Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

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Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por SBLO »

04/03/2011 - 10h35
Brasil e EUA retiram máscaras de oxigênio de banheiros de aviões
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RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

Por medo de terrorismo, Estados Unidos e Brasil removeram em sigilo, nas últimas semanas, os suprimentos e as máscaras de oxigênio do banheiro dos aviões comerciais de passageiros registrados nos dois países.

Obtida com exclusividade pela Folha, a medida foi tomada por iniciativa da FAA (agência de aviação americana) e seguida pela Anac, a equivalente brasileira. Cerca de 6.000 aviões foram submetidos a mudança nos EUA, dono do maior volume de tráfego aéreo no mundo; no Brasil, foram cerca de 400 aeronaves de todas as companhias de transporte regular de passageiros --TAM, Gol, Avianca, Azul e Webjet, entre outras. O prazo para conclusão no Brasil terminou hoje.

Editoria de Arte/Folhapress
Imagem

A FAA e inteligência americana detectaram a ameaça de o dispositivo, que fica na parte de cima do banheiro, ser usado como explosivo. A partir de então, a agência orientou o Brasil, a Comunidade Europeia e outros países. A Icao (sigla em inglês da Organização Internacional de Aviação Civil) informou, na terça-feira, que não tinha conhecimento da determinação.

Sem a máscara de oxigênio, os passageiros que estiverem no banheiro ficam mais expostos em caso de despressurização. A partir de agora, comissários terão de abrir o lavatório e socorrê-los. A possibilidade de que isso ocorra é rara, segundo a FAA e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Em altitudes de cruzeiro, cerca de 12 mil metros, há risco de perda de consciência e morte caso o passageiro fique sem a máscara por muito tempo.

As agências sustentam que os pilotos são instruídos, em casos assim, a reduzir a altitude da aeronave imediatamente.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/ ... ioes.shtml" onclick="window.open(this.href);return false;
Emerson Signoberto Daniel
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por SBLO »

04/03/2011 - 13h39
Atenção de comissário terá que ser redobrada, diz especialista
DE SÃO PAULO

Os aviões do Brasil e Estados Unidos estão sem máscaras de oxigênios e suprimentos em seus banheiros, medida tomada como segurança pela FAA e Anac, agências reguladores dos dois países, como informado por reportagem exclusiva da Folha nesta sexta-feira.

O comandante Carlos Camacho, diretor de Segurança de Voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, concorda com a resolução da Anac, mas questiona a atuação de algumas empresas aéreas. "A partir do momento que elas colocam o buy on board, aquele sistema de vendas a bordo, ela indisponibiliza o comissário e se houver uma despressurização, como é que eles poderão, com carrinhos no meio da passarela, atender à demanda?", questiona.

Camacho explica que atualmente as aeronaves voam muito, cerca de 41 mil pés. "As condições normais de pressão estão 14 mil pés, cerca de 4,5 mil metros", explica o comandante. Ele afirma que chegar à altitude segura é rápido e, com o sistema funcionando corretamente, "o tempo é mais que suficiente" para manter a segurança dos passageiros.

INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

Outro problema apontado pelo comandante é o descaso dos passageiros com as instruções de segurança. "Cerca de 95% dos passageiros não prestam atenção aos procedimentos explicados pelos comissários antes do voo" --aquele em que a tripulação faz mímica de como colocar as máscaras de oxigênio. Ele afirma ainda que mais de 90% também não leem os cartões com as condutas de segurança presentes à frente ou laterais das poltronas.

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia ... ista.shtml" onclick="window.open(this.href);return false;
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por Constellation »

Caros,

Acho que andei desaprendendo alguma coisa sobre aviões nesses últimos tempos... Condições normais de pressão a 14 mil pés????? Pelo o que eu sei, a altitude pressão da cabine é 8 mil, não 14 mil... Ninguém tinha me falado sobre o upgrade que os seres humanos tiveram agora, pois até há pouco, a 14 mil pés já temos hipóxia.

