.:: A e r o F ó r u m ::.

Prezados alguém poderia me explicar o que é driftdown?

um grande abraço

muito obrigado..um grande abraço

Guimarães escreveu:... apenas como ilustração , o Fokker 50 na perda dos DOIS MOTORES no peso maximo 20.5 ton no nivel 230 ( teto do peso maximo ) irá descer com uma velocidade de 123 knots e numa razão de 230 pés por minuto ..... ou seja levará 01:40 ... UMA HORA E QUARENTA MINUTOS ... e percorrerá uma distância de 205 milhas nauticas ou 379 km ... ou seja uma eternidade e meia da pane até chegar no chão , dá para pensar e muito no que se vai fazer e como se vai fazer .

Confirme?

Nossa, não tinha ideia que perdendo os 2 motores ele pudesse demorar tanto pra chegar no chão... A ideia que eu tinha é que até perdendo UM motor demoraria menos que isso!

Esse avião é bom...

Prezado Guimarães, impressionante esta sua informação...e no caso de um 737 perder os dois motores, como você descreveria o cenário?

um grande abraço

Guimarães escreveu:Quando foi lançado o B 757 decolou para um vôo entre duas localidades nos USA . Por um erro que foi imediatamente corrigido pela Boeing e tambem admitido por ela , como algo que poderia realmente causar um acidente , perdeu ambas as turbinas por falta de combustivel ... não vem ao caso se por falta ou por fluxo , o caso é que ambas as turbinas apagaram-se em voo . Um tripulante que estava de extra no flight deck lembrou-se de uma pista desativada naquela rota , e que havia pertencido à força aérea americana . A tripulação conseguiu pousar a aeronave naquela pista que no momento tinha uma corrida de dragsters , sem nenhum ferido sequer leve , tendo apenas quabrado a bequilha no momento do pouso . Muita competencia dos tripulantes mas indubitavelmente muita sorte tambem.

Prezado Guimarães:
Não seria um 767 o protagonista deste epísódio? Temos o famoso caso do "Planador de Gimli", onde um 767 da Air Canada teve pane seca e pousou numa base aérea desativada da Força Aérea Canadense, em 1983.

Guimarães escreveu:No segundo caso , um 747 teve seus 4 motores apagados em cruzeiro devido a ventos de altitude com cinza vulcânica . A tripulação conseguiu pousar o aviãozinho numa pista naquele trecho , sem uma unica quebra ou perda de vida . Extranhamente , a empresa submeteu seus pilotos nos treinamentos de simulador , à esta mesma situação e absolutamente ninguem conseguiu pousar a aeronave com aquela situação . Mais uma vez competência e muita sorte tambem .

Trata-se de um 747 da British Airways, que em 1982, que teve seus 4 motores parados, e o avião desceu de 36 mil para 12 pés em vôo planado quando os pilotos conseguiram acender os motores e pousar em segurança. A visibilidade também ficou muito prejudicada, pois a cinza esmerilhou o pára-brisas. Os 4 motores foram condenados para uso posterior e todas as janelas, párabrisas e a pintura do avião tiveram que ser trocadas.

Abraço

Lucas Souto escreveu:Pessoal, eu li sobre um caso que um 767 teria planado 150 milhas náuticas com os motores desligados por falta de combustível, até tocar o solo com segurança, tendo como como única avaria a quebra da triquilha. (Revista Aero Magazine, nº 122, pag 29).

Um abraço!

Pois então, Lucas, esse é o caso do "Planador de Gimli", um Boeing 767 da Air Canada ao qual me referi.
Há um artigo muito bom, na internet, sobre esse acidente. Procure no Google usando o argumento "o vôo do maior planador do mundo" e boa leitura.
Abraço

darksjr escreveu:...e no caso de um 737 perder os dois motores...

Apesar de todos os erros cometidos, que dispensam comentarios, o Garcez fez um excelente trabalho ao descer com os dois motores apagados no VMK, no famoso acidente com o RG 254, durante a noite. Nao fosse pela correta razao de descida e a baixa velocidade de impacto, apesar de que as arvores ajudaram um pouco na desaceleracao, numa mesma circunstancia, com uma maior razao de descida e velocidade, as consequencias poderiam ter sido bem piores. Existe, tambem, um caso envolvendo um B737-300 da TACA, no principio da operacao desse novo modelo, em 1988, quando essa aeronave da Boeing sofria constante apagamento de motor em condicoes de alta ingestao de agua, que fez um pouso de emergencia numa pista de grama de um pouco mais de 6000 pes de comprimento, nas proximidades de Nova Orleans, sem causar grandes danos no aviao.

Ansett,

Não somente o B733 da TACA pousou na tal pista de grama, como de lá decolou, com pilotos da Boeing no comando.

Apenas um detalhe, não se tratava de uma pista no sentido oficial/homologado da coisa e sim um gramado na margem de um canal ou braço de rio.

Há esse tópico no a.net que versa sobre o assunto, com fotos aéreas inclusive:
http://www.airliners.net/aviation-forum ... n/3606153/

[]s

Salz

Voce esta certo, Salz, e obrigado por completar a mensagem. Pelas circunstancias, a operacao foi, decididamente, impressionante e praticamente impecavel.
Outro pouso com os dois motores apagados com um 733 foi com uma aeronave da Garuda, em 2002. Na verdade, mais precisamente, foi um ditching, e dos 60 ocupantes que estavam a bordo, somente uma comissaria faleceu.