Voo 447: 11 corpos de vítimas são identificados, sendo dez de brasileiros
RECIFE - O Instituto Médico Legal (IML) de Pernambuco já conseguiu identificar 11 dos 49 corpos de vítimas do voo 447 da Air France que estão em Recife. De acordo com a Secretaria de Defesa Social do estado, são 10 brasileiros - cinco homens e cinco mulheres - e um homem estrangeiro. Por solicitação das famílias, os nomes não serão divulgados.
Nesta segunda-feira, está prevista a chegada do último dos 50 corpos resgatados, além de despojos (partes que não podem ser caracterizadas como corpos) e uma pequena quantidade de destroços e bagagens, que estão sendo levados para Recife pelo Navio-Tanque Almirante Gastão Motta. O corpo e os despojos serão encaminhados para o IML e o restante do material ficará à disposição dos investigadores franceses do Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês).
Os parentes das vítimas brasileiras identificadas foram comunicados pessoalmente por representantes da Polícia Federal na última sexta-feira e no sábado. A identificação do estrangeiro foi comunicada pela PF à embaixada do país de origem do passageiro. ( Veja fotos do desembarque da fragata Constituição no Rio )
As 11 identificações foram confirmadas pela análise das impressões digitais e da arcada dentária. De acordo com a secretaria, ainda não chegaram informações de referência sobre a maior parte dos estrangeiros, por isso apenas um foi identificado.
Os corpos serão levados para o cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana de Recife, onde serão embalsamados por técnicos de São Paulo ainda neste domingo. No cemitério, escolhido pela seguradora da Air France, as famílias definirão onde as vítimas serão enterradas.
Identificação conta com força-tarefa de brasileiros e estrangeiros
A identificação dos corpos vem sendo feita por uma força-tarefa integrada por peritos da PF e das secretarias de Defesa Social de Pernambuco e da Paraíba. Também fazem parte da Comissão de Identificação um representante do Comitê Permanente da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) na área de desastres coletivos, Lynn Aspinall, e um médico-legista francês, Alain Sanvoisin, que assinam conjuntamente todas as identificações realizadas.
O trabalho consiste na comparação de informações sobre vestes, pertences, tatuagens, características físicas, impressões digitais, alinhamento dos dentes, forma das coroas e raízes dentárias, dados sobre tratamentos odontológicos, cirurgias médicas, além de exames de DNA - esses, quando necessários, serão feitos no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
Aeronáutica retira avião R-99 da operação de buscas
A aeronave R-99, equipada com radar noturno, que vinha sendo usada nas buscas por vítimas e destroços do Airbus 447 da Air France, não vai mais participar das operações. A informação foi divulgada pelos comandos da Marinha e da Aeronáutica na tarde deste sábado. De acordo com o boletim divulgado pelos comandos, a R-99 deixou de participar porque já cumpriu seu papel de delimitar a área de concentração dos destroços - a aeronave voou mais de 100 horas.
O boletim informava ainda que, apesar das condições meteorológicas estarem satisfatórias no sábado, não foram avistados corpos nem destroços.
Publicada em 21/06/2009 às 16h19m
GloboNews; pe360graus; Agência Brasil
França nega ter encontrado caixas-pretas de voo AF447
PARIS - As equipes francesas que procuram as caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico ainda não encontraram os objetos, disse nesta terça-feira o órgão francês que investiga o acidente, após o jornal "Le Monde" ter afirmado que sinais dos equipamentos foram localizados .
O site do jornal disse que sinais das caixas-pretas do Airbus que caiu no mar com 228 pessoas a bordo durante o trajeto Rio-Paris tinham sido detectados, e que um minisubmarino fora enviado para tentar recuperar os equipamentos, que podem conter informações para elucidar as causas do acidente ocorrido em 31 de maio.
Mas o BEA, órgão francês que investiga o acidente, disse que as equipes de busca não captaram nenhum sinal que pudessem ter certeza que era das caixas-pretas.
