[TÓPICO FIXO] VARIG
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- Maurício
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- Registrado em: Dom Dez 19, 2004 16:10
- Localização: Belo Horizonte - MG
Ouvidos Obstruídos
"Ouvidos obstruídos
Não dá para entender a agonia da Varig. Há dois meses, o consultor paulista Jayme Toscano, ligado à respeitada consultoria Boucinhas & Associados, vem oferecendo um empréstimo de US$ 1,9 bilhão para a empresa e um plano de recuperação que prevê o pagamento de todos os atrasados com as estatais, Infraero, BR Distribuidora e Banco do Brasil, em seis parcelas mensais e consecutivas. Estabelece, ainda, o pagamento às empresas de leasing mas mesmas condições. Propõe o pagamento imediato de todo o passivo trabalhista e previdenciário.
Um dos pontos fortes do plano é o acordo com a VEM (a empresa de manutenção das aeronaves) para colocar o mais rapidamente possível todas as aeronaves da Varig em condições de operação e o leasing adicional de pelo menos mais 50 aeronaves.
A proposta de Toscano é de um empréstimo, condicionado ao controle da gestão, com opção de transformação em capital, cumpridas as regras de nacionalização. Se não for exercida a opção, o empréstimo terá prazo de 15 anos para ser pago, com carência de pelo menos dois anos e meio, e juros de mercado.
Os investidores por trás de Toscano, ligados a bancos de primeira linha, acreditam que a empresa é viável e rentável e partem da premissa de que ninguém faz uma empresa do porte da Varig do dia para a noite e com tão poucos recursos.
Curiosamente, nem o juiz Luiz Roberto Ayoub, que preside o processo de recuperação judicial da empresa, nem as consultoras Álvares e Marçal e Deloitte parecem interessados em ouvir ou levar a sério o plano de Toscano. Parece que o interesse de todos é deixar a Varig morrer mesmo."
Fonte: JB (Gilberto Amaral)
Maurício.
Não dá para entender a agonia da Varig. Há dois meses, o consultor paulista Jayme Toscano, ligado à respeitada consultoria Boucinhas & Associados, vem oferecendo um empréstimo de US$ 1,9 bilhão para a empresa e um plano de recuperação que prevê o pagamento de todos os atrasados com as estatais, Infraero, BR Distribuidora e Banco do Brasil, em seis parcelas mensais e consecutivas. Estabelece, ainda, o pagamento às empresas de leasing mas mesmas condições. Propõe o pagamento imediato de todo o passivo trabalhista e previdenciário.
Um dos pontos fortes do plano é o acordo com a VEM (a empresa de manutenção das aeronaves) para colocar o mais rapidamente possível todas as aeronaves da Varig em condições de operação e o leasing adicional de pelo menos mais 50 aeronaves.
A proposta de Toscano é de um empréstimo, condicionado ao controle da gestão, com opção de transformação em capital, cumpridas as regras de nacionalização. Se não for exercida a opção, o empréstimo terá prazo de 15 anos para ser pago, com carência de pelo menos dois anos e meio, e juros de mercado.
Os investidores por trás de Toscano, ligados a bancos de primeira linha, acreditam que a empresa é viável e rentável e partem da premissa de que ninguém faz uma empresa do porte da Varig do dia para a noite e com tão poucos recursos.
Curiosamente, nem o juiz Luiz Roberto Ayoub, que preside o processo de recuperação judicial da empresa, nem as consultoras Álvares e Marçal e Deloitte parecem interessados em ouvir ou levar a sério o plano de Toscano. Parece que o interesse de todos é deixar a Varig morrer mesmo."
Fonte: JB (Gilberto Amaral)
Maurício.
- Maurício
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Definidas as empresas
Plano de emergência, que a Anac e a Varig divulgaram para informar as empresas e destinos, para transportar, até hoje, os pax que têm bilhetes Varig:
Vôos entre Brasil e Munique: Lufthansa
Entre Londres e Paris: TAM
Milão: Alitália
América do Sul: TAM, GOL, OceanAir e Avianca
América do Norte: TAM e Delta Airlines
Reforço de vôos no mercado doméstico:
TAM: + 6 extras a partir de ontem - CGH/BSB/CGH; CGH/POA/CGH E CGH/CWB/CGH; e para a 6ª feira serão + 8 extras nessas rotas. Estuda a possibilidade de aumentar os vôos internacionais;
GOL: Também vai programar vôos extras;
As duas empresas informaram que estão aceitando endosso de bilhetes Varig, mas somente se houver lugares em seus aviões.
Fonte: EM
Maurício.
Vôos entre Brasil e Munique: Lufthansa
Entre Londres e Paris: TAM
Milão: Alitália
América do Sul: TAM, GOL, OceanAir e Avianca
América do Norte: TAM e Delta Airlines
Reforço de vôos no mercado doméstico:
TAM: + 6 extras a partir de ontem - CGH/BSB/CGH; CGH/POA/CGH E CGH/CWB/CGH; e para a 6ª feira serão + 8 extras nessas rotas. Estuda a possibilidade de aumentar os vôos internacionais;
GOL: Também vai programar vôos extras;
As duas empresas informaram que estão aceitando endosso de bilhetes Varig, mas somente se houver lugares em seus aviões.
Fonte: EM
Maurício.
Acho que vc não entendeu o que eu falei!RockboyDF escreveu:E o que nós estamos vendo agora não é a mesma coisa? Uma única empresa deve monopolizar as linhas internacionais e a OceanAir não consegue utilizar sei lá quantos aviões parados porque a ANAC não deixa. Estranho não?
Em momento algum eu defendi o governo! Muito pelo contrario!
Não?Política e relações com o governo não são (eram) exclusividade da Varig, pode ter certeza!
Desculpa mas então não estamos falando do mesmo Brasil.
Se vc falar do Brasil do governo Collor para cá eu concordo com vc.
Mas durante todo o governo militar a Varig fazia o que queria nesse pais.
Como falei.A Varig também (no caso do dólar, pior pra Varig com sua grande operação internacional).
Dificudade é encontrada por todas as empresas. Inclundo a Varig.
A Varig pode ter tido mais dificudades que as outras por ser uma empresa mais antiga. Mas as outras nunca tiveram a boiada que a Varig teve por anos do governo militar.
Logo para mim os problemas enfrentados por todas cias esta muito bem equilibrado na minha opinião.
Fernando Marcato


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- Contato:
Vejo que aqui no forum existe varias opinioes, uns contras
e outros a favores, e eu tenho as minhas:
1ª) A Anac está enrolando dando tempo para a TAM e a GOL
se reestruturar, ou seja, vendo qual são as melhores rotas,
por que vejo a TAM e a GOL tambem cancelando rotas ruins.
2º) A VARIG pode pedir até 6 meses licença das linhas, ou
seja, deixar de operar para reestruturação como manda a lei.
3º) O sindicato das empresas aerea estão fazendo de tudo
para prejudicar a VARIG, pois este sindicato quem manda e
a TAM e GOL.
4º)Com a queda da VARIG , a TAM e a GOL já estão subindo
as passagens.
5º) O juiz deve vender a VARIG para quem botar o $$$$$,
primeiro.
