Sindicato diz que aéreas não respeitam as leis

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Marcelo Areias
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Sindicato diz que aéreas não respeitam as leis

Mensagem por Marcelo Areias »

Sindicato diz que aéreas não respeitam as leis
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários falou à CPI do apagão na Câmara.
Ela disse ainda que Anac e Infraero não ouvem trabalhadores.
www.g1.com.br

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou nesta terça-feira (19) à CPI do apagão aéreo na Câmara dos Deputados que as empresas aéreas brasileira desrespeitam as leis trabalhistas praticando jornada dupla em determinadas atividades, o que é proibido pela legislação do setor.

"Temos os melhores profissionais na aviação do mundo, no entanto, o que a gente sente é uma carência enorme de investimentos e de responsabilidade de determinadas empresas com os profissionais. Não gostaria de voltar aqui para discutir um novo acidente. Gostaríamos que os problemas dos controladores e vôo fossem resolvidos, mas que os dos aeronautas, que também sofrem muita pressão, também fossem resolvidos", disse Selma aos deputados na CPI.

Ela afirmou ainda que os empregados enfrentam esses problemas em razão do alto nível de desemprego do setor. Segundo ela, a entrada recente de empresas no mercado de aviação, como a Ocean Air e a BRA, não resolve o problema do desemprego do setor.

"Gostaríamos que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária) nos ouvisse mais e acatassem nossas sugestões. Nessa crise, tivemos que tomar atitudes. Enviamos sugestão para o brigadeiro José Carlos Pereira (presidente da Infraero) e para o presidente da Anac (MIlton Zuanazzi) pedindo interlocutor que de hora em hora pudesse dar informações aos passageiros, psicólogos para auxiliar trabalhos dos emrpegados, mas não obtivemos resposta", afirmou.

O relator da CPI, Marco Maia, pediu que a presidente do sindicato entregasse um relatório com suas sugestões para que a CPI possa utilizar os dados no relatório final da CPI.
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Marcelo Areias
CHARLES SBBR
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Mensagem por CHARLES SBBR »

Esse depoimento foi show...uma perfeita demonstração de conhecimento do setor. Pena que os interpeladores não eram do melhor garbo!

O que me deixou bem preocupado foi com a declaração que existem demissões de tripulantes por terem apresentado relatórios de perigo que possivelmente colocariam a empresa em investigação. Um exemplo que foi relatado com relação a refeição dos tripulantes que não tinha sido embarcada em nenhuma das etapas.
Um abraço!!!
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Constellation
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Vai piorar

Mensagem por Constellation »

Caros amigos,

A situação dos aeronautas vai piorar ainda mais, e violações da regulamentação devem se tornar cada vez mais comuns.

Por quê?? Porque falta tripulantes no mercado para atender às empresas. Eu acredito que, no Brasil inteiro, devem ser formados menos de 100 pilotos comerciais por ano, com carteira, mas muito pouca experiência. Mecânicos também são "avis raras".

Alguém aqui sabe qual é o custo para se formar um Piloto Comercial, como multimotor e IFR?? Aproximadamente 80 mil reais, se não houver nenhum percalço no caminho.

É preciso que o Governo comece a incentivar a formação de profissionais agora, isentando o combustível dos aviões de treinamento de ICMS, isentando tarifas aduaneiras para importação de aeronaves ou componentes e incentivar os Aeroclubes, principalmente.

Um abraço.
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CHARLES SBBR
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Mensagem por CHARLES SBBR »

Complementando ao que o Constellation disse,

A presidente do SNEA alertou exatamente para esse ponto. E segundo estudos do sindicato e comparado ao crescimento esperado do setor, acima de dois digitos para esse ano, no segundo trimestre de 2008 as empresas terão problemas em contratar tripulantes, principalmente pilotos.
Um abraço!!!
emedê
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Mensagem por emedê »

Mas então a tendência é acontecer justamente o contrário. Vai faltar tripulante e muito, mas ao contrário desse raciocínio, os tripulantes não serão obrigados a nada. A empresa X paga mal e não cumpre a regulamentação? As empresas Y e Z aumentam o salário e oferecem melhores condições de trabalho para atrair os profissionais. Então a empresa X não quer perder funcionários e melhora as condições. Alguma semelhança com o que aconteceu na GOL no último semestre do ano passado? Falta de vagas é péssimo para os profissionais. Vide os últimos dez anos. Excesso de vaga é excelente para os profissionais. Quero que as empresas cresçam cada vez mais e que faltem cada vez mais tripulantes no mercado.
emedê
PP
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Mensagens: 37
Registrado em: Sáb Abr 21, 2007 22:51

