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Globo Online - 25/01/2005
A Vasp, que suspendeu vôos com menos de 50% de ocupação, está com os pagamentos de combustível de aviação (QAV) à BR Distribuidora em dia. A estatal é responsável por 25% do fornecimento de QAV usado pela companhia aérea. O presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, explicou que, desde 1999, a Vasp só compra combustível da BR com pagamento adiantado. A companhia aérea tem uma dívida de cerca de R$ 45 milhões com a BR, que está sendo cobrada na Justiça do Rio. Segundo a BR, há seis meses que a Vasp vem reduzindo suas compras de combustíveis.
Landim afirmou ainda que a Varig também mantém o pagamento à estatal em dia. A companhia aérea tem um crédito de giro de R$ 40 milhões com a BR que é plenamente utilizado, mas não há atraso em pagamentos, segundo Landim. Apesar da crise dessas companhias, as vendas de combustível de aviação (QAV) da BR no ano passado aumentaram 11%

Compra de combustível está quase paralisada

RIO DE JANEIRO - O presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, informou que a empresa não tem dinheiro a receber da Vasp. A crise da Vasp não está afetando a distribuidora porque, desde 1999, o sistema para a companhia adotado pela BR é o de venda antecipada, também usado pela Shell, outra grande fornecedora da Vasp.

Landim disse que hoje as vendas de combustível de aviação (Qav) para a Vasp estão "quase paralisadas" e que a dívida existente está sendo discutida na Justiça. O executivo não sabe qual o valor atual da dívida da Vasp com a BR. Ele lembra que o assunto está sendo discutido judicialmente desde 1997. Mas informou que apenas o principal (excluídos juros e correção até o momento) é de R$ 45 milhões.

Quanto ao relacionamento com a Varig, outra aérea que causou dor-de-cabeça no passado, Landim disse que está tudo "muito bem". Ele lembrou que, desde o acordo firmado em 2003, a Varig tem um crédito de R$ 40 milhões com a BR e vem pagando pontualmente sua dívida que foi renegociada e ajustada para 60 parcelas mensais de R$ 4,5 milhões.

O presidente da BR atribuiu o aumento de 11% nas vendas de Qav ao crescimento dos volumes vendidos para companhias que não estão em crise, como a Gol, assim como para a Varig e TAM. Também influiu o aumento do consumo pela aviação regional. (CS)

Fonte: Valor Econômico - 26/01/2005