Gol revisa projeções pela terceira vez após queda de ocupaçã
Enviado: Ter Jan 09, 2007 08:06
Valor Econômico
Gol revisa projeções pela terceira vez após queda de ocupação
Roberta Campassi
A Gol Linhas Aéreas revisou para baixo as projeções para seus resultados financeiros em 2006 pela terceira vez, em um mês e meio, depois que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou os dados de mercado relativos a dezembro. As ações preferenciais (PN) da companhia caíram 0,94% ontem, enquanto o Ibovespa subiu 1,38%. Os papéis da TAM Linhas Aéreas registraram queda de 1,12%.
A Gol reajustou a expectativa de receita de R$ 3,9 bilhões para R$ 3,85 bilhões, enquanto o lucro por ação foi revisto para um intervalo entre R$ 3,15 a R$ 3,30, o que representaria um lucro líquido total entre R$ 618 milhões e 647 milhões. A previsão de lucro anterior estava entre R$ 3,40 e R$ 3,65, por ação, ou R$ 677 milhões e R$ 716 milhões, no total. A margem operacional foi ajustada de 21% para 20%.
Em dezembro, os vôos da Gol tiveram ocupação média de 67,4%, taxa inferior àquela registrada no mesmo mês de 2005, de 75,2%.
A aérea refez as projeções de 2006 pela primeira vez no dia 21 de novembro, um mês após a eclosão da crise dos controladores aéreos. Até aquela data, a empresa trabalhava com a perspectiva de obter uma receita com vendas de R$ 4,1 bilhões e um lucro por ação entre R$ 3,90 e R$ 4,30.
Em 2005, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 424,5 milhões sobre uma receita de R$ 2,67 bilhões. Naquele ano, a participação da Gol no mercado doméstico foi de 26%, na média de janeiro a dezembro. Mesmo com a revisão para baixo das projeções para 2006, os resultados da empresa devem crescer a taxas significativas, de forma a refletir o aumento da participação de mercado da companhia no ano passado, que ficou em 34%, na média dos doze meses.
O fato de as novas projeções terem sido divulgadas ontem, após o término do quarto trimestre, levou analistas a prever que os resultados definitivos a serem divulgados pela Gol deverão ser bastante similares às projeções.
"É uma notícia ruim no sentido de mostrar que o quarto trimestre será pior do que a companhia imaginava", afirmou Daniela Bretthauer, analista do Santander Banespa. Segundo ela, porém, a percepção de que o período seria impactado pela crise nos aeroportos já havia sido "digerida" pelo mercado.
A revisão das projeções para baixo, pela terceira vez consecutiva, não foi bem vista. Segundo o analista de um banco, que não quis ser identificado, a seqüência de anúncios negativos fez o preço das ações sofrerem muitas quedas e era preferível que a primeira revisão feita pela Gol já tivesse sido mais agressiva.
Em relação aos resultados da TAM, que não divulga projeções de resultados financeiros, analistas esperam uma receita de R$ 7,4 bilhões e um lucro líquido de R$ 678,2 milhões para 2006. Os números são resultado da média das estimativas de oito analistas consultados pela Bloomberg, entre as quais a mais recente data de 28 de dezembro. Em 2005, a TAM faturou R$ 5,6 bilhões, com lucro de R$ 187 milhões.
A companhia perdeu participação de mercado de dois pontos percentuais no mês de dezembro, em relação a novembro do ano passado, após os problemas operacionais ocorridos no período do Natal. Na média de 2006, segundo os dados da Anac, a TAM, atual líder de mercado, ficou com 47,8% de participação no segmento doméstico, contra a fatia de 41,3% referente ao ano de 2005.
Gol revisa projeções pela terceira vez após queda de ocupação
Roberta Campassi
A Gol Linhas Aéreas revisou para baixo as projeções para seus resultados financeiros em 2006 pela terceira vez, em um mês e meio, depois que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou os dados de mercado relativos a dezembro. As ações preferenciais (PN) da companhia caíram 0,94% ontem, enquanto o Ibovespa subiu 1,38%. Os papéis da TAM Linhas Aéreas registraram queda de 1,12%.
A Gol reajustou a expectativa de receita de R$ 3,9 bilhões para R$ 3,85 bilhões, enquanto o lucro por ação foi revisto para um intervalo entre R$ 3,15 a R$ 3,30, o que representaria um lucro líquido total entre R$ 618 milhões e 647 milhões. A previsão de lucro anterior estava entre R$ 3,40 e R$ 3,65, por ação, ou R$ 677 milhões e R$ 716 milhões, no total. A margem operacional foi ajustada de 21% para 20%.
Em dezembro, os vôos da Gol tiveram ocupação média de 67,4%, taxa inferior àquela registrada no mesmo mês de 2005, de 75,2%.
A aérea refez as projeções de 2006 pela primeira vez no dia 21 de novembro, um mês após a eclosão da crise dos controladores aéreos. Até aquela data, a empresa trabalhava com a perspectiva de obter uma receita com vendas de R$ 4,1 bilhões e um lucro por ação entre R$ 3,90 e R$ 4,30.
Em 2005, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 424,5 milhões sobre uma receita de R$ 2,67 bilhões. Naquele ano, a participação da Gol no mercado doméstico foi de 26%, na média de janeiro a dezembro. Mesmo com a revisão para baixo das projeções para 2006, os resultados da empresa devem crescer a taxas significativas, de forma a refletir o aumento da participação de mercado da companhia no ano passado, que ficou em 34%, na média dos doze meses.
O fato de as novas projeções terem sido divulgadas ontem, após o término do quarto trimestre, levou analistas a prever que os resultados definitivos a serem divulgados pela Gol deverão ser bastante similares às projeções.
"É uma notícia ruim no sentido de mostrar que o quarto trimestre será pior do que a companhia imaginava", afirmou Daniela Bretthauer, analista do Santander Banespa. Segundo ela, porém, a percepção de que o período seria impactado pela crise nos aeroportos já havia sido "digerida" pelo mercado.
A revisão das projeções para baixo, pela terceira vez consecutiva, não foi bem vista. Segundo o analista de um banco, que não quis ser identificado, a seqüência de anúncios negativos fez o preço das ações sofrerem muitas quedas e era preferível que a primeira revisão feita pela Gol já tivesse sido mais agressiva.
Em relação aos resultados da TAM, que não divulga projeções de resultados financeiros, analistas esperam uma receita de R$ 7,4 bilhões e um lucro líquido de R$ 678,2 milhões para 2006. Os números são resultado da média das estimativas de oito analistas consultados pela Bloomberg, entre as quais a mais recente data de 28 de dezembro. Em 2005, a TAM faturou R$ 5,6 bilhões, com lucro de R$ 187 milhões.
A companhia perdeu participação de mercado de dois pontos percentuais no mês de dezembro, em relação a novembro do ano passado, após os problemas operacionais ocorridos no período do Natal. Na média de 2006, segundo os dados da Anac, a TAM, atual líder de mercado, ficou com 47,8% de participação no segmento doméstico, contra a fatia de 41,3% referente ao ano de 2005.