RIO - Mesmo sem a realização de nova assembleia de credores, a juíza Renata Mota Maciel, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, aprovou na trça-feira o plano de recuperação judicial da VarigLog. Os advogados da companhia alegaram que a rejeição do plano no último dia 23 ocorreu porque os credores eram concorrentes (companhias aéreas e arrendadores de aviões). Ainda cabe recurso.
Segundo a advogada Laura Bumachar, do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão, que atua na recuperação da VarigLog, os credores concentram 40% da dívida de R$ 160 milhões da classe 3 - formada por empresas com créditos sem garantias, ou sem hipoteca.
-- Entramos com um pedido de aprovação do plano mostrando que havia conflito entre os credores que rejeitaram a proposta e a VarigLog. E apresentamos à juíza as contas da empresa, que opera normalmente e paga em dia seus 750 funcionários -- disse.
O plano de recuperação da VarigLog prevê o pagamento em juízo de todos os trabalhadores, limitado a 150 salários mínimos por credor, um ano a contar da aprovação do plano. Para créditos até R$ 20 mil, a proposta é pagar em três parcelas trimestrais, também um ano após aprovado o plano. Para mais de R$ 20 mil, o crédito seria convertido em debêntures, 15% pagos trimestralmente por 12 anos, a partir de 2012, e 85% em cinco parcelas anuais a partir de 2013.
O plano prevê que empresário German Efromovich, da OceanAir, assuma a gestão da VarigLog por três anos, com direito de compra de ações da companhia.
Justiça aprova plano de recuperação da VarigLog
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Re: Justiça aprova plano de recuperação da VarigLog
Juíza aprova plano da VarigLog
Plantão | Publicada em 07/10/2009 às 08h47m
Valor Online
RIO - Concorrência desleal, abuso do poder econômico, manipulação de assembleia, valorização do trabalho e busca do pleno emprego foram os argumentos usados pela juíza Renata Mota Maciel, da Primeira 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, para não validar a decisão da assembleia de credores, pela falência, e aprovar o plano de recuperação judicial da companhia aérea de logística VarigLog.
A juíza desconsiderou o voto das empresas aéreas concorrentes e das arrendadoras de aeronaves, todas credoras da VarigLog. German Efromovich, que tem um contrato de opção de compra da companhia, é, agora, o principal executivo da VarigLog e deve anunciar operações conjuntas com a Ocean Air nos próximos dias.
O Artigo 58 da Lei 11.105 de recuperação judicial prevê a aprovação do plano rejeitado em assembleia desde que o voto favorável represente mais de 50% do valor dos créditos, independente de classe, se houver aprovação da totalidade de uma das classes (já que na VarigLog só havia duas) e mais de 1/3 dos créditos totais presentes tenha votado sim ( " crawn down " ). Mas, isso só ocorreu no caso da VarigLog depois que os maiores credores foram desconsiderados.
Em sua decisão, a juíza Renata Mota considerou que alguns dos credores tentaram fazer prevalecer seus interesses, " em postura nitidamente incongruente com tal objetivo, revelando verdadeiro abuso do direito de voto " . A juíza afirma que este foi o caso da Atlantic Aviation Investment, maior credora da VarigLog, com R$ 28,522 milhões. Para a juíza, o interesse da falência da empresa concorrente " parece evidente " . Renata Mota questiona o interesse das arrendadoras de aeronaves PICL Aviation, Promo Aviation e Pegausus Aviation, entre outras, que têm contratos de leasing com a VarigLog.
A juíza afirma ainda em sua decisão que aprova o plano mesmo não preenchendo o disposto na lei. Ela afirma, no entanto, que a situação é excepcional, mas que a empresa se encontra em plenas condições, já que está em processo de recuperação judicial e ainda em condições de funcionamento.
Há questões em discussão. Efromovich, dono do grupo Sinergy, que inclui Ocean Air e a colombiana Avianca, assinou um contrato de opção de compra com duração de três anos, no valor de US$ 100 mil, com a Velog, empresa off-shore instalada no Panamá, que adquiriu a VarigLog do fundo americano Matlin Patterson por apenas US$ 100. O principal acionista do fundo americano é o chinês Lap Chan. Sua irmã Chan Lup Wai Ohira é a dona da Velog. Uma decisão da 22ª Vara de São Paulo, no entanto, suspendeu a negociação entre a Velog e o Matlin Patterson.
Outra polêmica que ainda vai ser julgada é a ação movida por Marcos Audi e Marcos Haftel, que detinham, juntamente com Luiz Eduardo Galo, 40% da VarigLog. Em outubro de 2007, os três foram afastados pelo juiz José Magano, em um processo movido pelo Matlin que alegava que eles haviam desviado US$ 87 milhões para um banco na Suíça. Em setembro, eles ganharam na Justiça o direito de novo julgamento.
A VarigLog também enfrenta uma disputa contra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já que empresa aérea brasileira não pode ser controlada por estrangeiros.
(Paola de Moura | Valor)
http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 944916.asp
Plantão | Publicada em 07/10/2009 às 08h47m
Valor Online
RIO - Concorrência desleal, abuso do poder econômico, manipulação de assembleia, valorização do trabalho e busca do pleno emprego foram os argumentos usados pela juíza Renata Mota Maciel, da Primeira 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, para não validar a decisão da assembleia de credores, pela falência, e aprovar o plano de recuperação judicial da companhia aérea de logística VarigLog.
A juíza desconsiderou o voto das empresas aéreas concorrentes e das arrendadoras de aeronaves, todas credoras da VarigLog. German Efromovich, que tem um contrato de opção de compra da companhia, é, agora, o principal executivo da VarigLog e deve anunciar operações conjuntas com a Ocean Air nos próximos dias.
