Recirculação de ar: verdades e mitos
Enviado: Qui Dez 14, 2006 12:23
Caros amigos,
Uma das coisas que mais afetam tripulantes e passageiros de aeronaves comerciais é o ar que se respira a bordo.
De fato, o ar da cabine de uma avião provêm dos motores, mais especificamente dos compressores, sangrados por válvulas (as bleed).
É certo que esse ar não é igual ao ar que respiramos aqui em terra. A pressão é bem mais baixa, equivalente a cerca de 8 mil pés. A umidade é muito baixa, equivalente à umidade de um deserto. A temperatura é agradável, em torno de 24 ou 25 graus.
Em um vôo curto, a qualidade do ar respirado a bordo não representa grande incômodo. Eventuais diferenças de pressão podem causar incômodo ou dores em passageiros mais sensíveis, ou com problemas como resfriado ou sinusite.
Em vôos longos, ou para os tripulantes, a qualidade do ar é importante. A falta de umidade é um problema maior que a baixa pressão, e é sentida na pele, no sistema respiratório e nas mucosas. Pode, inclusive, levar a um envelhecimento prematuro da pele dos tripulantes.
A recirculação de ar de cabine, adotada em aeronaves mais modernas, é um sistema dos mais controversos. A recirculação permite que menos ar seja sangrado dos compressores, o que aumenta a eficiência dos motores e reduz o consumo de combustível. Seus defensores (vide artigo do Ernesto Klotzel, logo abaixo), afirmam que o sistema traz vantagens, como o aumento da umidade a bordo.
Entretanto, pairam algumas dúvidas: A distribuição do ar recirculado é diferente conforme a área da aeronave: os tripulantes têm o ar renovado mais rapidamente, seguidos pelos passageiros da primeira classe e executiva. Se o ar recirculado fica com melhor qualidade, o povão da turística é que respira o ar melhor, mais úmido e mais confortável??
Passageiros muito voados que eu conheço afirmam que o ar respirado a bordo dos antigos Boeing 707 e DC-8 é melhor que o ar respirado nos B767 (muito citado como possuidor de atmosfera "insalubre") e MD-11, por exemplo).
Abro aqui a discussão. Coloco também o artigo do Klotzel como um argumento.
Um abraço.
Uma das coisas que mais afetam tripulantes e passageiros de aeronaves comerciais é o ar que se respira a bordo.
De fato, o ar da cabine de uma avião provêm dos motores, mais especificamente dos compressores, sangrados por válvulas (as bleed).
É certo que esse ar não é igual ao ar que respiramos aqui em terra. A pressão é bem mais baixa, equivalente a cerca de 8 mil pés. A umidade é muito baixa, equivalente à umidade de um deserto. A temperatura é agradável, em torno de 24 ou 25 graus.
Em um vôo curto, a qualidade do ar respirado a bordo não representa grande incômodo. Eventuais diferenças de pressão podem causar incômodo ou dores em passageiros mais sensíveis, ou com problemas como resfriado ou sinusite.
Em vôos longos, ou para os tripulantes, a qualidade do ar é importante. A falta de umidade é um problema maior que a baixa pressão, e é sentida na pele, no sistema respiratório e nas mucosas. Pode, inclusive, levar a um envelhecimento prematuro da pele dos tripulantes.
A recirculação de ar de cabine, adotada em aeronaves mais modernas, é um sistema dos mais controversos. A recirculação permite que menos ar seja sangrado dos compressores, o que aumenta a eficiência dos motores e reduz o consumo de combustível. Seus defensores (vide artigo do Ernesto Klotzel, logo abaixo), afirmam que o sistema traz vantagens, como o aumento da umidade a bordo.
Entretanto, pairam algumas dúvidas: A distribuição do ar recirculado é diferente conforme a área da aeronave: os tripulantes têm o ar renovado mais rapidamente, seguidos pelos passageiros da primeira classe e executiva. Se o ar recirculado fica com melhor qualidade, o povão da turística é que respira o ar melhor, mais úmido e mais confortável??
Passageiros muito voados que eu conheço afirmam que o ar respirado a bordo dos antigos Boeing 707 e DC-8 é melhor que o ar respirado nos B767 (muito citado como possuidor de atmosfera "insalubre") e MD-11, por exemplo).
Abro aqui a discussão. Coloco também o artigo do Klotzel como um argumento.
Um abraço.