Caros, se o comissário não conseguir atender o coitado do pax que está no lavatório antes da aeronave nivelar a 10 mil pés, o pax corre risco de ter sequelas permanentes por falta de oxigênio durante o tempo de descida, que leva mais ou menos 10 minutos, entre 41 e 10 mil pés. E o próprio comissário que se empenhar na tarefa também correrá o risco de ser afetado.

Acho que os americanos já estão chegando aos limites da paranóia com isso: converter um cilindro de oxigênio, ou um gerador químico de clorato de sódio e limalha de ferro em uma bomba, de dentro de um lavatório, é quase tão fácil como tentar converter um Fiat 147 em um Cadillac Eldorado Conversível em 10 minutos na oficina.

Um sujeito suicida teria mais facilidade em engolir uma boa quantidade de C-4 e uma bateria de 9 volts do que levar ferramentas pro lavatório, para tentar converter o cilindro de oxigênio em bomba. Brincadeira isso... Seria simples deixar o cilindro de oxigênio e o gerador químico fora de alcance no lavatório.

Cada medida de segurança imbecil que a gente vê por aí.

Grande abraço.
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por Electra »

Constellation escreveu:Caros, se o comissário não conseguir atender o coitado do pax que está no lavatório antes da aeronave nivelar a 10 mil pés, o pax corre risco de ter sequelas permanentes por falta de oxigênio durante o tempo de descida, que leva mais ou menos 10 minutos, entre 41 e 10 mil pés. E o próprio comissário que se empenhar na tarefa também correrá o risco de ser afetado. Acho que os americanos já estão chegando aos limites da paranóia com isso...
Já chegaram há mt tmp! Nos vôos curtos, até dá pra vc evitar o lavatório, já nos longos, é impossível. Seria legal ouvir a opinião dos cmros aqui do AF...
Grato desde já!
Abraços!!!
filalb
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por filalb »

Constellation escreveu:Caros,

Acho que andei desaprendendo alguma coisa sobre aviões nesses últimos tempos... Condições normais de pressão a 14 mil pés????? Pelo o que eu sei, a altitude pressão da cabine é 8 mil, não 14 mil... Ninguém tinha me falado sobre o upgrade que os seres humanos tiveram agora, pois até há pouco, a 14 mil pés já temos hipóxia.

Caros, se o comissário não conseguir atender o coitado do pax que está no lavatório antes da aeronave nivelar a 10 mil pés, o pax corre risco de ter sequelas permanentes por falta de oxigênio durante o tempo de descida, que leva mais ou menos 10 minutos, entre 41 e 10 mil pés. E o próprio comissário que se empenhar na tarefa também correrá o risco de ser afetado.

Acho que os americanos já estão chegando aos limites da paranóia com isso: converter um cilindro de oxigênio, ou um gerador químico de clorato de sódio e limalha de ferro em uma bomba, de dentro de um lavatório, é quase tão fácil como tentar converter um Fiat 147 em um Cadillac Eldorado Conversível em 10 minutos na oficina.

Um sujeito suicida teria mais facilidade em engolir uma boa quantidade de C-4 e uma bateria de 9 volts do que levar ferramentas pro lavatório, para tentar converter o cilindro de oxigênio em bomba. Brincadeira isso... Seria simples deixar o cilindro de oxigênio e o gerador químico fora de alcance no lavatório.

Cada medida de segurança imbecil que a gente vê por aí.

Grande abraço.
Concordo absolutamente. Essa medida é um retrocesso nos pressupostos de segurança (safety) que a aviação vem ganhando ao longo desses anos todos, além de que o argumento em se está conquistando outra segurança (security) é uma falácia.
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por SBLO »

Folha de São Paulo
São Paulo, sábado, 05 de março de 2011
Brasil e EUA tiram máscara de ar de banheiro de aviões
Ação preventiva se deve à descoberta de que gerador pode ser usado como explosivo
Não houve precedentes de uso criminoso do dispositivo, que pode gerar fogo, segundo agência americana
RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

Por medo de terrorismo, Estados Unidos e Brasil retiraram o suprimento e as máscaras de oxigênio dos banheiros dos aviões comerciais de passageiros.

