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FAB rebate críticas à compra do "Santos Dumont"

Enviado: Sáb Jan 29, 2005 01:33
por jambock
Meus prezados:

O governo federal destacou o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Luiz Carlos Bueno, para fazer a defesa da compra do novo avião presidencial no dia em que a aeronave pousou em solo brasileiro. O avião custou US$56,7 milhões (R$153 milhões). Batizado de "Santos Dumont" e apelidado de AeroLula, o Airbus modelo ACJ 319 pousou na Base Aérea de Brasília às 10h50min de sábado. O aparelho veio de Toulouse, França, de onde decolou às 23 horas de sexta-feira, num total de 11h50min de vôo. A viagem foi feita sem escalas. Segundo o Ten-Cel. Univaldo Batista de Souza, um dos oito pilotos da FAB habilitados a conduzir (sic) o avião, ventos de mais de 180 km/h na costa da África acabaram provocando o atraso de 40 minutos. Em entrevista coletiva logo após a chegada do aparelho, na qual mostrou fotos do interior do avião, Bueno frisou que a aeronave foi comprada não apenas para atender ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como a vida útil do Airbus é de 30 anos, Lula vai usufruir apenas 6% deste tempo., se não for reeleito. Nos outros 94% ( sete mandatos) o avião será utilizado por outros presidentes. A Aeronáutica afirma que o Boeing 707, o Sucatão, consumia mais combustível que o novo aparelho e que a economia por hora de vôo será de US$5,2 mil (cerca de R$14 mil). Pelos cálculos da Aeronáutica, se o presidente voar pelo menos mil horas por ano, a economia anual será de US$ 5,2 milhões ( cerca de R$ 14 milhões). Com isso, o preço atual do avião estaria pago em 11 anos. O custo da hora voada com o Sucatão é de US$7,3 mil(cerca de R$ 19 mil). O do Santos Dumont será de US$2,1 mil ( R$5,6 mil). No aluguel de aviões comerciais o custo da hora é de US$12 mil. O avião gasta 20% do que consome a atual aeronave. Foi um ótimo negócio. O contrato prevê aplicação de recursos no Brasil correspondente ao capital gasto na compra, disse Bueno. O comandante referia-se à cláusula de contrapartida que obriga a Airbus Corporate a investir no Brasil 170% do valor do avião. O investimento começou com a instalação de uma empresa de componentes e peças de avião em São José dos Campos (SP), no ano passado, que deverá gerar 300 empregos na região, com participação da Airbus e da belga Sonaca. A contrapartida prevê ainda a transferência de conhecimento e tecnologia. O período máximo de investimentos será de seis anos, a contar de 2004.
A Aeronáutica também falou sobre o fato de o avião ter sido comprado sem licitação. Segundo Bueno, além da Airbus e da Boeing, a EMBRAER foi consultada. Para justificar o fato de o governo não ter escolhido a EMBRAER, foi divulgado trecho da carta na qual a empresa brasileira atesta não ter condições de produzir um avião capaz de ir do Brasil à Europa sem parada para reabastecimento.

Zero Hora, 17/1/2005

Um abraço e até mais...

Enviado: Sáb Jan 29, 2005 11:53
por MARR
Apenas um detalhe:
A comparação não pode ser feita com 0 707, e sim como os 737-200 que eram as aeronaves presidenciais.

737-200 ao invés de 707?

Enviado: Sáb Jan 29, 2005 14:20
por jambock
MARR escreveu:Apenas um detalhe:
A comparação não pode ser feita com 0 707, e sim como os 737-200 que eram as aeronaves presidenciais.
Prezado MARR:

Creio que o "Santos Dumont" foi comparado com o Sucatão, face o alcance intercontinental deste, o que já não ocorre com os -200.
Provavelmente vão querer substituir os -200 pelos EMB 195, o que eu acho completamente desnecessário, uma vez que o envelope de vôo do ACJ319 vai desde pequenas rotas até as intercontinentais.
Um abraço e até mais...

Enviado: Sáb Jan 29, 2005 18:31
por MARR
caro Jambock,

Sou favoravel a compra do ACJ319. Pessoalmente preferiria um A-330 ou 767-400.
Só acho desnecessárias as comparações errôneas. O avião presidencial sempre foi o 737-200. Então, se a FAB quiser comparar, que compare com o 737. Mais sincero e simples, seria esclarecer a compra da aeronave como uma decisão politica.
Economia por economia, lembre-se que o Collor só viaja de avião de carreira, como presidente e deu no que deu.