6º) Que esse governo quer prejudicar a VARIG no maximo,
poderia liberar uns $$ do BRDE ou pagar o que deve.
7º) Á VARIG nunca devia ter saído aqui do RS.
Sds,
Moises/poa
e outros a favores, e eu tenho as minhas:
1ª) A Anac está enrolando dando tempo para a TAM e a GOL
se reestruturar, ou seja, vendo qual são as melhores rotas,
por que vejo a TAM e a GOL tambem cancelando rotas ruins.
2º) A VARIG pode pedir até 6 meses licença das linhas, ou
seja, deixar de operar para reestruturação como manda a lei.
3º) O sindicato das empresas aerea estão fazendo de tudo
para prejudicar a VARIG, pois este sindicato quem manda e
a TAM e GOL.
4º)Com a queda da VARIG , a TAM e a GOL já estão subindo
as passagens.
5º) O juiz deve vender a VARIG para quem botar o $$$$$,
primeiro.
6º) Que esse governo quer prejudicar a VARIG no maximo,
poderia liberar uns $$ do BRDE ou pagar o que deve.
7º) Á VARIG nunca devia ter saído aqui do RS.
Sds,
Moises/poa
Efeitos de um mal desfecho no cenário
Cláudio Magnavita escreve no Jornal de Turismo sobre a turbulência que assola nossa empresa, de um ponto de vista realmente diferente.
É preciso avaliar efeitos de possível fim da Varig
Relação com mercado acumulou mágoas e ninguém se deu conta de que um cenário sombrio pode se formar com o fim da empresa
Paixões de lado... é hora do trade turístico e de todos os profissionais que trabalham diretamente com o setor refletirem sobre os perigos que o turismo atravessa com a possibilidade do fechamento da VARIG. Só para o mercado europeu, principal pólo de turismo emissivo para o Brasil, a empresa aérea gaúcha, que opera em oito destinos neste continente, possui uma inigualável rede de vendas, além de conexões com os principais mercados emissores.
Para exemplificar o espaço ocupado pela VARIG no mercado entre a Europa e o Brasil, só para os próximos meses a companhia possui reservas já realizadas para 367.354 passageiros, dos quais 97.181 são grupos. Neste universo, existem para o mês de setembro 15.857 reservas, para outubro 28.516, para novembro 30.932 e para dezembro 21.876. Todos esses números referem-se a assentos reservados exclusivamente para grupos. Para passageiros individuais os números são ainda maiores. Para setembro são 108.282 passageiros, para outubro 67.665, para novembro 34.360 e para dezembro 59.866, totalizando 270.173 pax. Estes números tendem a crescer e os dados de novembro e dezembro deverão ser duplicados com a aproximação das datas.
Se houver um colapso na VARIG, o mercado não terá como redistribuir este fluxo de passageiros com a oferta remanescente existente, todas nas mãos de companhias aéreas internacionais, o que representaria uma sangria de moeda forte para a nação.
Com exceção da TAP, que prioriza o Brasil nas suas vendas européias, as demais companhias da Europa nunca darão a mesma prioridade de venda do destino Brasil nos seus mercados de origem.
Há pouco mais de 10 anos, a VASP teve uma rede internacional que poderia servir de back-up para os vôos da VARIG. Chegou a operar simultaneamente em seis capitais européias (Barcelona, Madrid, Atenas, Frankfurt, Zurique e Bruxelas), cinco na América do Norte (Toronto, Nova Iorque, Miami, Los Angeles e San Francisco), além da Coréia e do Japão. Foi o único momento em que o Brasil foi duplamente servido nos principais mercados emissores internacionais.
Com o fim da operação internacional da VASP, a TAM, por projeto de Rubel Thomas(Nota do moderador da Comunidade: Vade Retro!), ex-presidente da VARIG e então vice da TAM, tentou seguir os mesmos passos, passando a voar para Frankfurt e Zurique, preferindo limitar-se à operação de Paris.
Operar no exterior não é apenas destinar a sua aeronave para os mais disputados aeroportos. É necessário também um eficiente sistema de alimentação, uma rede de vendas, enraizar-se em cada mercado e investir muito, seja no marketing, como na operação deficitária para maturação de um vôo. Cada vez que um MD11 fecha as suas portas e decola para um vôo de 10 horas, no mínimo, a companhia gastará US$ 250 mil só de custo de combustível, comunicação, pessoal de bordo e terra, além de taxas aeroportuárias e manutenção, sem contar com as horas voadas das aeronaves em sistema de leasing. Operar em rotas de longa distância é coisa para gente experiente e com fôlego financeiro.
O pior, ainda, é disputar os slots dos aeroportos internacionais mais disputados. O slot é o bloco de tempo reservado por cada aeroporto para a partida e chegada de uma aeronave. Cada portão de embarque é utilizado por “xis” vezes no dia, com uma permanência média de uma hora para os vôos internacionais. É o tempo reservado para que a companhia aérea pouse a sua aeronave utilizando as pistas disponíveis.
Em aeroportos de grande demanda, como os europeus, os slots mais importantes são como se fossem o horário nobre das televisões. Os horários mais disputados para os vôos de longa distância estão entre 18 e 22 horas, nas partidas européias, já que a viagem transatlântica preferida é a realizada durante a noite. É neste caso que a oferta e demanda andam juntas. Há mais procura nestes horários do que oferta existente. Por uma questão de antiguidade no mercado a VARIG conseguiu conquistar durante anos de operação os slots mais nobres dos principais mercados do mundo (veja quadros nesta página). Só na Europa são 120 slots semanais, ou seja, 16 em Lisboa, 14 em Madrid, 14 em Milão, 14 em Londres, 6 em Copenhagem, 14 em Paris, 14 em Amsterdan e 28 em Frankfurt. Ela possui o filé mignon dos horários de partida com destino ao Brasil. Existe uma longa fila de espera por estas brechas de tempo nos aeroportos europeus. Se a VARIG deixar de voar, estes slots não serão canalizados obrigatoriamente para uma empresa sucessor.
Estes serão outorgados à fila de espera e quem for operar terá horários marginais, como foi o caso da VASP, que muitas vezes teve de manter vôos diurnos e lutar para fugir de horários esdrúxulos. Na América do Sul, a VARIG possui 136 slots e na América do Norte 52, além de oito na Ásia.
Perigo para os agentes de viagem - A VARIG tem sido a fiel da balança no mercado brasileiro, especialmente no relacionamento das companhias aéreas com os agentes de viagem. Neste mercado existe a figura do consolidador, uma espécie de atacadista, que assume o risco financeiro dos pequenos agentes de viagem (a grande maioria do mercado) e presta um serviço ímpar para as companhias, que ao invés de faturarem contra milhares de micro-empresários, faturam contra alguns poucos e tem a sua liquidez garantida.
A TAM e especialmente a GOL, já deram sinais de que querem estabelecer novas regras, que passam inclusive pela venda direta ao público consumidor final, como é o caso das vendas por internet e em sistemas online.
A própria WEBJET, que iniciou agora a sua operação, riscou inicialmente o agente de viagem do seu plano de vendas. O mesmo ocorre com a OceanAir. São empresas que estão crescendo e ignoram os agentes de viagem.