Mensagem por emedê »

Mas então a tendência é acontecer justamente o contrário. Vai faltar tripulante e muito, mas ao contrário desse raciocínio, os tripulantes não serão obrigados a nada. A empresa X paga mal e não cumpre a regulamentação? As empresas Y e Z aumentam o salário e oferecem melhores condições de trabalho para atrair os profissionais. Então a empresa X não quer perder funcionários e melhora as condições. Alguma semelhança com o que aconteceu na GOL no último semestre do ano passado? Falta de vagas é péssimo para os profissionais. Vide os últimos dez anos. Excesso de vaga é excelente para os profissionais. Quero que as empresas cresçam cada vez mais e que faltem cada vez mais tripulantes no mercado.
jambock
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Mensagem por jambock »

Meus prezados:
Pilotos são demitidos por relatar risco em vôos

Graziella: "Empresas não vão reconhecer que demitiram por causa dos relatórios".
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, afirmou nesta terça-feira à Comissão Parlamentar de Inquérito da Crise Aérea que o sindicato registrou casos de demissão de aeronautas (pilotos e comissários) após apresentarem nas suas empresas relatórios de perigos referentes a vôos de que participaram.
Segundo ela, que participou de audiência pública da CPI, nos últimos seis meses ocorreram pelo menos três demissões. "É claro que as empresas jamais vão reconhecer que demitiram por causa dos relatórios, mas todas as evidências apontam para isso", declarou. "Vamos investigar para saber se há nexo causal entre os relatórios e as demissões", adiantou o presidente da CPI, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).
Nem todos os relatórios de perigo são entregues às empresas diretamente. O mais comum, segundo Graziella, é os aeronautas fazerem os relatos por meio de um sistema de denúncias por telefone (0800-2829493) mantido pelo sindicato; em seguida, as informações são repassadas às empresas e autoridades responsáveis pelo tráfego aéreo.
Um relatório de perigo tem diversas naturezas. Pode detalhar riscos de colisão entre aeronaves, excesso de carga de trabalho da tripulação e até falta de alimentação para os pilotos.
Divulgação
A recente divulgação de alguns desses documentos nos meios de comunicação foi criticada de forma veemente pela sindicalista. "Trazer ao ambiente público relatório de perigo, imagem de radar das estações de trabalho dos controladores de tráfego aéreo e seus diálogos com os pilotos, além da sua exposição pública, é um profundo desserviço à sociedade".
Para Graziella, o espaço aéreo brasileiro é seguro, mas essas divulgações criam um clima de tensão. "Eu concordo com ela", declarou o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS). "A proliferação desses relatórios só contribui para deixar os controladores mais inseguros", acrescentou.
Auditoria
Em seu depoimento, a dirigente defendeu a realização de auditoria externa no sistema de controle aéreo. Para ela, não é possível "conviver com as dúvidas" motivadas pelas divergências entre os controladores e a Aeronáutica. "Diariamente, os controladores de vôo divulgam possíveis problemas técnicos ou tecnológicos, mas o Comando da Aeronáutica alega gerenciar um sistema perfeito, sem qualquer tipo de defeito", afirmou.
Essa auditoria foi uma das propostas do Grupo de Trabalho Interministerial criado após o acidente envolvendo o jato Legacy e o Boeing da Gol que causou as mortes de 154 pessoas em 29 de setembro do ano passado. O grupo foi desativado sem que suas sugestões fossem aplicadas. "O passo mais importante neste momento é a recomposição desse grupo de especialistas, a fim de que ele possa continuar auxiliando no fornecimento de idéias técnicas para a implantação de soluções definitivas para o setor", disse a presidente do sindicato.
Graziella Baggio afirmou ainda que já recebeu "algumas" denúncias sobre falhas de comunicação entre pilotos e controladores de vôo, especialmente nas transferências de controle entre os centros de Manaus e Brasília. As denúncias também foram recebidas pelo telefone do sindicato.
Visita ao Cindacta
Nesta quarta-feira, às 9h30, os parlamentares da CPI farão a segunda visita ao Cindacta 1 (Brasília). Os deputados poderão entrar na sala de controle de vôo e também assistirão a um vídeo da Aeronáutica com a simulação do acidente.
Às 12 horas, os deputados terão reunião para votar requerimentos.

Agência Câmara
Um abraço e até mais...
Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
jambockrs@gmail.com

Na aviação, só a perfeição é aceitável
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