Eu não sei a data desta foto e nem quem era a pára-quedista que estava se preparando para saltar.
Quanto ao avião, esse CAP-4 Paulistinha, o PP-HFQ, era o c/n 581 e ele pertencia ao Aeroclube de Mogi Mirim. O nome de batismo do avião, Luiz Martini, homenageava um dos pioneiros da indústria da cerâmica da região, a Cerâmica Martini, que ficava na vizinha Mogi Guaçu.
Ele era um imigrante italiano chamado Luigi Andréa Martini e abrasileirou o seu nome depois de alguns anos morando no Brasil. A maioria das indústrias de cerâmica de Mogi Guaçu já não existem mais, aonde era a Cerâmica Martini hoje é o primeiro e único shopping center de Mogi Guaçu, mas muitos logradouros e escolas da cidade ainda levam o nome não só do Luiz Martini e dos seus descendentes, mas também o de pessoas de outras famílias importantes da indústria de cerâmica da época, como os Armani, os Chiarelli e outros mais.
Só uma observação, imagino que a maioria dos amigos saiba disto, foi nesse antigo aeroporto de Mogi Mirim, o que ficava perto de onde hoje é a estação rodoviária da cidade, que em 14 de maio 1954 a Esquadrilha da Fumaça fez a sua primeira apresentação pública. Até então, o Tenente Aviador Mário Sobrinho Domenech e mais três dos seus colegas instrutores da Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos limitavam as suas manobras a treinamentos sobre a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Nessa primeira exibição pública, os seus T-6 ainda não tinham o equipamento de fumaça e nem pintura especial, eram aeronaves comuns da escola.