A TAM foi, durante anos, arredia ao agente, quadro que mudou depois que Wagner Ferreira assumiu o comando de vendas da companhia. Não faz muito tempo que a empresa era tida como inimiga nº 1 do agente, período herdado de Luiz Eduardo Falcon como vice-presidente. Hoje, como empresa de capital aberto, a companhia tem que se adequar à realidade do mercado e procurar aumentar cada centavo de suas vendas. Por mais que não se queira, eles poderão ser obrigados, pela regra do mercado, a otimizar a receita.
A GOL já riscou a figura do consolidador do mapa, e o mesmo poderá ocorrer com a TAM caso o fim da VARIG se concretize.
Neste quadro, a VARIG também teve a sua página negra, quando não vendia e sim era comprada. Há poucas semanas, Guilherme Paulus, dono da maior operadora do país, a CVC (que transporta mais de 1 milhão de passageiros por ano), relembrava o tempo que tinha que implorar ao promotor de vendas da VARIG no grande ABC, Roberto Macedo (que chegou a presidir a companhia), para conseguir alguns lugares para Foz do Iguaçu e montar grupos de viagem.
Porém, hoje, na hipótese da VARIG sair do mercado, passará a existir um desequilíbrio de regras do jogo que mudará fatalmente a cara do turismo e a distribuição de vendas de passagens aéreas no País.
O pior é que o mercado não está percebendo isso, afetado pelas confusões políticas nas trocas de comando e das ameaças de colapso da empresa. Perdeu-se a imagem do interlocutor e o acúmulo de mágoas colecionadas pelos maiores vendedores da VARIG nos últimos anos é interminável. Um exemplo disso foi a forma pífia com que o presidente temporão da companhia, Henrique Neves, recebeu os grandes caciques do turismo brasileiro. Eles queriam ajudar e muitos estavam acostumados a adiantar o pagamento de relatório para ajudar o fluxo de caixa da empresa. Mas foram recebidos com um ar blasé pelo ex-presidente e deixaram o prédio indignados. Foi como se a VARIG não precisasse de ajuda. O mercado hoje não sabe quem manda na VARIG, já que dias depois da visita, Neves foi demitido e ninguém procurou o mercado para explicar o que está ocorrendo no processo de recuperação judicial.
O mercado tem que acordar para o impacto da VARIG deixar de operar. Deve perder o medo de uma ação mais pró-ativa e agüentar as ingratidões e descumprimentos de regras do jogo. Se a empresa parar, as regras mudarão. O mercado distribuidor nunca mais será o mesmo. Os consolidadores terão de procurar um novo negócio e os agentes de viagem viverão das taxas de serviços. E tentarem sobreviver com as vendas diretas. Num país de dimensões continentais como o Brasil, o serviço do transporte aéreo estará restrito a poucas bandeiras, o internacional ficará na mão das estrangeiras e perderemos um espaço conquistado.
A apatia do mercado e das entidades envolvidas com o turismo é até compreensível, quando se analisa as suas feridas e uma relação que só olha para o próprio umbigo. Quem tiver a altivez de olhar acima do ombro verá o tamanho da crise que se aproxima. Não se trata de ser emocional, quando falamos no início, mas de olhar a realidade e transformar o mercado em agente ativo no processo de questionamento e argüição sobre os destinos da VARIG
No último dia 1º de setembro, mais de 50 dirigentes das principais entidades nacionais de classe do turismo participaram de uma longa reunião do Conselho Nacional de Turismo, em Brasília. Ao final de oito horas de debate (e apesar das declarações alarmistas realizadas dois dias antes pelo presidente do Conselho de Administração da VARIG, o Sr. David Zylbersztajn, de que a empresa iria parar se a VarigLog não fosse vendida e que não havia “Plano B”), ninguém tocou sobre o assunto VARIG na reunião. Falou-se de tudo: de motor-home, postos nas estradas, terceira idade, crise na hotelaria, desempenho das regionais e ninguém falou da VARIG, com exceção de um único conselheiro que no final da reunião se disse perplexo com o distanciamento do trade turístico com os problemas que a VARIG enfrenta. Ele esperava que o assunto fosse abordado na reunião.
No fundo, no fundo, todos que estão diretamente envolvidos com o turismo se beneficiam de alguma forma da VARIG, ou já fizeram isso no passado recente. Mas hoje, agem passivamente diante de qualquer questionamento. Transferem a responsabilidade para os seus dirigentes. Não avaliam o prejuízo que o País poderá ter com a paralização. É como se uma grande tsunami se aproximasse da praia e todos continuassem rindo e bebericando sem se importar com os efeitos devastadores da onda que se aproxima.
A única companhia internacional brasileira agoniza como um velho mamute, repleto de abutres esperando pela carcaça e ninguém se importa, até provar na própria pele o efeito nefasto do seu fim anunciado e o terrível impacto para o turismo brasileiro.
Cláudio Magnavita é presidente nacional da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, membro do Conselho Nacional de Turismo e presidente do Jornal de Turismo.
Cláudio Magnavita escreve no Jornal de Turismo sobre a turbulência que assola nossa empresa, de um ponto de vista realmente diferente.
É preciso avaliar efeitos de possível fim da Varig
Relação com mercado acumulou mágoas e ninguém se deu conta de que um cenário sombrio pode se formar com o fim da empresa
Paixões de lado... é hora do trade turístico e de todos os profissionais que trabalham diretamente com o setor refletirem sobre os perigos que o turismo atravessa com a possibilidade do fechamento da VARIG. Só para o mercado europeu, principal pólo de turismo emissivo para o Brasil, a empresa aérea gaúcha, que opera em oito destinos neste continente, possui uma inigualável rede de vendas, além de conexões com os principais mercados emissores.
Para exemplificar o espaço ocupado pela VARIG no mercado entre a Europa e o Brasil, só para os próximos meses a companhia possui reservas já realizadas para 367.354 passageiros, dos quais 97.181 são grupos. Neste universo, existem para o mês de setembro 15.857 reservas, para outubro 28.516, para novembro 30.932 e para dezembro 21.876. Todos esses números referem-se a assentos reservados exclusivamente para grupos. Para passageiros individuais os números são ainda maiores. Para setembro são 108.282 passageiros, para outubro 67.665, para novembro 34.360 e para dezembro 59.866, totalizando 270.173 pax. Estes números tendem a crescer e os dados de novembro e dezembro deverão ser duplicados com a aproximação das datas.
Se houver um colapso na VARIG, o mercado não terá como redistribuir este fluxo de passageiros com a oferta remanescente existente, todas nas mãos de companhias aéreas internacionais, o que representaria uma sangria de moeda forte para a nação.
Com exceção da TAP, que prioriza o Brasil nas suas vendas européias, as demais companhias da Europa nunca darão a mesma prioridade de venda do destino Brasil nos seus mercados de origem.
Há pouco mais de 10 anos, a VASP teve uma rede internacional que poderia servir de back-up para os vôos da VARIG. Chegou a operar simultaneamente em seis capitais européias (Barcelona, Madrid, Atenas, Frankfurt, Zurique e Bruxelas), cinco na América do Norte (Toronto, Nova Iorque, Miami, Los Angeles e San Francisco), além da Coréia e do Japão. Foi o único momento em que o Brasil foi duplamente servido nos principais mercados emissores internacionais.
