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DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Ter Jul 14, 2009 16:51
por Black Typhoon
Prezados,
na semana passada fiquei sabendo que em uma area aberta à visitação do publico da USP de São Paulo há um antigo DC-3 e sei que este avião devia ir para o Museu da TAM de São Carlos em base a acordos que existiam, na epoca, com o Cmte. Rolim antes da sua morte.
Alguem sabe quem foi que utilizou este avião e com quais fins?
A unica coisa que sei é que foi utilizado em parceria com o Instituto Astronomico e Geofisico da USP e que o avião em objeto era da extinta Cruzeiro do Sul. Essa informação procede?
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Ter Jul 14, 2009 18:38
por Starliner
Black Typhoon,
Eu não conheço esta aeronave, todavia sei que existe ou existia um DC-3 no Museu de Tecnologia de São Paulo.
Este a que refiro-me era o c/n 17021/34285 C-47B-45-DK ex USAF 451018 entregue em 31.07.1945, ex PP-SPO da Vasp comprado em 18.01.1946 e registrado em 07.10.1946.
Doado ao Projeto Rondon em Janeiro de 1975 e registrado como PT-KUB em 1976.
Para o Museu de Tecnologia em 1979.
Não sei se seria esta, a aeronave a que você refere-se.
Starliner
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Qua Jul 15, 2009 12:33
por Irineu
O prefixo estampado na fuselagem é esse mesmo, PT-KUB
A aeronave realmente está à céu aberto no páteo do Museu da Tecnologia de São Saulo, na via local da Marginal Pinheiros sentido Cebolão-Santo Amaro, imediatamente após a Ponte do Jaguaré e antes da Av. Politécnica e Cidade Universitária.
Foi remendada toscamente na cauda.
Há uns anos atrás alguém disse que do seu interior já tinham sido subtraídos muitos instrumentos.
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Qua Jul 15, 2009 14:39
por José Cursio
É lamentavel o estado em que se encontra o outrora garboso DC 3.
PT-KUB > USP > Museu da Tecnológia de São Paulo
http://www.airliners.net/photo/No-title ... 0008313/M/
Abraços
Cursio
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Qua Jul 15, 2009 17:39
por Dirty_wings
Mais info dele:
site Museutec
E aqui tem uma foto do flight deck do bicho, parece estar bem razoável...
Foto
Abraço
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Qui Jul 16, 2009 07:57
por Irineu
Na foto do site do Museu dá prá ver a placa de aluminio que "pregaram" na cauda.
Se ele permanecer lá, vai ficar igual aos que estão em Bebedouro.
Aliás, até a aparência externa do Museu está uma lástima, mato alto e com sinais de abandono.
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Qui Jul 16, 2009 11:50
por Black Typhoon
Prezados,
muito obrigado pelas respostas.
Acho que em breve estarei indo lá para tirar algumas fotos aproveitando da feira de aviação executiva que será realizada em Congonhas.
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Seg Jul 27, 2009 07:29
por Irineu
Black Typhoon escreveu:Prezados,
muito obrigado pelas respostas.
Acho que em breve estarei indo lá para tirar algumas fotos aproveitando da feira de aviação executiva que será realizada em Congonhas.
Então corra...
O texto abaixo foi postado por Antonio Augusto Gorni em um forum de discussões ferroviárias, "TREM DA HISTÓRIA'.
Prezados:
De acordo com a última edição da Veja SP ("Vejinha"), o Museu de Tecnologia de SP, situado perto da Cidade Universitária, no Jaguaré, está sendo desativado. O Museu, apesar de ocupar uma área pública, é uma fundação privada. E o governo quer usar essa área para a instalação de uma FATEC.
A questão do repasse do acervo ao governo do estado de SP parecia acertada, mas agora estão surgindo problemas, já que a fundação quer que o acervo seja mantido integralmente num único local, enquanto que o governo não quer dar garantias nesse sentido.
A questão é que há vários ítens ferroviários nesse museu, como logotipos de ferrovias (inclusive da CP), a vaporosa Jibóia e a carcaça da loco elétrica Metropolitan-Vickers (sem citar a PA2 de triste memória, hoje esquartejada e abrigando porres etílicos em Bragança Paulista). Como ficará a situação desses ítens com o fim do Museu?
O texto original do artigo publicado na última Vejinha está abaixo.
