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30/10/2013 | N° 11829 DIÁRIO DE SANTA MARIA
AVIAÇÃO
Céu de brigadeiro
Estudo da UFSM indica melhores locais para um novo aeroporto
Na manhã de ontem, foi apresentado um estudo pioneiro no campo da meteorologia. O Grupo de Modelagem Atmosférica (Gruma) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mapeou os locais em Santa Maria e nos municípios que fazem limite com a cidade, além de Júlio de Castilhos, quanto à probabilidade de ocorrência de nevoeiros. O fenômeno dificulta pousos e decolagens de aeronaves, por isso a informação é importante para os objetivos da prefeitura de, futuramente, construir um novo aeroporto na cidade, ligado a uma plataforma multimodal, com interligação com transporte ferroviário e rodoviário.

– Espero que este seja, realmente, um marco para a universidade. Com certeza, estaremos juntos com a prefeitura neste processo – disse o reitor da UFSM, Felipe Müller, durante a apresentação do estudo, realizada no prédio da reitoria da UFSM na manhã de ontem.

De acordo com o professor Vagner Anabor, responsável pelo estudo junto a outros quatro professores e quatro estudantes, considerando toda a região, os locais mais elevados têm 50% menos chances de formar nevoeiros espessos do que o local do atual aeroporto, junto à Base Aérea de Santa Maria (Basm), na região leste da cidade.

– Áreas mais altas, como Itaara, formam nevoeiros em apenas 25% das vezes em que há condições para cerração no Estado. Por isso, um aeroporto nesses locais seria mais eficiente, com menos voos cancelados por causa do nevoeiro. Nessas áreas, a massa de ar frio, que forma a neblina, escoa pelos vales, para as regiões mais baixas – explica o pesquisador.

Dentro do município de Santa Maria, a região às margens da BR-287 em direção a São Pedro do Sul é a que tem uma incidência menor de nevoeiros, cerca de 25% menos chances de cerração em relação à área do atual aeroporto. Pela facilidade de acesso à rodovia federal, esse poderá ser o local escolhido pelo governo municipal para futuros investimentos na plataforma multimodal.

– Esses dados são importantes, mas devem ser levados em conta outros fatores, se queremos integrar essas modalidades de transporte como ferrovias e rodovias. Mas é óbvio que buscamos o desenvolvimento regional, e não apenas dos municípios mais próximos, mas de toda a metade oeste do Estado – disse o prefeito Cezar Schirmer.

O projeto de construir um novo aeroporto é de longo prazo, já que o terminal de passageiros da Basm deve ser cedido pela Aeronáutica para a prefeitura por até 20 anos.

Os Resultados, com foto: http://www.clicrbs.com.br/pdf/15791427.pdf" onclick="window.open(this.href);return false;

JULIANA GELATTI|JULIANA.GELATTI@DIARIOSM.COM.BR

Estudo da UFSM que será apresentado hoje aponta que cidades são indicadas para sediar um aeroporto regional

Um estudo que apontou os melhores locais para receber um novo aeroporto na região central do Estado anima prefeitos de duas cidades serranas. Segundo a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Itaara e São Martinho da Serra são mais adequadas porque são menos propensas a nevoeiros, um dos maiores inimigos da aviação.

A névoa é potencialmente perigosa para os aviões. Ela impede a visualização e exige o uso de equipamentos modernos para garantir pousos e decolagens seguros em condições críticas. Devido a sua geografia, Santa Maria sofre com nevoeiros ao longo do inverno, o que leva a constantes cancelamentos de voos no aeroporto da Base Aérea.

Localizadas em zonas de serra, Itaara e São Martinho da Serra surgem como municípios mais indicados para receber um aeroporto regional, projeto em discussão há alguns anos na região. As duas cidades ficam próximas a Santa Maria, o que também já é um bom indicativo. Embora se trate de uma pesquisa para investimento futuro, o desenvolvimento da região possivelmente exigirá, um dia, um aeroporto maior.

“É lógico que queremos”, afirma o prefeito de Itaara, Rony Carnieletto (PP). Segundo ele, a busca por investimentos em Itaara é constante e, na época em que o Estado procurava por um local para a construção do Hospital Regional, a prefeitura chegou a oferecer 10 hectares. “O clima aqui seria melhor para o hospital”, defende o prefeito, que aponta que Itaara perdeu a disputa para Santa Maria por ter pouca força política. Agora, Carnieletto acredita que o município situado a 425 metros do nível do mar levaria vantagem na briga por um aeroporto porque já tem ligação asfáltica com Santa Maria, distante 14 quilômetros.

