Nesta última terça, 28 de dezembro, uma pessoa fez com que o dia fosse especial pra mim: Terezinha Amayo, mãe da diplomata brasileira morta na tragédia na Tailândia.
A atriz entrou em nossa sala vip em torno das 21h, abalada, aos prantos, acompanhada por um colega do nosso fantástico SAE (Serviço de Atendimento Especial) e prontamente foi acomodada no salão da primeira classe, onde, com toda certeza, teria condições de tentar ao menos relaxar por alguns instantes, antes de embarcar no RG8744, cumprido pelo PP-VQF, rumo a Frankfurt, com conexão para Bangkok com a Thai. O choro incontido da atriz comovia a todos, desde outros clientes até nós, funcionários. Decidi ir até a aeronave, onde a tripulação já se encontrava realizando checks e briefings, solicitar junto ao nosso Master e à Chefe de Equipe uma acomodação da recomendadíssima cliente numa das poltronas da First Class, dado o estado que a senhora se encontrava. Meu pedido foi prontamente aceito pela gentil tripulação, que tratou de solicitar logo o embarque da cliente, mesmo uma hora antes da decolagem.
No caminho até o portão 30, já um pouco mais calma, ela pôde agradecer o carinho das pessoas, até de outros passageiros que estavam no sagüão e foram até ela oferecendo orações, força e o que mais estivesse ao alcance.
Já na aeronave, pude então comunicá-la sobre sua acomodação na First Class, deixando claro que era uma oferta minha, com autorização da nossa tripulação. Acomodada na poltrona 1A, ela segurou minha mão com força e voltou a cair em lágrimas, agradecendo por toda a atenção que nós da VARIG dispensamos a ela. Ainda meio engasgado, também segurei sua mão e só pude dizer: - "Era o mínimo que eu podia ter feito pela senhora.... em nome de todos na VARIG e do nosso presidente Luiz Martins eu desejo que a senhora consiga todas as forças que Deus possa lhe dar. Nosso avião é seu lar e nossa tripulação está aqui ao seu inteiro dispor a qualquer instante que for necessário." - respondido por um emocionado "muitíssimo obrigada, meu filho".
Às 23:48h nosso PP-VQF foi acionado pelo push-back, rumo ao vôo, com toda certeza, mais triste da vida daquela senhora. Eu, já de volta ao meu posto de trabalho, ainda um pouco paralisado pela situação, tentei retomar meu ritmo de trabalho normal.
Por tal razão, o RG8744 do dia 28 de dezembro de 2004 será inesquecível pra mim. Um vôo especial. Uma situação especial onde, por instantes, eu esqueci que era um funcionário e lembrei que também sou um ser humano.
28/12/04 - UM RG8744 ESPECIAL
Moderador: Moderadores
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Anonymous
Vinícius,
Isso só reitera a minha convicção de que grandes companhias aéreas não são só feitas de aeronaves modernas, equipamentos de última geração, horários, procedimentos, balanços financeiros, rotina; elas são sim, acima de tudo, feitas de grandes seres humanos.
Meus parabéns pela atitude, pelo profissionalismo e pela humanidade que você e os seus companheiros demonstraram. Com esse tipo de propósito e de mentalidade, não só ganha a VARIG e a aviação brasileira, mas ganha também toda a nossa espécie.
Abração!
Isso só reitera a minha convicção de que grandes companhias aéreas não são só feitas de aeronaves modernas, equipamentos de última geração, horários, procedimentos, balanços financeiros, rotina; elas são sim, acima de tudo, feitas de grandes seres humanos.
Meus parabéns pela atitude, pelo profissionalismo e pela humanidade que você e os seus companheiros demonstraram. Com esse tipo de propósito e de mentalidade, não só ganha a VARIG e a aviação brasileira, mas ganha também toda a nossa espécie.
Abração!
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Anonymous
Parabéns Vinicius,
são atitudes como a sua que fazem a diferença numa empresa. Funcionários que tomam iniciativas e até quebram "normas" e paradigmas. Em outros casos, empregados não fariam nada além de olhar o sofrimento da pessoa.
Estudei um caso em que uma empregada da SAS deixou um passageiro embarcar sem bilhete pois tinha esquecido no hotel. A funcionária pegou o nome do hotel o número do quarto onde o passageiro ficou e mandou um carro da empresa buscar o bilhete que foi entregue ao PAX ainda na sala de espera. Ela quebrou normas da empresa para fazer o bem a PAX.
Computadores e modernidade são muito bons mas não substituem o coração de um empregado que "veste a camisa" e quebra paradigmas em prol do passageiro.
Com certeza, essa senhora quando for escolher uma empresa para um vôo qualquer, lembrará de sua atitude e escolherá a Varig.
Parabéns novamente.
Abraços
são atitudes como a sua que fazem a diferença numa empresa. Funcionários que tomam iniciativas e até quebram "normas" e paradigmas. Em outros casos, empregados não fariam nada além de olhar o sofrimento da pessoa.
Estudei um caso em que uma empregada da SAS deixou um passageiro embarcar sem bilhete pois tinha esquecido no hotel. A funcionária pegou o nome do hotel o número do quarto onde o passageiro ficou e mandou um carro da empresa buscar o bilhete que foi entregue ao PAX ainda na sala de espera. Ela quebrou normas da empresa para fazer o bem a PAX.
Computadores e modernidade são muito bons mas não substituem o coração de um empregado que "veste a camisa" e quebra paradigmas em prol do passageiro.
Com certeza, essa senhora quando for escolher uma empresa para um vôo qualquer, lembrará de sua atitude e escolherá a Varig.
Parabéns novamente.
Abraços
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Bruno Geovane
- CMTE.
- Mensagens: 511
- Registrado em: Dom Dez 19, 2004 09:45
- Localização: Brasília - DF
Vinícus,
Parabéns pela sua atitude em ter feito o melhor pela senhora Terezinha Amayo que num momento desses precisava muito de solidariedade e você fez o melhor para que ela pudesse viajar de maneria confortável. É com funcionários que nem você que uma empresa aérea vai para a frente e conquista a simpatia de todos. Parabéns e pode ter certeza que Deus aplaudiu muito esse seu gesto de solidariedade.
Parabéns pela sua atitude em ter feito o melhor pela senhora Terezinha Amayo que num momento desses precisava muito de solidariedade e você fez o melhor para que ela pudesse viajar de maneria confortável. É com funcionários que nem você que uma empresa aérea vai para a frente e conquista a simpatia de todos. Parabéns e pode ter certeza que Deus aplaudiu muito esse seu gesto de solidariedade.
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Anonymous
