Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
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Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
O governo Lula prolongou a agonia da Varig por cerca de dois anos, temendo a repercussão negativa que a quebra da companhia provocaria nas eleições de 2006.
A revelação consta nos telegramas enviados pela Embaixada dos EUA em Brasília para Washington e obtidos pelo site WikiLeaks.
Análise sobre a preocupação eleitoral foi construída com base em conversas do embaixador John Danilovich com o vice-presidente e ministro da Defesa na época, José Alencar, e mais fontes não identificadas do Planalto.
O caso Varig é citado em ao menos 13 telegramas. Na maioria, os diplomatas mostram preocupação com temas de interesse das empresas dos EUA de aluguel de avião, como a ILFC e os braços financeiros de Boeing e GE, credores da Varig.
O caso Varig, em especial a condução da venda em leilão judicial, foi considerado "bizantino" pelos americanos, que também ironizaram a incoerência entre o discurso e a prática do governo Lula.
O governo dizia que não ia ajudar, mas prolongava a agonia -por meio das estatais Infraero (que administra aeroportos) e BR Distribuidora (fornecedora de combustível)- ao renovar linhas de crédito ou tolerar a falta de pagamentos.
ELITE
O embaixador Danilovich também conta ter ouvido de fonte palaciana, em dezembro de 2004, argumento que justificaria a atitude de não socorrer a Varig: "Por que um governo liderado por um presidente do Partido dos Trabalhadores deveria subsidiar uma empresa mal administrada que atende a elite (o pobre não tem dinheiro para voar)?"
Os telegramas trazem ainda uma revelação. Segundo o relato de Danilovich, em dezembro de 2004, durante reunião com o vice-presidente da Boeing, Thomas Pickering, Alencar afirmou que uma das soluções em estudo seria dividir a parte boa da Varig entre TAM e/ou Gol.
A Gol não tinha aparecido publicamente como parte de solução em estudo pelo governo. Porém a empresa acabou sendo a solução ao adquirir a Nova Varig, em 2007.
A aquisição evitou, mais uma vez, a falência da companhia, ameaçada pela disputa entre os sócios brasileiros e o fundo Matlin Patterson, dos EUA.
Na conversa, Alencar classificou de "um horror" a situação financeira da Varig. Adiar uma solução para o caso Varig, segundo relatos que o embaixador diz ter colhido, teria outra vantagem, além da questão eleitoral: dar tempo para TAM e Gol se prepararem para assumir as rotas internacionais.
VILÃO
Em 10 de junho de 2005, com a pressão dos credores donos de avião aumentando, Danilovich declarou: "Antevemos que a atual crise rapidamente se tornará muito pública e muito confusa".
Quatro dias depois, o embaixador era procurado pela Varig, à época liderada por David Zylbersztajn e Omar Carneiro da Cunha, que lhe fez apelo para tentar impedir que a ILFC entrasse com ação de retomada de aviões por falta de pagamento.
Como o embaixador não se comprometeu, em 17 de junho, data em que a ILFC planejava retomar as aeronaves, a Varig entrou em recuperação judicial -ficando protegida do arresto dos aviões.
A ILFC, subsidiária da seguradora AIG, era o credor americano mais aguerrido. A Boeing, parceira antiga da Varig, apoiou o plano. Não por benevolência, mas por questão de imagem.
"Dada a popularidade da Varig no Brasil, a Boeing não queria ficar com a fama do vilão que levou a empresa à falência", escreveu o encarregado de negócios Philip Chicola em julho de 2005. Esse papel coube à ILFC.
Os informes constam nos milhares de despachos diplomáticos que o WikiLeaks começou a divulgar em novembro. A Folha e outras seis publicações têm acesso ao material antes da divulgação no site da organização (http://www.wikileaks.ch" onclick="window.open(this.href);return false;).
Fonte: Folha.com/mercado
O governo Lula prolongou a agonia da Varig por cerca de dois anos, temendo a repercussão negativa que a quebra da companhia provocaria nas eleições de 2006.
A revelação consta nos telegramas enviados pela Embaixada dos EUA em Brasília para Washington e obtidos pelo site WikiLeaks.
Análise sobre a preocupação eleitoral foi construída com base em conversas do embaixador John Danilovich com o vice-presidente e ministro da Defesa na época, José Alencar, e mais fontes não identificadas do Planalto.
