BRA acusa Gol e TAM de concorrência predatória

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Marcelo Areias
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BRA acusa Gol e TAM de concorrência predatória

Mensagem por Marcelo Areias »

BRA acusa Gol e TAM de concorrência predatória

Agência Estado

A BRA Linhas Aéreas acusa as concorrentes TAM e Gol de praticar "dumping" e "concorrência predatória". A empresa, que começou a operar com vôos regulares no final de novembro, afirma que, em determinados vôos, as concorrentes praticam preços inferiores aos seus apenas nos mesmos horários, enquanto ao longo do dia trabalham com tarifas duas ou três vezes maiores. Recentemente, a WebJet - cuja operação não durou mais de quatro meses -, entrou no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) com uma queixa similar.



Leia abaixo o texto


O presidente da BRA, Humberto Folegatti, afirma que não pretende acionar o Cade, mas espera que o Departamento de Aviação Civil (DAC) tome as "devidas providências". Como o mercado é livre e as empresas estão autorizadas a praticar o preço que quiserem, é muito difícil provar uma prática de concorrência desleal no setor aéreo. Em um único vôo existem diversos níveis tarifários - a TAM, por exemplo, tem até 13 tarifas - e a lucratividade de uma companhia não se mede por vôos individuais e sim por todo o conjunto da operação.


Uma consulta feita pela reportagem no site das empresas mostra que, de fato, no dia e rota pesquisados, os preços das concorrentes são menores justamente nos horários da BRA. É o caso de Goiânia-São Paulo (Congonhas) ou SP (Congonhas)-Belo Horizonte (Confins), entre outros. Para esses destinos, a BRA possui um ou dois vôos apenas, enquanto Gol e TAM possuem vários.


"Isso mostra que a competição é muito boa para o consumidor", diz o analista de aviação Marcelo Ribeiro, da Pentágono Consultoria. "Mas mostra também a importância de se ter mais de duas empresas operando. A morte de uma empresa é ruim para o consumidor no longo prazo." Por outro lado, diz, "não adianta proteger quem não tem condição de competir".


A TAM informou, por meio de sua assessoria, que faz o "gerenciamento da receita vôo a vôo e de acordo com as melhores práticas adotadas no mundo". A empresa afirmou ainda que considera o mercado de aviação "altamente competitivo e a concorrência salutar e benéfica para todas as partes". A Gol não quis comentar.


Para Ribeiro, a "marcação" na BRA e a vida curta da WebJet mostram que para operar no setor aéreo brasileiro as empresas precisam estar muito bem estruturadas e altamente capitalizadas. "O jogo é pesado e só quem tem escala operacional e dinheiro em caixa tem condição de sobreviver", afirma.


Segundo ele, o setor tem atraído a atenção do mercado financeiro, ávido para investir. "O mercado de capitais está oferecendo uma oportunidade única para empresas de países emergentes se capitalizarem. O setor aéreo brasileiro está batendo recordes de crescimento. Basta ter um modelo organizado, governança corporativa e uma boa história para contar."


O presidente da BRA reconhece a necessidade de capitalização e diz que negocia com investidores. "Se as conversas avançarem, poderemos virar Sociedade Anônima ainda este ano. E em 2008 estourando, pretendemos abrir capital em bolsa. "


Com seis anos de vida, a BRA é a única sobrevivente de um mercado criado em 1997 a partir de uma portaria que permitiu a venda de bilhetes avulsos em vôos fretados (não regular). Ao contrário do mercado regular, no qual as empresas têm obrigações como honrar horário, no não regular só se levanta vôo com uma taxa de ocupação que garanta lucros.


A BRA só se tornou regular após pressão do DAC, já que, na prática, em muitos vôos ela operava com regularidade - mas sem as obrigações. Com foco no mercado popular, a BRA transportou 1,5 milhão de passageiros em 2005, com receita de R$ 500 milhões. Este ano, a empresa pretende aumentar a frota de 9 para 15 jatos.
_________________
Marcelo Areias
Anonymous

Mensagem por Anonymous »

Boa tarde amigos do Fórum.

Prezados Companheiros:

Caro Marcelo:

No jornal O Estado de São Paulo, edição de ontem 02/02/2006, foi publicada a reportagem enviada pelo amigo e junto com a mesma uma foto de um 733 da BRA na final para o pouso e CGH na mesma foto em um quadricular a lado do avião onde esta exposto o preço de vôos no trecho CGH / CNF, onde lê o seguinte:
BRA >> 06h30 > preço de R$ 129,00 a R# 189,00
GOL >>> 07h20 > preço R$ 129,00
TAM >>> 07h43 > preço R$ 159,00
TAM >>> 08h57 > preço R$ 293,00
GOL >>> 09h00 > preço R$ 216h00
GOL >>> 15h50 > preço R$ 216h00
TAM >>> 17h57 > preço R$ 503,00
TAM >>> 19h30 > preço R$ 663,00
GOL >>>> 20h20 > preço R$ 296,00

Será que uma empresa que tem atualmente somente seis vôos de 2ª a 6ª e quatro aos domingos preocupa tanto as concorrentes? A ponto de usar desses artifícios para prejudicar
a concorrente - no caso a BRA; é lamentável que ainda se pense dessa forma. Veja a diferença de preços da TAM no vôo da noite R$ 663,00. Salgado não? Quatro vezes a mais o preço do vôo da manhã.

Bem, esses preços foram coletados pelo O Estado de São Paulo no dia 01 de fevereiro para vôos no dia 17/02/06.

Abraços

CURSIO.
Anonymous

Mensagem por Anonymous »

a atitude da Tam e da Gol é prejudicial aos PAx e deveria ser punida.
Le
PC
PC
Mensagens: 190
Registrado em: Ter Dez 21, 2004 12:35

Mensagem por Le »

Apesar se sabermos que o mercado é de livre concorrência, isto é uma prática predatória.

É engano pensar que o consumidor "sai ganhando". A curto prazo sim, ele sai ganhando; ele vai à loja, compra o bilhete e faz o check in na empresa que desejar (normalmente, é escolhida a de menor preço); porém à médio e longo prazo, a empresa mais nova, não suporta ESTE tipo de concorrência e fecha as portas.

Aí, advinhem só o que acontece com os preços ??

Retornam à patamares da tarifa anterior à concorrência, os preços SOBEM mesmo.

Pergunta: " _ Isto é benéfico ao consumidor ? "


Seria, se por lei ou por determinação jurídica, se a empresa que utiliza-se desta prática em detrimento da concorrência, fosse obrigada a manter as mesmas tarifas de promioção que motivaram a "queda da concorrente" por um período digamos ...... de 18 mêses, à contar do fim da disputa ou desistência da concorrente.

Aí sim, estaria sendo "saudável" para o consumidor .

Do contrário, quem têm à perder é toda a sociedade, com o fechamento de uma opção de viagem, e os resultados negativos que isto traz ao mercado e as consequências sociais.

Quando uma empresa que mal surge, cria-se as expectativas com seu sucesso, geração de empregos, etc, etc, encerra suas atividades de repente, significa que no Brasil, ainda não é póssível exercer a atividade empresarial com tranquilidade, a ponto de ver seus negócios e empregados prosperarem ......

Eis aí uma parcela do custo Brasil, com os programas sociais e de amparo ao trabalhador, sendo "acionado", e repassado ao ERÁRIO público que mantemos através dos impostos.


Pagamos por no mínimo duas vêzes quando uma empresa encerra suas atividades quando da falta da mesma (se não for suprida pela concorrência, com os mesmos valores de seu produto, no caso, a PASSAGEM AÉREA ):

_ O usuário perde a OPÇÃO do "mais barato".

_ E as consequências sócio econômicas que SEMPRE pagamos

posteriormente, como taxas, impostos que a empresa "deixou" de

recolher, assim com também, as consequências do cntexto social do

trabalhador.




SDS!
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