Não sei se isso já foi apresentado por aqui, porém, segue um breve artigo de uma curiosidade a respeito da operação do C-46 da Varig. Reproduzo o texto original, portanto, se existir alguma coisa errada ou incompleta, por favor, façam as devidas correções.
É a minha primeira mensagem com fotos, e não sei se o tamanho das imagens está adequado. Caso contrário, gostaria de uma orientação quanto a esse limite, bem como o de quantidade de fotos por tópico.
Um abraço,
Contrails
Jato Propulsão Auxiliar
Em 1953, a Varig iniciou no Brasil o emprego da jatopropulsão auxiliar nos seus serviços aéreos, instalando na maioria dos seus aviões Curtiss Commando os turbo-reatores “Palas”. Em cada aeronave eram colocadas duas unidades.
Os turbo-reatores Palas, de fabricação francesa, tinham a função de fontes auxiliares de potência, tendo em vista o aumento de desempenho em vôo monomotor, trazendo, assim, indiscutível vantagem. Na Varig, eles eram utilizados somente como eventuais dispositivos complementares, destinados a elevar o índice de segurança nos vôos.
Entravam em funcionamento em todas as decolagens, até ser atingida uma altitude de segurança, bem como nos pousos mais difíceis, isto é, naqueles que pudessem acontecer uma provável arremetida. Em casos de emergência, essas pequenas turbinas podiam manter o avião em vôo por algumas horas.
Com a introdução dos turbo-reatores houve um aumento de 20 km/h na velocidade de cruzeiro, as decolagens eram encurtadas em aproximadamente 70m e, quando desligados, ofereciam pouca resistência ao avanço.
1. Para operar em Buenos Aires, a empresa resolveu dotar os seus C-46 com duas turbinas auxiliares, o que lhe conferia normas de equivalência a um avião com quatro motores.

2. Com a aquisição dos aviões Convair 240 e o Super Constellation, essas turbinas foram desativadas, sendo, na sua maioria, vendidas para a FAB, que as instalou nos seus C-119.

3. A Varig, em 1953, incorporou dois turbo-reatores “Palas” na maioria de seus C-46, em decorrência da determinação do Ministério da Aeronáutica da Argentina, que por medida de segurança de vôo, determinou que, em seu território, somente poderiam operar aviões quadrimotores.

Texto e fotografias: Museu da Varig.