A medida, antecipada ontem pela manhã pela Folha.com, afeta cerca de 6.000 aeronaves de companhias aéreas americanas e 400 das brasileiras. A remoção do dispositivo, concluída ontem, ocorreu em sigilo nas últimas três semanas.

A iniciativa se deve à descoberta, pelos EUA, de que o gerador de oxigênio no teto do banheiro pode ser usado como explosivo. Acionado, o dispositivo pode atingir 200C e, se provocado, eventualmente causar fogo.

Autoridades de aviação de todo o mundo receberam a recomendação da FAA (agência americana de aviação); o Brasil e os EUA estão entre os primeiros a segui-la.

A FAA não informou se outros países removeram o dispositivo. Procurada, a Easa (agência de aviação europeia) não se manifestou.

Nas próximas semanas, a intenção do governo dos EUA é proibir de operar em solo americano aviões estrangeiros que ainda tiverem as máscaras no banheiro. O país responde por 32% do tráfego aéreo mundial.

Não houve precedentes de uso criminoso dos geradores, diz a agência; trata-se de medida preventiva. A retirada ocorre no banheiro por ser a única área do avião em que o passageiro está fora do alcance da tripulação.

SEM DIVULGAÇÃO

Foi a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que repassou a recomendação às empresas brasileiras.

Caso não a seguisse, a agência temia que os aviões brasileiros, em especial os que voam para os EUA, ficassem vulneráveis assim que a FAA divulgasse o risco.

Às empresas a Anac disse se tratar de uma "Informação Sensível de Segurança", "que não deve ser discutida e divulgada às pessoas que não necessitam ter conhecimento do assunto". Passageiros não foram avisados.

Sem a máscara de oxigênio, os passageiros no banheiro ficam sujeitos a despressurização e podem até morrer. Uma altitude considerada segura é de 3.048 m; os aviões costumam voar a até 12 mil m (39 mil pés).

A partir de agora, comissários de bordo terão de abrir o lavatório e socorrê-los se houver despressurização.

Avisos serão colocados nos banheiros para informar que ali não há máscaras. Elas estarão do lado de fora.

O risco à saúde é raro, segundo a FAA e a Anac. A chance de despressurização com passageiros no banheiro é de cinco casos a cada 1 bilhão de horas voadas -"improvável", na classificação internacional de aviação; como comparação, a de uma aeronave cair é de 1 para 1 bilhão de horas de voo -"extremamente improvável".

As agências sustentam que os pilotos são instruídos, em casos assim, a reduzir a altitude até um nível seguro.
Para o comandante Carlos Camacho, diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, há duas análises a fazer: 1) a medida é positiva, pois elimina um eventual risco; 2) exige treinamento e ajuste pelas companhias aéreas, especialmente em voos com venda.

"Um comissário no carrinho vendendo produtos não chega a tempo ao toalete."

frase

"A pergunta que não quer calar: como vão fazer com o buy-on-board [venda de produtos a bordo], que acontece quando o avião está estável? O comissário no carrinho vendendo produtos não chega a tempo ao toalete"
CARLOS CAMACHO
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por filalb »

A EASA resolveu não adotar a diretiva do FAA:

http://ad.easa.europa.eu/blob/20110409_ ... 11-04-09_1" onclick="window.open(this.href);return false;

http://ad.easa.europa.eu/blob/EASA_Info ... 11-04-09_2" onclick="window.open(this.href);return false;
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por Francisco - CGR »

Constellation escreveu: Acho que os americanos já estão chegando aos limites da paranóia com isso
E o "Brézil il il il il il" se mostrando uma bela marionete dos ditos... :nopz: :rrr:
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por SBLO »

Comunicado do SNA:

