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Impacto na imagem e no caixa
Ministro da Defesa não descarta mais atrasos em feriados e no fim do ano
DIONARA MELO E TATIANA CRUZ
A turbulência gerada entre as companhias aéreas e o governo federal em conseqüência da "greve branca" dos controladores de vôo já se reflete em cifras e afeta a imagem da aviação no Brasil e no Exterior.
Em levantamento preliminar, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias contabiliza prejuízo de R$ 40 milhões nos primeiros 10 dias da crise, deflagrada no feriado de Finados. O ministro da Defesa, Waldir Pires, não descartou ontem a ocorrência de novos atrasos em vôos nos próximos feriados e festas de fim de ano. Também defendeu a criação de um órgão público civil, controlado pelo governo, para gerenciar o tráfego aéreo comercial.
Para o diretor da Consultoria Brand Finance, Gilson Nunes, a aviação civil brasileira passa por um dos momentos mais dramáticos da sua história - e não só por conta da operação padrão dos controladores de tráfego. Segundo o consultor, o problema de imagem das companhias não se restringe ao acidente com 154 mortos no Boeing da Gol.
Nunes lembra que a TAM também teve a imagem arranhada por um acidente com um Fokker 100 e a Varig nem conseguiu fazer os negócios decolarem desde a falência que culminou na sua venda para a VarigLog.
- Isso afeta a demanda de vôos dentro e fora do país. Os atrasos só contribuíram mais com a crise. A imagem brasileira está sendo desgastada lá fora, a demanda por viagens, caindo, e o governo fica num jogo de empurra-empurra que mais parece CPI (comissão parlamentar de inquérito) - analisa Nunes.
Outro efeito do cancelamento de vôos pode ser sentido na ocupação de hotéis na capital gaúcha. Segundo o sindicato dos hoteleiros de Porto Alegre, o recuo foi de 9,2% em outubro ante igual período de 2005.
O professor-adjunto da Universidade Federal do Rio e presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, Respicio Espírito Santo Junior, acredita que a imagem das companhias não sofrerá tanto com a crise quanto o bolso.
- Num primeiro momento, as companhias agiram errado, deixando os passageiros no saguão dos aeroportos sem explicar o que estava acontecendo. Depois, passaram para uma abordagem mais correta. Embarcavam os passageiros e os deixavam dentro das aeronaves, servindo refrigerante, sanduíches, e explicando a cada momento que não tinham autorização do controle de tráfego aéreo para decolar - avalia.
Especialista avalia que Anac está "literalmente perdida"
Os prejuízos financeiros, porém, Respicio projeta que não serão ressarcidos. Quanto à greve branca, responsabiliza de um lado o governo, de outro, os controladores:
- Se o acidente com o Boeing da Gol não tivesse acontecido, eles (os controladores) fariam a greve? Se dizem que o sistema está em colapso, porque não fizeram a greve na alta temporada, em junho e julho?
Para o governo deixa um recado:
- Na minha universidade, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não passaria. Sendo muito condescendente, daria nota 5. Ela está literalmente perdida.
A cobrança
Para amenizar os danos, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias quer que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) adote medidas compensatórias, como redução de tarifas e desconto no preço do querosene de aviação. As duas entidades se reuniram na segunda-feira no Rio, mas não houve solução até agora. A Anac informou que os pedidos estão sendo analisados pela diretoria colegiada.
fonte: jornal "Zero Hora" 18 nov 2006
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