Com o fim da operação internacional da VASP, a TAM, por projeto de Rubel Thomas(Nota do moderador da Comunidade: Vade Retro!), ex-presidente da VARIG e então vice da TAM, tentou seguir os mesmos passos, passando a voar para Frankfurt e Zurique, preferindo limitar-se à operação de Paris.
Operar no exterior não é apenas destinar a sua aeronave para os mais disputados aeroportos. É necessário também um eficiente sistema de alimentação, uma rede de vendas, enraizar-se em cada mercado e investir muito, seja no marketing, como na operação deficitária para maturação de um vôo. Cada vez que um MD11 fecha as suas portas e decola para um vôo de 10 horas, no mínimo, a companhia gastará US$ 250 mil só de custo de combustível, comunicação, pessoal de bordo e terra, além de taxas aeroportuárias e manutenção, sem contar com as horas voadas das aeronaves em sistema de leasing. Operar em rotas de longa distância é coisa para gente experiente e com fôlego financeiro.
O pior, ainda, é disputar os slots dos aeroportos internacionais mais disputados. O slot é o bloco de tempo reservado por cada aeroporto para a partida e chegada de uma aeronave. Cada portão de embarque é utilizado por “xis” vezes no dia, com uma permanência média de uma hora para os vôos internacionais. É o tempo reservado para que a companhia aérea pouse a sua aeronave utilizando as pistas disponíveis.
Em aeroportos de grande demanda, como os europeus, os slots mais importantes são como se fossem o horário nobre das televisões. Os horários mais disputados para os vôos de longa distância estão entre 18 e 22 horas, nas partidas européias, já que a viagem transatlântica preferida é a realizada durante a noite. É neste caso que a oferta e demanda andam juntas. Há mais procura nestes horários do que oferta existente. Por uma questão de antiguidade no mercado a VARIG conseguiu conquistar durante anos de operação os slots mais nobres dos principais mercados do mundo (veja quadros nesta página). Só na Europa são 120 slots semanais, ou seja, 16 em Lisboa, 14 em Madrid, 14 em Milão, 14 em Londres, 6 em Copenhagem, 14 em Paris, 14 em Amsterdan e 28 em Frankfurt. Ela possui o filé mignon dos horários de partida com destino ao Brasil. Existe uma longa fila de espera por estas brechas de tempo nos aeroportos europeus. Se a VARIG deixar de voar, estes slots não serão canalizados obrigatoriamente para uma empresa sucessor.
Estes serão outorgados à fila de espera e quem for operar terá horários marginais, como foi o caso da VASP, que muitas vezes teve de manter vôos diurnos e lutar para fugir de horários esdrúxulos. Na América do Sul, a VARIG possui 136 slots e na América do Norte 52, além de oito na Ásia.
Perigo para os agentes de viagem - A VARIG tem sido a fiel da balança no mercado brasileiro, especialmente no relacionamento das companhias aéreas com os agentes de viagem. Neste mercado existe a figura do consolidador, uma espécie de atacadista, que assume o risco financeiro dos pequenos agentes de viagem (a grande maioria do mercado) e presta um serviço ímpar para as companhias, que ao invés de faturarem contra milhares de micro-empresários, faturam contra alguns poucos e tem a sua liquidez garantida.
A TAM e especialmente a GOL, já deram sinais de que querem estabelecer novas regras, que passam inclusive pela venda direta ao público consumidor final, como é o caso das vendas por internet e em sistemas online.
A própria WEBJET, que iniciou agora a sua operação, riscou inicialmente o agente de viagem do seu plano de vendas. O mesmo ocorre com a OceanAir. São empresas que estão crescendo e ignoram os agentes de viagem.
A TAM foi, durante anos, arredia ao agente, quadro que mudou depois que Wagner Ferreira assumiu o comando de vendas da companhia. Não faz muito tempo que a empresa era tida como inimiga nº 1 do agente, período herdado de Luiz Eduardo Falcon como vice-presidente. Hoje, como empresa de capital aberto, a companhia tem que se adequar à realidade do mercado e procurar aumentar cada centavo de suas vendas. Por mais que não se queira, eles poderão ser obrigados, pela regra do mercado, a otimizar a receita.
A GOL já riscou a figura do consolidador do mapa, e o mesmo poderá ocorrer com a TAM caso o fim da VARIG se concretize.
Neste quadro, a VARIG também teve a sua página negra, quando não vendia e sim era comprada. Há poucas semanas, Guilherme Paulus, dono da maior operadora do país, a CVC (que transporta mais de 1 milhão de passageiros por ano), relembrava o tempo que tinha que implorar ao promotor de vendas da VARIG no grande ABC, Roberto Macedo (que chegou a presidir a companhia), para conseguir alguns lugares para Foz do Iguaçu e montar grupos de viagem.
Porém, hoje, na hipótese da VARIG sair do mercado, passará a existir um desequilíbrio de regras do jogo que mudará fatalmente a cara do turismo e a distribuição de vendas de passagens aéreas no País.
O pior é que o mercado não está percebendo isso, afetado pelas confusões políticas nas trocas de comando e das ameaças de colapso da empresa. Perdeu-se a imagem do interlocutor e o acúmulo de mágoas colecionadas pelos maiores vendedores da VARIG nos últimos anos é interminável. Um exemplo disso foi a forma pífia com que o presidente temporão da companhia, Henrique Neves, recebeu os grandes caciques do turismo brasileiro. Eles queriam ajudar e muitos estavam acostumados a adiantar o pagamento de relatório para ajudar o fluxo de caixa da empresa. Mas foram recebidos com um ar blasé pelo ex-presidente e deixaram o prédio indignados. Foi como se a VARIG não precisasse de ajuda. O mercado hoje não sabe quem manda na VARIG, já que dias depois da visita, Neves foi demitido e ninguém procurou o mercado para explicar o que está ocorrendo no processo de recuperação judicial.
O mercado tem que acordar para o impacto da VARIG deixar de operar. Deve perder o medo de uma ação mais pró-ativa e agüentar as ingratidões e descumprimentos de regras do jogo. Se a empresa parar, as regras mudarão. O mercado distribuidor nunca mais será o mesmo. Os consolidadores terão de procurar um novo negócio e os agentes de viagem viverão das taxas de serviços. E tentarem sobreviver com as vendas diretas. Num país de dimensões continentais como o Brasil, o serviço do transporte aéreo estará restrito a poucas bandeiras, o internacional ficará na mão das estrangeiras e perderemos um espaço conquistado.
A apatia do mercado e das entidades envolvidas com o turismo é até compreensível, quando se analisa as suas feridas e uma relação que só olha para o próprio umbigo. Quem tiver a altivez de olhar acima do ombro verá o tamanho da crise que se aproxima. Não se trata de ser emocional, quando falamos no início, mas de olhar a realidade e transformar o mercado em agente ativo no processo de questionamento e argüição sobre os destinos da VARIG
No último dia 1º de setembro, mais de 50 dirigentes das principais entidades nacionais de classe do turismo participaram de uma longa reunião do Conselho Nacional de Turismo, em Brasília. Ao final de oito horas de debate (e apesar das declarações alarmistas realizadas dois dias antes pelo presidente do Conselho de Administração da VARIG, o Sr. David Zylbersztajn, de que a empresa iria parar se a VarigLog não fosse vendida e que não havia “Plano B”), ninguém tocou sobre o assunto VARIG na reunião. Falou-se de tudo: de motor-home, postos nas estradas, terceira idade, crise na hotelaria, desempenho das regionais e ninguém falou da VARIG, com exceção de um único conselheiro que no final da reunião se disse perplexo com o distanciamento do trade turístico com os problemas que a VARIG enfrenta. Ele esperava que o assunto fosse abordado na reunião.
