.:: A e r o F ó r u m ::.

Sinto pena de ver os avioes da Vasp abandonados pelo Brasil ,os que estao em REC parece os mais inteiros.A VASP realmente nao tem mais chances de voltar voar , mesmo vendendo tudo que tem????

AS dívidas são gigantescas . Os -200 e 0s A-300 são sucata pura só servindo para virar panela . Infelizmente mas é a realidade e os responsáveis , soltos por aí ...

Sérgio Bica

Prezados amigos do Fórum:

Aproveitando para "ressuscitar" este tópico sobre a VASP, gostaria de pedir a ajuda dos amigos aqui do fórum, no sentido de me indicarem algum texto, artigo ou site, que tenham excelente conteúdo, contando detalhadamente a história da VASP.

Dou aula de História da Aviação e daqui alguns dias darei algumas aulas sobre a história de algumas companhias brasileiras, e entre elas, a VASP.

Sei que existem vários livros sobre a história da VARIG e PANAIR, por exemplo (tenho vários!), mas da VASP não sei se existe algum.

Desde já, agradeço pela atenção!

Abraço

Oi , Emerson

Material sôbre a VASP , desde a fundação até a sua privatização você encontra no livro do Aldo Pereira " Pequena História da Aviação Comercial Brasileira " . Creio que livro específico sôbre a VASP não há .

Abs

Sérgio Bica

SBLO escreveu:Prezados amigos do Fórum:

Aproveitando para "ressuscitar" este tópico sobre a VASP, gostaria de pedir a ajuda dos amigos aqui do fórum, no sentido de me indicarem algum texto, artigo ou site, que tenham excelente conteúdo, contando detalhadamente a história da VASP.

Dou aula de História da Aviação e daqui alguns dias darei algumas aulas sobre a história de algumas companhias brasileiras, e entre elas, a VASP.

Sei que existem vários livros sobre a história da VARIG e PANAIR, por exemplo (tenho vários!), mas da VASP não sei se existe algum.

Desde já, agradeço pela atenção!

Abraço

Há um tempo atrás lí, acho que aquí mesmo no AF, dito pelo próprio, que o participante VECTOR foi funcionário do setor de manutenção da VASP.
Revelou-se um grande pesquisador e hoje,ao que consta, está na EMBRAER.
Talvez se você enviar uma MP à ele ele pode ajudar-lhe com mais uma sugestão, além da que o Mestre Sergio Bica já deu.

SBLO escreveu:Prezados amigos do Fórum:

Aproveitando para "ressuscitar" este tópico sobre a VASP, gostaria de pedir a ajuda dos amigos aqui do fórum, no sentido de me indicarem algum texto, artigo ou site, que tenham excelente conteúdo, contando detalhadamente a história da VASP.

Dou aula de História da Aviação e daqui alguns dias darei algumas aulas sobre a história de algumas companhias brasileiras, e entre elas, a VASP.

Sei que existem vários livros sobre a história da VARIG e PANAIR, por exemplo (tenho vários!), mas da VASP não sei se existe algum.

Desde já, agradeço pela atenção!

Abraço

Prezado Emerson, Aqui o amigo podera encontrar algo de seu interesse.

http://www.portalbrasil.net/aviacao_vasp.htm

Abraços

Cursio

Tem também essa bela matéria do Jetsite:

http://www.jetsite.com.br/2008_v35/Nostalgia.aspx

Eu entrei na VASP nao muito tempo depois da privatizacao de 1990/1991. Durante os anos que passei na VASP, muitos funcionários de carreira que atuavam com interesses PROFISSIONAIS, me comentavam com frequencia de como o ambiente de trabalho ficou péssimo quando o Wagner Canhedo e filhos assumiram a administracao.
Sim, a VASP até certo ponto quando estatal servia como cabide em alguns postos chaves executivos, mas ela tinha reputacao profissional.
Sim, a VASP passou a expandir o horizonte internacional após a privatizacao, mas esta parte por 3 vezes levou a empresa até a porta da morte(1992 / 2001 e por fim em 2005). Durante esta fase, tenho amigos na área contábil e de auditoria que comentavam que a operacao internacional servia e muito para a lavagem de dinheiro(notas frias, contratos sem a devida prestacao de servicos com empresas "amigas" e importacao clandestina nos poroes).

Sinto falta da VASP e especialmente da VARIG onde trabalhei numa época das "vacas gordas".