O Artigo 58 da Lei 11.105 de recuperação judicial prevê a aprovação do plano rejeitado em assembleia desde que o voto favorável represente mais de 50% do valor dos créditos, independente de classe, se houver aprovação da totalidade de uma das classes (já que na VarigLog só havia duas) e mais de 1/3 dos créditos totais presentes tenha votado sim ( " crawn down " ). Mas, isso só ocorreu no caso da VarigLog depois que os maiores credores foram desconsiderados.
Em sua decisão, a juíza Renata Mota considerou que alguns dos credores tentaram fazer prevalecer seus interesses, " em postura nitidamente incongruente com tal objetivo, revelando verdadeiro abuso do direito de voto " . A juíza afirma que este foi o caso da Atlantic Aviation Investment, maior credora da VarigLog, com R$ 28,522 milhões. Para a juíza, o interesse da falência da empresa concorrente " parece evidente " . Renata Mota questiona o interesse das arrendadoras de aeronaves PICL Aviation, Promo Aviation e Pegausus Aviation, entre outras, que têm contratos de leasing com a VarigLog.
A juíza afirma ainda em sua decisão que aprova o plano mesmo não preenchendo o disposto na lei. Ela afirma, no entanto, que a situação é excepcional, mas que a empresa se encontra em plenas condições, já que está em processo de recuperação judicial e ainda em condições de funcionamento.
Há questões em discussão. Efromovich, dono do grupo Sinergy, que inclui Ocean Air e a colombiana Avianca, assinou um contrato de opção de compra com duração de três anos, no valor de US$ 100 mil, com a Velog, empresa off-shore instalada no Panamá, que adquiriu a VarigLog do fundo americano Matlin Patterson por apenas US$ 100. O principal acionista do fundo americano é o chinês Lap Chan. Sua irmã Chan Lup Wai Ohira é a dona da Velog. Uma decisão da 22ª Vara de São Paulo, no entanto, suspendeu a negociação entre a Velog e o Matlin Patterson.
Outra polêmica que ainda vai ser julgada é a ação movida por Marcos Audi e Marcos Haftel, que detinham, juntamente com Luiz Eduardo Galo, 40% da VarigLog. Em outubro de 2007, os três foram afastados pelo juiz José Magano, em um processo movido pelo Matlin que alegava que eles haviam desviado US$ 87 milhões para um banco na Suíça. Em setembro, eles ganharam na Justiça o direito de novo julgamento.
A VarigLog também enfrenta uma disputa contra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já que empresa aérea brasileira não pode ser controlada por estrangeiros.
(Paola de Moura | Valor)
http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 944916.asp
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Re: Justiça aprova plano de recuperação da VarigLog
Olá amigos,
Como eu sempre falei, o Efron sempre tem um coelho há mais
na cartola, VARIGLOG & TAMPA , está era á ideia do Efron ,
ele tentou a VASP mas não conseguiu .
sds,
Moises Propp
Como eu sempre falei, o Efron sempre tem um coelho há mais
na cartola, VARIGLOG & TAMPA , está era á ideia do Efron ,
ele tentou a VASP mas não conseguiu .
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Moises Propp
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Re: Justiça aprova plano de recuperação da VarigLog
Eu vejo uma grande decisão da Juiza e do dono da Ocean , cada um na sua função de fazer a Varig Log decolar de vez e nós aviadores devemos dar apoio , porque assim teremos menos colegas sem emprego, e com cada vez menos desempregados vamos conseguindo uma melhor negociação neste ano , pois não nos esqueçamos que está chegando a hora do nosso sindicato sentar-se à mesa com os patrões para mais uma negociação para melhorar as condições de trabalho aliada a uma melhor remuneração, imaginem negociar numa época em que a VarigLog fecha suas portas? Seria um massacre o que fariam conosco, sendo assim teremos mais condição de impor-nos perante os patrões , devemos r apoio ao sindicato, pois ruim com ele,pior sem uma entidade que nos represente,Felipe-SBEG escreveu:RIO - Mesmo sem a realização de nova assembleia de credores, a juíza Renata Mota Maciel, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, aprovou na trça-feira o plano de recuperação judicial da VarigLog. Os advogados da companhia alegaram que a rejeição do plano no último dia 23 ocorreu porque os credores eram concorrentes (companhias aéreas e arrendadores de aviões). Ainda cabe recurso.
Segundo a advogada Laura Bumachar, do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão, que atua na recuperação da VarigLog, os credores concentram 40% da dívida de R$ 160 milhões da classe 3 - formada por empresas com créditos sem garantias, ou sem hipoteca.
-- Entramos com um pedido de aprovação do plano mostrando que havia conflito entre os credores que rejeitaram a proposta e a VarigLog. E apresentamos à juíza as contas da empresa, que opera normalmente e paga em dia seus 750 funcionários -- disse.
O plano de recuperação da VarigLog prevê o pagamento em juízo de todos os trabalhadores, limitado a 150 salários mínimos por credor, um ano a contar da aprovação do plano. Para créditos até R$ 20 mil, a proposta é pagar em três parcelas trimestrais, também um ano após aprovado o plano. Para mais de R$ 20 mil, o crédito seria convertido em debêntures, 15% pagos trimestralmente por 12 anos, a partir de 2012, e 85% em cinco parcelas anuais a partir de 2013.
O plano prevê que empresário German Efromovich, da OceanAir, assuma a gestão da VarigLog por três anos, com direito de compra de ações da companhia.
abraço a todos.
"Vivendo o presente, preparando o futuro"