Acidente em Bacacheri 1996
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- MULTI
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Acidente em Bacacheri 1996
Essa é mais pro pessoal aqui de Curitiba.
Estava pesquisando na internet e não achei nada, alguém teria como me ajudar em informações desse acidente??? Sei que ocorreu aqui em Curitiba, aeronave decolou do aeroporto do Bacacheri e caiu a aproximadamente 5km do aeródromo. Em que lugar mais precisamente alguém sabe?? Tratava-se do Baron PT-OYH do abatebouro MATEL é só isso que eu sei!! Talvez fotos que alguém tenha...também serão interessantes.
Abraçosss
Estava pesquisando na internet e não achei nada, alguém teria como me ajudar em informações desse acidente??? Sei que ocorreu aqui em Curitiba, aeronave decolou do aeroporto do Bacacheri e caiu a aproximadamente 5km do aeródromo. Em que lugar mais precisamente alguém sabe?? Tratava-se do Baron PT-OYH do abatebouro MATEL é só isso que eu sei!! Talvez fotos que alguém tenha...também serão interessantes.
Abraçosss
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- MULTI
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- Constellation
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Relatório
Caro Marcelo,
O acidente com o Baron BE-58 - PT-OYH, de propriedade da MATEL - Matadouro Eldorado SA, ocorreu às 19:30 H do dia 13 de setembro de 1996, em Curitiba/PR.
Foi classificado como Perda de Controle em Vôo.
A aeronave decolou do Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba, com destino a Campo Grande. Após a decolagem da Pista 17, na execução do perfil da Subida ERON 2, o controlador do APP-CT observou, através da apresentação do Radar Secundário, que a aeronave estava realizando curva à direita quando o previsto seria uma curva à esquerda para interceptar a radial 005 do VOR CTB. Questionado do seu procedimento, o piloto informou estar na radial 004 e cruzando a proa 150º, sendo esta a sua última transmissão.
A aeronave foi encontrada a 5 Km do aeroporto, tendo colidido verticalmente com o solo. Houve perda total da aeronave e os ocupantes faleceram no local.
A investigação relatou que o piloto sofreu perda de consciência situacional, seguido de desorientação espacial. As análises feitas nos motores e nas hélices não mostraram nenhum indício de anormalidade no funcionamento.
A subida instrumento não foi planejada, o piloto encontrava-se com um nível de fadiga muito elevado, com jornada de trabalho extrapolada muito além dos limites.
Um abraço.
O acidente com o Baron BE-58 - PT-OYH, de propriedade da MATEL - Matadouro Eldorado SA, ocorreu às 19:30 H do dia 13 de setembro de 1996, em Curitiba/PR.
Foi classificado como Perda de Controle em Vôo.
A aeronave decolou do Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba, com destino a Campo Grande. Após a decolagem da Pista 17, na execução do perfil da Subida ERON 2, o controlador do APP-CT observou, através da apresentação do Radar Secundário, que a aeronave estava realizando curva à direita quando o previsto seria uma curva à esquerda para interceptar a radial 005 do VOR CTB. Questionado do seu procedimento, o piloto informou estar na radial 004 e cruzando a proa 150º, sendo esta a sua última transmissão.
A aeronave foi encontrada a 5 Km do aeroporto, tendo colidido verticalmente com o solo. Houve perda total da aeronave e os ocupantes faleceram no local.
A investigação relatou que o piloto sofreu perda de consciência situacional, seguido de desorientação espacial. As análises feitas nos motores e nas hélices não mostraram nenhum indício de anormalidade no funcionamento.
A subida instrumento não foi planejada, o piloto encontrava-se com um nível de fadiga muito elevado, com jornada de trabalho extrapolada muito além dos limites.
Um abraço.

- Constellation
- Moderador
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Consta no relatório final do CENIPA a seguinte conclusão sobre este acidente:
CONCLUSÃO
Fator Humano
(1). Aspecto Fisiológico - Contribuiu
O piloto apresentava elevado nível de fadiga. Os fatos anteriores ao acidente denotam que o piloto adotava uma postura inadequada em relação aos períodos de repouso regulamentar para a atividade aérea.
(2). Aspecto Psicológico - Contribuiu
O piloto superestimava suas condições físico-psíquicas frente às desgastantes jornadas que se impunha
No caso desse vôo, há indícios de deficiência de raciocínio, distração, dificuldades de concentração e outros sintomas característicos de estresse, levando ao baixo nível de vigília, insuficiente controle, desorientação espacial, entrada em atitude anormal e dificuldade em recuperar o vôo normal.
Fator Operacional
(1) Condições Meteorológicas Adversas - Contribuíram
As condições meteorológicas na fase do vôo (subida IFR) eram de vôo IMC em noite escura e dentro de camada de nuvens. Essa condição contribuiu para a perda de controle. O teto e a visibilidade reduzidos contribuíram para impossibilitar a recuperação.
(2) Deficiente Planejamento - Contribuiu
O piloto não tomou conhecimento das condições meteorológicas do local, da rota e do destino antes de decolar
O piloto não planejou adequadamente a sua jornada de trabalho.
