Construção de novo aeroporto em Portão (RS) provoca reação
Enviado: Sáb Mar 08, 2014 13:09
Construção de novo aeroporto em Portão provoca reação de moradores
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/econo ... 37264.html" onclick="window.open(this.href);return false;
Comissão pretende ir à Câmara de Vereadores da cidade nesta quarta, às 19h, para reivindicar uma audiência pública
Ainda no campo das ideias, o aeroporto 20 de Setembro já é alvo de polêmica. A mais recente diz respeito ao local escolhido para a construção do projeto, no município de Portão. Uma comissão de moradores argumenta que a área rural de 2,1 mil hectares, a 50 quilômetros de Porto Alegre, é muito próxima do centro da cidade, abrange propriedades rurais e tem declives acentuados, o que elevaria o custo da obra. O grupo pretende ir à Câmara de Vereadores da cidade nesta quarta, às 19h, para reivindicar uma audiência pública sobre o assunto.
A proposta do novo aeroporto foi concebida para desafogar o movimento no Salgado Filho, que, mesmo com as obras de ampliação, deve chegar ao seu limite em 10 anos, segundo estimativas da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado. Inicialmente prevista para uma área entre Portão e Nova Santa Rita, a obra teve de ser repensada no fim de janeiro, depois de alerta do Ministério da Aeronáutica. Agora, o futuro aeroporto ficará em um local cinco quilômetros a noroeste da projeção inicial, para não interferir no espaço operacional da Base Aérea de Canoas.
— O munícipio vai desapropriar metade da área produtiva de Portão. Os órgãos municipais estão matando a área onde se criam animais e se plantam verduras — protesta o engenheiro Carlos Honorato, designado presidente da comissão informal criada por moradores das áreas afetadas pela possível obra.
Segundo Honorato, há na cidade uma área rural improdutiva, com solo de má qualidade, que poderia ser utilizada - e só não será por "interesses individuais". Alexandre Stolte, da Secretaria de Infraestrutura, explica que "é difícil achar uma área de 2 mil hectares completamente improdutiva":
— Qualquer área do Rio Grande do Sul em que você tentar implantar um empreendimento deste tamanho vai acabar atingindo uma área produtiva. A atividade produtiva não vai deixar de existir, vai ser potencializada. Em vez de ter produção de hortigranjeiros, pode ter uma empresa de logística, de locação de veículos. Há muitos empreendimentos que se instalam quando se tem um aeroporto — avalia.
Stolte também refuta outras críticas da comissão liderada por Honorato: a de que o aeroporto 20 de Setembro ficaria muito próximo à cidade e em uma área com declive de 30 metros - o que encareceria a obra. O funcionário da secretaria garante que o local escolhido "se enquadra nos critérios de um levantamento técnico" e ressalta que as estradas RS-240 e RS-122, próximas ao local, foram determinantes na escolha.
Arai Cavalli, vice-prefeito de Portão e secretário da Administração da cidade, conta que vem recebendo críticas quanto à obra, mas as rebate:
— Surgiu (um rumor) que nós teríamos influência (sobre a decisão do local), mas jamais. A prefeitura recebe a localização da Secretaria de Infraestrutura e só faz os trâmites.
Segundo a prefeitura, cerca de 50 proprietários de terra seriam afetados se a obra for confirmada no local. Se isso ocorrer, é responsabilidade do governo federal ressarcir os proprietários. Honorato adianta que uma audiência pública deve ser confirmada para 13 de março, quando a questão será discutida com a população.
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Comissão pretende ir à Câmara de Vereadores da cidade nesta quarta, às 19h, para reivindicar uma audiência pública
Ainda no campo das ideias, o aeroporto 20 de Setembro já é alvo de polêmica. A mais recente diz respeito ao local escolhido para a construção do projeto, no município de Portão. Uma comissão de moradores argumenta que a área rural de 2,1 mil hectares, a 50 quilômetros de Porto Alegre, é muito próxima do centro da cidade, abrange propriedades rurais e tem declives acentuados, o que elevaria o custo da obra. O grupo pretende ir à Câmara de Vereadores da cidade nesta quarta, às 19h, para reivindicar uma audiência pública sobre o assunto.
A proposta do novo aeroporto foi concebida para desafogar o movimento no Salgado Filho, que, mesmo com as obras de ampliação, deve chegar ao seu limite em 10 anos, segundo estimativas da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado. Inicialmente prevista para uma área entre Portão e Nova Santa Rita, a obra teve de ser repensada no fim de janeiro, depois de alerta do Ministério da Aeronáutica. Agora, o futuro aeroporto ficará em um local cinco quilômetros a noroeste da projeção inicial, para não interferir no espaço operacional da Base Aérea de Canoas.
— O munícipio vai desapropriar metade da área produtiva de Portão. Os órgãos municipais estão matando a área onde se criam animais e se plantam verduras — protesta o engenheiro Carlos Honorato, designado presidente da comissão informal criada por moradores das áreas afetadas pela possível obra.
Segundo Honorato, há na cidade uma área rural improdutiva, com solo de má qualidade, que poderia ser utilizada - e só não será por "interesses individuais". Alexandre Stolte, da Secretaria de Infraestrutura, explica que "é difícil achar uma área de 2 mil hectares completamente improdutiva":
— Qualquer área do Rio Grande do Sul em que você tentar implantar um empreendimento deste tamanho vai acabar atingindo uma área produtiva. A atividade produtiva não vai deixar de existir, vai ser potencializada. Em vez de ter produção de hortigranjeiros, pode ter uma empresa de logística, de locação de veículos. Há muitos empreendimentos que se instalam quando se tem um aeroporto — avalia.
Stolte também refuta outras críticas da comissão liderada por Honorato: a de que o aeroporto 20 de Setembro ficaria muito próximo à cidade e em uma área com declive de 30 metros - o que encareceria a obra. O funcionário da secretaria garante que o local escolhido "se enquadra nos critérios de um levantamento técnico" e ressalta que as estradas RS-240 e RS-122, próximas ao local, foram determinantes na escolha.
Arai Cavalli, vice-prefeito de Portão e secretário da Administração da cidade, conta que vem recebendo críticas quanto à obra, mas as rebate:
— Surgiu (um rumor) que nós teríamos influência (sobre a decisão do local), mas jamais. A prefeitura recebe a localização da Secretaria de Infraestrutura e só faz os trâmites.
Segundo a prefeitura, cerca de 50 proprietários de terra seriam afetados se a obra for confirmada no local. Se isso ocorrer, é responsabilidade do governo federal ressarcir os proprietários. Honorato adianta que uma audiência pública deve ser confirmada para 13 de março, quando a questão será discutida com a população.