No fundo, no fundo, todos que estão diretamente envolvidos com o turismo se beneficiam de alguma forma da VARIG, ou já fizeram isso no passado recente. Mas hoje, agem passivamente diante de qualquer questionamento. Transferem a responsabilidade para os seus dirigentes. Não avaliam o prejuízo que o País poderá ter com a paralização. É como se uma grande tsunami se aproximasse da praia e todos continuassem rindo e bebericando sem se importar com os efeitos devastadores da onda que se aproxima.
A única companhia internacional brasileira agoniza como um velho mamute, repleto de abutres esperando pela carcaça e ninguém se importa, até provar na própria pele o efeito nefasto do seu fim anunciado e o terrível impacto para o turismo brasileiro.
Cláudio Magnavita é presidente nacional da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, membro do Conselho Nacional de Turismo e presidente do Jornal de Turismo.
Sr. Marcato,marcato escreveu:Acho que vc não entendeu o que eu falei!RockboyDF escreveu:E o que nós estamos vendo agora não é a mesma coisa? Uma única empresa deve monopolizar as linhas internacionais e a OceanAir não consegue utilizar sei lá quantos aviões parados porque a ANAC não deixa. Estranho não?
Em momento algum eu defendi o governo! Muito pelo contrario!
Não?Política e relações com o governo não são (eram) exclusividade da Varig, pode ter certeza!
Desculpa mas então não estamos falando do mesmo Brasil.
Se vc falar do Brasil do governo Collor para cá eu concordo com vc.
Mas durante todo o governo militar a Varig fazia o que queria nesse pais.
Como falei.A Varig também (no caso do dólar, pior pra Varig com sua grande operação internacional).
Dificudade é encontrada por todas as empresas. Inclundo a Varig.
A Varig pode ter tido mais dificudades que as outras por ser uma empresa mais antiga. Mas as outras nunca tiveram a boiada que a Varig teve por anos do governo militar.
Logo para mim os problemas enfrentados por todas cias esta muito bem equilibrado na minha opinião.
Com todo respeito o Sr. não gosta da Varig bem como o moderador deste fórum que vem tomando partido como se fosse torcedor do Palmeiras.
Sugiro que encare com mais seriedade uma empresa de 79 anos de idade que fez muito pelo país.
Em tempo, sou cmte da GOL mas respeito muito a pioneira.
At.
Andre
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Segundo informações de bastidores a pressão que
o presidente da ANAC está sofrento é muito grande,
pela GOL e a TAM, cada uma quer a fatia melhor, eles
até se esquecem que existe leis para ser cumpridas,
mas o pres. da ANAC não pode dar as rotas, só se o
juiz do rio decretar a falencia da VARIG, que eu acho
improvavél, pois existe mais 2 propostas, uma da TAP
e a outra da VARILOG.
Outra duvida á PLUNA é da VARIG ou Não. 49% daria
para pagar alguem.
sds,
Moises/poa
o presidente da ANAC está sofrento é muito grande,
pela GOL e a TAM, cada uma quer a fatia melhor, eles
até se esquecem que existe leis para ser cumpridas,
mas o pres. da ANAC não pode dar as rotas, só se o
juiz do rio decretar a falencia da VARIG, que eu acho
improvavél, pois existe mais 2 propostas, uma da TAP
e a outra da VARILOG.
Outra duvida á PLUNA é da VARIG ou Não. 49% daria
para pagar alguem.
sds,
Moises/poa
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23/06/2006 - 14h55
Pilotos da Varig buscam empregos no exterior
da BBC Brasil
Pilotos da Varig já começaram a procurar empregos em empresas aéreas estrangeiras e, pelo menos na Europa e na Ásia, têm boas chances de ser contratados, de acordo com consultores entrevistados pela BBC Brasil.
O consultor Bill Zhengdong, de Hong Kong, estima que cerca de metade dos 60 brasileiros que estão passando por um processo de seleção para trabalhar na empresa aérea chinesa Shenzhen Airlines deverão ser contratados.
"Entrei em contato com diversos pilotos (da Varig) para seleção na China. Mas no final o nosso cliente foi ao Brasil para fazer a seleção em São Paulo", disse Zhedong.
Com as novas contratações previstas pelo consultor, o número de pilotos brasileiros trabalhando na China passaria de 24 para 54.
'Bom momento'
Shane Pollard, diretor da empresa de Direct Personnel, baseada na Irlanda, também diz ter notado um aumento na procura de pilotos brasileiros por postos em companhias estrangeiras.
"É difícil medir, mas houve um aumento nas últimas duas semanas", afirma Pollard.
Segundo o consultor, há "um grande número de oportunidades" para pilotos brasileiros no momento, principalmente na Europa e na Ásia - regiões onde estão concentradas as 30 companhias aéreas com a qual a Direct Personnel trabalha. "É um bom momento para pilotos qualificados."
As oportunidades, diz Pollard, variam de empregos temporários de dois meses - impulsionados pela alta temporada no Hemisfério Norte - a vagas permanentes.
Pilotos que queiram trabalhar no exterior precisam de uma licença internacional e um visto de trabalho, que eventualmente pode ser providenciado pela empresa.
Para o consultor Tim Kirkwood, da AviaNation, a situação para pilotos que querem trabalhar nos Estados Unidos é mais complicada por causa da exigência, que passou a ser feita depois dos ataques de 11 setembro de 2001, de que pilotos e outros funcionários do setor de aviação tenham cidadania americana ou sejam residentes nos Estados Unidos.
Segundo Kirkwood, no entanto, empresas aéreas como a Northwest já pressionam as autoridades do setor para flexibilizar as regras de contratação de estrangeiros para que possam ter mais funcionários baseados no exterior.
A Varig emprega cerca de 1 mil pilotos, cujos empregos estão ameaçados pela crise que pode levar a companhia à falência.
Altamente endividada, a companhia aérea teve de adiar centenas de vôos nesta semana e ainda recebeu a notícia de que foi excluída da Clearing House (Câmara de Compensação) da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A decisão, tomada depois que a Varig pagou apenas parcialmente uma mensalidade, significa na prática que a entidade não poderá mais vender bilhetes que envolvam trechos de viagem por outras companhias.
O TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) está tentando reunir recursos e investidores para comprar a empresa e impedir a sua falência.
Pilotos da Varig buscam empregos no exterior
da BBC Brasil
Pilotos da Varig já começaram a procurar empregos em empresas aéreas estrangeiras e, pelo menos na Europa e na Ásia, têm boas chances de ser contratados, de acordo com consultores entrevistados pela BBC Brasil.
