Pista não tinha lâmina de água na hora do acidente, diz técnico
Declaração foi dada ao delegado Antônio Carlos Barbosa, que preside o inquérito.
Segundo eles, após a liberação da pista, 40 aviões trafegaram pelo local.
LUÍSA BRITO
Do G1, em São Paulo
Técnicos da Infraero ouvidos no inquérito policial que apura o acidente com o vôo JJ 3054 da TAM, disseram à polícia que a pista não apresentava lâminas de água momentos antes do acidente ocorrido dia 17. Segundo o delegado Antônio Carlos Menezes Barbosa, que preside o inquérito, os técnicos fizeram uma inspeção visual da pista e afirmaram não terem usado equipamentos porque não havia acúmulo de água para ser medido. Segundo eles, a pista estava apenas molhada.
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A área foi analisada após um piloto da Gol que pousou em Congonhas ter reclamado, às 17h04 daquele dia, que a pista estava escorregadia. O promotor Mário Luiz Sarrubbo, que acompanhou os depoimentos, disse que os técnicos relataram que a medição da pista durou entre 15 e 20 minutos.
Questionado se o tempo não era curto para inspeção, os pilotos disseram ao promotor e ao delegado que este era o procedimento de praxe. “Eles disseram que percorreram a pista inteira e que a análise é sempre feita neste tempo. No momento estamos apenas ouvindo as pessoas, não estamos questionando os dados. Só depois de coletar todas as informações é que vamos checar o que houver necessidade”, disse o promotor.
Segundo os técnicos relataram, após a liberação da pista, por volta das 17h30, 40 aviões trafegaram no local, entre pousos e decolagens. Dois pilotos da TAM que usaram a aeronave dias antes do acidente afirmaram no inquérito policial que o avião não apresentou problemas. Um dos pilotos havia pousado com a mesma aeronave no dia anterior em Congonhas e disse que teve dificuldade devido à pista estar escorregadia.
O promotor disse que pilotos de outras companhias aéreas podem ser intimados a depor para falar sobre as condições da pista principal de Congonhas.
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