Oi , B767 Realmente , a VASP quando Estatal , era um Cabide de emprego , mas na administração . Sua manutenção era de primeira e a instrução dos tripulantes também. Com toda a dificuldade de planejamento inerente ao esquema de empresa estatal ( mudança de administração de 4 em 4 anos , pessoas que não eram do ramo etc. etc ,) ela era uma Empresa com E maiúsculo . Com a privatização deu no que deu .... uma pena !
Tenho saudade das duas , VASP e VARIG (dos bons tempos)

Um abraço do

Sérgio Bica

Prezados,
A Vasp enquanto estatal, teve muitos problemas, por exemplo na escolha dos aviões.
Lembram que chegaram a encomendar o Caravelle, depois foi o DC-9 ( Cursio acho que isto consta em uma FLAP muito antiga) depois veio o Bac 1-11 do qual compraram somente dois
( e em Aviação quem tem dois tem um). Depois finalmente acertou-se com os 737s mas compraram três A-300 que não foram feitos sob encomenda da Vasp, e que não tinham autonomia para as distâncias continentais do Brasil.
Todavia era uma cia. com fantásticos profissionais, seja em terra que no ar.Possuia um serviço de bordo muito bom, voei um SSA/GIG com um 727-200 assim que o inauguraram. Excelente serviço de bordo, estava acompanhando um grupo de Europeus que ficaram extasiados como num tempo de vôo relativamente curto foi servido um almoço completo, com início, meio e fim.

Saudades da Vasp realmente....

Starliner

O que rolava entre os funcionarios de carreira sobre os A300, foi o seguinte.
A Airbus estava doida para entrar no mercado da America do Sul e tentar comer um pedacinho do bolo que a Boeing dominava.
Mas................em visitas bilaterais(Governo do estado visitando Airbus-Toulouse e V.V.)durante a gestao do Paulo Maluf, venderam 3 unidades A300-B2. Dizem que o Maluf ganhou na epoca uma comissao/gorjeta discreta da Airbus na faixa de U$1,5milhao por cada aviao. Essa historia foi contada p/mim por varios funcionarios serios que estavam la na epoca.

Sergio de Faria Bica escreveu:Oi , Emerson

Material sôbre a VASP , desde a fundação até a sua privatização você encontra no livro do Aldo Pereira " Pequena História da Aviação Comercial Brasileira " . Creio que livro específico sôbre a VASP não há .

Abs

Sérgio Bica

Obrigado pela dica deste livro, Sérgio!
Consegui um "exemplar" deste livro (na verdade, uma cópia de capa-a-capa ) e que muito vai me ajudar na elaboração das minhas aulas.
Cursio, Irineu e Arthur, meu muito obrigado também, pelas indicações!
Abraço a todos

Boa tarde amigos do Fórum.

Mais um pouco de detalhes sobre o tema VASP.

Revista Flap Internacional > Edição Especial

Os Dart Heral na VASP.

Fato pouco conhecido é que a Vasp chegou a fechar contrato com a Handley Page para a compra de 10 Dart Herald, do modelo Série 700, como resultado de negociações que se estenderam por vários meses, em dura concorrência com a Fairchild-Hiller, que oferecia o FH-227, e a Hawker Siddeley, que ofertava os HS 748, este último já em operações na Força Aérea Brasileira.
O Dart Herald Série 700deveria ser desenvolvido para atender às necessidades da empresa paulista, que pretendia utilizá-los em rotas de curta e média distancia seridas pelos DC-3. O novo modelo seria equipado com motores mais possantes Dart 532/9, de 2.320 SHP, e poderia acomodar até 60 passageiros, com distancia entre assentos de 71,12 centímetros. Seu peso de decolagem e de pouso seriam aumentado para 20.412 quilogramas e 19.505 quilogramas, respectivamente, o aparelho teria a capacidade combustível 1.060 litros maior, o que lhe daria um alcance superior em 20% ao modelo da série 200. O contrato, no valor de 3,75 milhões de libras, incluindo peças de reposição, foi assinado em 21 de abril de 1965 e previa as primeiras entregas do novo modelo à Vasp no começo de 1967. Era previsto também que se o modelo alcançasse sucesso de vendas na região, ele poderia vir a ser produzidos no Brasil, cabendo à Motores Rolls-Royce Ltda., de São Bernardo do Campo, a montagem dos motores Dart.
Pouco após a assinatura do contrato, a Vasp encaminhou ao Governo Federal a solicitação do aval para o financiamento da operação. Passado vários meses, ficou evidente que isso não aconteceria e em fins de 1966 a Vasp não teve outra alternativa senão cancelar a encomenda. Ao seis aviões iniciais os números de série 252 a 257 inclusive. Suas estruturas já estavam em processo de fabricação em Radlett quando o contrato foi cancelado e não chegaram a ser completadas, sendo depois destruídas pela Handley Page. No fim, nenhum modelo da Série 700 foi produzido.
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Airbus A 310.
Revista AERO > nº 040 > agosto de 1983
A VASP tinha encomendado nove aviões do modelo A 310, mas, essa encomenda foi suspensa, e a decisão ficou para o final do ano de 1985.
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O Caravelle também foi um outro sonho que não se realizou
http://img222.imageshack.us/img222/2041/img254.jpg

Revista VASP.
Durante algum tempo, os técnicos e diretores da VASP, desenvolveram estudos e discutiram bastante para se decidirem entre os aviões da Boeing 757 e 767, da nova geração e do A 300, todo chamado de wide-body, ou aviões de fuselagem larga que podem transportar mais de 200 passageiros. Finalmente foi escolhido o A 300.

