"INCIDENTE GRAVE" E LA NA ANARC E INFRAZERO A MESM

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Armando Italo
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"INCIDENTE GRAVE" E LA NA ANARC E INFRAZERO A MESM

Mensagem por Armando Italo »

Recebi esta noticia e acontecido em 05/09 passado, o relato sobre um incidente grave com um amigo que voa na executiva.
Por razões obvias, os seus nomes e a cia proprietaria da aeronave em referencia serão preservadas.
Espero a compreeensão de todos por favor.
Abraços
Armando Italo
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

LEIAM COM BASTANTE ATENÇÃO.

O que segue é considerado INCIDENTE GRAVE e ocorreu com o Learjet da XXXXXX após decolagem de Congonhas em 05 setembro de 2007.

SINOPSE DO ACONTECIDO.

Todos a bordo, a aeronave é autorizada a decolar e o faz
a partir de Congonhas. Logo após, a muito baixa altura entram numa
chuva torrencial de granizo. O Controle São Paulo não os alertou,
não havia boletim meteorológico apontando qualquer evidência desse
fenômeno e devido a pouca amplitude de varredura do radar de bordo
não foi possível detetar o problema antes de que estivessem voando
dentro dele. Somente após a aeronave reportar o fato foi que foram
proibidas as decolagens/pousos a partir do Aeroporto de Congonhas.

Três importantes pontos podemos destacar deste evento:

1- A crise a qual o Brasil atravessa em termos de Controle de Tráfego
Aéreo tem reflexo direto na SEGURANÇA DE VÔO e os riscos envolvidos
são reais, palpáveis e encontram-se em nível preocupante. O Controle
São Paulo não poderia ter autorizado aquela decolagem já que o mau
tempo contendo o granizo é detetável no(s) radar(es) meteorológicos
da região. Não sabemos se outras aeronaves na região também
sofreram danos ou preventivamente foram desviadas da área afetada;
2- A situação é anormal, portanto, a EXPERIÊNCIA E DECISÃO da
tripulação refletem a qualidade do seu TREINAMENTO;
3- Caso simplesmente o radar de bordo estivesse inoperante a aeronave
não poderia ser despachada para vôo.


Daí, pensamentos do tipo:

a) O RADAR ESTÁ EM PANE MAS VAI SER SÓ ESSE VÔO, DEIXAMOS O PAX NO DESTINO E DEPOIS PARAMOS PARA MANUTENÇÃO;
b) O TEMPO ESTÁ BOM, NÃO É POSSÍVEL QUE LOGO HOJE VAI DAR ALGUMA COISA ERRADA;
C) PARAR UM AVIÃO SÓ PORQUE O RADAR ESTÁ EM PANE É SER MUITO RADICAL
etc etc etc.

O fato é que por força de lei e, para a proteção de todos aqueles
que se utilizam de aeronaves, existe um documento a bordo chamado -
MEL, o qual indica se a aeronave pode ser despachada ou não para vôo
com determinado item(itens) em pane, o tempo para e a ação corretiva
necessária a ser adotada. O tal item em pane pode ser o que chamamos
de ITEM NO GO, como o radar o é. ITEM NO GO significa dizer que,
estando em pane aquele item a aeronave simplesmente não pode voar, se estiver em vôo, deve analisar a situação e em determinadas
ocasiões, pousar no aeródromo mais próximo e de lá sair somente
quando o item (itens) for submetido a ação corretiva descrita na MEL.

Se neste dia o Learjet estivesse com seu radar em pane (RADAR
É UM ITEM NO GO NA MEL) e assim fechando os olhos para o problema e
prosseguido na decolagem, não saberíamos dizer qual teria sido o fim
da história.

Sair dessa situação de emergência com o radar operando já não foi
muito fácil, os estragos nas asas foram substanciais, os motores
ingeriram FOD (granizo) etc. Felizmente a perda aqui foi somente
material!

CONCLUSÃO

O setor de aviação no Brasil está realmente em crise e nós temos o
dever e a obrigação de nos mantermos fora dessa crise que, pela
previsão dos estudiosos do setor, deve se estender até meados de
2010.

Em quanto isso la em BSB, as otoridades da INFRAZERO E ANARC CIA LTDA.