O consultor Bill Zhengdong, de Hong Kong, estima que cerca de metade dos 60 brasileiros que estão passando por um processo de seleção para trabalhar na empresa aérea chinesa Shenzhen Airlines deverão ser contratados.
"Entrei em contato com diversos pilotos (da Varig) para seleção na China. Mas no final o nosso cliente foi ao Brasil para fazer a seleção em São Paulo", disse Zhedong.
Com as novas contratações previstas pelo consultor, o número de pilotos brasileiros trabalhando na China passaria de 24 para 54.
'Bom momento'
Shane Pollard, diretor da empresa de Direct Personnel, baseada na Irlanda, também diz ter notado um aumento na procura de pilotos brasileiros por postos em companhias estrangeiras.
"É difícil medir, mas houve um aumento nas últimas duas semanas", afirma Pollard.
Segundo o consultor, há "um grande número de oportunidades" para pilotos brasileiros no momento, principalmente na Europa e na Ásia - regiões onde estão concentradas as 30 companhias aéreas com a qual a Direct Personnel trabalha. "É um bom momento para pilotos qualificados."
As oportunidades, diz Pollard, variam de empregos temporários de dois meses - impulsionados pela alta temporada no Hemisfério Norte - a vagas permanentes.
Pilotos que queiram trabalhar no exterior precisam de uma licença internacional e um visto de trabalho, que eventualmente pode ser providenciado pela empresa.
Para o consultor Tim Kirkwood, da AviaNation, a situação para pilotos que querem trabalhar nos Estados Unidos é mais complicada por causa da exigência, que passou a ser feita depois dos ataques de 11 setembro de 2001, de que pilotos e outros funcionários do setor de aviação tenham cidadania americana ou sejam residentes nos Estados Unidos.
Segundo Kirkwood, no entanto, empresas aéreas como a Northwest já pressionam as autoridades do setor para flexibilizar as regras de contratação de estrangeiros para que possam ter mais funcionários baseados no exterior.
A Varig emprega cerca de 1 mil pilotos, cujos empregos estão ameaçados pela crise que pode levar a companhia à falência.
Altamente endividada, a companhia aérea teve de adiar centenas de vôos nesta semana e ainda recebeu a notícia de que foi excluída da Clearing House (Câmara de Compensação) da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A decisão, tomada depois que a Varig pagou apenas parcialmente uma mensalidade, significa na prática que a entidade não poderá mais vender bilhetes que envolvam trechos de viagem por outras companhias.
O TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) está tentando reunir recursos e investidores para comprar a empresa e impedir a sua falência.
23/06/2006 - 17h50
Trabalhadores não pagam pela Varig e devem ter proposta anulada
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) admitiu hoje que não conseguiu obedecer as regras do edital do leilão em que propôs pagar R$ 1,01 bilhão pela Varig e deve ter sua proposta desconsiderada pela Justiça do Rio de Janeiro ainda hoje. Restariam com isso poucas opções à companhia aérea, sendo que as mais prováveis são a venda para um novo comprador ou a falência.
O juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida do caso Varig, esperou durante todo o dia para que o TGV demostrasse como faria o pagamento pela Varig. O grupo de parte dos trabalhadores da empresa também deveria fazer a injeção de US$ 75 milhões para garantir a continuidade dos vôos da empresa aérea, o que não ocorreu.
Até a quarta-feira o TGV afirmava que dois investidores estrangeiros não-revelados o ajudariam a conseguir os recursos para honrar os compromissos. A proposta chegou a ser aceita na segunda-feira pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida do caso Varig.
O magistrado disse inclusive que o TGV havia apresentado as garantias para o depósito do dinheiro, mas não descartou que, caso os recursos não fossem injetados, poderia fazer um novo leilão.
Na quarta-feira, entretanto, o coordenador do TGV, Marcio Marsillac, já havia admitido que não tinha 100% de certeza de que conseguiria os recursos e responsabilizou o atraso da Justiça em aprovar a venda e a 'insensibilidade' do governo pelo eventual fracasso das negociações.
Soluções
Com a decisão de suspender 50% de suas rotas internacionais e 30% das nacionais e com o cancelamento de mais de 100 vôos por dia, somente uma nova proposta de compra deverá evitar a falência da Varig.
Após um consórcio formado pela companhia aérea portuguesa TAP e outro pelo fundo americano Carlyle terem descartado interesse na empresa aérea, restará nesse caso apenas uma proposta de compra da Varig a ser analisada.
Além não haver garantias de que será aprovada pelos credores, essa proposta, apresentada pela Volo, empresa formada pelo fundo americano Matlin Patterson, pode esbarrar também nos limites regulatórios estabelecidos pela legislação brasileira.
As empresas aéreas nacionais não podem ter mais de 20% de seu capital em mãos de estrangeiros. A Volo, entretanto, tenta há vários meses concluir a compra da VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, mas ainda não obteve autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) porque não apresentou os documentos necessários para comprovar que cumpre essa regra.
A proposta da Volo prevê a injeção de US$ 485 milhões na companhia aérea em troca de 90% das ações da Varig sem dívidas. A proposta é pouco simpática aos credores, que ficariam com apenas 5% da nova empresa. Os trabalhadores teriam outros 5%.
O dinheiro da oferta entraria no caixa da companhia e garantiria a reestruturação de suas operações, e não seria utilizado diretamente para pagar dívidas de R$ 7,9 bilhões com credores.
A Volo promete depositar US$ 20 milhões imediatamente após a aceitação da proposta, mas condicionou sua formalização à aprovação pela Anac da venda da VarigLog para a Volo.
A agência, entretanto, afirmou que não há relação nenhuma entre os dois negócios.
Justiça dos EUA
A Varig também precisará convencer novamente a Justiça americana na próxima semana a manter a proteção a seus aviões porque o TGV não fez a injeção de recursos na empresa aérea.
Empresas de leasing pedem o arresto (apreensão) de cerca de 25 aviões da Varig ao juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York. Também defendem o estabelecimento de multa diária à Varig pelo não-pagamento pelo uso dos aviões e até mesmo a prisão de dirigentes da empresa aérea.
Se atender às empresas de leasing na próxima audiência, o juiz americano praticamente paralisaria a empresa, que deixaria de ter aviões para voar.
Além de poder ficar sem aviões, a Varig também está ameaçada de não ter mais combustível, já que a BR Distribuidora só garante o fornecimento até segunda-feira.
Além disso, a Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros) ameaça cobrar a partir do dia 1º as taxas aeroportuárias à vista e afirma que não permitirá a decolagem de aviões da empresa enquanto as taxas de embarque dos passageiros não forem repassadas.
Trabalhadores não pagam pela Varig e devem ter proposta anulada
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) admitiu hoje que não conseguiu obedecer as regras do edital do leilão em que propôs pagar R$ 1,01 bilhão pela Varig e deve ter sua proposta desconsiderada pela Justiça do Rio de Janeiro ainda hoje. Restariam com isso poucas opções à companhia aérea, sendo que as mais prováveis são a venda para um novo comprador ou a falência.
O juiz Luiz Roberto Ayoub, que cuida do caso Varig, esperou durante todo o dia para que o TGV demostrasse como faria o pagamento pela Varig. O grupo de parte dos trabalhadores da empresa também deveria fazer a injeção de US$ 75 milhões para garantir a continuidade dos vôos da empresa aérea, o que não ocorreu.