Obs. Infelizmente não a data dessa edição, porem acredito ser do final dos anos 70.
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Abraços

Cursio

Os A-310-221 da Vasp seriam:
c/n 288 VP ntu F-WZEC Airbus Industries, N801PA Pan Am
333 VP ntu F-WZEG , N802PA PA
343 VP ntu F-WZEK , N803PA PA
345 VP ntu F-WZEL , N804PA PA

Estes são os que conheço, não sei se chegaram a existir outros previstos e se foram cancelados antes de seem alocados como Vasp.


Starliner

Foram só esses 3 . As poltronas foram feitas em POA , pela AEROMOT INDÚSTRIA , que fabrica os motoplanadores XIMANGO e o Treinador GURI .

Sérgio Bica

Boa noite amigos Forenses.

Essa bateu na trave.

http://img382.imageshack.us/img382/9399/igm337.jpg

Revista Flap Internacional> nº 306 março de 1998.

Abraços

Cursio

E ainda teve gente que acreditou ....

Sérgio Bica

Há uma encardação, do começo dos anos 80, que foi patrocinada pela Vasp. É mais na linha da "história da aviação", começando por Ícaro e chegando até os dias atuais (no caso, o "atuais" é o início dos anos 80). Foi publicada em forma de fascículos e depois encadernada e distribuída. Há uma ênfase natural para as informações da Vasp. Vou pegar e colocarei aqui alguma material.

O que eu sei sobre frota da VASP são os seguintes pontos

- BAC1-11 veio pra tapar buraco perante a concorrência que já voava jet e ela com Viscount, então vieram 2 BAC1-11 enquanto os 737-200 (SMA/B/C/D) não chegavam, tanto que se mandaram ao redor de 1973.

- BOEING 727-200 ninguem entendeu por que durou tão pouco na empresa (teoricamente 77 a 85), vários foram arrendados para o exterior e em 1989 pararam de vez.

- AIRBUS A300, seria B4-203, o grande saque na época é que a VASP comprar tais aviões, uma empresa francesa compraria "em gratidão" alguns EMB110 e a FAF os E121. Só que a VARIG/CRUZEIRO fizeram pressão no DAC questionando o porque da VASP "querer/necessitar" aviões de grande alcance, assim empurra daqui, empurra dali ficou o A300B2 que não ia a lugar algum sem o tanque central.

- AIRBUS A310 seriam 9 para complementar a frota de A300 em rotas de alta demanda no Brasil, no fim das contas não veio nenhum.

Starliner escreveu:Prezados,
A Vasp enquanto estatal, teve muitos problemas, por exemplo na escolha dos aviões.
Lembram que chegaram a encomendar o Caravelle, depois foi o DC-9 ( Cursio acho que isto consta em uma FLAP muito antiga) depois veio o Bac 1-11 do qual compraram somente dois
( e em Aviação quem tem dois tem um). Depois finalmente acertou-se com os 737s mas compraram três A-300 que não foram feitos sob encomenda da Vasp, e que não tinham autonomia para as distâncias continentais do Brasil.
Todavia era uma cia. com fantásticos profissionais, seja em terra que no ar.Possuia um serviço de bordo muito bom, voei um SSA/GIG com um 727-200 assim que o inauguraram. Excelente serviço de bordo, estava acompanhando um grupo de Europeus que ficaram extasiados como num tempo de vôo relativamente curto foi servido um almoço completo, com início, meio e fim.

Saudades da Vasp realmente....

Starliner

Caro Starliner,

Essa época foi muito difícil para todas as Cias Aéreas, devido à intervenção direta do governo militar na gestão das empresas (havia um representante do Ministério da Aeronáutica na diretoria de cada empresa aérea, com poder de veto).
A Varig tinha muita força no governo, tendo recebido, por exemplo, praticamente de graça, as linhas internacionais para a Europa que eram da Panair do Brasil.

Então, a escolha das aeronaves era vigiada de perto pelos militares. A Vasp, quando anunciou que pretendia comprar os Boeing 737-200, então os mais avançados aviões a jato de curto alcance do mundo, teve sua decisão vetada pelo Ministério da Aeronáutica, que afirmou que "só a Varig pode adquirir Boeings". A briga foi feia, mas nessa época a Varig estava expandindo sua frota internacional, com os 707, e manifestou interesse na compra de Boeing 727-100, ao invés dos recém lançados 737, para as linhas domésticas, então operados pelos jurássicos DC-6B, DC-3, Avro e Electra.

Finalmente o governo liberou a compra dos B737-200, e os três primeiros (PP-SMA, PP-SMB e PP-SMC) chegaram ao Brasil em abril de 1969, há exatamente 40 anos atrás.

Na aquisição dos Airbus, o governo permitiu a importação, mas somente do modelo B-2, sem tanque central e com autonomia apenas para vôos domésticos, para cortar qualquer ambição que a empresa tivesse de operar voos internacionais. Os protestos dos dirigentes da Vasp não adiantaram, e aí vieram os A300-B2 PP-SNN, SNM e SNL.

Um abraço.