"Nenhum sinal transmitido pelos localizadores das caixas-pretas foi validade até agora", disse o BEA em comunicado.
"No contexto das buscas marítimas que estão em andamento, o trabalho segue normalmente com o objetivo de eliminar dúvidas relacionadas a qualquer som que tenha sido captado, e qualquer descoberta será anunciada publicamente", acrescentou.
Um porta-voz do BEA afirmou que muitos sons são captados no fundo do mar, e investigadores não têm certeza de que o que eles detectaram tenha origem nos equipamentos do avião.
As caixas-pretas são equipadas com um localizador, conhecido como "pinger", que emite sinais eletrônicos a cada segundo por pelo menos 30 dias. O sinal pode ser captado a até 2 quilômetros de distância.
Embarcações francesas envolvidas nas operações de busca incluem um submarino nuclear com um avançado equipamento de sonar e um navio de pesquisa equipado com minissubmarinos.
A remota localização no Atlântico, a mais de 800 km do arquipélago de Fernando de Noronha, assim como a profundidade e características do leito do oceano têm dificultado as buscas, e os destroços podem estar a profundidades que variam de 1.000 a 4.000 metros.
Publicada em 23/06/2009 às 09h46m
Reuters - O Globo Online.
Informações sobre as buscas do voo AF 447 da Air France - Nota nº 40
O Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informam que, nesta terça-feira, dia 23, não foram avistados corpos na área de buscas, tendo havido apenas visualização de material diverso, de forma esparsa e em pequena quantidade.
O SALVAERO RECIFE recebeu hoje mensagem do Centre de Coordination de Sauvetage (CCS DAKAR/Senegal) informando sobre a suspensão em definitivo das atividades aéreas de busca sob coordenação daquele país.
O documento também destaca a ajuda prestada pelo Brasil, apoio esse fundamental para a comunidade internacional de busca e resgate.
Consequentemente, a partir de hoje, apenas aviões sob a coordenação do SALVAERO RECIFE permanecem nas buscas.
Leia, na íntegra, a mensagem do CCS DAKAR.
AFR 447 SAR OPERATIONS
END OF SAR OPERATIONS.
We inform you that we have stopped the search operations in our area. If you need supplementary means of assistant we could send you our research means.
We extend our great appreciations to all of you helpful support in fulfillment of our duties vis-à-vis the international SAR community.
Regards,
POUR LE COLONEL, CHEF D´ETAT-MAJOR DE L`ARMEE DE L`AIR ET DIRECTEUR DU CCS.
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
É impressão minha ou me parece que não há um interesse mto grande na busca pelas caixas pretas do avião? Pra um equipamento tão fundamental pra se chegar as causas do acidente, não se demonstra (ou pelo menos não aparece) esse interesse. levando-se em conta que o "Epirb" da mesma tem um funcionamento estimado de 30 dias, o esforço em localizá-la deveria ser maior, não?
Tico escreveu:É impressão minha ou me parece que não há um interesse mto grande na busca pelas caixas pretas do avião? Pra um equipamento tão fundamental pra se chegar as causas do acidente, não se demonstra (ou pelo menos não aparece) esse interesse. levando-se em conta que o "Epirb" da mesma tem um funcionamento estimado de 30 dias, o esforço em localizá-la deveria ser maior, não?
No meu entender eles ainda vão procurar com o submarino as caixas, porém já avisaram que é dificil achar pois a região é muito montanhosa e pode ser que eles achem somente o emissor e não a caixa em si, é como procurar agulha em um palheiro e no mar há diversos sons e a propagação é diferente também. Uma coisa é achar, outra é saber se vai dar pra usar... vai que eles acham e ela esta danificada??
Acredito que toda a operação deva durar mais uns 15 dias e depois eles param as buscas, já não se deve ter tanta coisa pra achar pois se não já teriam achado. Acho que os corpos que porventura estavam boiando já afundaram e o que ainda resta são destroços do avião.
