Hugo Chávez se arma. E o Brasil?
Enviado: Qua Set 24, 2008 23:11
Chávez se arma. E nós?
Hugo Chávez se arma. A Venezuela é hoje o país da América Latina que mais investe em armamentos. Chávez vai às compras, com o dinheiro do petróleo abundante no país, e não economiza com seu brinquedinhos bélicos. Já adquiriu modernos caças Mig da Rússia, e agora anuncia a compra de aviões de treinamento e reconhecimento da China. Houve comentários de que a Venezuela compraria 24 aviões de combate chineses, sistemas antimísseis e submarinos convencionais russos. Seu exército vem sendo reequipado com o que existe de melhor em tecnologia militar.
Chávez quer a guerra? Ele diz que não. São equipamentos de "defesa". Se for assim, está certo ele. Num mundo onde os recursos naturais são cada vez mais escassos (e valiosos), o país que possui tais riquezas não pode se dar à ingenuidade de acreditar que, mais cedo ou mais tarde, não será alvo da cobiça de algum outro país mal intencionado. Melhor se precaver.
Um arsenal militar poderoso não tem, necessariamente, que ser usado. Serve, principalmente, para dissudiar governos beligerantes de tentar algum tipo de aventura (foi o equilíbrio de forças entre os arsenais nucleares da antiga URSS e dos EUA que evitou a eclosão da Terceira Guerra Mundial, nos anos tensos da Guerra Fria).
Enquanto Hugo Chávez se arma até os dentes, o que faz o Brasil, dono da maior floresta tropical do planeta (cujas riquezas ainda são incalculáveis), das maiores reservas mundiais de água doce (a commodity mais valioso do futuro), do maior rebanho bovino comercial, do maior estoque de terras agricultáveis e das fantásticas reservas de petróleo da camada pré-sal? O Brasil - as cabeças pensantes, pelo menos - critica o "belicismo" de Hugo Chávez. Mais por temor inconfessável de um eventual desentendimento militar futuro com o vizinho fanfarrão do que propriamente por convicção pacifista.
Foi preciso que um civil, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, falasse a sério em reaparelhamento das formas armadas para que a sociedade brasileira descobrisse aquilo que há muito tempo os militares vêm cobrando: a necessidade de se investir, sim, em tecnologia militar, compra de aviões, navios e submarinos modernos, e na profissionalização do efetivo militar. Para uma defesa firme do país em caso - toc, toc, toc - de guerra.
Vivemos num mundo cada dia mais instável e perigoso. O Brasil não pode continuar deitado em berço esplêndido, com seus aviões, navios, fuzis e submarinos dignos de um museu da indústria bélica, apenas por que se julga um país "pacífico" e sem "inimigos externos". Alguém já disse: "Você pode não estar interessado na guerra; mas a guerra está interessada em você". Gastar com armas, no turbulento mundo de hoje, não é um desperdício. Mesmo que elas nunca precisem ser usadas.
Fonte: Irineu Guarnier Filho (ClickRBS)
Hugo Chávez se arma. A Venezuela é hoje o país da América Latina que mais investe em armamentos. Chávez vai às compras, com o dinheiro do petróleo abundante no país, e não economiza com seu brinquedinhos bélicos. Já adquiriu modernos caças Mig da Rússia, e agora anuncia a compra de aviões de treinamento e reconhecimento da China. Houve comentários de que a Venezuela compraria 24 aviões de combate chineses, sistemas antimísseis e submarinos convencionais russos. Seu exército vem sendo reequipado com o que existe de melhor em tecnologia militar.
Chávez quer a guerra? Ele diz que não. São equipamentos de "defesa". Se for assim, está certo ele. Num mundo onde os recursos naturais são cada vez mais escassos (e valiosos), o país que possui tais riquezas não pode se dar à ingenuidade de acreditar que, mais cedo ou mais tarde, não será alvo da cobiça de algum outro país mal intencionado. Melhor se precaver.
Um arsenal militar poderoso não tem, necessariamente, que ser usado. Serve, principalmente, para dissudiar governos beligerantes de tentar algum tipo de aventura (foi o equilíbrio de forças entre os arsenais nucleares da antiga URSS e dos EUA que evitou a eclosão da Terceira Guerra Mundial, nos anos tensos da Guerra Fria).
Enquanto Hugo Chávez se arma até os dentes, o que faz o Brasil, dono da maior floresta tropical do planeta (cujas riquezas ainda são incalculáveis), das maiores reservas mundiais de água doce (a commodity mais valioso do futuro), do maior rebanho bovino comercial, do maior estoque de terras agricultáveis e das fantásticas reservas de petróleo da camada pré-sal? O Brasil - as cabeças pensantes, pelo menos - critica o "belicismo" de Hugo Chávez. Mais por temor inconfessável de um eventual desentendimento militar futuro com o vizinho fanfarrão do que propriamente por convicção pacifista.
Foi preciso que um civil, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, falasse a sério em reaparelhamento das formas armadas para que a sociedade brasileira descobrisse aquilo que há muito tempo os militares vêm cobrando: a necessidade de se investir, sim, em tecnologia militar, compra de aviões, navios e submarinos modernos, e na profissionalização do efetivo militar. Para uma defesa firme do país em caso - toc, toc, toc - de guerra.
Vivemos num mundo cada dia mais instável e perigoso. O Brasil não pode continuar deitado em berço esplêndido, com seus aviões, navios, fuzis e submarinos dignos de um museu da indústria bélica, apenas por que se julga um país "pacífico" e sem "inimigos externos". Alguém já disse: "Você pode não estar interessado na guerra; mas a guerra está interessada em você". Gastar com armas, no turbulento mundo de hoje, não é um desperdício. Mesmo que elas nunca precisem ser usadas.
Fonte: Irineu Guarnier Filho (ClickRBS)