EADS: parceria milionária com brasileiras

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EADS: parceria milionária com brasileiras

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Jornal do Brasil 04 Setembro 2005
EADS fecha contrato com a Polícia Federal
A Polícia Federal vai contar, a partir de 2006, com um dos mais modernos sistemas de comunicação do planeta, à prova de escuta. De acordo com o contrato de US$ 20 milhões, selado com a gigante European Aeronautic Defence and Space Co. (EADS), os policiais de Rio, São Paulo e Brasília passarão a atuar munidos de rádios digitais criptografados. Os aparelhos poderão ser interligados à rede de computadores da PF, permitindo desde a verificação de placas de veículos até a coleta de impressões digitais de suspeitos, para identificação em tempo real.
O sistema, chamado Tetrapol, já é usado em países como Alemanha, França, Espanha e México. O primeiro Estado a adotá-lo deverá ser o Rio, devido aos preparativos para os Jogos Pan-Americanos. A implantação se estenderá até 2009.
– Nos atentados terroristas em Madri, todas as redes de comunicação caíram por causa da sobrecarga de chamadas. Só o Tetrapol continuou funcionando, permitindo a coordenação do resgate das vítimas – lembra Eduardo Marson Ferreira, diretor geral da EADS no Brasil. – A tecnologia permite, por exemplo, a formação de forças-tarefa para grandes operações, unindo polícias, bombeiros e defesa civil.
O Tetrapol é um novo filão de negócios para a EADS, conglomerado nascido da fusão entre a alemã DaimlerChrysler Aerospace, a francesa Aerospatiale Matra e a espanhola Casa. É a segunda no ranking mundial dos setores aeroespacial e de defesa, com faturamento anual na faixa dos 30 bilhões de euros. Para se ter idéia de seu tamanho, a Airbus – que luta, palmo a palmo, pela liderança na fabricação de aviões comerciais, contra a americana Boeing – é uma de suas cinco divisões. O grupo atua ainda nos setores de lançamento de satélites (com a Ariane), aviação militar e armas eletrônicas.
– Todo mundo conhece a Airbus, o Exocet, mas não a EADS – brinca Marson, referindo-se ao míssil que ficou célebre durante a Guerra das Malvinas.
No Brasil, entre outros negócios, detém participação na Embraer, líder mundial na fabricação de jatos regionais, e na Helibras, única produtora latino-americana de helicópteros a turbina. Agora, com o Tetrapol, abre novo mercado de grande potencial, já que mais da 90% da comunicação policial brasileira ainda é analógica.
Parceria milionária com brasileiras
Marson está de malas prontas para embarcar rumo à Espanha. Vai acompanhado por representantes de três empresas brasileiras: Varig Engenharia e Manutenção (VEM, subsidiária da Varig), Atech (responsável pela integração de software do Sivam e do Cindacta) e Aeroeletrônica (subsidiária da israelense Elbit). Vão negociar contratos de offset - em bom português, compensação. Em grandes acordos no setor de defesa, muitas vezes os países impõem contrapartidas para comprar serviços ou produtos, em valores equivalentes até a 120% do preço dos contratos.
É o caso brasileiro: a EADS foi selecionada pela Força Aérea Brasileira para modernizar os aviões P-3 Orion (de patrulha marítima) e substituir os velhos Buffalo por modelos C-295 (para cargas leves). Em Madri, os executivos discutirão a participação de cada empresa na empreitada. Ponto para o país, que vai gerar empregos altamente qualificados.
- É praxe que, em acordos como esse, a parte de software fique nas mãos de empresas do país. É estratégico para o interesse nacional - afirma o diretor geral da EADS.
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambock@brturbo.com.br
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