Até a quarta-feira o TGV afirmava que dois investidores estrangeiros não-revelados o ajudariam a conseguir os recursos para honrar os compromissos. A proposta chegou a ser aceita na segunda-feira pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida do caso Varig.
O magistrado disse inclusive que o TGV havia apresentado as garantias para o depósito do dinheiro, mas não descartou que, caso os recursos não fossem injetados, poderia fazer um novo leilão.
Na quarta-feira, entretanto, o coordenador do TGV, Marcio Marsillac, já havia admitido que não tinha 100% de certeza de que conseguiria os recursos e responsabilizou o atraso da Justiça em aprovar a venda e a 'insensibilidade' do governo pelo eventual fracasso das negociações.
Soluções
Com a decisão de suspender 50% de suas rotas internacionais e 30% das nacionais e com o cancelamento de mais de 100 vôos por dia, somente uma nova proposta de compra deverá evitar a falência da Varig.
Após um consórcio formado pela companhia aérea portuguesa TAP e outro pelo fundo americano Carlyle terem descartado interesse na empresa aérea, restará nesse caso apenas uma proposta de compra da Varig a ser analisada.
Além não haver garantias de que será aprovada pelos credores, essa proposta, apresentada pela Volo, empresa formada pelo fundo americano Matlin Patterson, pode esbarrar também nos limites regulatórios estabelecidos pela legislação brasileira.
As empresas aéreas nacionais não podem ter mais de 20% de seu capital em mãos de estrangeiros. A Volo, entretanto, tenta há vários meses concluir a compra da VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig, mas ainda não obteve autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) porque não apresentou os documentos necessários para comprovar que cumpre essa regra.
A proposta da Volo prevê a injeção de US$ 485 milhões na companhia aérea em troca de 90% das ações da Varig sem dívidas. A proposta é pouco simpática aos credores, que ficariam com apenas 5% da nova empresa. Os trabalhadores teriam outros 5%.
O dinheiro da oferta entraria no caixa da companhia e garantiria a reestruturação de suas operações, e não seria utilizado diretamente para pagar dívidas de R$ 7,9 bilhões com credores.
A Volo promete depositar US$ 20 milhões imediatamente após a aceitação da proposta, mas condicionou sua formalização à aprovação pela Anac da venda da VarigLog para a Volo.
A agência, entretanto, afirmou que não há relação nenhuma entre os dois negócios.
Justiça dos EUA
A Varig também precisará convencer novamente a Justiça americana na próxima semana a manter a proteção a seus aviões porque o TGV não fez a injeção de recursos na empresa aérea.
Empresas de leasing pedem o arresto (apreensão) de cerca de 25 aviões da Varig ao juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York. Também defendem o estabelecimento de multa diária à Varig pelo não-pagamento pelo uso dos aviões e até mesmo a prisão de dirigentes da empresa aérea.
Se atender às empresas de leasing na próxima audiência, o juiz americano praticamente paralisaria a empresa, que deixaria de ter aviões para voar.
Além de poder ficar sem aviões, a Varig também está ameaçada de não ter mais combustível, já que a BR Distribuidora só garante o fornecimento até segunda-feira.
Além disso, a Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros) ameaça cobrar a partir do dia 1º as taxas aeroportuárias à vista e afirma que não permitirá a decolagem de aviões da empresa enquanto as taxas de embarque dos passageiros não forem repassadas.
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O Juiz não deu o apito final!
VARIG x GOL/TAM
Que dificil, as 2 empresas já estavam contando que o juiz
do Rio Decretaria á falencia da VARIG , mas estas 2 empresas
vão tentar via o Sindicato das Empresas aereas boicotar a empresa
aerea VARILOG para não comprar á VARIG, pois os investidores
da NV participações eles colocaram pimenta no negocio, e nas
empresas de Leasing Americanas, e eles não podem se esquecer
que a TAP esta tambem interessada, e a Oceanair pode volta
a ter enteresse, pois quando fizeram as divisões da rotas da
VARIG esqueceram da parte dele, podem vim até uma 3ª proposta
BRA,WEBJET,OCEANAIR, as 3 juntas, quem sabe, tudo agora pode ser
possivel, eu já não duvido nada deste juiz.
E tudo isso até segunda feira tudo pode acontecer.
Veja que ninguem quer desligar o aparelho que manten a
VARIG viva.
-Governo Lula,
-Anac,DAC,
-Infraero,
-BR,
-Juiz de NY,
-Juiz do Rio,
-Os funcionarios,
-Vejo que todo mundo da prazo.
-Veja que todo mundo aposta nesta empresa para voltar.
- Seu eu fosse o Lula estatizava a VARIG.
-SE a VARIG permanecer viva depois disso, ninguem segura
mais ela.
Marcato gosto das tuas ideias, são realistas,são verdadeiras,
Mas eu tenho um sonho, e de ver á VARIG viva, junto com
a TAM e a GOL e de até a VASP de voltar.
sds,
Moises/poa
Que dificil, as 2 empresas já estavam contando que o juiz
do Rio Decretaria á falencia da VARIG , mas estas 2 empresas
vão tentar via o Sindicato das Empresas aereas boicotar a empresa
aerea VARILOG para não comprar á VARIG, pois os investidores
da NV participações eles colocaram pimenta no negocio, e nas
empresas de Leasing Americanas, e eles não podem se esquecer
que a TAP esta tambem interessada, e a Oceanair pode volta
a ter enteresse, pois quando fizeram as divisões da rotas da
VARIG esqueceram da parte dele, podem vim até uma 3ª proposta
BRA,WEBJET,OCEANAIR, as 3 juntas, quem sabe, tudo agora pode ser
possivel, eu já não duvido nada deste juiz.
E tudo isso até segunda feira tudo pode acontecer.
Veja que ninguem quer desligar o aparelho que manten a
VARIG viva.
-Governo Lula,
-Anac,DAC,
-Infraero,
-BR,
-Juiz de NY,
-Juiz do Rio,
-Os funcionarios,
-Vejo que todo mundo da prazo.
-Veja que todo mundo aposta nesta empresa para voltar.
- Seu eu fosse o Lula estatizava a VARIG.
-SE a VARIG permanecer viva depois disso, ninguem segura
mais ela.
Marcato gosto das tuas ideias, são realistas,são verdadeiras,
Mas eu tenho um sonho, e de ver á VARIG viva, junto com
a TAM e a GOL e de até a VASP de voltar.
sds,
Moises/poa
Re: O Juiz não deu o apito final!
Moises,moises Propp escreveu:Marcato gosto das tuas ideias, são realistas,são verdadeiras,
Mas eu tenho um sonho, e de ver á VARIG viva, junto com
a TAM e a GOL e de até a VASP de voltar.
Todos aqui nesse forum adorariam ver a Varig voando com uma frota moderna, com eficiencia e bons serviços, dando orgulho para todos nós.
Mas infelizmente a aviação não é feita de saudosismo, é feita de dinheiro e eficiência, algo que está longe de fazer parte da realidade atual da Varig.
Em vez de orgulho hj a Varig é motivo de vergonha

Hj vejo que a melhor opção é deixar a aviação para quem realmente entende da coisa.