É provável que não tenha planejado adequadamente a fase de subida IFR (subida EROM 2).
(3). Deficiente Julgamento - Contribuiu
O piloto não julgou corretamente as condições em que vinha voando, superestimou suas condições físicas diante do estressante trabalho que realizava.
(4). Deficiente Aplicação de Comandos - Indeterminado
É provável que o piloto tenha se confundido no uso dos comandos ao tentar recuperar a condição de vôo normal.
(5). Deficiente Supervisão - Contribuiu
Muito embora a categoria da aeronave especifique a tripulação mínima de um piloto, o tipo da missão que era executado normalmente pelo piloto, aliada a jornada de trabalho que o mesmo efetuava, apontam para a necessidade de um co-piloto a bordo.
A empresa não atentou para as dificuldades e irregularidades que o piloto se impunha nas longas jornadas de vôo.
Abs
CONCLUSÃO
Fator Humano
(1). Aspecto Fisiológico - Contribuiu
O piloto apresentava elevado nível de fadiga. Os fatos anteriores ao acidente denotam que o piloto adotava uma postura inadequada em relação aos períodos de repouso regulamentar para a atividade aérea.
(2). Aspecto Psicológico - Contribuiu
O piloto superestimava suas condições físico-psíquicas frente às desgastantes jornadas que se impunha
No caso desse vôo, há indícios de deficiência de raciocínio, distração, dificuldades de concentração e outros sintomas característicos de estresse, levando ao baixo nível de vigília, insuficiente controle, desorientação espacial, entrada em atitude anormal e dificuldade em recuperar o vôo normal.
Fator Operacional
(1) Condições Meteorológicas Adversas - Contribuíram
As condições meteorológicas na fase do vôo (subida IFR) eram de vôo IMC em noite escura e dentro de camada de nuvens. Essa condição contribuiu para a perda de controle. O teto e a visibilidade reduzidos contribuíram para impossibilitar a recuperação.
(2) Deficiente Planejamento - Contribuiu
O piloto não tomou conhecimento das condições meteorológicas do local, da rota e do destino antes de decolar
O piloto não planejou adequadamente a sua jornada de trabalho.
É provável que não tenha planejado adequadamente a fase de subida IFR (subida EROM 2).
(3). Deficiente Julgamento - Contribuiu
O piloto não julgou corretamente as condições em que vinha voando, superestimou suas condições físicas diante do estressante trabalho que realizava.
(4). Deficiente Aplicação de Comandos - Indeterminado
É provável que o piloto tenha se confundido no uso dos comandos ao tentar recuperar a condição de vôo normal.
(5). Deficiente Supervisão - Contribuiu
Muito embora a categoria da aeronave especifique a tripulação mínima de um piloto, o tipo da missão que era executado normalmente pelo piloto, aliada a jornada de trabalho que o mesmo efetuava, apontam para a necessidade de um co-piloto a bordo.
A empresa não atentou para as dificuldades e irregularidades que o piloto se impunha nas longas jornadas de vôo.
Abs
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- PP
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- MULTI
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- Registrado em: Ter Fev 08, 2005 16:05
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Legal pessoal, obrigado pelas informações sobre este acidente!!! Estava pesquisando mesmo a título de curiosidade, porque como falei me lembrava vagarosamente deste acidente... Lembro que na época passou bastante aqui na tv local porém pensava em se tratar de um Cessna, descobri a pouco tempo que na verdade era um Baron!!
Abraços!!!
Abraços!!!
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Foi o FAB 2292 que se acidentou em 26/12/2002.
Eu cheguei a ir no local, fiz algumas fotos, mas por motivo de segurança e respeito aos falecidos, prefiro não divulgar as fotos.
O Bandeco teve pane em um dos motores, e informaram a twr sbct, estavam executando o procedimento mais rápido para o pouso.
Só que quando estavam na preparação de emergência, o outro motor apagou também, então tentaram o pouso próximo ao contorno sul.
Eu cheguei a ir no local, fiz algumas fotos, mas por motivo de segurança e respeito aos falecidos, prefiro não divulgar as fotos.
O Bandeco teve pane em um dos motores, e informaram a twr sbct, estavam executando o procedimento mais rápido para o pouso.
Só que quando estavam na preparação de emergência, o outro motor apagou também, então tentaram o pouso próximo ao contorno sul.
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- Constellation
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Dois motores em pane?? Isso cheira a pane seca...Rosvalmir Afonso escreveu:Foi o FAB 2292 que se acidentou em 26/12/2002.
Eu cheguei a ir no local, fiz algumas fotos, mas por motivo de segurança e respeito aos falecidos, prefiro não divulgar as fotos.
O Bandeco teve pane em um dos motores, e informaram a twr sbct, estavam executando o procedimento mais rápido para o pouso.
Só que quando estavam na preparação de emergência, o outro motor apagou também, então tentaram o pouso próximo ao contorno sul.
Um abraço.

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- MULTI
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- MASTER
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