ANAC não cumpre sua real função e impõe medidas prejudiciais ao usuário, aos trabalhadores e à segurança de voo
Uma recente decisão da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) determinou que as máscaras de oxigênio fossem retiradas dos banheiros das aeronaves. A decisão foi para atender a uma recomendação da ICAO/FAA (Agência Americana de Aviação), mas não houve nenhuma explicação dos motivos nem esclarecimento aos usuários. As máscaras são utilizadas para respiração em casos de despressurização. Agora, os comissários é que terão de abrir o lavatório e socorrer os passageiros, mas não houve nenhum tipo de treinamento específico com os tripulantes para lidar com essa situação!
A ANAC vem impondo ao setor aéreo (usuários e trabalhadores) determinadas situações que deixam dúvidas sobre sua real função de fiscalização do sistema aéreo brasileiro. A quais interesses a ANAC está servindo? Certamente não é aos interesses do país!!!

Há outras iniciativas da Agência, como, por exemplo: a aprovação precipitada do projeto LATAM, fusão da TAM com a companhia LAN, do Chile – decisão que vem sendo questionada juridicamente pelos próprios chilenos; novas consultas públicas sobre redução de comissários de bordo; mudanças na obtenção das carteiras de pilotos; a abertura de céus com a Europa e Estados Unidos e a liberação das tarifas internacionais, que dão mais competitividade às empresas estrangeiras e podem comprometer as expectativas de recuperação do mercado aéreo brasileiro; a tentativa de descaracterizar o comissário enquanto aeronauta, substituindo a carteira de saúde. Outra preocupação é a alteração no Artigo 158 do CBA, sobre a possibilidade de contratação de mão de obra estrangeira. Caso aprovada, serão atraídos profissionais de segunda categoria, já que os salários e condições de trabalho nos países do primeiro mundo estão muito acima daqueles oferecidos pelas empresas nacionais. Além de não haver estímulo à formação nacional de novos profissionais, comprometendo o nível de nossos pilotos e a própria segurança de voo.

Enquanto isso, as empresas se calam! Continuam a burlar a regulamentação e o que a ANAC está fazendo???

O SNA continua encaminhando à ANAC todas as denúncias recebidas, mas a Agência faz vista grossa às atitudes e as providências deixam a desejar! Questões que comprometem seriamente a segurança de voo estão sendo implantas com a rapidez e consequências de um tsunami. E a fiscalização, que deveria ser o objetivo principal da ANAC, deixa muito a desejar.

Não deixaremos de cobrar uma postura séria da ANAC, que não seja prejudicial ao Brasil, aos usuários, aos trabalhadores e à segurança de voo.
Emerson Signoberto Daniel
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por SR-71 »

Francisco - CGR escreveu:
Constellation escreveu: Acho que os americanos já estão chegando aos limites da paranóia com isso
E o "Brézil il il il il il" se mostrando uma bela marionete dos ditos... :nopz: :rrr:
É o cacoete de :hmm: "tomar decisões de 1o mundo....."

Curioso que as boas coisas não servem mde exemplo.
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por schroeder »

... na realidade não foi bem a mascara que gerou a retirada MAS SIM o gerador de oxigenio ...

terminei hoje pela 11ª vez meu refresh do curso de cargas perigosas e pelos audio visuais que
nos foram expostos , a retirada do pequeno cilindro se deve mais a uma prevenção de uma
possivel ruptura da valvula do cilindro e este se tornaria em algo parecido como uma ... " arma "

o que se quiz dizer com tornar-se uma arma não se deve ao fato de que .... ALGUEM o usaria como uma arma , isso seria sim muito dificil , mas sim ao fato de que , caso a valvula por defeito se colapsasse ai sim , o pequeno cilindro se tornaria em algo desastroso e poderia causar ( ele o cilindro ) estragos semelhante a uma arma ....

e acreditem .... causaria mesmo ...!
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por Constellation »

schroeder escreveu:... na realidade não foi bem a mascara que gerou a retirada MAS SIM o gerador de oxigenio ...

terminei hoje pela 11ª vez meu refresh do curso de cargas perigosas e pelos audio visuais que
nos foram expostos , a retirada do pequeno cilindro se deve mais a uma prevenção de uma
possivel ruptura da valvula do cilindro e este se tornaria em algo parecido como uma ... " arma "

o que se quiz dizer com tornar-se uma arma não se deve ao fato de que .... ALGUEM o usaria como uma arma , isso seria sim muito dificil , mas sim ao fato de que , caso a valvula por defeito se colapsasse ai sim , o pequeno cilindro se tornaria em algo desastroso e poderia causar ( ele o cilindro ) estragos semelhante a uma arma ....

e acreditem .... causaria mesmo ...!
Caros,

Então, deveriam substituir o gerador por um cilindro de oxigênio de baixa pressão, e o problema estaria resolvido, ok?

Grande abraço.
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por Flight Deck »

Entendo perfeitamente a preocupação quanta a retirada do equipamento instalado, mas todos que viajam em aeronaves pressurizadas devem compreender que o voo em altitudes elevadas é repleto de armadilhas.

A partir do momento que ocorre uma despressurização ou mesmo com a cabine ainda lutando para ser controlada, mas o piloto decide mesmo assim fazer uma descida de emergência, a equipe de comissários é geralmente orientada em treinamento para, em primeiro lugar, alcançar a máscara de oxigênio mais próxima que estiver disponível, permanecendo naquele local até que a aeronave estabilize e os pilotos liberem para o que é chamado de "walk around", quanto então os tripulantes em boas condições físicas fazem a varredura para que seja detectada uma eventual necessidade de prestação de socorro aos ocupantes. Portanto, por diversas razões, é completamente inviável que um tripulante de cabine saia para auxiliar qualquer pessoa, independente de onde ela se encontrar, antes do momento que a manobra de emergência ou de prevenção seja concluída.

Há diversos motivos para tal ação coordenada, entre eles estão o tempo útil de consciência (TUC) que qualquer ser humano possui sem suprimento de oxigênio, que pode ser curtíssimo, ainda mais quando uma cabine está despressurizada em níveis de voo elevados, a impossibilidade de locomoção sem utilizar o equipamento portátil de oxigênio, que muitas vezes deve ser removido do seu compartimento, que nem sempre está ao alcance da posição que os tripulantes se encontram a bordo, os sérios riscos de ferimentos para quem tentar andar durante as manobras de segurança realizadas pelos pilotos, que podem ser bruscas, etc.

Em resumo, uma simples caminhada pelo corredor, pela madrugada e para esticar as pernas, pode ser tão arriscada quanto entrar num banheiro, a partir do instante que nem sempre haverá tempo hábil ou uma máscara disponível (e que funcione) ao alcance de uma pessoa (que pode ser passageiro ou até mesmo um tripulante) que não estiver no seu assento devido, corretamente posicionada e em plena consciência de como ajustar a máscara, após alcançá-la numa cabine muitas vezes escura e eventualmente repleta de condensação.

Têm detalhes em tais circunstâncias de despressurização que as empresas não contam aos seus usuários, pois se forem contados, muitos não vão querer voar nunca mais.

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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por SR-71 »

Têm detalhes em tais circunstâncias de despressurização que as empresas não contam aos seus usuários, pois se forem contados, muitos não vão querer voar nunca mais.
Tipo quais? :hmm:
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Re: Brasil e EUA retiram máscara de oxigênio de banheiro de aviã

Mensagem por Flight Deck »

SR-71 escreveu:Tipo quais? :hmm:
Para que seja possível entender alguns princípios relacionados com a hipóxia e o ambiente hostil que as aeronaves encontram em grandes altitudes, inicialmente segue uma breve comparação:

1. Os alpinistas que pretendem subir montanhas acima de 8,000 metros necessitam semanas de preparação para que os seus organismos estejam razoavelmente adaptados para superar a barreira chamada de “zona da morte”, que é qualquer altura acima da faixa de 26,000 pés. O Everest, que é a montanha mais alta do planeta, atinge uma altura um pouco acima de 29,000 pés. Há casos de montanhistas que chegaram nesse cume sem o uso de oxigênio auxiliar, mas muitos, mesmo que teoricamente adaptados, não suportaram tal condição extrema, mesmo com equipamento suplementar. Se fosse possível colocar instantaneamente uma pessoa que estivesse ao nível do mar no topo daquela montanha, ela conseguiria sobreviver por menos de dois minutos. Um voo comercial geralmente navega em níveis de cruzeiro muito acima dessa margem de altitude.

