Para TAM, mercado abriga 'aventureiros'

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roesneto
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Para TAM, mercado abriga 'aventureiros'

Mensagem por roesneto »

Jornal Valor Econômico

Para TAM , mercado abriga 'aventureiros'
Roberta Campassi e José Sérgio Osse*
13/11/2007

A TAM, maior companhia aérea do país, considera que no mercado brasileiro há "algumas empresas aventureiras" e "sem lastro" para determinados tipos de operação. "A crise da BRA está intimamente ligada a uma aventura", disse o vice-presidente da TAM, Paulo Castello Branco, durante apresentação para investidores e analistas, ontem.


Já o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, afirmou que "faltaram alguns itens essenciais para a BRA ter escala e rentabilidade" depois que a empresa deixou de ter vôos charters para ter operações regulares. O executivo citou três itens: uma frota adequado e um respectivo plano de crescimento, caixa robusto e estrutura de custos competitivos.


Bologna disse que, à medida que a regulação do setor aéreo fica mais madura, a tendência é as autoridades reguladoras realizarem avaliações financeiras mais profunda nas companhias para evitar problemas. Atualmente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) leva em conta patrimônio líquido e existência de dívida tributária. "Agora, é importante começar a olhar índice de liqüidez", afirmou.


Castello Branco também disse acreditar que o governo não tomará medidas para proteger empresas de menor porte, como a OceanAir, que tem 2,9% do mercado doméstico. "Estamos num país democrático, com regras. Não dá para introduzir um controle da participação por decreto."


A OceanAir vem criticando o domínio de Gol e TAM no mercado, que juntas têm pouco mais de 90% de participação doméstica. Ontem, a empresa anunciou que está negociando com as empresas de arrendamento donas dos aviões da BRA para incorporar esses equipamentos à sua frota. Com isso, a companhia poderá manter os vôos operados pela concorrente no mercado doméstico. Até lá, a OceanAir fechou um acordo para disponibilizar assentos não vendidos em seus vôos para passageiros com bilhetes da BRA, mesmo em trechos de ida - e não apenas volta, como manda a legislação.


Segundo o presidente da OceanAir, German Efromovich, o acordo firmado com a BRA garante os vôos dos passageiros que adquiriram pacotes turísticos com bilhetes da empresa que suspendeu as atividades na semana passada. Essa garantia, contudo, não é tão firme para os passageiros regulares, que possuem apenas os bilhetes aéreos. Esses terão de aguardar a sobra de lugares nos vôos da OceanAir para poder embarcar.


Segundo Efromovich, os custos dos vôos fretados serão de responsabilidade da BRA e apenas a operação será feita por sua empresa. O mesmo vale para os passageiros regulares que forem embarcados pela OceanAir. "Isso tudo tem um custo, e esse custo é da BRA", disse, apesar de afirmar que ainda não tem cálculos sobre de quanto seria essa despesa. "E se a BRA não pagar, a OceanAir vai ter de engolir o sapo" , completou o empresário, embora deixasse claro que entraria na Justiça nesse caso.


Para Efromovich, um dos motivos que podem ter levado o governo a pedir o auxílio da OceanAir no caso da BRA é a semelhança entre as malhas de vôo e a proximidade das duas companhias, que até poucos meses atrás operavam acordo de code-share.


Com os aviões da BRA - são entre seis e sete Boeings 737 e um 767 em esquema de leasing, além de dois 767 próprios - , a OceanAir aumentaria sua frota, atualmente composta de 26 MK 28 (Fokker 100) e um Boeing 767. De acordo com o empresário, uma vez terminada a negociação com as empresas de leasing, a OceanAir poderia retomar imediatamente os vôos que eram da BRA, pois tem licença para voar nacionalmente dada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Não haveria, segundo ele, dificuldade com a disponibilidade de slots (espaços nos aeroportos), já que a BRA não operava em Congonhas, o único aeroporto com restrições no Brasil. Nos casos das três rotas internacionais da BRA, seria necessário, porém, nova licitação. A OceanAir teria interesse nessas rotas e com a incorporação dos aviões e a chegada de outros para os quais já tem pedido, estaria preparada para operá-los.


A eventual operação dos aviões da BRA pela OceanAir, caso a aérea seja bem-sucedida nas negociações com as empresas de arrendamento, pode levar algum tempo. Segundo Efromovich, nenhuma aeronave será operada sem total condições de uso. O executivo explicou que, mesmo que receba os aviões, será necessário realizar algumas modificações, além de manutenções preventivas para garantir a segurança operacional. Há casos em que é necessário acordos adicionais, com companhias de motores, que foram retirados das aeronaves pelas donas.


A OceanAir afirmou ontem que dará preferência aos funcionários da BRA nas contratações que fará para adequar suas operações, caso consiga com as empresas de arrendamento o repasse dos aviões da concorrente para sua frota. "Nesse caso, poderemos dar preferência aos funcionários da BRA", disse. Quando anunciou a suspensão de todos os seus vôos, a BRA colocou seus 1,1 mil funcionários em aviso prévio. Pelas contas da OceanAir, se incorporadas as aeronaves da concorrente, seriam abertas entre 400 e 500 novas vagas na companhia. (*Do Valor Online)
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Marcelo Areias
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Mensagem por Marcelo Areias »

"A crise da BRA está intimamente ligada a uma aventura"

Queria ver a TAM falar isso quando literalmente parou no final do ano passado e teve que pedir ajuda à BRA. Eu fui um dos milhares de passageiros prejudicados e que fui transportado na ocasião pela BRA com toda atenção, cortesia e educação, inclusive com serviço de bordo melhor que o da TAM na época. É muito fácil criticar os outros!
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Marcelo Areias
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Mensagem por B767 »

Detesto os moralistas, começando com as palavras do Paulo Castello Branco.
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Mensagem por Marcelo F. De Biasi »

B767 escreveu:Detesto os moralistas, começando com as palavras do Paulo Castello Branco.
O Castello Branco com certeza têm toda razão, no entanto não cabe a ele, como representante de uma empresa aérea - justamente a maior do Brasil - , fazer este tipo de declaração, ao menos em público. O sujo falando do mal-lavado...

Abs,

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Mensagem por B767 »

Eu o conheci na epoca quando ele atuava na BETA. Estivemos reunidos varias vezes, entretanto nao digo que ele detem conhecimento de causa para fazer uma declaracao dessas. Antes de entrar na BETA ele era oriundo da INFRAERO.
Creio que a declaracao dele tem o objetivo de tentar influenciar a politica aerea da ANAC/CONAC.
lumontjr
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Mensagem por lumontjr »

"A crise da BRA está intimamente ligada a uma aventura", disse o vice-presidente da TAM, Paulo Castello Branco, durante apresentação para investidores e analistas, ontem.

Ora, qualquer empresa aérea brasileira está intimamente ligada a uma aventura.
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