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Justiça determina volta de fundo à gestão da VarigLog

Enviado: Qua Abr 02, 2008 10:04
por arthuramaral_CGR
Folha de São Paulo
Justiça determina volta de fundo à gestão da VarigLog
Sócios brasileiros foram destituídos; ainda cabe recurso
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

Decisão do juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, determinou a volta do fundo Matlin Patterson para a gestão da VarigLog, empresa de transporte de carga.
O fundo americano se associou, por meio da Volo do Brasil, com três sócios brasileiros (Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para controlar a VarigLog. O juiz decidiu pela exclusão dos brasileiros da sociedade. O fundo e os brasileiros travam uma disputa judicial com ações no Brasil e no exterior desde a metade do ano passado. Eles se desentenderam na administração, feita pelos sócios brasileiros, dos recursos recebidos pela venda da Varig para a Gol.
Segundo Nelson Nery Junior, advogado que representa o Matlin, foi fixado pagamento de US$ 428 mil para cada um dos três sócios. O juiz determinou ainda que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) se pronuncie sobre o assunto.
Com a exclusão dos brasileiros, o fundo de investimento passa a controlar a empresa, o que estaria em desacordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, que restringe a participação do capital estrangeiro em empresas aéreas a 20%. O Matlin, porém, pode indicar novos sócios brasileiros.
"Hoje [ontem] a administração já foi assumida pelo Matlin. O fundo pode indicar novos diretores e administradores. Ele terá de prestar contas e informar o juízo sobre o que está fazendo", disse Nery. Os outros sócios ainda podem recorrer da decisão. Procurado, Marco Antonio Audi, que fala pelos sócios brasileiros, disse que não poderia atender à reportagem.
O juiz justifica a decisão como a fórmula encontrada para preservar a empresa em nome de interesses maiores, propiciando fôlego econômico, sem prejuízo de posterior regularização societária.

Enviado: Qua Abr 02, 2008 10:10
por arthuramaral_CGR
Globo Online

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Enviado: Qua Abr 02, 2008 10:11
por arthuramaral_CGR
O ESTADO DE S.PAULO
Justiça afasta sócios brasileiros da VarigLog
Gestão da companhia passa para o fundo americano Matlin Patterson, o que contraria as regras do setor
Mariana Barbosa

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O juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, afastou ontem os sócios brasileiros da VarigLog e determinou que a administração da companhia aérea de transporte de cargas seja assumida pela Volo Logistics, empresa 100% controlada pelo fundo americano Matlin Patterson. Essa determinação, no entanto, contraria o Código Brasileiro da Aeronáutica, que limita em 20% a participação de estrangeiros em companhias aéreas nacionais.

Apesar disso, o juiz Magano justificou a decisão como uma medida temporária para evitar a falência da VarigLog. Pela sentença, o fundo Matlin Patterson terá 60 dias para encontrar novos sócios brasileiros ou fazer algum tipo de composição com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Os sócios da VarigLog, Marco Antônio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Michel Haftel, foram afastados por “gestão temerária”. Segundo a Justiça, eles “preferiram dispor do dinheiro da sociedade em proveito próprio, inclusive para a aquisição de veículos e gastos pessoais, em detrimento da manutenção das sociedades, pagamento de salários e tributos”.

Quando adquiriu a VarigLog, em 2006, o fundo Matlin Patterson se associou a Audi, Haftel e Gallo e ficou com 20% das ações ordinárias (com direito a voto) da empresa - adequando-se, portanto, à legislação -, mas com 100% das ações preferenciais (sem direito a voto). Os três sócios brasileiros pegaram empréstimos para assegurar 80% das ações ordinárias. À época, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) chegou a entrar com uma ação na Justiça acusando os três brasileiros de serem laranjas, mas desistiu no meio do processo.

A briga entre o fundo e os três sócios começou no ano passado, com a venda da Varig, rebatizada de VRG Linhas Aéreas. Logo após a venda, começou uma disputa pelo dinheiro pago pela Gol: US$ 98 milhões e mais 6 milhões de ações da Gol, que na época valiam US$ 170 milhões. Do valor em dinheiro, pelo menos US$ 85 milhões foram parar em uma conta na Suíça. Em meio à briga dos sócios, a receita da companhia caiu pela metade e salários e impostos deixaram de ser pagos.

No início do ano, os sócios brasileiros pediram na Justiça o afastamento dos americanos da sociedade. Com o pedido negado, foi a vez de os americanos pedirem o afastamento dos brasileiros. Em meados de fevereiro, o juiz Magano acatou parcialmente o pedido da Volo e decretou intervenção judicial. Foi com base nos relatórios apresentados pelos interventores que Magano determinou, ontem, que a Volo assuma temporariamente a gestão.

Magano determinou ainda a exclusão dos brasileiros da sociedade, mediante pagamento de indenização, conforme acordo prévio assinado entre as partes. O dinheiro depositado na Suíça terá de ser destinado exclusivamente para capitalizar a VarigLog. A decisão exclui as ações da Gol, que estão penhoradas em outros processos.

“Sempre acreditamos na Justiça e vamos nos empenhar para fazer o melhor pela VarigLog”, declarou Lap Chan, sócio do Matlin. “Com a possibilidade de profissionalizar a gestão da empresa, acreditamos que ela poderá voltar a ser competitiva e seguir no seu rumo de desenvolvimento.” Procurado, Audi disse que estava em reunião e não poderia falar com a reportagem. Até o fechamento desta edição, a Anac ainda não havia sido notificada da decisão.

Enviado: Qua Abr 02, 2008 10:13
por arthuramaral_CGR
O Estado de São Paulo

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Enviado: Qua Abr 02, 2008 10:14
por arthuramaral_CGR
Valor Econômico
Brasileiros são afastados da sociedade na VarigLog
Roberta Campassi

Um juiz de primeira instância de São Paulo afastou os três sócios brasileiros da sociedade que controla a companhia aérea cargueira VarigLog. Com esta decisão, o fundo americano MatlinPatterson fica sozinho na companhia, mas precisará buscar novos parceiros no prazo de sessenta dias e obter aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para qualquer configuração que venha a ser estabelecida.

A decisão, proferida ontem à tarde pelo juiz José Paulo Camargo Magano, da 17ª Vara Civil de São Paulo, acolhe um pedido do fundo para que os sócios brasileiros - Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Eduardo Gallo - obedecessem o contrato de formação da sociedade. Nele, havia um acordo conhecido como "put and call" estabelecendo que o Matlin poderia comprar as ações dos brasileiros quando quisesse ou seria obrigado a adquiri-las caso os brasileiros desejassem vendê-las. Os três sócios poderão recorrer. Magano afirmou que os brasileiros geriram a empresa de "maneira temerária", com uso dos recursos da companhia em benefício próprio. O mesmo juiz já havia afastado os sócios da gestão da VarigLog em fevereiro.

Uma fonte que conhecesse os contratos da sociedade afirma que o Matlin deverá pagar US$ 150 mil pelas ações dos sócios. A mesma pessoa afirma que os brasileiros tomaram um empréstimo junto a um banco, numa negociação intermediada pelo Matlin, para conseguirem entrar na sociedade. O fundo deverá assumir essa dívida.

Os brasileiros controlam a VarigLog com 80% do capital votante, embora o Matlin já tenha admitido que foi ele quem aportou a maior parte do dinheiro na empresa - cerca de US$ 400 milhões. A configuração obedece à lei que impede um estrangeiro de ter mais de 20% do capital votante numa empresa aérea. Agora, o Matlin precisa buscar novos sócios no país.

Enviado: Qua Abr 02, 2008 11:48
por PR-URE
Com toda essa história louca que ronda as negociações da VarigLog e Cia, laranjas ou não laranjas, golpes ou não golpes, negociatas, etc. Fico apenas imaginando a onde isso vai parar, se é vai parar. Imaginem os senhores como estão as cabeças dos funcionários que na verdade não tem nada haver com as sacanagens de cima, aliás, é essa turma: funcionários diretos e indiretos, que na verdade sempre pagam a conta. Esse é verdadeiramente o país das maravilhas para os picaretas de plantão.

Enviado: Qua Abr 02, 2008 14:49
por moises Propp
Olá amigos,
Se o fundo quizer um laranja novo, eu me ofereço e garanto que não
vou comprar 3 blindado, e nem vou fazer festinhas com o dinheiro
deles.
sds,
moises Propp
No Brasil tudo é uma piada !!

Enviado: Qua Abr 02, 2008 17:01
por B767
Esqueci que o Rocha Lima tava no pareo tambem. Esse cara tambem nao merece confianca.