:ninja:

algumas fotos de como ficou o avião
Imagem
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Editado pela última vez por Armando Italo em Qua Nov 07, 2007 13:26, em um total de 1 vez.
rafaelguimaraes
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Mensagens: 402
Registrado em: Qua Ago 10, 2005 11:51

Re: "INCIDENTE GRAVE" E LA NA ANARC E INFRAZERO A

Mensagem por rafaelguimaraes »

Armando Italo escreveu:Recebi esta noticia e acontecido em 05/09 passado, sobre o relato sobre um incidente grave com um amigo que voa na executiva.
Por razões obvias, os seus nomes e a cia proprietaria da aeronave em referencia serão preservadas.
Espero a compreeensão de todos por favor.
Abraços
Armando Italo
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LEIAM COM BASTANTE ATENÇÃO.

O que segue é considerado INCIDENTE GRAVE e ocorreu com o Learjet da XXXXXX após decolagem de Congonhas em 05 setembro de 2007.

SINOPSE DO ACONTECIDO.

Todos a bordo, a aeronave é autorizada a decolar e o faz
a partir de Congonhas. Logo após, a muito baixa altura entram numa
chuva torrencial de granizo. O Controle São Paulo não os alertou,
não havia boletim meteorológico apontando qualquer evidência desse
fenômeno e devido a pouca amplitude de varredura do radar de bordo
não foi possível detetar o problema antes de que estivessem voando
dentro dele. Somente após a aeronave reportar o fato foi que foram
proibidas as decolagens/pousos a partir do Aeroporto de Congonhas.

Três importantes pontos podemos destacar deste evento:

1- A crise a qual o Brasil atravessa em termos de Controle de Tráfego
Aéreo tem reflexo direto na SEGURANÇA DE VÔO e os riscos envolvidos
são reais, palpáveis e encontram-se em nível preocupante. O Controle
São Paulo não poderia ter autorizado aquela decolagem já que o mau
tempo contendo o granizo é detetável no(s) radar(es) meteorológicos
da região. Não sabemos se outras aeronaves na região também
sofreram danos ou preventivamente foram desviadas da área afetada;
2- A situação é anormal, portanto, a EXPERIÊNCIA E DECISÃO da
tripulação refletem a qualidade do seu TREINAMENTO;
3- Caso simplesmente o radar de bordo estivesse inoperante a aeronave
não poderia ser despachada para vôo.


Daí, pensamentos do tipo:

a) O RADAR ESTÁ EM PANE MAS VAI SER SÓ ESSE VÔO, DEIXAMOS O PAX NO DESTINO E DEPOIS PARAMOS PARA MANUTENÇÃO;
b) O TEMPO ESTÁ BOM, NÃO É POSSÍVEL QUE LOGO HOJE VAI DAR ALGUMA COISA ERRADA;
C) PARAR UM AVIÃO SÓ PORQUE O RADAR ESTÁ EM PANE É SER MUITO RADICAL
etc etc etc.

O fato é que por força de lei e, para a proteção de todos aqueles
que se utilizam de aeronaves, existe um documento a bordo chamado -
MEL, o qual indica se a aeronave pode ser despachada ou não para vôo
com determinado item(itens) em pane, o tempo para e a ação corretiva
necessária a ser adotada. O tal item em pane pode ser o que chamamos
de ITEM NO GO, como o radar o é. ITEM NO GO significa dizer que,
estando em pane aquele item a aeronave simplesmente não pode voar, se estiver em vôo, deve analisar a situação e em determinadas
ocasiões, pousar no aeródromo mais próximo e de lá sair somente
quando o item (itens) for submetido a ação corretiva descrita na MEL.

Se neste dia o Learjet estivesse com seu radar em pane (RADAR
É UM ITEM NO GO NA MEL) e assim fechando os olhos para o problema e
prosseguido na decolagem, não saberíamos dizer qual teria sido o fim
da história.

Sair dessa situação de emergência com o radar operando já não foi
muito fácil, os estragos nas asas foram substanciais, os motores
ingeriram FOD (granizo) etc. Felizmente a perda aqui foi somente
material!

CONCLUSÃO

O setor de aviação no Brasil está realmente em crise e nós temos o
dever e a obrigação de nos mantermos fora dessa crise que, pela
previsão dos estudiosos do setor, deve se estender até meados de
2010.

Em quanto isso la em BSB, as otoridades da INFRAZERO E ANARC CIA LTDA.

:ninja:

algumas fotos de como ficou o avião
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Acho que o granizo rolou antes de 05/09 aqui...se não me engano foi no dia 03/09

Rafael
carlos oliveira
PC
PC
Mensagens: 197
Registrado em: Dom Dez 19, 2004 11:38

Re: "INCIDENTE GRAVE" E LA NA ANARC E INFRAZERO A

Mensagem por carlos oliveira »

Armando Italo escreveu:Recebi esta noticia e acontecido em 05/09 passado, sobre o relato sobre um incidente grave com um amigo que voa na executiva.
Por razões obvias, os seus nomes e a cia proprietaria da aeronave em referencia serão preservadas.
Espero a compreeensão de todos por favor.
Abraços
Armando Italo
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

LEIAM COM BASTANTE ATENÇÃO.