O caso Varig é citado em ao menos 13 telegramas. Na maioria, os diplomatas mostram preocupação com temas de interesse das empresas dos EUA de aluguel de avião, como a ILFC e os braços financeiros de Boeing e GE, credores da Varig.
O caso Varig, em especial a condução da venda em leilão judicial, foi considerado "bizantino" pelos americanos, que também ironizaram a incoerência entre o discurso e a prática do governo Lula.
O governo dizia que não ia ajudar, mas prolongava a agonia -por meio das estatais Infraero (que administra aeroportos) e BR Distribuidora (fornecedora de combustível)- ao renovar linhas de crédito ou tolerar a falta de pagamentos.
ELITE
O embaixador Danilovich também conta ter ouvido de fonte palaciana, em dezembro de 2004, argumento que justificaria a atitude de não socorrer a Varig: "Por que um governo liderado por um presidente do Partido dos Trabalhadores deveria subsidiar uma empresa mal administrada que atende a elite (o pobre não tem dinheiro para voar)?"
Os telegramas trazem ainda uma revelação. Segundo o relato de Danilovich, em dezembro de 2004, durante reunião com o vice-presidente da Boeing, Thomas Pickering, Alencar afirmou que uma das soluções em estudo seria dividir a parte boa da Varig entre TAM e/ou Gol.
A Gol não tinha aparecido publicamente como parte de solução em estudo pelo governo. Porém a empresa acabou sendo a solução ao adquirir a Nova Varig, em 2007.
A aquisição evitou, mais uma vez, a falência da companhia, ameaçada pela disputa entre os sócios brasileiros e o fundo Matlin Patterson, dos EUA.
Na conversa, Alencar classificou de "um horror" a situação financeira da Varig. Adiar uma solução para o caso Varig, segundo relatos que o embaixador diz ter colhido, teria outra vantagem, além da questão eleitoral: dar tempo para TAM e Gol se prepararem para assumir as rotas internacionais.
VILÃO
Em 10 de junho de 2005, com a pressão dos credores donos de avião aumentando, Danilovich declarou: "Antevemos que a atual crise rapidamente se tornará muito pública e muito confusa".
Quatro dias depois, o embaixador era procurado pela Varig, à época liderada por David Zylbersztajn e Omar Carneiro da Cunha, que lhe fez apelo para tentar impedir que a ILFC entrasse com ação de retomada de aviões por falta de pagamento.
Como o embaixador não se comprometeu, em 17 de junho, data em que a ILFC planejava retomar as aeronaves, a Varig entrou em recuperação judicial -ficando protegida do arresto dos aviões.
A ILFC, subsidiária da seguradora AIG, era o credor americano mais aguerrido. A Boeing, parceira antiga da Varig, apoiou o plano. Não por benevolência, mas por questão de imagem.
"Dada a popularidade da Varig no Brasil, a Boeing não queria ficar com a fama do vilão que levou a empresa à falência", escreveu o encarregado de negócios Philip Chicola em julho de 2005. Esse papel coube à ILFC.
Os informes constam nos milhares de despachos diplomáticos que o WikiLeaks começou a divulgar em novembro. A Folha e outras seis publicações têm acesso ao material antes da divulgação no site da organização (http://www.wikileaks.ch" onclick="window.open(this.href);return false;).
Fonte: Folha.com/mercado
Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Previsivel.
AB3 - aeroentusiasta forum user
BHZ - Belo Horizonte - MG | Aircraft Mechanic and Aviation Researcher
Artigos em http://www.avioesemusicas.com" onclick="window.open(this.href);return false;
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- arthuramaral_CGR
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
ruypilot escreveu: ...Varig, à época liderada por David Zylbersztajn...
AB3 escreveu:Previsivel.


- arthuramaral_CGR
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Acrescento que a decisão de não salvar foi a maior idiotice de Lula. Pagamos um preço alto e as empresas internacionais agradecem...
-
- CMTE.
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Não concordo. Por que também não se salvou a Vasp, a Transbrasil?
Existe essa tal palavra "tradição" que foi usada para forçar o governo a investir na RG, usando dinheiro público (meu, seu, nosso) para perpetuar a administração ruim da empresa (leia-se: Fundação Rubem Berta). Ou que tomasse medidas protetoras que restaurassem os vícios de antigamente (leia-se: monopólio de rotas internacionais, monopólio nas contas de estatais e autarquias).
Como eu disse no blog do Gabeira, sabemos que a RG poderia ter tomado medidas de saneamento (corte de pessoal, fim de rotas deficitárias, etc.) e não o fez. Inclusive ter se unido à TAM, como a própria TAM se uniu à LAN para se salvar.
E as empresas internacionais não se beneficiaram tanto assim: continuam os acordos de reciprocidade (há quase sempre uma empresa nacional fazendo a rota de uma estrangeira) E, internamente, a GOL e a TAM (que receberam passageiros da RG) tinham, naquele tempo, capital nacional.
Eu não sou contra o Rio Grande do Sul. Só entendo que "tradição" não é suficiente para justificar investimento de receita pública em empresa privada, principalmente se ela for mal gerida.
Em tempo: quando se toca nesse assunto, sempre vem à baila a palavra PANAIR ...
(Gostaria que alguém me explicasse.)
Existe essa tal palavra "tradição" que foi usada para forçar o governo a investir na RG, usando dinheiro público (meu, seu, nosso) para perpetuar a administração ruim da empresa (leia-se: Fundação Rubem Berta). Ou que tomasse medidas protetoras que restaurassem os vícios de antigamente (leia-se: monopólio de rotas internacionais, monopólio nas contas de estatais e autarquias).
Como eu disse no blog do Gabeira, sabemos que a RG poderia ter tomado medidas de saneamento (corte de pessoal, fim de rotas deficitárias, etc.) e não o fez. Inclusive ter se unido à TAM, como a própria TAM se uniu à LAN para se salvar.
E as empresas internacionais não se beneficiaram tanto assim: continuam os acordos de reciprocidade (há quase sempre uma empresa nacional fazendo a rota de uma estrangeira) E, internamente, a GOL e a TAM (que receberam passageiros da RG) tinham, naquele tempo, capital nacional.
Eu não sou contra o Rio Grande do Sul. Só entendo que "tradição" não é suficiente para justificar investimento de receita pública em empresa privada, principalmente se ela for mal gerida.
Em tempo: quando se toca nesse assunto, sempre vem à baila a palavra PANAIR ...
(Gostaria que alguém me explicasse.)
- arthuramaral_CGR
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Bem, com relação aos EUA o acordo bilateral já ruiu, pois eles estão usando todas as frequências que têm direito enquanto a TAM anda de lado...sequer LAX temos mais...
Estima-se em vários milhares de prejuízo da ausencia de uma empresa nacional forte em varias rotas...
O que intriga é que o dinheiro que o governo deve à Varig, esse virou lenda!....
Vai dever vc pro governo pra ver se demora assim...
Estima-se em vários milhares de prejuízo da ausencia de uma empresa nacional forte em varias rotas...
O que intriga é que o dinheiro que o governo deve à Varig, esse virou lenda!....

Vai dever vc pro governo pra ver se demora assim...
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- CMTE.
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Mas, Arthur, se as empresas americanas usam as freqüências, as brasileiras tem o mesmo direito, não é? Elas não as usam por motivos diversos, mas - pelo acordo - tem o direito. Não me consta exclusividade americana em alguma rota.arthuramaral_CGR escreveu:Bem, com relação aos EUA o acordo bilateral já ruiu, pois eles estão usando todas as frequências que têm direito enquanto a TAM anda de lado...sequer LAX temos mais...
E acho meio questionável essa coisa de "empresa forte", ou "de bandeira". Entendo que, nos dias atuais, isso não é mais relevante.
- Constellation
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Caros,
Em que pese a tradição da velha Varig, e todas as saudades que sentimos dela, na verdade seria um erro imenso o governo injetar dinheiro nela para salvá-la. A Fundação Ruben Berta estava cheia de piratas, que só se importavam com o seu próprio dinheiro, e não com a empresa.
