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Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Sex Ago 20, 2010 14:47
por Constellation
RIO - A juíza Márcia Cunha de Carvalho, em exercício na 1ª Vara Empresarial do Rio, acaba de decretar a falência da antiga Varig, que atualmente operava com a bandeira Flex, e de duas outras empresas do grupo: Rio Sul Linhas Aéreas e Nordeste Linhas Aéreas. A decisão foi tomada a partir de pedido do próprio administrador e gestor judicial da companhia. Ele informou ao Judiciário fluminense que as empresas - em recuperação judicial há cinco anos - não têm como pagar suas dívidas.
Para não causar a interrupção do tráfego aéreo e a desvalorização dos ativos, a juíza Márcia Cunha determinou que a antiga Varig continue operando, por duas semanas, os serviços de comunicação por meio de estações de rádio que orientam os pilotos nas decolagens e pousos. Depois desse prazo, a atividade, que estava seriamente ameaçada por atrasos nos pagamentos de salários dos operadores, será transferida para a empresa de aviação Trip.
O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II) chegou a ser consultado pela Justiça sobre a possibilidade de assumir a atividade. O órgão, porém, durante reunião realizada no Fórum do Rio, informou que não teria condições de realizar a tarefa, mesmo temporariamente, e que se o serviço fosse paralisado, o tráfego aéreo civil seria interrompido nas áreas afetadas.
"Como a empresa Trip tem interesse em assumir a prestação do serviço de comunicação, mas necessita de prazo para vencer trâmites internos, torna-se imperioso que as requerentes, mesmo após o decreto de falência, dêem continuação à prestação do serviço de comunicação, por duas semanas, até que formalizada a transferência da autorização do Cindacta II", escreveu a juíza na sentença.
Publicada em 20/08/2010 às 13h41m
Bruno Rosa
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Sex Ago 20, 2010 15:58
por paulo roberto
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Sex Ago 20, 2010 15:59
por paulo roberto
E O QUE DEVEM AINDA PARA OS FUNCIONARIOS FOI PELO RALO....

Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Sex Ago 20, 2010 16:32
por Tico
Agonizou, sofreu e morreu....
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Sex Ago 20, 2010 17:46
por Augusto Bilhalva Goulart
VIAÇÃO AÉREA RIOGRANDENSE - VARIG - *MAI 1927 +AGO 2010...
A propósito, e a SATA e Hotéis Tropical como ficam? Elas não faziam parte do Grupo Varig?
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Sex Ago 20, 2010 19:33
por moises Propp
Olá amigos,
A VARIG só teve este fim graças aos ladrões de gravatas(politicos) e tambem
a seus administradores, o unico que fez algo pela VARIG foi Fernando Pinto ,
sendo presidente da TAP quiz ajudar a VARIG e não deixaram !!!
sds,
Moises Propp
O dinheiro foi tanto que quem comprou a VARIGLOG até hoje ninguem
sabe, e pior ainda, venderam a VARIG para os mesmos pilantras.
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Dom Ago 22, 2010 09:16
por arthuramaral_CGR
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Dom Ago 22, 2010 14:54
por paulo roberto
Esta falencia foi boa pra quem?onde fica a Fund.

RUBEN BERTA?
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Seg Ago 23, 2010 11:29
por SBLO
Valor Econômico
Gol pode ser acionada por credores da Varig
Alberto Komatsu e Zínia Baeta, de São Paulo
23/08/2010
Sem opções diante da decretação da falência da "Varig velha" (hoje Flex) na sexta-feira pela Justiça do Rio de Janeiro, os credores da empresa podem voltar novamente seus esforços para a Gol Linhas Aéreas - que adquiriu parte da companhia em 2007. Segundo representantes de credores, boa parte deles deve continuar a bater na tecla, perante o Judiciário, da responsabilidade da Gol pelas dívidas da Varig. A companhia teria adquirido praticamente a totalidade do negócio e não apenas uma unidade produtiva isolada, como prevê a Lei de Falências. "Se há consistência jurídica ou não, é algo a se avaliar. Mas, com certeza, a Gol continuará a sofrer dor de cabeça com os credores da Varig", afirma um advogado da área que prefere não se identificar.
Ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha julgado no ano passado que não ocorre sucessão de dívidas trabalhistas na compra de ativos de empresas em recuperação judicial ou em processo de falência, especialistas da área afirmam que há inúmeros pontos e possíveis irregularidades do processo de recuperação da Flex que podem ser questionados, assim como a própria aplicação do julgamento do STF em casos concretos. "A quebra da Varig significa que a discussão sobre a responsabilidade da Gol vai continuar e aumentar, pois as pessoas querem receber", afirma outro advogado.
A falência da Flex foi decretada na sexta-feira pela juíza Márcia Cunha de Carvalho, em exercício na 1ª Vara Empresarial do Rio, e de duas outras empresas do grupo: Rio Sul Linhas Aéreas e Nordeste Linhas Aéreas. Segundo a Justiça do Rio, a decisão foi tomada em razão de pedido do próprio administrador e gestor judicial da companhia, que informou que as companhias em recuperação judicial desde 2005 não teriam como quitar seus débitos. A Varig, primeira a pedir recuperação judicial no país, saiu do procedimento em setembro do ano passado, sem ter solucionado suas dívidas, que no início do processo correspondiam a cerca de R$ 7 bilhões.
A Fundação Ruben Berta, dona de 87% dos papéis da Flex, discute com seus advogados a possibilidade de contestar judicialmente a falência. "Foi um crime a destruição do maior patrimônio desse país relacionado ao setor aéreo", afirma o presidente do conselho de curadores da entidade, Cesar Curi. Em 15 de dezembro de 2006, a Fundação Ruben Berta foi afastada judicialmente do comando da empresa ao tentar retirar a companhia do processo de recuperação judicial.
No ano passado, quando foi decretado o fim da recuperação judicial da Flex, a Fundação Ruben Berta poderia ter retomado o comando da empresa, mas não o fez. "Não houve recuperação judicial", justifica Curi. Ele afirma que a Gol, que comprou a "parte boa" da Varig, sem dívidas, por US$ 320 milhões em março de 2007, deveria ser responsabilizada pelo pagamento dos débitos aos credores.
Já o advogado de acionistas minoritários da empresa, Fabrício Scalzilli, afirma que a falência da Flex deveria ter sido decretada há pelo menos dois anos. De acordo com ele, a demora da Justiça para tomar a medida elevou a dívida da companhia para algo como R$ 10 bilhões. "Foi uma medida extremamente positiva. Agora, serão destravados os procedimentos para a venda de bens que possibilitem o pagamento aos credores", afirma ele, representante de acionistas que reúnem em torno de 10% do capital da antiga Varig.
Scalzilli afirma que vai recorrer a um dispositivo da lei de recuperação judicial para tentar obter mais recursos para os credores. Ele confirmará o período que a Justiça fixará como termo legal da falência. O advogado diz que se trata de um intervalo de tempo retroativo à decretação da falência, com o objetivo de apurar atos ou negócios realizados durante a reestruturação da Flex que podem ser anulados, caso fique comprovado prejuízos aos credores.
O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, diz que não ficou surpreso. "A falência era mais do que esperada."
A empresa aérea regional Trip Linhas Aéreas confirmou interesse em assumir a operação de rádio da Flex de cinco aeródromos, mas que a decisão final só será anunciada até a próxima semana. "No presente momento, a TRIP Linhas Aéreas analisa o equilíbrio econômico e compatibilidade do negócio dentro de suas operações, que pode ocorrer tanto com a incorporação das estações de rádio já habilitadas, quanto por meio da solicitação de estações próprias", afirma em nota.
Procurada pelo Valor, a Gol informou que "não tem vínculo, ligação societária ou relação de qualquer natureza com as empresas Viação Aérea Rio-Grandense S.A. (Varig), a Rio-Sul Linhas Aéreas S.A. ou a Nordeste Linhas Aéreas S.A".
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Seg Ago 23, 2010 14:35
por moises Propp
Ólá Amigos,
Se a GOL não tem negocios com á VARIG(Antiga), Rio-Sul e Nordeste por que
não deixou a empresa operar as rotas delas com um só B733 !
Por que usou o B733 em rotas da GOL !
Ná minha opinião tanto a GOL como o governo tem responsabilidade com
os funcionarios e os credores , pois foi o governo que deu aval nesta
maracutaia, um fato que ficou marcado para mim. que no leilão da VARIG,
só poderia participar quem fosse do ramo de aviação, como todos tinhão
interesse da VARIG falir , mas, aí apareceu um louco , o maior laranja do Brasil .