Já a comunidade de São Martinho da Serra vislumbra na possibilidade de ser sede de um aeroporto regional a chance de conquistar o tão sonhado acesso asfáltico com a antiga cidade-mãe Santa Maria, da qual se emancipou em 1992. A pavimentação dos 17 quilômetros entre as duas cidades é uma promessa antiga de governos estaduais. Em 1998, chegou-se a ter máquinas na pista, mas a mudança de governo fez a obra parar.

“Teríamos todo o interesse, até por causa do desenvolvimento”, afirma o prefeito Ivo Schieffelbein (PP). O município de 3,2 mil habitantes, encravado numa serra a 450 metros de altitude em relação do nível do mar, já protagonizou uma disputa na qual, à época, saiu vencedor. O prefeito recorda da escolha da cidade para receber um observatório espacial do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 1997. “Se tivermos alguma chance, vamos estar lá pleiteando”, assegura Schieffelbein.

Inédito - O estudo da UFSM contou com o apoio científico de meteorologistas, que forneceram informações sobre a incidência de nevoeiros em algumas regiões, o tempo de dissipação, entre outros dados. O Grupo de Modelagem Atmosférica da UFSM realizou um mapeamento de regiões críticas para a ocorrência de nevoeiro nos Estados da Região Sul. A análise foi concentrada na região de Santa Maria e municípios vizinhos. Dados históricos de imagens de satélite foram utilizados para estuda o clima na região. “Na prática, quase nenhuma área está protegida contra este fenômeno, mas condições peculiares associadas à topografia e circulações locais podem fazer com que o nevoeiro se dissipe com maior rapidez”, diz o professor do Departamento de Física da UFSM, Vagner Anabor, integrante do Grupo de Modelagem Atmosférica.

Itaara e São Martinho da Serra teriam 50% menos chances de serem afetadas por nevoeiro em comparação com a área do atual aeroporto da Base Aérea. Conforme Anabor, um aeroporto nesses municípios ficaria muito menos tempo fechado por problemas de visibilidade. Os resultados do estudo serão divulgados hoje, às 10h, na sala 218 da Reitoria da UFSM, para lideranças e autoridades civis e militares.

Investimento dependerá da demanda de voos

A construção de um novo aeroporto para a região é um dos projetos futuros para o desenvolvimento de Santa Maria. Mas para que o investimento seja possível será necessário primeiro ter o essencial para um investimento no setor aéreo: demanda de passageiros.

Segundo Diogo De Gregori, superintendente-executivo da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (ADESM), antes de pensar em um novo terminal, é fundamental elaborar um plano de viabilidade econômico-financeiro. Inicialmente, será preciso avaliar se os voos diários da Azul, que começaram este mês com aviões de 68 lugares, terão ocupação satisfatória. “Tem de consolidar os voos e ter demanda para demonstrar a viabilidade para voos maiores”, observa De Gregori.

Um novo aeroporto regional integra o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Município de Santa Maria elaborado pela ADESM e pela UFSM. Trata-se de um projeto a médio e longo prazo, sem previsão de data para ser colocado em prática. Sobre o fato de o investimento ser destinado a outro município, a ADESM não vê problemas. Aeroportos de grandes cidades costumam ficar distantes. “Temos de pensar o desenvolvimento de forma regional”, afirma De Gregori.

Fonte: http://www.arazao.com.br/itaara-e-sao-m ... voar-alto/" onclick="window.open(this.href);return false;

Que vergonha!

A cidade tem apenas 1 voo diário regular e já estão fazendo estudos para construir um novo aeroporto!

Certamente custará bilhões em indenizações, superfaturamentos, desvios, atrasos ... mais um grande elefante branco!

Um aeroporto decente em SM é fundamental para a região centro e fonteira oeste e creio que se localizado em direção a S. Pedro do Sul seria logisticamente seria mais interessante para a região oeste e campanha.
O que os políticos e ligados ao planejamento (?) tem que ter em mente é que de nada adianta aeroportos em cidades como Alegrete, São Borja, Livramento etc, pois jamais sustentarão voos regionais devido a baixa demanda haja vista ser esta uma região economicamente subdesenvolvida, então pensar em regionalização é o ideal, desde que haja um esquema de conexão deste aeroporto com as cidades vizinhas. SM está a 2, 3 horas de distancia das cidades do oeste, enquanto que POA fica 7 a 9 horas.

