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13/09/2007 - 17h46
Pistas de Congonhas perderão 300 m para área de escape

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta quinta-feira que as pistas principal e auxiliar do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, serão reduzidas. Cada uma vai perder 300 metros de extensão que serão destinados às áreas de escape. Segundo o ministro, as empresas aéreas terão que mudar a configuração das aeronaves e reduzir o peso delas. O ministério não definiu os detalhes sobre estas modificações, deixando-as a critério das companhias.

Jobim disse que essas mudanças entram em vigor a partir do próximo sábado (15). De acordo com o ministro, as normas foram definidas a partir de estudos técnicos realizados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Infraero (estatal que administra os aeroportos).

"Passamos a implantar um processo completo de segurança de vôo. Estamos mostrando de modo objetivo o princípio de segurança", disse Jobim.

O Ministério da Defesa evitou detalhar como serão as alterações na configuração dentro das aeronaves. Segundo assessores de Jobim, fatores como temperatura e distância do vôo serão considerados pelas empresas para execução dessas alterações.

A pista principal passará de 1.940 metros para 1.640 metros; já a auxiliar será reduzida de 1.435 metros para 1.195.

Apesar de especialistas da Defesa evitarem detalhar efeitos práticos das mudanças, Jobim afirmou que as aeronaves maiores não poderão mais pousar ou decolar na pista auxiliar. "Deixarão de operar aviões de porte maior". Jobim e o ministério também não definiram o que consideram "aviões de porte maior".

Acidente

A segurança do aeroporto de Congonhas começou a ser contestada depois do acidente com o vôo 3054, em 17 de julho. A falta de uma área de escape é uma das possibilidades investigadas pela Aeronáutica e pela Polícia Civil. Na ocasião, um Airbus-A320 da TAM, que vinha de Porto Alegre (RS), não parou depois de pousar, passou sobre a avenida Washington Luís e bateu em um prédio que também pertence à TAM. Ao todo, 199 pessoas morreram.

Em 2001, uma comissão da Câmara de São Paulo que estudou o tráfego aéreo em Congonhas já havia trazido a idéia, ignorada pela Infraero até agora. No último dia 6, o gerente de Padrões de Avaliação de Aeronaves da Anac, Gilberto Schittini, afirmou em depoimento sobre o acidente à CPI do Apagão na Câmara que é necessária a construção 'o mais rápido possível, nem que seja de concreto", afirmou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 8247.shtml

300m?
muita gente vai xiar!

Alguém sabe quais os modelos não poderão operar mais em CGH com essa diminuição da pista?
A320 e 737-800 poderão continuar?

sei lah se to falando ***, mais ao meu simples modo de ver, se é pra tirar 150 metros de cada cabeceira pra criar uma area de escape nao seria melhor deixar como esta ?
Apesar que nao sei como seria essa area de escape e talz, mais sei lah, ao meu ver isso só vai piorar.

Abs!

Pra mim fizeram isso para vetar, indiretamente, os A320 e os 738, limitando o peso da aeronave...
Não sei se é isso...

Fizemos um estudo para a extensão de 140m em viaduto aeronaútico para a cabeceira acidentada pela TAM e mandamos para Brasília via FIEP(Federação das Industrias do Estado do Paraná). È uma solução de engenharia, que seria edificada por cima do acesso ao Aeroporto, junto a mini praça ali existente. Não é solução barata, porém creio que bastante inteligente e eficaz, o que por certo minimizaria a "solução quebra galho" anunciada. O terreno e a pista de rua existente por baixo é compatível com a solução enviada por nós e não atrapalha ninguém. o espaço sob o viaduto poderia ser parcialmente utilizado pela INFRAERO. Solução de aeroporto sobre pilotis como a sugestão apresentada existe na Ilha da Madeira, onde mais de 50% da pista é suspensa.

Boa noite Pessoal,

Concordo com o Arthur Amaral, foi a forma que o governo encontrou de restringir a operação do 737-800 e A320. Não será viável operar essas aeronaves dessa forma, assim quem sabe os ERJ 190/195 não apareçam como uma ótima opção!
Bom isso todos nós gostaríamos, mas sabemos que os 737-300/700 e A319 devem operar sem restrição nessas mesmas condições.

Um grande abraço a todos do forum!

Uesley
Salvador-Ba

Retirada de A GAZETA de Vitória-ES.

Aéreas devem entregar cálculos sobre pista de Congonhas
14/09/2007 21:55:26 - G1


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) enviou comunicado nesta sexta-feira (14) às companhias aéreas para que façam os cálculos sobre o desempenho de suas aeronaves com a redução das pistas do Aeroporto de Congonhas (SP). Os cálculos serão analisados pelos técnicos da Anac.


As duas pistas do Aeroporto de Congonhas ficarão mais curtas a partir deste sábado (15) por causa da instalação das áreas de escape, que somarão cerca de 150 metros em cada ponta. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, as companhias aéreas terão de se adaptar reduzindo o peso das aeronaves.

A Anac informou que definirá os modelos de aeronaves que poderão operar em Congonhas a partir dos cálculos enviados pelas companhias aéreas. As informações deverão ser repassadas à Agência Nacional de Aviação Civil até sábado.

As empresas que não enviarem as informações ou que não tiverem os cálculos aprovados pelos técnicos da Anac ficarão proibidas de operar em Congonhas