Mesmo se o governo abrisse mão dos valores questionados, relativos aos planos econômicos passados, a empresa não teria sobrevivido, pois o dinheiro iria parar na conta daqueles piratas da FRB, em paraísos fiscais. Se o Governo tivesse estatizado a empresa, talvez fosse uma solução melhor, mas quem iria pagar a conta seria o contribuinte, ou seja, nós mesmos. A estatização da Varig, do ponto de vista político e de opinião pública, seria desastroso para o governo, e é natural que ele não quisesse pagar a conta. Me desculpe, Arthur, mas não foi um erro do Lula, dessa vez.
Os governos brasileiros sempre acudiram e privilegiaram a Varig, até mesmo no obscuro caso da Panair do Brasil. Mas um dia a casa ia cair, todo mundo já sabia disso.
Grande abraço.
Em que pese a tradição da velha Varig, e todas as saudades que sentimos dela, na verdade seria um erro imenso o governo injetar dinheiro nela para salvá-la. A Fundação Ruben Berta estava cheia de piratas, que só se importavam com o seu próprio dinheiro, e não com a empresa.
Mesmo se o governo abrisse mão dos valores questionados, relativos aos planos econômicos passados, a empresa não teria sobrevivido, pois o dinheiro iria parar na conta daqueles piratas da FRB, em paraísos fiscais. Se o Governo tivesse estatizado a empresa, talvez fosse uma solução melhor, mas quem iria pagar a conta seria o contribuinte, ou seja, nós mesmos. A estatização da Varig, do ponto de vista político e de opinião pública, seria desastroso para o governo, e é natural que ele não quisesse pagar a conta. Me desculpe, Arthur, mas não foi um erro do Lula, dessa vez.
Os governos brasileiros sempre acudiram e privilegiaram a Varig, até mesmo no obscuro caso da Panair do Brasil. Mas um dia a casa ia cair, todo mundo já sabia disso.
Grande abraço.

- arthuramaral_CGR
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Respeito as opiniões, mas nem acho que deveriam estatizar a empresa. Acredito que poderiam ter vendido a mesma até para players externos, estilo TAM-LAN, AF-KLM...
E ainda acho que haveira espaço para salvar VASP e TBA tbm...
Acontece que há interesses outros por trás disso tudo...e eles foram levados em conta.
O fato de colocarem alguem do PSDB no comando da Varig já foi um erro bizonho que custou caro segundo revela o wikileaks...
Considero um erro do Lula sim, dentro dessa ótica que levantei...
Segundo as ultimas noticias não haverá mais limites por acordo bilateral...será céus abertos...
O limite será a infraestrutura mesmo!
E ainda acho que haveira espaço para salvar VASP e TBA tbm...
Acontece que há interesses outros por trás disso tudo...e eles foram levados em conta.
O fato de colocarem alguem do PSDB no comando da Varig já foi um erro bizonho que custou caro segundo revela o wikileaks...
Considero um erro do Lula sim, dentro dessa ótica que levantei...
Segundo as ultimas noticias não haverá mais limites por acordo bilateral...será céus abertos...
O limite será a infraestrutura mesmo!
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- MASTER
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Olá amigos,
Com relação da VARIG, existe uma diferença entre ela, é a VASP e TRANSBRASIL ,
é uma empresa que operava em quase todos os aeroportos nacionais, tinha slots
em diversos aeroportos internacionais, nos melhores horarios, a malha operacional
é muito grande, possui diversos galpões em aeroportos, possui o carismo dos pax,
poderia ter feito uma acorto entre governo e funcionarios, pois são os maiores
credores, poderia talves até ter a participação da Embraer com aviões, fazer igual
a AZUL , criar um pool de empreendedores, solução tinha para manter a empresa
voando, os unicos que perderam com o fechamento desta empresa foi os funcionarios
e os aposentados do fundo de pensão.
sds,
Moises Propp
Com relação da VARIG, existe uma diferença entre ela, é a VASP e TRANSBRASIL ,
é uma empresa que operava em quase todos os aeroportos nacionais, tinha slots
em diversos aeroportos internacionais, nos melhores horarios, a malha operacional
é muito grande, possui diversos galpões em aeroportos, possui o carismo dos pax,
poderia ter feito uma acorto entre governo e funcionarios, pois são os maiores
credores, poderia talves até ter a participação da Embraer com aviões, fazer igual
a AZUL , criar um pool de empreendedores, solução tinha para manter a empresa
voando, os unicos que perderam com o fechamento desta empresa foi os funcionarios
e os aposentados do fundo de pensão.