Eu defendo a construção de um novo aeroporto em SM porque o atual, vinculado a BASM limita bastante o desenvolvimento aerovíário do interior.Santa Maria tem um enorme potencial, só falta um bom esquema logístico para alimentar os voos partindo daí. É só verificar quantas cidades exitem num raio de 200 km de Santa Maria para se constatar o potencial.

O estudo citado acima é apenas o estudo dos nevoeiros. Sobre um novo aeroporto este assunto vem sido discutido a anos. É provavelmente a única cidade que compartilha no Brasil um aeroporto dentro de uma base aérea de 1ª linha (aviação de caça). Devido a cidade não ter um aeroporto próprio e usar um terminal dentro da BASM é complicado desenvolver a região. Uma cidade com 300 mil hab têm que ter sim seu próprio aeroporto já que atenderia a região central e fronteira. Até por que é de interesse dos próprios militares que o aeroporto civil sai da área de base devido aos perigos eminentes. Caças passam em frente a taxiway e do aeroporto com munição real de instrução e um aeroporto compromete a segurança da Base no seu perímetro. Santa Maria é maior em tamanho e população que algumas cidades da região sul, que já possuem seu aeroporto próprio (Criciúma, Chapecó, Uruguaiana, Passo Fundo, Foz do Iguaçu, etc). Logo por que não.

O novo Aeroporto Regional da Zona da Mata (IZA/SBZM) em MG liga nada a lugar nenhum, mesma situação do Aeroporto de Torres (TSQ/SBTR) aqui no RS (... o que dizer do novo Aeroporto de Vacaria?).

Mas não dá para construir um novo Terminal de Passageiros do outro lado da pista da BASM? Militares de um lado e Civis de outro?

Políticos sempre com essas idéias de obras mirabolantes. Não há duvida que Santa Maria merece e tem demanda para mais voos. Mas a estrutura da base poderia ser muito bem aproveitada. Que cidade no estado teria uma pista de 2700m? Com uma fração do valor da construção de um aeroporto novo com uma pista bem mais modesta comparada a atual da Base, Seria possível reformar e reforçar a atual e ainda construir um TPS moderno separado da Basm. E com o numero de voos civis menor as operações de ambos não seria demasiadamente prejudicada.

Abraços

O problema de RIA é o PCN baixo da pista. Aeronaves grandes não podem operar diariamente devido ao afundamento da pista. Os kc137 e C130 operam lá mas em missões eventua
is semanais de carga e logística da FAB. Obs: KC137 saiu de
operação da FAB mês passado.

Em uma ocasião, em um voo Uruguaiana - POA pela saudosa Riosul, com escala em SM, ficamos 30 mim. dentro do avião aguardando a descida de 200 paraquestas que faziam instrução na BASM. Se o aep fosse moviemtado seria problemático.

Pelo menos nos tempos atuais de penúria nos cofres da FAB, lamentavelmente, com os movimentos militares reduzidos pela baixo fuel flow, e um único voo civil, creio ser hora de estudos e mais estudos, e quando o pré-sal começar a jorrar dinheiro se parte para obras ...na década de 70 quando os Panteras tinham 60 aeronaves, sim 60, aquele campo de Camobi era dos aeródromos mais movimentados da República, garanto, se ouvia ronco de T-6 dia e noite e também dois Sapóes. Ah! e lançamento de SBATS e metralha a qualquer hora com tempo bom ...velhos e bons tempos ...
Esquadrilhas de 11 Sapões, 2 Jet Ranger, dezenas de T-6, Bird Dogs, Regentes, aquele pátio vivia cheio de belas aves.
Detalhe: naqueles idos a AvGas e a QAv chegavam de trem direto na BASM.

No último feriado estive em São Lourenço (MG) e aproveitei para visitar o aeroporto local que (também) me pareceu ligar NADA a LUGAR NENHUM, pois só havia 1 'pata-dura' (Cesna 172), fazendo vôos panorâmicos (10 minutos = R$ 50,00 por pessoa). Perguntei ao piloto se havia maiores movimentos na alta temporada e ele me disse que não ! O terminal é acanhadíssimo e só havia 1 (uma) atendente na lanchonete (muito mal equipada, por sinal) ! A pista é asfaltada e me pareceu maior que a do aeroporto de Jacarepaguá, aqui no Rio.