Gorni
Despejo à vista
O Museu da Tecnologia tem até 13 de agosto para desocupar terreno público próximo à USP
Por Camila Antunes
| 29.07.2009
São Paulo deve perder um museu no próximo mês. À primeira vista, parece notícia daquelas que se comentam com tristeza. Mas pode não ser o caso no que diz respeito ao embate recente entre o ex-governador Geraldo Alckmin, atual secretário estadual de Desenvolvimento, e a fundação que mantém o Museu da Tecnologia. Instalado num terreno público do Jaguaré desde 1974, o espaço contabilizou, em sua melhor fase, média mensal de 1 200 visitantes. Hoje, quando muito, atrai cinco pessoas por dia - o pavilhão principal só abre quando há visitas escolares agendadas. E por que, afinal de contas, não seria ruim encerrar as atividades? A resposta está no destino que se pretende dar ao local: a implantação de um polo tecnológico. Em outubro do ano passado, o governador José Serra assinou um decreto que determina a construção de uma Faculdade Tecnológica (Fatec) e um centro com laboratórios, salas de reunião e anfiteatro. Para dar lugar a esse projeto, o Museu da Tecnologia recebeu da Secretaria de Desenvolvimento ordem para devolver os 44 000 metros quadrados de área que ocupa.
O maior dilema é onde colocar as cerca de 150 peças do acervo. Entre elas há máquinas do início do século XX, como os locomóveis, usados para gerar energia, e um avião DC-3, da década de 40. O destino mais provável é o Catavento, museu dedicado às ciências no Palácio das Indústrias, na região central. As conversas entre o governo e a fundação mantenedora, que tem entre seus membros o ex-governador Laudo Natel, pareciam convergir para uma solução harmônica até o início do mês. Foi quando surgiu um impasse sobre a maneira como as peças seriam expostas. "Queremos que fiquem todas juntas, para garantir que o Museu da Tecnologia não se perca da memória dos paulistanos", afirma seu presidente, Paulo Fernando de Araújo. "Vamos buscar um meio-termo, mas não podemos fazer promessas desse tipo", rebate Orlando Baptista Neto, chefe de gabinete da Secretaria de De-senvolvimento. Um ofício encaminhado pela direção do museu pedia também que a fundação tivesse uma sede para continuar ativa. O governo não gostou da ideia. "Seria inconstitucional manter uma fundação privada com dinheiro público", diz Baptista Neto. "Dado o pedido absurdo, entendemos que não haveria mais condições de negociação." Os ânimos esquentaram no último dia 13, quando o governo enviou uma carta pedindo a saída do museu dentro de trinta dias a partir daquela data. "Ficamos em estado de choque, pois nem tínhamos visto um estudo de como o acervo seria exibido", declara Araújo.
A pendenga se arrasta desde 2003. Naquele ano, o governo requereu a posse do prédio a fim de alocar ali algumas de suas repartições. A concessão de uso do terreno havia vencido em 1994. Os diretores do museu se viram obrigados a dividir o espaço do qual tiveram posse por vinte anos. Ficaram com 25% da área e fecharam as portas enquanto obras de adaptação foram realizadas, entre dezembro de 2004 e março de 2006. A situação afastou potenciais investidores e, é claro, visitantes. Foi o começo do fim. Que, pelo jeito, parece próximo.
http://vejasaopaulo.abril.com.br/revist ... 86569.html
Re: DC-3 na USP de São Paulo, de quem era?
Enviado: Seg Jul 27, 2009 09:21
por SBLO
Essa notícia já não me surpreende mais, haja vista que este é um país que pouca ou nehuma importância dá para preservação da sua história. Num país, onde mais de 90% da população jamais entrou em um museu, não era se se espera outra medida além dessa, de promover o despejo de um museu e alocar no local repartições públicas.
Agora, com o lançamento de mais um daqueles programas assistencialistas do Governo Federal, um tal de "vale-cultura", quem sabe consigamos mudar um pouco esse cenário. Lembrando sempre que, ao invés de destinar a verba para esse "programa", ela poderia muito bem ser investida na melhoria da qualidade do ensino básico e fundamental, para a formação de cidadãos com um grau de cultura mais elevado.
Uma utopia??? Talvez...
Mas, quem sabe, um dia isso mude no Brasil...