sds,
Moises Propp
Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
O Globo
08/01/2011
WikiLeaks: Varig à mercê de conveniências políticas
Ronaldo D’Ercole
SÃO PAULO. Concentrado em ajustar gastos e impulsionar os investimentos nos programas sociais, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não “pensava nem desejava” montar um plano de salvamento para a Varig, que no final de 2004 ainda era a maior companhia aérea do país, mas já apresentava sérios problemas que ameaçavam sua sobrevivência. Apostava - se então no governo, numa solução de mercado. No ano seguinte. 2005, quando a situação só piorava, o governo tentou ajudar, apoiando uma saída pela iniciativa privada. Mas quando ficou claro o risco real de quebra da empresa, que colocaria na rua seus 20 mil empregados, a ficha caiu.
Pressionado pelos credores da Varig, entre eles Petrobras e lnfraero, o governo decidiu intervir. Mas com a eclosão do escândalo do mensalão, no primeiro semestre de 2005, e a proximidade do ano eleitoral de 2006, as ações relacionadas à Varig passaram a ser tomadas ao sabor das conveniências políticas, selando o destino de uma empresa que durante anos foi um dos ícones do país no mundo. A agonia da Varig foi acompanhada de perto pelos diplomatas americanos, que criticaram a indecisão do governo, segundo uma série de 13 telegramas da Embaixada dos EUA enviados ao Departamento de Estado americano e divulgados ao GLOBO pelo site WikiLeaks. A correspondência foi trocada entre 2004 e 2006, auge da crise da Varig e do escândalo do mensalão. Numa dessas correspondências. o ministro conselheiro da Embaixada dos EUA em Brasília, Phillip Chicola, descreve detalhadamente as situações de Varig e Vasp — que pararia de voar no início do ano seguinte — e diz que apesar dos rumores de que sairiam em socorro da empresa, as autoridades nada faziam. A explicação “retórica” dada por “uma fonte do Planalto” é citada: “porque um governo dirigido por um presidente de partido trabalhista deveria subsidiar uma empresa mal administrada que serve à elite (os pobres não tem dinheiro suficiente para voar) enquanto não subsidia outros meios de transporte mais usados pelos trabalhadores (ônibus e metrô)”.
Escolha de ex-genro de FHC “teria precipitado fim”
O ex-vice-presidente José Alencar, então Ministro da Defesa, é citado por ter definido a situação da empresa como um “horror”. Num telegrama classificado como “confidencial”, de junho de 2005, o embaixador dos EUA no Brasil, John Danilovich, descreve as tentativas que vinham sendo feitas para equalizar as dificuldades da Varig.
“Enquanto o vice-presidente José Alencar, a principal autoridade tratando do caso Varig. hesita entre socorrer a companhia e deixar que ‘o mercado resolva a situação’, a escolha dos novos diretores da empresa pode ter precipitado seu fim, no seu resgate”, adverte Danilovich, referindo-se à nomeação de Davi Zylbertajn, para presidir o conselho de administração da companhia, que além de ex-genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seria muito próximo ao PSDB.
Nessa fase. em que a Fundação Rubem Berta se afastou da direção da empresa e contratou profissionais da iniciativa privada, como Henrique Neves (ex-Telemar) e Ornar Carneiro da Cunha (Ex-executivo-chefe da Shell no país), o governo Lula, segundo os telegramas, concordara em pagar USS1 bilhão à Varig para encerrar o processo que a empresa movia na Justiça contra o governo.
“Lula pode ter determinado a seu pessoal que trabalhe no resgate da empresa, mas diante de todos os problemas e interesses será uma tarefa espinhosa, especialmente com as preocupações crescentes das principais autoridades do governo com o escândalo de corrupção em curso”, escreveu o embaixador, no final do telegrama.
Governo acusado de manter processo encalhado
Numa correspondência de outubro daquele ano, Danilovich mostra-se surpreso com o recuo do governo, que decidiu não mais liberar US$1 bilhão da sua dívida com a Varig, que antes fora apresentada como “essencial à sobrevivência da empresa”. Na missiva, o diplomata indaga: “Governo brasileiro intervém na Varig: muito pouco, tarde demais?”, ou “Morte lenta ou sopro da morte?”.
Danilovich conta que o polêmico fundo americano Matlin Patterson, que havia apresentado uma proposta de comprar a VariLog por USS13O milhões, vinha sendo chamado de “abutre” pela imprensa local. E cita a observação de um “contato” da embaixada. “É irônico que o Matlin Patterson seja considerado abutre quando o BNDES oferece som ente USS1 03 milhões para a compra, além da VariLog, a VEM (a empresa de engenharia e manutenção da Varig) e pelo Smiles (programa de milhagem)”.
08/01/2011
WikiLeaks: Varig à mercê de conveniências políticas
Ronaldo D’Ercole
SÃO PAULO. Concentrado em ajustar gastos e impulsionar os investimentos nos programas sociais, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não “pensava nem desejava” montar um plano de salvamento para a Varig, que no final de 2004 ainda era a maior companhia aérea do país, mas já apresentava sérios problemas que ameaçavam sua sobrevivência. Apostava - se então no governo, numa solução de mercado. No ano seguinte. 2005, quando a situação só piorava, o governo tentou ajudar, apoiando uma saída pela iniciativa privada. Mas quando ficou claro o risco real de quebra da empresa, que colocaria na rua seus 20 mil empregados, a ficha caiu.
Pressionado pelos credores da Varig, entre eles Petrobras e lnfraero, o governo decidiu intervir. Mas com a eclosão do escândalo do mensalão, no primeiro semestre de 2005, e a proximidade do ano eleitoral de 2006, as ações relacionadas à Varig passaram a ser tomadas ao sabor das conveniências políticas, selando o destino de uma empresa que durante anos foi um dos ícones do país no mundo. A agonia da Varig foi acompanhada de perto pelos diplomatas americanos, que criticaram a indecisão do governo, segundo uma série de 13 telegramas da Embaixada dos EUA enviados ao Departamento de Estado americano e divulgados ao GLOBO pelo site WikiLeaks. A correspondência foi trocada entre 2004 e 2006, auge da crise da Varig e do escândalo do mensalão. Numa dessas correspondências. o ministro conselheiro da Embaixada dos EUA em Brasília, Phillip Chicola, descreve detalhadamente as situações de Varig e Vasp — que pararia de voar no início do ano seguinte — e diz que apesar dos rumores de que sairiam em socorro da empresa, as autoridades nada faziam. A explicação “retórica” dada por “uma fonte do Planalto” é citada: “porque um governo dirigido por um presidente de partido trabalhista deveria subsidiar uma empresa mal administrada que serve à elite (os pobres não tem dinheiro suficiente para voar) enquanto não subsidia outros meios de transporte mais usados pelos trabalhadores (ônibus e metrô)”.
Escolha de ex-genro de FHC “teria precipitado fim”
O ex-vice-presidente José Alencar, então Ministro da Defesa, é citado por ter definido a situação da empresa como um “horror”. Num telegrama classificado como “confidencial”, de junho de 2005, o embaixador dos EUA no Brasil, John Danilovich, descreve as tentativas que vinham sendo feitas para equalizar as dificuldades da Varig.
“Enquanto o vice-presidente José Alencar, a principal autoridade tratando do caso Varig. hesita entre socorrer a companhia e deixar que ‘o mercado resolva a situação’, a escolha dos novos diretores da empresa pode ter precipitado seu fim, no seu resgate”, adverte Danilovich, referindo-se à nomeação de Davi Zylbertajn, para presidir o conselho de administração da companhia, que além de ex-genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seria muito próximo ao PSDB.
Nessa fase. em que a Fundação Rubem Berta se afastou da direção da empresa e contratou profissionais da iniciativa privada, como Henrique Neves (ex-Telemar) e Ornar Carneiro da Cunha (Ex-executivo-chefe da Shell no país), o governo Lula, segundo os telegramas, concordara em pagar USS1 bilhão à Varig para encerrar o processo que a empresa movia na Justiça contra o governo.
“Lula pode ter determinado a seu pessoal que trabalhe no resgate da empresa, mas diante de todos os problemas e interesses será uma tarefa espinhosa, especialmente com as preocupações crescentes das principais autoridades do governo com o escândalo de corrupção em curso”, escreveu o embaixador, no final do telegrama.