2. A tolerância quanto ao Tempo Útil de Consciência (TUC) que cada ser humano pode suportar é variável. O TUC refere-se ao período decorrido entre a perda do suprimento do oxigênio até a falha do desempenho de uma determinada pessoa que está sob tal condição desfavorável. Por exemplo, em caso de despressurização a 35,000 pés, uma pessoa que se encontra calmamente sentada terá um disponível de tempo inferior a um minuto. Sendo a 40,000 pés, a margem cairá para menos de 30 segundos, em média.

3. Se a ausência de máscara de oxigênio é uma preocupação para quem está no interior de um toalete, o mesmo pode ser dito para aqueles que se amontoam numa longa fila para efetuarem suas necessidades, ou nas galleys, para um bate-papo durante a madrugada. Nessas ocasiões deve-se ter em mente a devida noção de que nem sempre haverá máscaras de oxigênio ao alcance de todos e nem sempre alguém terá condições de prestar socorro para aqueles que não conseguirem apanhar um desses equipamentos de sobrevivência.

4. Dependendo da aeronave e do padrão operacional adotado pela empresa aérea, os pilotos, quando iniciarem a descida de emergência, ajustarão a descida do avião observando duas possibilidades: a altitude mínima de segurança da rota ou 10,000 pés, sendo que sempre a maior restrição deverá ser respeitada. No entanto, a altitude de segurança, em função do terreno sobrevoado, pode ser muito acima de 10,000 pés, como ocorre com os voos que sobrevoam as Cordilheiras dos Andes, os Alpes e certos países como o Afeganistão, Turquia, Irã, entre outros. Além disso, algumas aeronaves, como o B747-400, podem utilizar 14,000 pés como a altitude mínima de segurança, ao invés de 10,000 pés. É importante salientar que sem autorização da cabine de comando, os comissários não poderão iniciar o chamado walk around, isto é, a "varredura" para saber como estão os passageiros e se eles de fato estão utilizando as máscaras. De qualquer forma, acima de 10,000 pés os cilindros auxiliares de oxigênio devem ser utilizados para que os comissários possam fazer essa avaliação, portanto, para o uso deles próprios, não para prestarem eventuais assistências (posteriormente, com a cabine abaixo de 10,000 pés, outro processo de auxílio entra em ação).

5. O sucesso de uma descida de emergência encontra-se totalmente nas mãos dos pilotos que estiverem sentados na posição de comando dos controles da aeronave. Às vezes, por diversas razões, apenas um piloto poderá estar na cabine de comando. Se ele for incapaz de realizar sozinho essa manobra de descida ou executá-la indevidamente, não haverá tempo e condições técnicas para que o outro piloto consiga reassumir os comandos. Primeiro, porque ele necessitaria de equipamento auxiliar de oxigênio para retornar à cabine de comando, mas tal dispositivo encontra-se guardado em determinados compartimentos distribuídos a bordo, mas nem sempre está, por exemplo, próximo dos toaletes, da galley ou da área de descanso da tripulação. Em segundo lugar, a porta da cabine geralmente encontra-se trancada e na grande maioria dos casos somente poderá ser aberta se o piloto que estiver na cabine autorizar a entrada. Caso ele tenha sofrido com a ausência de oxigênio, em outras palavras, apagou, o avião permanecerá voando conforme o último comando, que muitas vezes é manter o nível de voo de cruzeiro.

Sds e sem sustos :yeah:
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