Desastre pode trazer como consequência um prejuízo para TAM

[Rodrigo Souto]

Desastre pode trazer como consequência um prejuízo superior a US$ 2 bilhões para a TAM

O prejuízo econômico da companhia aérea TAM, depois do desastre com seu Airbus A320 no dia 17 de julho já pode ter ultrapassado os US$ 2 bilhões. Após a vertiginosa queda nesta quarta-feira das ações ordinárias da TAM, que perderam 11,6 % de seu valor na Bolsa de Valores de São Paulo, o analista Rafael Marabá, da PUC de Campinas, sustentou que "as perdas da TAM já podem estar na ordem dos US$ 2 bilhões". “Antes do desastre o setor já enfrentava uma severa crise, agora a ameaça é a curto prazo e começa a se evidenciar cada vez de maneira mais contundente.

Por mais que o setor aéreo cresça e apresente números favoráveis sustentados pelo aumento de usuários, o impacto da crise o supera”, acrescentou um corretor da bolsa. O Sindicato Nacional dos Aeronautas calculou que a perda só com a desvalorização na bolsa já ultrapassou os US$ 900 milhões, enquanto os papéis ordinários, que estão por fora do índice Ibovespa, acumulam 20% de queda. Os papéis da Gol, maior concorrente da TAM, também tiveram uma de 3,74%. Rafael Marabá diz que o prejuízo de mais de US$ 2 bilhões leva em conta o US$ 1 bilhão por perdas ocasionadas pela deterioração de imagem e cancelamento de contratos futuros, além de perdas com seguros. Outro fator que está prejudicando a TAM é o pedido de demissão de 70 tripulantes e a assistência psicológica solicitada por outros 100. A TAM está com dificuldades para formar tripulações para seus vôos. Pacotes turísticos estão sendo cancelados depois do desastre do Airbus, conforme a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV).