Juiz mantém proteção a aviões da Varig

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Marcelo Areias
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Juiz mantém proteção a aviões da Varig

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Juiz mantém proteção a aviões da Varig


Da FolhaNews


25/10/2005
08h56-A TAP Portugal apresentou nesta segunda-feira, na Corte de Falências de Nova Yorkm, uma proposta de investimento na Varig de US$ 62 milhões, em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e outros US$ 500 milhões após a reestruturação, com finalidade de saldar a empresa e controlar seu capital acionário.

Com esse anuncio, a Varig conseguiu convencer o tribunal a manter a liminar que protege mais de 30 aeronaves de arresto por falta de pagamento do leasing desde junho, uma dívida de pelo menos US$ 72 milhões.

Porém, o juiz Robert Drain advertiu que na próxima audiência, no dia 9 de novembro, estará pronto para derrubar a liminar se a Varig não avançar consideravelmente em suas perspectivas de novos investimentos. "A Varig está empurrando os limites razoáveis da paciência", disse.

Acusada de "canibalizar" aeronaves pelas empresas de leasing, em especial a Boeing Capital Corporation, a Varig também foi advertida pelo juiz a apresentar um plano de contingência de devolução dos aviões. Ele reconheceu que devido ao atual fluxo de caixa negativo, o risco de "deteriorização" por meio de troca de peças entre aeronaves.

A audiência foi chamada pelas empresas de leasing, que tentaram mostrar que a Varig não tem um plano concreto nem factível para saldar suas dívida, já que a proposta de investimento do fundo norte-americano Mattlin Patterson havia vencido.

Investimento português
A Varig trouxe para depor um representante do BNDES e o presidente da TAP, Fernando Pinto. Segundo a carta de intenções, a injeção de cerca de 62 milhões seria feita ate 15 de novembro e deve ser usada para abater a dívida com as empresas de leasing.

Desse valor, um mínimo de US$ 21 milhões seria desembolsado pela TAP e o restante financiado pelo banco brasileiro. O capital seria revertido para a Varig com a garantia das ações das subsidiárias VarigLog (logística) e da VEM (manutenção).

Numa segunda etapa, após a reestruturação, a aerolinha portuguesa investiria US$ 500 milhões na Varig. Segundo o presidente da Varig, Omar Carneiro da Cunha, esse aporte sanaria a empresa em um ano. "Com essa injeção a Varig estaria viabilizada para o futuro e já teria resultados positivos de caixa a partir do ano que vem", disse Cunha, que saiu antes da decisão do juiz, para voltar ao Brasil. Amanhã será realizada uma assembléia-geral da empresa na qual terá de ser aprovado plano de ajuda do BNDES.

Desses US$ 500 milhões, apenas US$ 200 viriam da Varig. Haveriam outros quatro investidores privados internacionais interessados em comprar ações. Segundo Pinto, porém, a TAP quer 20% do capital votante. Com ações pulverizadas quer ser o maior acionista individual.

A Varig foi acusada de "canibalizar" as aeronaves arrendadas. Segundo a Boeing Capital Corporation, a troca de peças entre as aeronaves ocorreria em freqüência acima do normal. Além disso, estaria utilizando peças de menor valor na reposição.

Outra empresa de arrendamento disse estar pronta para sequestrar aviões nos EUA e em outros países se a liminar cair. O advogado da Varig, Richard Antonoff, essa prática é comum na indústria e a Varig vem fazendo, inclusive, reposições com peças novas
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TAP propõe investir até US$ 500 milhões para recuperar Varig

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TAP propõe investir até US$ 500 milhões para recuperar Varig
Valor

09:23 25/10


NOVA YORK - A companhia aérea portuguesa TAP apresentou ontem no tribunal de falências de Nova York uma proposta para aportar até US$ 500 milhões na Varig a médio prazo, e comprometeu-se a participar como investidora no plano emergencial para levantar US$ 62 milhões numa companhia de propósito específico que ficará com as ações da Varig Log e da VEM.


A proposta feita pela TAP convenceu o juiz Robert Drain a permitir que a Varig continue com os aviões até o dia 9 de novembro, desde que cumpra algumas condições. A primeira delas é de que todos os recursos da operação liderada pelo BNDES sejam direcionados ao pagamento das parcelas de leasing atrasadas.

Outra condição para que a liminar não seja suspensa é de que a companhia faça relatórios às empresas de leasing sobre as peças que estariam sendo retiradas de aviões parados e explique como vai financiar a manutenção dos aviões daqui para frente, já que, segundo Omar Carneiro da Cunha, presidente da Varig, a companhia está com fluxo de caixa negativo.


O total de pagamento de leasing em atraso é hoje de US$ 72 milhões e aumenta em cerca de US$ 8 milhões por semana.


O juiz alertou a Varig que os sucessivos adiamentos nos pagamentos às empresas de leasing estão nos limites da paciência dos credores. Ela afirmou também que a companhia está tratando de forma diferenciada os credores, pagando em dinheiro vivo os fornecedores de combustível como Petrobras, Shell e Esso e também a fornecedores de refeições. Para ele, a Varig deve tentar tratar todos igualmente o mais rápido possível.


Drain ressaltou que a ordem dada pelo Tribunal de Nova York não impede que os credores tentem retomar os aviões na Justiça brasileira. Ele afirmou, no entanto, que os depoimentos dos executivos da Varig e da TAP são " dignos de crédito "


" Estou preparado para continuar com a liminar até o dia 11, mas para isso é preciso mostrar algum avanço nas negociações na audiência do dia 9 " , disse Drain.


A intenção da TAP é tornar-se a maior investidora individual da companhia brasileira e participar do grupo de controle, respeitando entretanto o limite legal de 20% de participação acionária estrangeira em companhias aéreas.


O presidente da Varig apresentou ao juiz Drain uma carta do presidente da TAP, Fernando Pinto, na qual a empresa portuguesa garante a intenção de participar como investidora no plano montado pelo BNDES para levantar os recursos de curto prazo necessários ao pagamento das empresas de leasing, evitando o arresto de até 30 aviões da companhia. Fernando Pinto também participou da audiência no tribunal como testemunha, assim como o ex-diretor do BNDES, Eleazar de Carvalho, que é membro da atual administração da Varig.


A " nova " Varig poderia ter o capital pulverizado, imagina o presidente da companhia portuguesa, que já presidiu a empresa brasileira. " Vamos primeiro participar deste aporte de recursos inicial e vamos avaliar se será necessário tomar o crédito do BNDES ou não " , afirma Fernando Pinto.


Na carta do presidente da TAP ao presidente da Varig, a companhia portuguesa compromete-se a disponibilizar os recursos até 15 de novembro. O texto da carta afirma que " a TAP e seus parceiros de investimento estão dispostos a prover financiamento adicional. Sujeito a aprovação do comitê de credores e do tribunal de reestruturação brasileiro, a TAP proverá um investimento em participação acionária de até US$ 500 milhões " .


Parte destes recursos poderiam entrar como participação em ações preferenciais. Existe a alternativa de constituir um fundo no Brasil para depósito dos recursos dos investidores, que comporia então uma parte considerada " nacional " do investimento. Mas o plano da TAP é pulverizar o capital da Varig reestruturada, no qual uma participação de 20% do capital votante seria a maior participação individual.


(Tatiana Bautzer | Valor Econômico )
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Varig ganha novo prazo para pagar dívidas de leasing

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Varig ganha novo prazo para pagar dívidas de leasing


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Varig terá até o dia 9 de novembro para quitar dívidas de cerca 62 milhões de dólares junto a empresas internacionais de leasing.

Segundo uma fonte próxima à empresa, uma corte norte-americana aceitou dar um prazo maior para a companhia aérea pagar seus débitos.

O presidente do Conselho de Administração, David Zylberztajn, confirmou à Reuters o adiamento, mas não soube precisar a data exata do novo prazo.

"Ainda não há confirmação, mas soube que (o pagamento) foi adiado", informou ele na noite de segunda-feira.

A Varig luta na Justiça norte-americana para evitar o arresto de cerca de metade da sua frota, hoje de 63 aviões. Se não conseguir efetuar o pagamento até a nova data, a empresa terá de devolver as aeronaves.

A companhia tem dívidas totais da ordem de 7,5 bilhões de reais.

(Reportagem de Denise Luna)
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