Nesse caso de desaparecimento, como ficam as certidoes de obito dessas pessoas?? Li algo que na certidão não aparece a causa da morte. Alguem sabe?
No caso do PP-VLU , 707 CARGO da RG , foi um problema enorme ,pois , segundo diziam , a Legislação vigente ná época não considerava desaparecido como morto . Nem o seguro a Cia. Seguradora queria pagar . Hoje não sei como é , mas um passageiro do A-320 da TAM ,acidentado em Congonhas , funcionário do Gupo Gerdau , não foi identificado e , segundo me disseram o problema se arrasta até hoje.
FELDMANN escreveu:Nesse caso de desaparecimento, como ficam as certidoes de obito dessas pessoas?? Li algo que na certidão não aparece a causa da morte. Alguem sabe?
Feldmann:
Primeiro, há a declaração de ausência da pessoa, e após é declarada a sua morte presumida.
O artigo 7º do Código Civil determina que pode ser declarada a morte presumida sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
O artigo 88 da Lei de Registros Públicos (6.015/73) permite a justificação judicial da morte para assento de óbito de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar o cadáver para exame.
No caso da tragédia com o avião da AF447, será aplicando conjuntamente os artigos acima mencionados para declarar a morte presumida sem a decretação de ausência. Tal declaração substitui judicialmente o atestado de óbito.
Abraço
Emerson Signoberto Daniel
SBLO/LDB "Aprenda sempre com os erros dos outros, pois, você não terá tempo para repetir todos"
FELDMANN escreveu:Nesse caso de desaparecimento, como ficam as certidoes de obito dessas pessoas?? Li algo que na certidão não aparece a causa da morte. Alguem sabe?
Feldmann:
Primeiro, há a declaração de ausência da pessoa, e após é declarada a sua morte presumida.
O artigo 7º do Código Civil determina que pode ser declarada a morte presumida sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único: A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
O artigo 88 da Lei de Registros Públicos (6.015/73) permite a justificação judicial da morte para assento de óbito de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar o cadáver para exame.
No caso da tragédia com o avião da AF447, será aplicando conjuntamente os artigos acima mencionados para declarar a morte presumida sem a decretação de ausência. Tal declaração substitui judicialmente o atestado de óbito.
Buscas por vítimas do voo 447 da Air France são encerradas
Equipes de buscas encerraram, nesta sexta-feira (26), os trabalhos de buscas às vítimas do voo 447 da Air France. No total, as equipes de busca recolheram 51 corpos de vítimas.
Os corpos foram entregues à Policia Federal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para os trabalhos de identificação, que foram feitos no Instituto Médico Legal do Recife. Segundo Munhoz, as famílias das vítimas já foram avisadas sobre o fim das operações.
Mais de 600 peças foram resgatadas do mar. Os destroços e bagagens recolhidos foram entregues às autoridades francesas. Os objetos que ainda estão em navios da Marinha serão entregues nos próximos dias. Assim que deixarem a área de buscas, os navios seguirão para o Recife e Natal.
As condições instáveis do tempo na região das buscas prejudicou o trabalho. De acordo com a Aeronáutica, após passado tantos dias depois do acidente, as equipes não teriam mais condições de avistar sobreviventes ou corpos.
"Embora nosso desejo fosse resgatar 228 pessoas, temos plena consciência de que o melhor foi feito pela Marinha e pela Aeronáutica", afirmou Munhoz.
O tenente-coronel Henry Munhoz afirmou que desde o dia 12 apenas dois corpos foram encontrados, o último no dia 17.
A Marinha francesa prossegue com os trabalhos para tentar recuperar a caixa-preta do avião.
O Airbus da Air France transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades, entre passageiros e tripulantes. O voo deixou o Rio de Janeiro com destino a Paris no dia 31 de maio às 19h30 (horário de Brasília) e fez o último contato de voz às 22h33. Às 22h48, o avião saiu da cobertura do radar de Fernando de Noronha.
