De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

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De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por SBLO »

O ESTADO DE S.PAULO
15 de abril de 2011
De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa
Apenas quatro dos terminais das cidades-sede terão suas obras concluídas; São Paulo é o Estado mais crítico, diz estudo do Ipea
Nataly Costa - O Estado de S.Paulo

Mesmo com R$ 5,6 bilhões de investimento da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), nove dos 13 aeroportos de cidades que vão receber a Copa não terão obras de melhoria prontas até 2014. O Estado de São Paulo tem a situação mais crítica: os três aeroportos paulistas operam acima do limite de capacidade e Cumbica, o maior deles, vai continuar defasado mesmo depois das obras.

A constatação é de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre os investimentos nos principais terminais do Brasil.

O Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, comporta hoje 20,5 milhões de passageiros por ano - só em 2010, recebeu 26 milhões. Se o número de pessoas que viajam de avião no País crescer 10% ao ano até a Copa, como projeta o Ipea, Cumbica terá um fluxo de 39 milhões de passageiros em 2014. Mas as obras previstas pela Infraero vão deixar o aeroporto capaz de receber apenas 35 milhões nesse mesmo ano. Ou seja: os passageiros vão continuar desconfortáveis como hoje.

Algumas intervenções em Cumbica estão encaminhadas, principalmente na ala internacional - que vai ganhar mais guichês da Polícia Federal para controle de imigração - e nos saguões de embarque, remodelados para dar mais espaço de circulação para o passageiro. No entanto, reformas fundamentais - como a instalação do Módulo Operacional Provisório (MOP) e o terceiro terminal -, que ainda não começaram, também não devem ficar totalmente prontas até a Copa.

Já as obras no sistema de pistas foram adiadas pela quarta vez neste ano porque a Infraero e as companhias aéreas temem que as interdições afetem o tráfego de aeronaves no maior aeroporto do Brasil. O prazo para a entrega era janeiro de 2012 - mas a reforma só deve começar daqui a quatro meses, sem previsão de término.

Interior. A situação do recém saturado Aeroporto de Viracopos, em Campinas, não é muito melhor. Desde que virou uma alternativa à balbúrdia de Cumbica e Congonhas, com rotas operadas por todas as grandes companhias e alguns destinos internacionais, Viracopos viu o número de passageiros subir de 816 mil em 2005 para 5,4 milhões ano passado.

Com uma nova pista e um segundo terminal, a Infraero quer mais que triplicar a capacidade do aeroporto - hoje é de 3,5 milhões, e chegará a 11 milhões em 2014. O problema, segundo o Ipea, é que as obras ainda estão em fase de projeto e devem levar mais sete anos e meio para ficarem prontas.

A falta de visão a longo prazo determinou a situação caótica dos aeroportos hoje. "Estamos colhendo os resultados por não cumprir um planejamento decente para atender a demanda, que só cresce. Agora, fica difícil correr atrás", afirma o engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, professor da Escola Politécnica da USP.

Eficiência. Apesar de não estar na lista de aeroportos da Copa, Congonhas aparece no estudo como um dos 14 terminais em estado "crítico" - que recebem mais do que a sua capacidade. Guarulhos, Viracopos, Brasília, Confins, Porto Alegre, Fortaleza, Manaus, Florianópolis, Vitória, Natal, Goiânia, Cuiabá e Maceió também estão na mesma situação.

Para o Ipea, um aeroporto é eficiente quando opera abaixo dos 80% de ocupação. Só existem três terminais nessa situação no Brasil: Salvador, Recife e Galeão, no Rio. O também carioca Santos Dumont, que passava longe da saturação até 2009, no ano passado caiu para a posição considerada "preocupante", quando a taxa de ocupação está acima dos 80%, mas abaixo dos 100%. Assim encontram-se Curitiba e Belém.

A maior crítica do Ipea à Infraero diz respeito à execução orçamentária - segundo o instituto, somente 44% da verba autorizada entre 2003 e 2010 foi de fato investida. Procurada ontem pela reportagem, a estatal dos aeroportos não se manifestou até as 23 horas.
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por SBLO »

Jornal do Brasil
14/04 às 10h20
Quatorze dos principais aeroportos brasileiros operam acima da capacidade
Agência Brasil

BRASÍLIA - Quatorze dos 20 maiores aeroportos brasileiros – o equivalente a 70% – operam acima de sua capacidade, indica nota técnica divulgada nesta quinta-feira, em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo os técnicos do instituto, isso se deve não apenas ao aumento do número de usuários de transporte aéreo, mas principalmente porque os investimentos públicos no setor, apesar de terem aumentado, continuam sendo insuficientes para atender às necessidades de adequação da infraestrutura aeroportuária.

De acordo com o Ipea, o total de investimentos públicos para o setor aumentou de R$ 503 milhões, em 2003, para mais de R$ 1,3 bilhão, em 2010. As altas taxas de ocupação dos terminais de passageiros, contudo, demonstram a necessidade de que os investimentos futuros sejam ainda maiores.

Além disso, os responsáveis pela nota afirmam que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) necessita de "um choque de gestão" para otimizar a aplicação dos recursos que foi autorizada a gastar. De acordo com o levantamento do Ipea, entre os anos de 2003 e 2010, a estatal executou apenas a média de 44% do valor autorizado.

Segundo os técnicos do Ipea, os 20 aeroportos mais movimentados do país vêm perdendo eficiência operacional em função de as melhorias da infraestrutura aeroportuária não acompanharem o aumento da demanda. Enquanto em 2009, 11 deles estavam em situação crítica, operando acima de sua capacidade, em 2010 esse número subiu para 14. A quantidade de aeroportos considerados adequados, ou seja, que funcionam com uma taxa de ocupação 80% inferior ao seu limite máximo, caiu de quatro para três.

No período, o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, deixou de ser considerado adequado e foi incluído na lista dos terminais cuja situação é preocupante, operando com taxas de ocupação entre 80% e 100% de sua capacidade. Já os aeroportos de Maceió, Manaus e Natal, de preocupantes, passaram ser classificados como críticos.

Os técnicos do instituto, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, concluem que a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 torna mais urgente que o país aumente os investimentos no setor. De acordo com a nota técnica, nove dos 12 aeroportos em funcionamento nas 12 cidades brasileiras que sediarão jogos da Copa não deverão ter as obras finalizadas até o início do evento esportivo se o tempo médio para a conclusão das melhorias na área de infraestrutura de transportes for mantido. Também não deve ficar pronto o Aeroporto Internacional São Gonçalo do Amarante (RN), próximo à capital Natal, que ainda está sendo construído.

Conforme lembram os técnicos do Ipea, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estima que o país precisaria investir ao menos R$ 20 bilhões nos aeroportos brasileiros até 2022 para corrigir os gargalos do setor e evitar um apagão em decorrência do aumento da demanda. A Infraero, por sua vez, planeja investir, até 2014, R$ 5,23 bilhões nos 13 aeroportos citados na nota técnica do Ipea.
Emerson Signoberto Daniel
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por SBLO »

Diário do Nordeste
Publicado em 15 de abril de 2011
Aeroporto só fica pronto em 7 anos e está em situação crítica
Levantamento do Ipea constatou que obras do Aeroporto Internacional Pinto Martins só devem ser finalizadas em 2018

O que se esperar de uma Copa do Mundo sediada em uma cidade cujos projetos de infraestrutura fundamentais para a realização do evento nem saíram do papel restando apenas pouco mais de três anos? Enquanto aguarda-se a chegada de 2014 para se obter as respostas, os cearenses já possuem uma nova preocupação: no ano do Mundial, as obras de ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins possivelmente não estarão finalizadas. Pior, a reforma do aeródromo não estará concluída pelo menos até 2018, cinco anos após a estimativa inicial de inauguração em junho de 2013, tornando a rotina do terminal fortalezense, que já opera acima do limite, ainda mais crítica. A constatação está presente na nota técnica "Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações", elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgada ontem, mas já antecipada pelo Diário do Nordeste, na edição do mesmo dia.

Cálculo nada otimista

Sete anos e oito meses é o prazo médio para que projetos na área aeroportuária sejam concluídos, conforme levantamento do Instituto. Neste cálculo, estão presentes as fases de elaboração do projeto (com duração média de 12 meses), liberação de licenças ambientais (38 meses), licitação (6 meses) e obras (36 meses), totalizando 92 meses. E o Aeroporto Pinto Martins está exatamente na fase inicial, de elaboração do projeto, que se arrasta desde 2009. Em setembro daquele ano, o então superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) no Ceará, Sérgio Baltoré, havia informado que o plano de ampliação estava em fase inicial de elaboração e que deveria ser entregue em outubro de 2010. Ainda que esse esboço fosse finalizado agora, os trabalhos ainda levariam cerca de seis anos e seis meses até sua finalização.

Interferências

Essa estimativa pode ainda estar bem aquém da realidade. Isso porque o histórico brasileiro de obras em aeroportos mostra que mais interferências podem surgir durante sua execução, como por exemplo, questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU), que acarretam em mais atrasos.

Prova disso é que o terminal de Vitória (ES), cujas obras foram iniciadas em fevereiro de 2005 e interrompidas em junho de 2008, após o TCU constatar irregularidades, ainda aguarda a publicação de um novo edital para a contratação de outra empresa para tocar o projeto, mais de seis anos arrastando-se.

Em situação tão complicada quanto o terminal da Capital cearense também estão os aeroportos de Manaus (AM), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Salvador (BA), Campinas (SP) e Cuiabá (MT). No total, nove dos 12 aeródromos sediados nas cidades que sediarão jogos da Copa de 2014 estão comprometidos e dificilmente atenderão à forte demanda do período.

Investimento

A Infraero investirá R$ 279,5 milhões na ampliação do Aeroporto Pinto Martins, dinheiro que está inserido no Plano de Investimentos da empresa para o Mundial de 2014. O montante que será destinado à Fortaleza corresponde a quase 5% da bolada que será aportada nos terminais das cidades-sedes por conta do evento, de R$ 5,6 bilhões. Dessa forma, a cifra de R$ 1,4 bilhões será convertida nos projetos anualmente a partir de 2011, volume 225% superior à média investida pela Infraero nos últimos 8 anos.

Em declaração ao Diário na última quarta, o secretário especial do Estado para a Copa, Ferruccio Feitosa, afirmou que a informação sobre um possível atraso das obras do aeroporto estava equivocada. Ele disse ter participado de reunião em Brasília, na qual a Infraero apresentou o cronograma do projeto, com conclusão prevista para dezembro de 2013.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Infraero, mas a empresa não manifestou-se sobre o levantamento do Ipea até o fechamento da edição. Continua nas págs. 2, 4 e 10

DIEGO BORGES
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Emerson Signoberto Daniel
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José Paulo
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por José Paulo »

SBLO,
"Eles" estão esperando a hora da urgência, para fazer todas as obras sem os termos de licitação e fiscalização pública exigidos, com o fim de superfaturá-las e garantir o "arroz-feijão" para casa.
Aqui em São Paulo, NADA foi feito em termos de infraestrutura. Não só em aeroportos, como em estacionamento, transporte, equipamentos viários, capacidade hoteleira, ...............
NADA está sendo feito com vistas à Copa de 2014.
FCM
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por FCM »

José Paulo escreveu:NADA está sendo feito com vistas à Copa de 2014.
Aqui em Porto Alegre pelo menos o Estádio Beira-Rio está em obras e há novos hotéis surgindo, o grande problema é esta eterna novela do aeroporto, além de novas avenidas, do metrô, etc.
paulo roberto

Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por paulo roberto »

DEUS é brasileiro...aeroportos, estadios, hoteis tudo estará pronto....sem trem bala. :lol: :hahaha: :D:
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por meron Kovalchuk »

A Copa é um pretexto para justificar as obras pois se sabe que os políticos não ^pensam em melhorias públicas e sim votos. O Afonso Pena em Curitiba, provavelmente na época da ´Copa vai estar praticamente igual ao estado presente, talvez com um pátio maior e alguma pista de táxi a mais para melhorar o fluxo de aeronaves para as cabeceiras ou livrar a pista de pouso. Com um "monte" de sorte, talvez tenhamos alguma coisa lá por 2018,( os que viverem até lá). Lamentavelmente as minhas informações são de perspetiva técnica com algum tempero de ordem política nas entrelinhas. Convido o pessoal do Forum para contestarem as minhas afirmações se puderem!!! As contestações serão benvindas !!!
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Constellation
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por Constellation »

Caros,

Não vai ser preciso esperar pela Copa para que nossos aeroportos entrem em colapso. O caos vai se instalar muito antes disso. O aumento do tráfego doméstico é muito mais preocupante que Copa ou Olimpíada. Mas o fato é que o aumento do trafego aéreo nos últimos anos foi muito acima do esperado. Aqui em Londrina, que é uma cidade de porte médio, o número de passageiros por via aérea superou o número de passageiros por via rodoviária, considerando os destinos que têm as duas opções.

Está faltando agilidade ao poder público. Aqui é um parto para se abrir licitações, outro parto para fechar licitações, outro parto para se resolver as pendengas jurídicas impetradas pelos perdedores das licitações, outro parto para cumprir prazos, outro parto para pagar os contratatados, outro parto para se dividir a propina entre os envolvidos na licitação e outro parto para tentar enrolar o TCU, o que geralmente não dá certo. Isso sem contar o trabalho que dá para tentar conseguir um EIA-RIMA e liberação pelos órgãos ambientais, brigas judiciais para revogar centenas de liminares, agravos regimentais, agravos de instrumento, mandados de segurança, e o o raio que o parta... Ninguém merece...

Grande abraço.
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Fernando Basto
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Re: De 13 aeroportos, nove não ficarão prontos para Copa

Mensagem por Fernando Basto »

Aqui no Rio, Galeão (c/ uma obrinha mixuruca) e SDU, seguem sem nenhuma perspectiva de melhora, no que diz respeito a melhoria no atendimento aos passageiros. Hoje, fiz a compra das passagens aéreas de minha filha (8 anos) no trecho CWB/RIO/CWB, para as férias de julho e já estou imaginando o caos que se poderá encontrar nos aeroportos Afonso Pena e GIG. Na Copa e nas olimpíadas, temo pelo colapso total nos aeroportos das cidades sedes !
Fernando Basto -
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Cabo Frio - RJ
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