Fundador da JetBlue apresenta à Anac seu plano de vôo

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arthuramaral_CGR
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Fundador da JetBlue apresenta à Anac seu plano de vôo

Mensagem por arthuramaral_CGR »

Valor Econômico
Fundador da JetBlue apresenta à Anac seu plano de vôo
Daniel Rittner
O empresário David Neeleman, fundador da companhia aérea americana JetBlue, apresentou pessoalmente ontem, à cúpula da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), seus planos de entrar no mercado brasileiro.

Neeleman reuniu-se em Brasília com a presidente da Anac, Solange Vieira, e outro diretor da agência, Alexandre de Barros. No encontro, não protocolou nenhum pedido formal, mas confirmou sua intenção de iniciar as operações até 2009. O fundador da JetBlue, que implantou o conceito "low cost, low fare" (baixo custo, baixa tarifa) no mercado americano e inspirou a brasileira Gol, tem duas opções: criar uma companhia do zero ou adquirir uma pequena empresa já existente - o que lhe daria a vantagem de dispensar uma série de procedimentos intermediários, como a obtenção do Cheta (certificado de habilitação de empresa de transporte aéreo), documento imprescindível para iniciar operações no setor e que pode demorar mais de um ano para sair.

Os planos de Neeleman para o Brasil se baseiam no uso de aeronaves E-190 da Embraer para ligar cidades de médio e grande porte, sem passar necessariamente pelos principais "hubs" (centros de conexões). O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse na semana passada ao Valor que o empresário americano havia comunicado à Anac a intenção de adquirir 60 aviões da Embraer. Pelo menos 36 aeronaves já teriam sido encomendadas.

Por ter cidadania brasileira, Neeleman não tem problemas em atender à legislação nacional, que limita em 20% a participação de estrangeiros no capital votante de empresas aéreas. Ele nasceu em São Paulo, nos anos 50, quando seu pai Gary, jornalista, era correspondente da agência de notícias americana UPI. Depois, ainda na juventude, retornou ao país como missionário mórmon.

Neeleman deixou a presidência da JetBlue no ano passado, após uma série de incidentes e atrasos em cascata dos vôos da companhia. Mas ele continua mandando no conselho de administração da empresa e agora enxerga no Brasil a possibilidade de erguer uma terceira força no mercado doméstico.

A estratégia que pretende usar - vôos ponto a ponto, com aeronaves menores que os Boeing 737-800 da Gol e os A320 da TAM, com capacidade para mais de 160 passageiros - é semelhante à proposta anunciada pela BRA. A companhia da família Folegatti chegou a encomendar jatos da Embraer com a mesma finalidade, mas endividou-se no meio do caminho e parou de operar no ano passado.

Hoje, TAM e Gol (abrangendo as atividades da Varig) detêm quase 95% do mercado doméstico. A OceanAir, terceira maior do setor, tem menos de 5%. Nos Estados Unidos, a JetBlue notabilizou-se pelos baixos preços, mas, ao contrário das européias EasyJet e RyanAir, seus serviços não são tão espartanos. As aeronaves freqüentemente têm bancos de couro e espaço acima da média entre as poltronas. Em um avião que ainda está em fase de testes, pode-se até usar a internet pelo aparelho de telefone celular, recebendo e mandando mensagens eletrônicas. Adepto da automatização, Neeleman também foi um dos impulsionadores do uso de e-ticket na aviação, dispensando a papelada usada anteriormente para viajar.
Lucash
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Registrado em: Ter Abr 17, 2007 18:44

Mensagem por Lucash »

Esse Neeleman tá falando serio hem, quer mesmo uma fatia do bolo, hoje monopolizado pela TAM e GOL ( VRG ).
PR-URE
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Registrado em: Qua Fev 20, 2008 11:03
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Mensagem por PR-URE »

O projeto é ótimo, o meu receio são os entraves políticos que cercam todas as negociações nesta esfera. Levando em conta que a maioria dos nossos dirigentes das autarquias pertinentes não são sérios, fico preocupado quanto a um projeto desta magnitude, a onde a sociedade como um todo tem grandes chances de sair beneficiada ao final dele, por um ato de preciosismo de alguns, tudo pode ir por água a baixo. Nos vale a pena - expectativas à parte, é ficarmos na torcida para que tudo saia como deve ser; negócios gerando receitas para os seus empreendedores, empregos para os envolvidos na área, impostos devidos para a nação e bons serviços assegurados aos seus clientes. O setor merece!
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