O que segue é considerado INCIDENTE GRAVE e ocorreu com o Learjet da XXXXXX após decolagem de Congonhas em 05 setembro de 2007.

SINOPSE DO ACONTECIDO.

Todos a bordo, a aeronave é autorizada a decolar e o faz
a partir de Congonhas. Logo após, a muito baixa altura entram numa
chuva torrencial de granizo. O Controle São Paulo não os alertou,
não havia boletim meteorológico apontando qualquer evidência desse
fenômeno e devido a pouca amplitude de varredura do radar de bordo
não foi possível detetar o problema antes de que estivessem voando
dentro dele. Somente após a aeronave reportar o fato foi que foram
proibidas as decolagens/pousos a partir do Aeroporto de Congonhas.

Três importantes pontos podemos destacar deste evento:

1- A crise a qual o Brasil atravessa em termos de Controle de Tráfego
Aéreo tem reflexo direto na SEGURANÇA DE VÔO e os riscos envolvidos
são reais, palpáveis e encontram-se em nível preocupante. O Controle
São Paulo não poderia ter autorizado aquela decolagem já que o mau
tempo contendo o granizo é detetável no(s) radar(es) meteorológicos
da região. Não sabemos se outras aeronaves na região também
sofreram danos ou preventivamente foram desviadas da área afetada;
2- A situação é anormal, portanto, a EXPERIÊNCIA E DECISÃO da
tripulação refletem a qualidade do seu TREINAMENTO;
3- Caso simplesmente o radar de bordo estivesse inoperante a aeronave
não poderia ser despachada para vôo.


Daí, pensamentos do tipo:

a) O RADAR ESTÁ EM PANE MAS VAI SER SÓ ESSE VÔO, DEIXAMOS O PAX NO DESTINO E DEPOIS PARAMOS PARA MANUTENÇÃO;
b) O TEMPO ESTÁ BOM, NÃO É POSSÍVEL QUE LOGO HOJE VAI DAR ALGUMA COISA ERRADA;
C) PARAR UM AVIÃO SÓ PORQUE O RADAR ESTÁ EM PANE É SER MUITO RADICAL
etc etc etc.

O fato é que por força de lei e, para a proteção de todos aqueles
que se utilizam de aeronaves, existe um documento a bordo chamado -
MEL, o qual indica se a aeronave pode ser despachada ou não para vôo
com determinado item(itens) em pane, o tempo para e a ação corretiva
necessária a ser adotada. O tal item em pane pode ser o que chamamos
de ITEM NO GO, como o radar o é. ITEM NO GO significa dizer que,
estando em pane aquele item a aeronave simplesmente não pode voar, se estiver em vôo, deve analisar a situação e em determinadas
ocasiões, pousar no aeródromo mais próximo e de lá sair somente
quando o item (itens) for submetido a ação corretiva descrita na MEL.

Se neste dia o Learjet estivesse com seu radar em pane (RADAR
É UM ITEM NO GO NA MEL) e assim fechando os olhos para o problema e
prosseguido na decolagem, não saberíamos dizer qual teria sido o fim
da história.

Sair dessa situação de emergência com o radar operando já não foi
muito fácil, os estragos nas asas foram substanciais, os motores
ingeriram FOD (granizo) etc. Felizmente a perda aqui foi somente
material!

CONCLUSÃO

O setor de aviação no Brasil está realmente em crise e nós temos o
dever e a obrigação de nos mantermos fora dessa crise que, pela
previsão dos estudiosos do setor, deve se estender até meados de
2010.

Em quanto isso la em BSB, as otoridades da INFRAZERO E ANARC CIA LTDA.

:ninja:

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Caro Armando Ítalo !!

Parabens pelo reporte, é muito importante tudo o que escreveu,

Receba meus humildes cumprimentos.
"Vivendo o presente, preparando o futuro"
Armando Italo
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Mensagens: 88
Registrado em: Dom Set 02, 2007 10:54
Localização: SAO

Mensagem por Armando Italo »

Obrigado Carlos pelas suas palavras e aos demais que aqui postaram
Esses fatos, apesar de serem extremamente sérios, relevantes e desagradaveis de ler, ver e ouvir, devem ser postados para servir de alerta as "otoridades"
Se existir otoridades nestas alturas "do campeonato" para ver quem é o mais incompetente.
Êitaaaaaaa ANARCA
:Muro:
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