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TAM estuda fazer parte de uma aliança aérea

Enviado: Qua Mai 02, 2007 12:13
por arthuramaral_CGR
Valor Econômico - 30/04/2007
TAM estuda fazer parte de uma aliança aérea
Roberta Campassi

A TAM já estuda unir-se a uma das três alianças mundiais de companhias aéreas - possibilidade que, até pouco tempo atrás, era afastada pela empresa. "Estamos avaliando as opções entre as alianças e estudando a entrada", disse Marco Antonio Bologna, presidente da companhia, durante entrevista a jornalistas na sexta-feira.

A entrada numa aliança reforçaria as operações internacionais da TAM, pois, automaticamente, criaria sinergias na venda de bilhetes com todas as empresas participantes do grupo, espalhadas por diferentes regiões do mundo. Atualmente, a Star Alliance, maior união de aéreas, conta com 17 membros. A One World tem dez e a SkyTeam, nove.

Por outro lado, a união a um desses grupos ameaçaria a manutenção dos acordos diretos que a TAM já possui com empresas de diferentes alianças. Hoje, a maior aérea brasileira mantém importantes parcerias com a American Airlines e a Air France-KLM, que fazem parte da One e da Sky, respectivamente. Na sexta-feira, a empresa anunciou mais um acordo, desta vez com a portuguesa TAP, filiada à Star Alliance. Há ainda acordo operacional com a Taca, do Peru.

"A TAM começou a estudar a possibilidade antes que a Varig entre para uma aliança", diz Caio Dias, analista do Santander-Banespa. A Gol, vice-líder de mercado, comprou a Varig em março e já anunciou que estuda o assunto. "Para a TAM, é saudável reforçar o segmento internacional como forma de se preparar para a concorrência", afirma Dias.

Por hora, a TAM mantém a estratégia de firmar acordos bilaterais para compartilhar venda de passagens ("code share"). A parceria mais recente prevê que a TAM poderá vender bilhetes nos vôos da TAP do Brasil para Portugal e, numa etapa posterior, de Portugal para outros locais da Europa. Já a TAP poderá vender passagens nos vôos da TAM dentro do Brasil e da América do Sul.

O acordo entre as duas aéreas deve elevar em 10 mil o número de passageiros que utilizam vôos da TAM e da TAP na mesma viagem, por ano. O volume de negócios gerados pela parceria, que hoje é estimado em US$ 6 milhões, deve chegar a US$ 8 milhões. "Essa estimativa de crescimento é bastante conservadora", afirmou Paulo Castello Branco, vice-presidente de planejamento da TAM. Segundo uma outra fonte da empresa, é provável que o montante alcance de US$ 15 milhões a US$ 20 milhões.

Até 2006, a TAP mantinha acordo de compartilhamento com a Varig, uma vez que ambas faziam parte da mesma aliança, a Star Alliance. Porém, em meados do ano passado, quando a brasileira reduziu drasticamente suas operações domésticas e internacionais, a TAP e a TAM iniciaram as conversas. "Coincidiu com o momento em que a TAM focou sua estratégia no crescimento internacional", disse Fernando Pinto, presidente da TAP. A Varig deixou a Star Alliance em janeiro. "O acordo revela-se da maior importância dada a dimensão do mercado brasileiro e do notável posicionamento da TAM neste mercado", disse o executivo.

As duas companhias informaram que também vão interligar seus programas de viagens freqüentes, o Fidelidade, da TAM, e o Victoria, da TAP.

"Fazer a rota para Lisboa não se justifica, quando a TAP já opera 60 vôos semanais saindo do Brasil", disse Castello Branco, ao ser perguntado sobre o interesse da TAM em ter um vôo próprio para Portugal.

A TAM disse que também estuda firmar acordos com companhias aéreas na Inglaterra e na Itália, destinos para os quais começou a voar nos últimos meses. Castello Branco reiterou que a empresa mantém conversas com a alemã Lufthansa, pois tem planos de começar a voar para Frankfurt ainda este ano. As negociações, porém, dependem da definição da aérea em relação à entrada numa aliança.

Enviado: Qua Mai 02, 2007 20:56
por buhler
Na minha opinião a TAM deveria ficar de fora de uma aliança comercial, pois os acordos de code-share se forem bem feitos em todos os países de fora em que a TAM opera serão mais vantajosos do que perder os atuais parceiros para entrar em uma aliança

Enviado: Qui Mai 03, 2007 10:42
por LMC
O que ocorre hoje é que a TAM sente a pressão da entrada da GOL no mercado de longo curso. Se a GOL entrar para qualquer aliança, a TAM perde algum dos seus atuais parceiros, pois todos fazem parte de alianças. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come...

Enviado: Qui Mai 03, 2007 15:36
por CHARLES SBBR
E qual seria a desvantagem?