Veja a nota oficial sobre o encerramento das buscas:
O Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informam que, ao final do dia de hoje, 26 de junho, foi oficialmente dada por encerrada a maior e mais complexa Operação de Busca e Resgate já realizada pelas forças armadas brasileiras em área marítima, tanto no aspecto duração quanto na magnitude de meios empregados.
Nesses 26 dias de buscas aos passageiros e tripulantes do voo Air France 447, que desapareceu quando voava na rota Rio de Janeiro (RJ) – Paris (França), na noite de 31 de maio de 2009, foram resgatados 51 corpos e mais de 600 partes e componentes estruturais da aeronave, além de bagagens diversas.
A razão técnica que determinou o término das buscas é a impraticabilidade de se avistarem sobreviventes ou corpos, objetivo primordial da Operação, já decorridos 26 dias do acidente. Do dia 12 de junho ao dia 26, período de 15 dias, apenas dois corpos foram resgatados, sendo o último no dia 17. Nos últimos nove dias, nenhum corpo ou despojo foi avistado.
Os 51 corpos resgatados foram entregues à Policia Federal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para os trabalhos de identificação. Os destroços da aeronave e as bagagens recolhidas foram entregues ao Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de I´Aviation Civile (BEA). A investigação sobre os fatores que contribuíram para o acidente também é de responsabilidade do BEA e conta com o apoio do setor correspondente no Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).
Em 26 dias de operação continuada sob responsabilidade do Brasil, em atendimento a compromissos internacionais de busca e salvamento, a Força Aérea Brasileira utilizou 12 aeronaves e contou com o apoio de aviões da França, dos EUA e da Espanha. A Marinha do Brasil atuou com 11 navios em revezamento na área de buscas, totalizando cerca de 35 mil milhas navegadas, aproximadamente oito vezes a extensão da costa brasileira.
Foram voadas cerca de 1500 horas, tendo sido realizadas buscas visuais numa área correspondente a 350 mil quilômetros quadrados, mais de três vezes a dimensão do estado de Pernambuco. O avião R-99, por sua vez, realizou busca
eletrônica numa área correspondente a dois milhões de quilômetros
quadrados, oito vezes a dimensão do estado de São Paulo.
Foram diretamente envolvidos na Operação 1.344 militares da Marinha do Brasil e 268 da FAB, perfazendo mais de 1.600 profissionais nas tarefas de busca, resgate e suporte a essas atividades.
Permanecem na área de buscas os meios navais dedicados a captar emissões das caixas de dados e voz da aeronave acidentada, coordenados pela França.
Toda a Operação de busca esteve sob a responsabilidade direta do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do SALVAERO Recife em coordenação com o SALVAMAR Nordeste, e atendeu ao previsto no anexo 12 da Convenção de Chicago, efetivado em 1950, que estabelece o compromisso dos países signatários com as operações de busca e salvamento nas suas áreas de jurisdição.
Conscientes de suas atribuições, os tripulantes e demais integrantes do Comando da Marinha e do Comando da Aeronáutica fazem do seu labor nessa jornada a maneira justa de ofertar reverência à dor que marca famílias brasileiras e a comunidade internacional.
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
Eu ratifico minha opinião! Não senti firmeza, pelo menos aparente na procura dessas caixas. Lembro-me do trabalho realizado pelos EUA qdo do acidente do TWA 800 e esse passou a ser o meu referencial de esforço pela busca do fator causador de um acidente. Tb acho que por mais que os trabalhos sejam conduzidos pela França, e não tenham o "apoio acadêmico e especializado de nossos deputados em uma CPI", acho que esse será mais um acidente qualquer, pq acidentes aéreos últimamente são tratados assim mesmo, como um acontecimento corriqueiro, uma fatalidade, um acaso decorrente da popularização das viagens aéreas. Infelizmente. Espero que no decorrer das investigações, seja provado que eu falei bobagem...Sinceramente eu espero.
