AS LÍDERES DO MERCADO DOMÉSTICO !!!

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A receita (globalizada) de redução de custos, mostra seu resultado nas duas cias que mais crescem no momento.


TAM dispara na liderança e Gol toma o segundo lugar
Por: Daniel Rittner
Fonte: Valor Econômico
No ano em que começou sob ameaça de intervenção judicial, esteve a um passo de perder boa parte de seus aviões, trocou várias vezes de diretoria e entrou em processo de recuperação judicial, a Varig reduziu drasticamente a sua representatividade no setor e encerrou 2005 com apenas 21,73% de participação no mercado doméstico de aviação civil. Perdeu, de longe, a vice-liderança para a Gol, que terminou o mês de dezembro com 29,79% de participação. Em rota ascendente, a TAM atingiu uma marca surpreendente: 46,14%.
Vivendo o melhor momento em pelo menos seis ou sete anos, o setor comemora a expansão de 19,4% registrado no ano passado, segundo números divulgados ontem pelo Departamento de Aviação Civil (DAC). Esse dado refere-se apenas aos vôos domésticos. Nas linhas internacionais, o crescimento é mais modesto e chegou a 6,8%. A Varig mantém uma folgada liderança nas rotas ao exterior, mas também viu a fatia de mercado cair fortemente.
Dos 85,3% de participação que havia conseguido em 2004, a companhia da Fundação Ruben Berta encolheu para 78,8%, na média de 2005, numa área que domina tradicionalmente. Foram TAM e Gol que se destacaram nas linhas internacionais.
A empresa da família Constantino saiu praticamente do zero para abocanhar 2,18% do mercado, na média do ano passado. O crescimento revela basicamente a oferta de vôos diários para Buenos Aires, saindo de várias capitais do país, além do início das operações para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Nesta semana, a Gol ampliou a sua operação internacional, com as rotas para Assunção e Montevidéu. A TAM, que reforçou as operações para Paris e iniciou o trecho São Paulo-Nova York, viu a sua participação saltar de 14,46% para 18,91%.
Quando as estatísticas incluem o desempenho de todo o ano passado, a Varig apresenta trajetória descendente, mas um pouco mais suave. De 31% de participação no mercado, na média de 2004, a companhia aérea caiu para 26,71% em 2005. A Gol pulou de 22,35% para 27,29%. Em céu de cruzeiro e prestes a substituir todos os seus Fokker-100 por outras aeronaves, a TAM chegou a 43,52% do mercado no ano passado - contra 35,76% em 2004.
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), George Ermakoff, destacou que o setor obteve um crescimento cerca de oito vezes superior à expectativa de expansão da economia como um todo. "Tradicionalmente, crescemos o dobro do PIB brasileiro", afirmou. Ele acrescentou que houve aumento da oferta de assentos, refletindo investimentos das empresas, e frisou ainda o elevado índice de ocupação dos aviões: de 2004 para 2005, o aproveitamento subiu de 66% para 70%. Se apenas o mês de dezembro for considerado, o aumento é de 71% para 73%.
Ermakoff considera positivas as perspectivas para 2006. Para ele, haverá um processo gradual de migração dos usuários do transporte rodoviário para aviões, devido principalmente às más condições das estradas. "O cenário muda se houver reversão na questão do câmbio, o que pode encarecer as passagens aéreas e reduzir a demanda", disse o executivo.
Fonte: Valor Econômico (06/01/06)