A se meu Audi Fala-se !!!
sds,
Moises Propp
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Seg Ago 23, 2010 17:44
por Orlando Silva
Mais um monstro da aviação comercial que vai a falência

.
Eu tive o previlegio de ver em Lisboa estes magnificos aviões.
B707-320
B747-200
B747-300
e fotografar estes
DC10-30 cor antiga
MD-11 cor antiga, nova, star alliance o preto e o branco
B767-200 cor antiga, intermedia, star alliance
B767-300 cor antiga, nova, 500anos, star alliance
B777-200
e os VARIGLOG
DC10-30
MD-11
B727-200
agora só resta ver as fotos e livros para recordar esta grande companhia que foi a
VARIG
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Seg Ago 23, 2010 18:11
por Afonso
Tive o prazer de estar presente nas boas épocas da Varig.
E também nos dias finais de sua operação, quando muita gente se despedia nos gates/fingers com os olhos marejados.
727, 737, 747, 767, MD-11 e DC-10, esses foram os aviões que eu tive o prazer de estar a bordo.
Serviço de bordo impecável, comissários, pilotos mostrando o sorriso devido ao orgulho do seu emprego.
O vídeo fala mais do que palavras.

Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Seg Ago 23, 2010 21:16
por paulo roberto
A GOL comprou a VARIG por milhoes, pra onde foi este dinheiro?nao deu pra pagar nada!

agora a VARIG antiga acabou de vez, o que a GOL quer com esta marca que nao nem exista mais...acabou!!!
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Ter Ago 24, 2010 10:55
por Sergio de Faria Bica
paulo roberto escreveu:A GOL comprou a VARIG por milhoes, pra onde foi este dinheiro?nao deu pra pagar nada!

agora a VARIG antiga acabou de vez, o que a GOL quer com esta marca que nao nem exista mais...acabou!!!
Por incrível que pareça , a VARIG ( antiga ) mesmo tendo parado já a um bom tempo , ainda é marca respeitada no Exterior , devido oas bons serviços prestados .
Sérgio Bica
Re: Justiça do Rio decreta falência da antiga Varig
Enviado: Ter Ago 24, 2010 11:33
por SBLO
Jornal de Turismo
A falência de uma recuperação atrapalhada
Sex, 20 de Agosto de 2010 22:02
Fim da velha Varig, Nordeste e Rio Sul é o início de explicações que nunca foram dadas.
Cláudio Magnavita
Ao decretar a falência da Viação Aérea Rio Grandense, da Rio Sul e da Nordeste Linhas Aéreas, a Justiça do Rio não escreveu o último capitulo da história que envolveu a recuperação judicial da antiga Varig e das suas duas co-irmãs. Na verdade, ao definir a morte das três empresas, acabou por tirá-la de um limbo jurídico que vinha se arrastando desde que se encerrou o prazo da recuperação judicial há um ano.
Na prática, o fim das três empresas é uma demonstração do fracasso da última versão do plano de recuperação judicial, que foi aprovado pelos credores e que deveria fazer surgir uma geração de receita. O plano foi feito de forma acordada, quando o fundo norte-americano MatlinPatterson já havia realizado um empréstimo de antecipação de recebíveis e aparecia como última chance para a companhia aérea. Ele previa a empresa remanescente voaria inicialmente com uma aeronave fretada por quem comprasse os ativos operacionais. Haveria também a geração de receita com o centro de treinamento, aluguéis dos imóveis e uso das estações de rádio.
O plano foi criado em poucos dias e se tratou de uma peça de ficção. As receitas previstas dificilmente se materializariam, mesmo que a nova empresa de fretamento tivesse uma frota de quatro aeronaves. Com uma, então, não tinha como dar certo.
O “fantástico” plano, porém era necessário para aprovação da venda da unidade operacional da velha Varig. Não haveria venda dos ativos da aérea (rotas e instalações operacionais) sem que os credores tivessem uma fórmula de recuperar seus créditos. Não houve nem tempo de analisar os números apresentados apenas na assembleia. Tudo foi feito apenas para compôr o ritual de venda.
É importante lembrar que isso ocorreu após o afastamento dos acionistas majoritários da três empresas, a FRBPar, que, por determinação expressa da Justiça do Rio, ficaram até hoje afastados da gestão dos seus patrimônios, sem direito de opinar sobre o destino das três empresas. A partir deste momento, toda a responsabilidade passou a ser judicial.