TAM e GOL.
Fernando Marcato


Re: O Juiz não deu o apito final!
Exatamente!everton_cwb escreveu:Fico indignado por ninguém tomar uma atitude, mesmo que drástica, para resolver essa situação. Niguém quer levar a culpa por ter mandado embora mais de 10.000 pessoas.
O Governo não teve coragem de interver na Varig e tirar a fundação quando ele ainda era viavel e agora não vai ter coragem de decretar sua falência!
Resultado:
Mais uma empresa brasileira parada sem decretar sua falência, mais milhares de ex funcionarios sem receber um centavo, mas ex diretores sem serem julgados!
Fernando Marcato


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Varig negocia com empresas de leasing e tem até quarta-feira para dar uma posição à justiça americana
Durante entrevista coletiva realizada hoje na sede da Varig, no Rio de Janeiro, o presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini, declarou que as dívidas com as empresas de leasing estão praticamente negociadas, tendo até quarta-feira para dar um posicionamento ao juiz da Corte de Falências de Nova York, Robert Drain, sobre essas novas negociações. “Eu diria que essa parte de leasing está equacionada neste momento”, afirmou.
Além disso, no final da tarde de hoje, a empresa foi informada de que a Varig Log já tem feito contatos com algumas empresas de leasing para que a mesma possa adiantar os seus interesses.
Os aviões parados permanecerão nesta condição durante o final de semana para que seja concluída a negociação e seja viável movimentá-los. “Vamos ajustar essa malha por 72 horas. Suspendemos os vôos e segunda-feira, com essa nova proposta, com certeza com um adiantamento de recursos, principalmente nessa área de leasing, deve-se ir retornando os vôos que estão suspensos”, concluiu o presidente.
Artur Luiz Andrade
fonte: www.panrotas.com.br
Durante entrevista coletiva realizada hoje na sede da Varig, no Rio de Janeiro, o presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini, declarou que as dívidas com as empresas de leasing estão praticamente negociadas, tendo até quarta-feira para dar um posicionamento ao juiz da Corte de Falências de Nova York, Robert Drain, sobre essas novas negociações. “Eu diria que essa parte de leasing está equacionada neste momento”, afirmou.
Além disso, no final da tarde de hoje, a empresa foi informada de que a Varig Log já tem feito contatos com algumas empresas de leasing para que a mesma possa adiantar os seus interesses.
Os aviões parados permanecerão nesta condição durante o final de semana para que seja concluída a negociação e seja viável movimentá-los. “Vamos ajustar essa malha por 72 horas. Suspendemos os vôos e segunda-feira, com essa nova proposta, com certeza com um adiantamento de recursos, principalmente nessa área de leasing, deve-se ir retornando os vôos que estão suspensos”, concluiu o presidente.
Artur Luiz Andrade
fonte: www.panrotas.com.br
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VARIG X SNEA
Tenho acompanhado os principais noticiarios do Brasil e
notei que o Lula já determino que a Dilma participe no
assunto com á questão da VARILOG, pois agora está na
balança, o problema é que pelo Milton Zuanazi, ele tinha
liberado a negociação, mas outros dentro da Anac com a
grande pressão do SNEA(GOL E TAM), dão contra do negocio,
para boicotar o negocio, e tambem vão contra a negociação
da TAP , o grupo da Oceanair tem mais de 10 avioes parados,
e não consegue autização de rotas para voar, vejá que com
todo o problema da VARIG á ANAC não deixou ele operar,
acho que este país deve mudar estás ideias, poís caso a VARIG
pare de voar, vai ser munição para oposição nas campanhas
politicas.
Vejá que á TAM e a GOL tiveram injeção de $$$ , com vendas
de cotas no mercado Americano, se fizer uma auditoria nas 2
empresas vão ver que tem capital estrangeiro maior que 20%.
As empresas de avião de menor porte ficam caladas com medo
das perseguições que poderiam sofrer depois.
As vezes, á melhor opção, não é á melhor solução.
Sds,
Moises/poa
notei que o Lula já determino que a Dilma participe no
assunto com á questão da VARILOG, pois agora está na
balança, o problema é que pelo Milton Zuanazi, ele tinha
liberado a negociação, mas outros dentro da Anac com a
grande pressão do SNEA(GOL E TAM), dão contra do negocio,
para boicotar o negocio, e tambem vão contra a negociação
da TAP , o grupo da Oceanair tem mais de 10 avioes parados,
e não consegue autização de rotas para voar, vejá que com
todo o problema da VARIG á ANAC não deixou ele operar,
acho que este país deve mudar estás ideias, poís caso a VARIG
pare de voar, vai ser munição para oposição nas campanhas
politicas.
Vejá que á TAM e a GOL tiveram injeção de $$$ , com vendas
de cotas no mercado Americano, se fizer uma auditoria nas 2
empresas vão ver que tem capital estrangeiro maior que 20%.
As empresas de avião de menor porte ficam caladas com medo
das perseguições que poderiam sofrer depois.
As vezes, á melhor opção, não é á melhor solução.
Sds,
Moises/poa
No meu ponto de vista o problema de o governo não se mexer é bem mais complexo.
Por um lado tem a questão das divisas que serão perdidas, a empresa é estratégica para o país, milhares de empregos, etc...
Por outro lado existe a lei da responsabilidade Fiscal, ninguem no governo está muito a fim de colocar o seu nome em risco, para tentar salvar a Varig.
Para piorar, se o governo atual deixar a Varig morrer, a oposição vai usar isto contra o governo.
Mas se o governo "vai dar dinheiro" para a Varig, dar crédito atravez da BR e Infraero, é nada mais do que uma forma disfarçada de dar dinheiro indiretamante a Varig, a oposição tambem vai reclamar e usar com arma contra o governo.
Resumindo, o governo está de mão amarradas, qualquer coisa que faça, vai criar problemas com a oposição, portanto na minha opinião o governo não vai tomar nenhuma atitude, está deixando nas mãos do mercado a soluçao do problema.
Mas infelizmente o "mercado", terá mais "vantagens" com a morte da Varig, e está fazendo a sua parte, defendendo os seus interesses.
Dificilmente a Varig escapa dessa.
Por um lado tem a questão das divisas que serão perdidas, a empresa é estratégica para o país, milhares de empregos, etc...
Por outro lado existe a lei da responsabilidade Fiscal, ninguem no governo está muito a fim de colocar o seu nome em risco, para tentar salvar a Varig.
Para piorar, se o governo atual deixar a Varig morrer, a oposição vai usar isto contra o governo.
Mas se o governo "vai dar dinheiro" para a Varig, dar crédito atravez da BR e Infraero, é nada mais do que uma forma disfarçada de dar dinheiro indiretamante a Varig, a oposição tambem vai reclamar e usar com arma contra o governo.
Resumindo, o governo está de mão amarradas, qualquer coisa que faça, vai criar problemas com a oposição, portanto na minha opinião o governo não vai tomar nenhuma atitude, está deixando nas mãos do mercado a soluçao do problema.
Mas infelizmente o "mercado", terá mais "vantagens" com a morte da Varig, e está fazendo a sua parte, defendendo os seus interesses.
Dificilmente a Varig escapa dessa.