Privatização dos aeroportos

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Constellation
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Mensagem por Constellation »

Bagatin escreveu:Olá Constellation,

Muito boa sua mensagem. Para falar a verdade só não concordo mesmo com a parte da telefonia
Luiz Henrique Bagatin
Olá, Luiz Henrique, você pode ter razão nesse caso da telefonia, pois estou falando do ponto de vista de um londrinense, e realmente não tenho uma experiência de usuário de telefone em outros pontos do país.

Aqui em Londrina, a principal operadora telefônica ainda é majoritariamente do município. E funciona muito bem, aliás quase sempre funcionou, um exemplo de que uma estatal pode dar certo. É claro que se trata de uma exceção.

Nossa empresa telefônica, o Sercomtel, lançou em 1997, pela primeira vez no país um aparelho de celular digital, e instala telefone fixo em 24 horas há muito tempo. Existem em Londrina vários operadores de telefonia celular, e o melhor deles ainda é o Sercomtel, uma estatal.

Minha preocupação se prende especialmente ao problema do monopólio, que gerará muita distorção, e ao modo como será feita tal privatização. Existe uma corrente muito forte no governo a favor da privatização da Infraero, mas também muitas objeções.

Eu não sou essencialmente contra as privatizações, mas sim do modo como grande parte delas são feitas.

Veja o caso da Vasp, por exemplo: um caso extremamente mal sucedido; Por outro lado, veja-se o caso da Embraer, extremamente bem sucedido. Cada caso é um caso e não se pode generalizar.

Imaginem um cenário no qual o governo privatiza GRU, por exemplo, e a administração privada fracassa. O governo será obrigado a intervir na empresa, para não cessar as operações no aeroporto. E quem pagará a conta? Nós, contribuintes, claro.

Dou outros exemplos: Em 1996, o governo privatizou as ferrovias. Alguns concessionários foram bem sucedidos, particularmente a MRS e a ALL. Outros fracassaram, levando à paralisação e abandono de linhas férreas importantes, como é o caso da Brasil Ferrovias. Mesmo no caso da ALL, por exemplo, a manutenção de alguns trechos deixa muito a desejar, e outros foram simplesmente abandonados. Concordo que a RFFSA era um desastre, e que a situação tende a melhorar, mas a Infraero, por mais queixas que tenhamos, não se compara à situação da falecida RFFSA.

Um abraço.
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