Pois eh pessoal. Muita gente tb teve a mesma impressão que a minha. Assisti em um programa americano sobre segurança de vôo que, na atual taxa de crescimento dos acidentes aéreos, esse modal deixará de ser o meio mais seguro de transporte em curto espaço de tempo, sendo que o modal ferroviário ultrapassará o aéreo em segurança x pax transportados. Acredito que esse aumento se deve em primeiro estágio pelo crescente desinteresse em melhorar a segurança de vôo. Enquanto tiver chegando avião novo, as empresas crescendo e o caixa engordando danem-se os acidentes. É esse o espírito da coisa que têm se verificado por aí!
RIO - O primeiro relatório do BEA - Bereau de Investigação e Análise, da França - sobre o voo 447 da Air France, que caiu quando fazia a rota Rio-Paris no dia 31 de maio, informa que o avião A330 não foi destruído em voo. Segundo o relatório, a aeronave teria sofrido um impacto na água numa forte aceleração vertical.
Plantão | Publicada em 02/07/2009 às 10h21m
O Globo
RIO - Em nota divulgada esta sexta-feira para esclarecer dúvidas sobre os procedimentos adotados em relação ao controle de voo do Air France 447, a Aeronáutica reitera que, após o último contato do 447 com o tráfego aéreo brasileiro, às 22h33m, foi informado ao Centro de Controle de Dacar que o voo da Air France estaria na posição virtual TASIL às 23h20m, a partir de onde caberia a Dacar o controle sobre a movimentação da aeronave. O controle aéreo senegalês confirmou o recebimento da informação.
O voo da Air France que seguia do Rio para Paris desapareceu no oceano Atlântico na noite do dia 31 de maio , com 228 pessoas a bordo.
Na quinta-feira, o chefe da investigação do acidente, o francês Alain Bouillard, disse que o controle de tráfego aéreo brasileiro não teria passado o controle de voo do 447 ao Senegal . No mesmo dia, a Força Aérea Brasileira (FAB) garantiu que a transferência Brasil-Dacar tinha sido realizada e que as transcrições do procedimento tinham sido inclusive enviadas ao Escritório de Investigação e Análise da França (BEA, da sigla em francês), responsável pela investigação do acidente. Na nota, a Aeronáutica destaca que toda a gravação relacionada ao vôo 447 foi encaminhada ao BEA.
De acordo com um acordo operacional entre Brasil e Senegal, se uma aeronave entra no espaço aéreo de Dacar no horário previsto, ou até três minutos depois desse horário, não é necessária qualquer comunicação entre os órgãos de controle de tráfego aéreo para formalizar a transferência do vôo. Às 23h20m do dia 31 de maio, o controle sobre o voo da Air France passou para o controle de Dacar, sem que houvesse qualquer questionamento. Segundo a nota da Aeronáutica, caberia a Dacar conferir a entrada da aeronave em seu espaço aéreo, às 23h20, e alertar sobre eventuais problemas, como por exemplo a impossibilidade de contato.
Dacar somente questionou o controle de tráfego aéreo brasileiro sobre a posição do voo 447 à 1h20m do dia 1º de junho. Às 2h20m o Salvaero Recife tomou as medidas necessárias para o início da operação aérea de localizar a aeronave desaparecida, por meio dos procedimentos iniciais de busca de informações. A FAB foi acionada às 3h40m.
Segundo a Aeronáutica, o voo 447, como a maioria dos voos regulares de aviões comerciais internacionais, utiliza um Plano de Voo Periódico. Esses planos são disponibilizados pelas respectivas companhias aéreas a todos os órgãos de controle de tráfego aéreo encarregados do controle da aeronave na rota prevista para o voo, independentemente do país a que pertencem. A Aeronáutica afirma que o procedimento foi seguido normalmente no dia 31 de maio.