A venda dos ativos operacionais da Varig foi realizada para a empresa VarigLog, já controlada pelo fundo MatlinPatterson. Foi criada a VRG Linhas Aéreas e aí os problemas começaram.
A compradora, por ironia, a VarigLog está hoje em recuperação judicial. Foi também alvo de uma disputa societária pesada. Houve inclusive a burla do CAB (Código Aeronáutico Brasileiro), confessada nos autos do processo da disputa, com o fim de extrapolar o limite dos 20% da participação estrangeira. Fora o festival de denúncias envolvendo o advogado Roberto Teixeira, que chegou a respingar na então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, alvo de acusação da ex-diretora da Anac, Denise Abreu. Tudo isso acabou em depoimentos no Senado.
A falência da antiga Varig, há menos de 40 dias das eleições e no momento em que um dos personagens listados na confusão, mesmo que involuntariamente, concorre à presidência da República, poderá reabrir um assunto que parecia sepultado.
Nesta ciranda de problemas e de negócios mal explicados, a VRG foi vendida depois para a Gol que herdou as responsabilidades assumidas na assembleia de vendas, entre elas, a de manter a empresa remanescente, a Flex (como foi rebatizada a Nordeste) operando.
Este foi o princípio do fim. A “boa vontade” da VRG com a Flex chegou a levar até o Sindicato dos Aeronautas a interagir e a pressionar para que o fluxo financeiro fosse mantido. A nova empresa, que era a alma do plano para pagamento dos credores, foi tratada a conta-gota. Não cresceu, não ocupou seu espaço na geração de receita em voos domésticos e de longo curso, como estava previsto no plano. A inanição foi consequência do desprezo de quem deveria lutar para manter o plano vivo. O curioso é que o lava-mãos ocorreu, por coincidência, exatamente quando foi afastado, em última instância, o risco da sucessão trabalhista da velha Varig para a VRG.
A figura dos acionistas majoritários permaneceu fora do processo todo este tempo. Só no final, quando o calendário apontava o fim da recuperação judicial, é que eles foram chamados para reassumir a empresa remanescente. Como poderiam aceitar a gestão de um espólio fadado ao colapso?
A decretação da falência das três não é um fim. Na realidade, será o principio de um embate, já que literalmente as três empresas saem de um limbo, nas quais foram colocadas com o afastamento de seus acionistas e com a própria Justiça do Rio assumindo em 100% a responsabilidade da implementação de um plano de recuperação.
A falência da três empresas é o fracasso do primeiro grande caso da lei de recuperação judicial do qual a Varig foi a cobaia. O que pode ser apontado como grande saldo positivo resume-se a negócios que foram realizados de forma tortuosas e doloridas. A venda da VEM e da VarigLog realizada pelos “notáveis”, a nova venda da própria VarigLog - burlando o código aeronáutico -, o colapso da primeira operação da VRG com a briga dos sócios brasileiros com o fundo americano, as pressões de advogados ligados ao Planalto para favorecer os compradores e, finalmente , a venda da VRG à Gol com o bloqueio judicial das ações dadas como pagamento de uma legião de trabalhadores que ficaram sem receber suas indenizações rescisórias. Uma enorme quantidade de aeronautas e aeroviários tiveram de reiniciar suas carreiras com salários aviltados e sem que se respeitasse a antiguidade para efeito de promoções e o que é mais grave: o maior credor privado do espólio da Varig, o fundo de pensão Aerus, falido e levando milhares de pessoas a viverem uma dramática velhice sem receber o que lhes era devido.
Com a falência, o Aerus passa para o fim da fila, ou seja, serão priorizadas as dívidas tributárias, as trabalhistas e só depois os credores privados. Essa etapa abre um processo doloroso de ajuste de contas e caberá a cada um dos protagonistas explicar porque o plano de recuperação não deu certo. E também questiona-se: quem será o síndico da massa falida? Como ficarão os encontros de contas das ações do ICMS e da defasagem tarifária? Não são só os acionistas afastados que esperam uma resposta, mas os milhares de associados do Aerus, que foram levados a acreditar nas promessas realizadas nas emocionantes assembleias de credores. Essas falências não assinalam o fim, mas o começo de uma história que precisa ser explicada. E muito bem explicada!
Cláudio Magnavita é presidente da Aver Editora e da Abrajet (Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo).