TAAG voa para Addis-Abeba
Enviado: Seg Nov 26, 2007 08:34
TAAG voa para Addis-Abeba, enquanto espera por 2008 para descolar da "lista negra" europeia
24-Nov-2007
A transportadora aérea angolana, TAAG, inaugurou hoje a rota Luanda/Addis-Abeba(Etiópia), num voo que saiu da capital de Angola ao início da tarde.
O voo entre as capitais angolana e etíope é uma das várias medidas que as autoridades angolanas têm feito para "descolar" das dificuldades criadas com a integração da TAAG na "lista negra" da Comissão Europeia, em Julho último.
O Boeing 777-200ER, que inaugurou a rota para a capital etíope, levou a bordo uma delegação angolana liderada pelo vice-ministro dos Transportes, Hélder Preza.
A nova linha vai, segundo a transportadora de bandeira angolana, ter quatro voos semanais.
A Comissão Europeia incluiu em Julho passado a TAAG na "lista negra" das companhias proibidas de operar no espaço aéreo europeu. A companhia angolana utiliza actualmente aviões alugados a outras companhias para levar os seus clientes para a Europa.
Sobre esta nova rota, Hélder Preza, citado pela Angop, sublinhou que permite a expansão das ligações angolanas para os demais países africanos, tendo como "objectivo essencial satisfazer as necessidades do clientes e incrementar os laços de amizade e cooperação com os demais países de África".
A TAAG informou que, a partir de Addis-Abeba, vai satisfazer a demanda de voos para destinos como o Dubai, China, Índia, Tailândia, Israel e Singapura e proporcionar outras alternativas para a Europa.
Mas, para voar para fora da "lista negra" europeia, a TAAG aguarda que uma equipa técnica da União Europeia visite Angola no início de 2008 para confirmar as informações que as autoridades angolanas têm transmitido a Bruxelas relativamente à sua situação.Na sequência da inclusão na "lista negra", a companhia angolana recorreu, no início, aos serviços dos Transportes Aéreos de Cabo-Verde (TACV) para levar os seus passageiros para Lisboa, para onde voava regularmente.
Entretanto, esta alternativa não foi bem sucedida face à reclamação dos passageiros, que alegavam a excessiva demora e o transtorno causados com a escala na ilha do Sal, Cabo Verde e optou pelos serviços da companhia sul-africana South African Airways (SAS).A 23 de Outubro também a SAS saiu dos planos da TAAG, altura em que a transportadora angolana anunciou a intenção de voar para a Etiópia com vista a permitir a deslocação dos seus passageiros daquele país para a Europa e Ásia.
Quase ao mesmo tempo, a transportadora informou os seus passageiros que os novos voos para a Europa passariam a ser realizados por um avião do tipo Airbus A-340, da companhia espanhola Air Comet, devidamente certificado para operar nos dois continentes.
O impedimento pela Comissão Europeia de a TAAG sobrevoar o espaço europeu aconteceu depois da transportadora aérea angolana ter adquirido, em Novembro de 2006, vários aviões Boeing, entre os quais dois do tipo 777.Foram peritos franceses que detectaram falhas de segurança nestes aparelhos, tendo a TAAG sido incluída na "lista negra" de companhias interditas de voar para a Europa.
Depois de várias críticas feitas à decisão da comissão, tendo mesmo os responsáveis pela TAAG apontado "razões subjectivas" para a inclusão da companhia na "lista negra", no início deste mês, a Assembleia Nacional angolana aprovou a nova lei de aviação civil, que substitui a anterior de 2000.
A anterior lei apresentava omissões consideráveis, nomeadamente em relação à autoridade aeronáutica, ao licenciamento de pessoal e operações de navegabilidade das aeronaves.
A antiga lei apresentava ainda outros casos de omissões como, por exemplo, a gestão e administração do sistema de aviação civil, a inspecção e acesso às instalações ligadas à aviação civil ou a emissão de certificados de navegabilidade e de licenciamento de pessoal.Já a nova lei, ao contrário da anterior, apresenta normas que visam a desburocratização e modernização do processo de licenciamento da actividade aeronáutica em geral.
A "lista negra" da Comissão Europeia inclui cerca de uma centena de companhias aéreas proibidas de voar no espaço aéreo europeu por não aplicarem as normas de segurança e constituírem um perigo para os passageiros.
A lista é elaborada com base em contribuições nacionais dos estados-membros, que comunicam a Bruxelas quais as companhias com eventuais problemas.No passado dia 21, o Comité de Segurança Aéreo da União Europeia, analisou o processo espoletado depois de detectadas as falhas na segurança dos aviões da TAAG.
Mas a decisão para retirar a transportadora aérea angolana da "lista negra" europeia só será tomada em 2008.O executivo comunitário já admitiu, no entanto, que estão a ser dados "passos pequenos, mas seguros" nas conversações com Luanda.
Os europeus actualizam trimestralmente a "lista negra" das companhias de aviação proibidas de operar no espaço aéreo dos 27, devendo a próxima reunião realizar-se em finais de Fevereiro do próximo ano.RB.Lusa/fim
24-Nov-2007
A transportadora aérea angolana, TAAG, inaugurou hoje a rota Luanda/Addis-Abeba(Etiópia), num voo que saiu da capital de Angola ao início da tarde.
O voo entre as capitais angolana e etíope é uma das várias medidas que as autoridades angolanas têm feito para "descolar" das dificuldades criadas com a integração da TAAG na "lista negra" da Comissão Europeia, em Julho último.
O Boeing 777-200ER, que inaugurou a rota para a capital etíope, levou a bordo uma delegação angolana liderada pelo vice-ministro dos Transportes, Hélder Preza.
A nova linha vai, segundo a transportadora de bandeira angolana, ter quatro voos semanais.
A Comissão Europeia incluiu em Julho passado a TAAG na "lista negra" das companhias proibidas de operar no espaço aéreo europeu. A companhia angolana utiliza actualmente aviões alugados a outras companhias para levar os seus clientes para a Europa.
Sobre esta nova rota, Hélder Preza, citado pela Angop, sublinhou que permite a expansão das ligações angolanas para os demais países africanos, tendo como "objectivo essencial satisfazer as necessidades do clientes e incrementar os laços de amizade e cooperação com os demais países de África".
A TAAG informou que, a partir de Addis-Abeba, vai satisfazer a demanda de voos para destinos como o Dubai, China, Índia, Tailândia, Israel e Singapura e proporcionar outras alternativas para a Europa.
Mas, para voar para fora da "lista negra" europeia, a TAAG aguarda que uma equipa técnica da União Europeia visite Angola no início de 2008 para confirmar as informações que as autoridades angolanas têm transmitido a Bruxelas relativamente à sua situação.Na sequência da inclusão na "lista negra", a companhia angolana recorreu, no início, aos serviços dos Transportes Aéreos de Cabo-Verde (TACV) para levar os seus passageiros para Lisboa, para onde voava regularmente.
Entretanto, esta alternativa não foi bem sucedida face à reclamação dos passageiros, que alegavam a excessiva demora e o transtorno causados com a escala na ilha do Sal, Cabo Verde e optou pelos serviços da companhia sul-africana South African Airways (SAS).A 23 de Outubro também a SAS saiu dos planos da TAAG, altura em que a transportadora angolana anunciou a intenção de voar para a Etiópia com vista a permitir a deslocação dos seus passageiros daquele país para a Europa e Ásia.
Quase ao mesmo tempo, a transportadora informou os seus passageiros que os novos voos para a Europa passariam a ser realizados por um avião do tipo Airbus A-340, da companhia espanhola Air Comet, devidamente certificado para operar nos dois continentes.
O impedimento pela Comissão Europeia de a TAAG sobrevoar o espaço europeu aconteceu depois da transportadora aérea angolana ter adquirido, em Novembro de 2006, vários aviões Boeing, entre os quais dois do tipo 777.Foram peritos franceses que detectaram falhas de segurança nestes aparelhos, tendo a TAAG sido incluída na "lista negra" de companhias interditas de voar para a Europa.
Depois de várias críticas feitas à decisão da comissão, tendo mesmo os responsáveis pela TAAG apontado "razões subjectivas" para a inclusão da companhia na "lista negra", no início deste mês, a Assembleia Nacional angolana aprovou a nova lei de aviação civil, que substitui a anterior de 2000.
A anterior lei apresentava omissões consideráveis, nomeadamente em relação à autoridade aeronáutica, ao licenciamento de pessoal e operações de navegabilidade das aeronaves.
A antiga lei apresentava ainda outros casos de omissões como, por exemplo, a gestão e administração do sistema de aviação civil, a inspecção e acesso às instalações ligadas à aviação civil ou a emissão de certificados de navegabilidade e de licenciamento de pessoal.Já a nova lei, ao contrário da anterior, apresenta normas que visam a desburocratização e modernização do processo de licenciamento da actividade aeronáutica em geral.
A "lista negra" da Comissão Europeia inclui cerca de uma centena de companhias aéreas proibidas de voar no espaço aéreo europeu por não aplicarem as normas de segurança e constituírem um perigo para os passageiros.
A lista é elaborada com base em contribuições nacionais dos estados-membros, que comunicam a Bruxelas quais as companhias com eventuais problemas.No passado dia 21, o Comité de Segurança Aéreo da União Europeia, analisou o processo espoletado depois de detectadas as falhas na segurança dos aviões da TAAG.
Mas a decisão para retirar a transportadora aérea angolana da "lista negra" europeia só será tomada em 2008.O executivo comunitário já admitiu, no entanto, que estão a ser dados "passos pequenos, mas seguros" nas conversações com Luanda.
Os europeus actualizam trimestralmente a "lista negra" das companhias de aviação proibidas de operar no espaço aéreo dos 27, devendo a próxima reunião realizar-se em finais de Fevereiro do próximo ano.RB.Lusa/fim