Governo acusado de manter processo encalhado
Numa correspondência de outubro daquele ano, Danilovich mostra-se surpreso com o recuo do governo, que decidiu não mais liberar US$1 bilhão da sua dívida com a Varig, que antes fora apresentada como “essencial à sobrevivência da empresa”. Na missiva, o diplomata indaga: “Governo brasileiro intervém na Varig: muito pouco, tarde demais?”, ou “Morte lenta ou sopro da morte?”.
Danilovich conta que o polêmico fundo americano Matlin Patterson, que havia apresentado uma proposta de comprar a VariLog por USS13O milhões, vinha sendo chamado de “abutre” pela imprensa local. E cita a observação de um “contato” da embaixada. “É irônico que o Matlin Patterson seja considerado abutre quando o BNDES oferece som ente USS1 03 milhões para a compra, além da VariLog, a VEM (a empresa de engenharia e manutenção da Varig) e pelo Smiles (programa de milhagem)”.
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"Aprenda sempre com os erros dos outros, pois, você não terá tempo para repetir todos"
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
sem duvidas;arthuramaral_CGR escreveu:Acrescento que a decisão de não salvar foi a maior idiotice de Lula. Pagamos um preço alto e as empresas internacionais agradecem...

TAP amanha explica para a impressa. os voos internacionais saindo de POA para a europa.
Minhas fotos no A.net
JetPhotos
http://www.planepictures.net/netsearch4 ... stype=namePlanepictures[/url]
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Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Vale lembrar que a VARIG ganhou de bandeja rotas da Panair do governo militar!
Ninguém consegue explicar a falência da Panair! E na mesma noite aviões da VARIG estavam prontos pra realizar as rotas da Panair que inclusive levava "do Brasil" no nome e deixa tantas saudades quanto a VARIG e uma comoção entre funcionários parecida com a do caso VARIG!
Brigas pelo poder são bang bang sem mocinho.
Ninguém consegue explicar a falência da Panair! E na mesma noite aviões da VARIG estavam prontos pra realizar as rotas da Panair que inclusive levava "do Brasil" no nome e deixa tantas saudades quanto a VARIG e uma comoção entre funcionários parecida com a do caso VARIG!
Brigas pelo poder são bang bang sem mocinho.
Abraços,
André Gustavo "SBCO"
Minhas fotos em: http://www.flickr.com/photos/andrewerutsky" onclick="window.open(this.href);return false;
André Gustavo "SBCO"
Minhas fotos em: http://www.flickr.com/photos/andrewerutsky" onclick="window.open(this.href);return false;
Re: Eleição fez Lula adiar solução para Varig, mostra WikiLeaks
Meus caros,
Como sabem sou um viúvo da Varig... do estilo, do modo e até do cartyão Smiles, antes entregue pelo correio, diferente do de hoje, emitido e impresso pelo site que vc plastifica se quiser (ridículo).
Que o país já enviou ao exterior via aumento de participação de cias estrangeiras muito masi que a dívida da VArig não há dúvida; que foi um lesa pátria também não. Como também era uma cia mal administrada e sem futuro, isto hoje prá mim é claro.
E por que a minha mudança de posição? Porque saltamos de 5 milhões de pax há 7 anos para 17 milhões hoje. Não há cia. aérea, aviões, tripulações, infraestrutura que dêem conta disto. A qualidade que já é ruim vai piorar e o caos se aproxima. varig não teria mesmo como sobreviver neste novo mundo.
Como sabem sou um viúvo da Varig... do estilo, do modo e até do cartyão Smiles, antes entregue pelo correio, diferente do de hoje, emitido e impresso pelo site que vc plastifica se quiser (ridículo).
Que o país já enviou ao exterior via aumento de participação de cias estrangeiras muito masi que a dívida da VArig não há dúvida; que foi um lesa pátria também não. Como também era uma cia mal administrada e sem futuro, isto hoje prá mim é claro.
E por que a minha mudança de posição? Porque saltamos de 5 milhões de pax há 7 anos para 17 milhões hoje. Não há cia. aérea, aviões, tripulações, infraestrutura que dêem conta disto. A qualidade que já é ruim vai piorar e o caos se aproxima. varig não teria mesmo como sobreviver neste novo mundo.