(Especial ANGOP - 12/01/2007)
Autor: Santos Vilola
Aeroporto Joaquim Kapango, do Kuito, pode ser reaberto ao tráfego em Novembro próximo
Uma pista para a última geração de Boeings
Quando estiver operacional, provavelmente em Novembro do ano em curso, a pista do Aeroporto Joaquim Kapango, no Kuito, terá capacidade para receber a última geração de Boeings adquiridos recentemente pela transportadora aérea nacional, TAAG. A intervenção dos técnicos da multinacional norte-americana Boeing obrigou a uma reprogramação do projecto de reconstrução da pista, alargando de Abril para Novembro a previsão de entrega da obra. Esta alteração elevou igualmente para 18 milhões de dólares, contra os 14 inicialmente previstos, o orçamento da obra, a cargo da empresa Paviterra. A pista terá dois quilómetros e meio de cumprimento e 60 metros de largura. A alternativa tem sido a pista do Aeródromo "Comandante Simeone Mucune", no Andulo
No horizonte dos 115 trabalhadores envolvidos na obra está o mês de Novembro, do ano em curso, como prazo peremptório para a conclusão dos trabalhos de recuperação da pista do Aeroporto Joaquim Kapango, na capital da província do Bié, Kuito.
No terreno chove sempre, mas não o suficiente para impedir que 115 trabalhadores suspendam os trabalhos de recuperação da pista, que chegou a conhecer obras duas vezes em menos de cinco anos.
A Paviterra concentrou no terreno, para além da força humana, todos os meios materiais necessários, incluindo uma britadeira. Os inertes (areia e pedra) são extraídos nos arredores da cidade.
O município do Kuito perdeu para o Andulo, nos últimos anos, protagonismo em termos de movimento e ligação aérea. Andulo hoje é a alternativa à ligação aérea da província e capitaliza a vida económica da região.
A geração de Boeings adquiridos recentemente pela companhia aérea nacional obrigou a uma intervenção dos seus técnicos e consequente alteração no reperfilamento e reforço dos dois mil e 500 metros de pista. A intenção é adaptá-la às novas exigências técnicas de aviões de grande porte.
O receio que se levantava era de que na cabeceira da polémica pista do Aeroporto Joaquim Kapango existisse um lençol de água subterrânea que acelerasse a degradação da infra-estrutura aeroportuária. O engenheiro Adelino Ferreira, da Paviterra, empresa que executa o projecto, esclareceu que tecnicamente não estava confirmada a existência do lençol friático, mas ainda assim o projecto de drenagem vai acautelar eventuais infiltrações.
As obras de recuperação da pista começaram em Agosto de 2005 e até agora já foram concluídos mais de mil e 500 metros de pista. A reparação prevê igualmente a reparação das estruturas do aeroporto e seus acessos. As obras estão a respeitar futuros projectos de iluminação da pista.
O orçamento inicial rondava os 14 milhões de dólares, mas alterações feitas ao projecto elevaram-no para 18 milhões.
A par das obras de reparação da pista será feito um projecto de vedação e iluminação. A reparação em curso na pista está a deixar intervalos e valas para futuras melhorias.
Quando estiver concluída, em Novembro do ano em curso, a pista do Aeroporto Joaquim Kapango vai entrar na rota dos aviões Boeing de última geração adquiridos pela transportadora aérea nacional, TAAG, após uma década de paralisação.
Os trabalhos de recuperação foram divididos em três fases. A primeira recuperou mil metros, a segunda 500 e a terceira vai recuperar também mil metros.
O engenheiro Adelino Ferreira confirmou que foi entregue ao dono da obra uma reprogramação motivada pela última operação de alargamento para 60 metros exigido para a operação das aeronaves da Boeing. "Este programa tem uma previsão para Novembro do ano em curso. Entretanto, o prazo não pode ser encarado como oficial, porque o dono da obra ainda não o aprovou", referiu.
Ligação rodoviária segura
A estrada nacional número 140, no troço Kuito - Huambo, era a maior preocupação para os automobilistas que circulavam naquele eixo rodoviário.
Importante pela ligação entre as duas províncias do Centro e Sul do país, a estrada apresentava um avançado estado de degradação, sobretudo nos últimos 60 quilómetros em direcção ao Kuito.
O troço do Kuito à ponte do rio Cutato já foi reparado pela Paviterra. O encarregado de obras da referida empresa, Júlio Novais de Sousa, garante um ano até à próxima manutenção. Envolvidas na obra estavam seis máquinas, sendo duas niveladoras, um tractor D 6, dois cilindros, uma pá carregadora, e 12 homens.
Kuito: Aeroporto poderá ser aberto em novembro
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