fértil para guerras tarifárias.
Isso mostra, de acordo com especialistas, que recém-saído de uma crise que jogou as principais empresas da aviação comercial no vermelho, o setor aéreo pode estar caminhando de novo para um cenário mais turbulento.
Explica-se: quando há excesso de bilhetes aéreos ofertados, a tendência é as empresas baixarem preços para atrair passageiros. Como o consumidor do setor, principalmente no Brasil, é muito sensível a preço, a possibilidade de essa situação descambar para uma briga de tarifas é muito alta.
Isso favorece o passageiro, mas corrói a geração de caixa das companhias, forçadas a oferecer preços mais e mais baixos: a guerra tarifária foi uma das causas das atuais situações financeiras de Varig e Vasp, por exemplo.
Quando a Gol, que possui uma estrutura de custos bem mais enxuta, entrou no mercado, em 2001, passou a oferecer promoções. Para acompanhá-la, outras empresas, mais antigas e com mais gastos, reduziram preços.
"Se o governo autorizar a importação de muitas aeronaves, mais de 15 para o conjunto Varig, Gol, TAM e BRA, vai haver guerra de preços. Isso vai gerar uma nova crise de liquidez, inicialmente na Varig, que tem os custos mais altos", diz André Castellini, consultor da Bain & Company.
Atualmente, a TAM planeja trazer três A320, dois em março e um em agosto. Estuda também colocar em operação um A330 e outros dois A320 em abril. A Gol planeja voar neste ano com dois novos Boeings. Em 2006, chegam mais quatro aviões.
A charter BRA, que está em tratativas finais com o DAC para se tornar uma companhia regular, tem um pedido no órgão para trazer cinco aeronaves: um Boeing 737-400 e quatro 757-200.
Outra possibilidade de alta na oferta vem da Ocean Air: o grupo, controlador de outras empresas aéreas na América Latina, comprou 29 Fokker-100 recentemente e realiza estudos para trazer cinco ou seis desses aviões para o Brasil. "Estamos consolidando a idéia de trazer essas aeronaves ao Brasil neste ano", diz Jorge Vianna, vice-presidente da aérea.
A empresa também estuda substituir seus sete EMB-120, de 30 assentos, por Fokkers de 50 lugares em 2005. "Seria um aumento de oferta da ordem de 40%", afirma o executivo. Ele diz não acreditar em guerra tarifária neste ano: "Todo mundo já aprendeu".
A previsão de alta para a demanda é, em média, de 8% entre os analistas, ante um crescimento de 12% no ano passado na comparação com 2003.
Outro fator que pode contribuir para uma possível superoferta é o fim do compartilhamento de vôos entre Varig e TAM, que desde 2003 reduz a oferta no mercado (elas compartilham cerca de 60% de seus vôos), por determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
"[O fim do "code-share'] acarretará, entre outras coisas, maiores custos para as duas companhias e a necessidade da Varig conseguir trazer mais aeronaves. Se não conseguir, vai perder participação", diz Castellini.
A saída de cena da Vasp, afirma, não deve impactar muito o mercado, já que a empresa fechou 2004 com um "market share" de 0,75%: sua participação já foi absorvida por outras empresas.
Outra previsão de analistas é que, se o dólar se manter nos patamares atuais e o petróleo recuar, as tarifas tendem a cair. "

Fonte: Jornal Folha de S.Paulo-Caderno Folha Dinheiro de 30/01/05.
Era agora o momento certo que o governo tinha que reduzir a tributação do setor aéreo, incentivando assim o crescimento do setor, pois para um país que apenas 20 milhões de brasileiros do total superior a 175 milhões viajar de avião é muito pouco. É por essa razão, se o governo reduzisse a carga tributária do setor não iam faltar pessoas para viajar de avião, pois os preços altos das passagens graças a essa tributação abusiva impedem o brasileiro de usufruir do melhor meio de transporte.
Abraços
Bruno Geovane
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